domingo, 30 de junho de 2013

Recomendações gerais do Relatório sobre Alimentação e Câncer do WCRF/AICR de 2007:

Recomendações gerais do Relatório sobre
Alimentação e Câncer do WCRF/AICR de 2007:

GORDURA CORPORAL
Seja o mais magro quanto possível dentro
dos limites normais de peso corporal
ATIVIDADE FÍSICA
Mantenha-se fisicamente ativo como parte da rotina
diária
ALIMENTOS E BEBIDAS QUE PROMOVEM O GANHO
DE PESO
Limite o consumo de alimentos com alta densidade energética
Evite bebidas açucaradas
ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL
Consuma principalmente alimentos de origem vegetal
ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL
Limite o consumo de carne vermelha e evite carnes
processadas
BEBIDAS ALCOÓLICAS
Limite o consumo de bebidas alcoólicas
PRESERVAÇÃO, PROCESSAMENTO, PREPARO
Limite o consumo de sal
Evite cereais e grãos mofados
SUPLEMENTOS ALIMENTARES
Ter como objetivo o alcance das necessidades nutricionais
apenas por intermédio da alimentação
AMAMENTAÇÃO
As mães devem amamentar; as crianças devem ser
amamentadas
SOBREVIVENTES DE CÂNCER
Siga as recomendações de prevenção de câncer

Pacientes com câncer terão tratamento em casa

Agência Nacional de Saúde Suplementar anuncia 84 novos procedimentos que serão oferecidos por planosADRIANA CHAVES
especial para o diário



Os planos de saúde serão obrigados a oferecer, a partir de janeiro de 2014, 36 medicamentos para tratamento em casa de 54 tipos de câncer. O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o diretor presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), André Longo. “Isso é fruto da inovação tecnológica para a doença”, disse o ministro.
Ao todo, estão previstas a inclusão de 84 procedimentos médicos e odontológicos entre remédios, terapias e exames. A lista faz parte da proposta de revisão do rol de procedimentos e eventos obrigatórios cobertos pelos planos. A ANS sugeriu ainda ampliar indicações de outros 30 itens oferecidos. O documento pode ser consultado no site www.ans.gov.br e receberá propostas de 7 de junho a 7 de julho.
Pelo rol atual, os planos só são obrigados a conceder o tratamento em serviços de saúde. O número de consultas com nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas foi ampliado. Segundo Longo, “cada plano definirá como será a entrega dos medicamentos”. O paciente receberá o volume prescrito.
Consumidor/ O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) aprova as inclusões, mas, segundo a advogada Joana Cruz, a proposta “está longe de representar os direitos do consumidor”. Para ela, as operadoras devem atender as coberturas obrigatórias independentemente do tamanho e valor dos planos.
A FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) considera a atualização “importante para avaliar as tecnologias e os resultados clínicos produzidos para os beneficiários de planos”.  Quanto aos remédios, diz ser necessário avaliar aspectos como administração correta para obter resultados, armazenamento e conservação em domicílio e segurança quanto a uso equivocado.



Porque eu sei o que é amor - Titãs

  • Uma visão sobre o amor - para refletir
  • Autor: Paulo Miklos , Sérgio Britto
  • Álbum: Sacos Plásticos
  • Estilo: Pop , Rock
  • Gravadora: UNIVERSAL
  • Ano: 2009

Porque eu sei que é amor 
Eu não peço nada em troca 
Porque eu sei que é amor 
Eu não peço nenhuma prova 

Mesmo que você não esteja aqui 
O amor está aqui 
Agora 
Mesmo que você tenha que partir 
O amor não há de ir 
Embora 

Eu sei que é pra sempre 
Enquanto durar 
E eu peço somente 
O que eu puder dar 

Porque eu sei que é amor 
Sei que cada palavra importa 
Porque eu sei que é amor 
Sei que só há uma resposta 

Mesmo sem porquê eu te trago aqui 
O amor está aqui 
Comigo 
Mesmo sem porquê eu te levo assim 
O amor está em mim 
Mais vivo 

Porque eu sei que é amor 

O que é amar para um compositor...

Para nossa reflexão:

Deixa, se andam falando sobre nós dois 
Deixa, pois o que importa é o nosso amor 
É fácil falar quando não se sabe o que é amar 
Amar de verdade é dar liberdade a quem você ama 
É estar presente nas horas difíceis se o outro te chama 
É muito mais que falar, é muito mais que dizer 
É fazer, é sentir, é chorar, é sorrir com você 
Por isso deixa estar, por isso deixar acontecer 
Quem não ama não sabe o que diz, o que eu posso fazer ? 
Deixa, se andam falando sobre nós dois 
Deixa, pois o que importa é o nosso amor 
É fácil falar quando não se sabe o que é amar 
Amar de verdade é morrer de saudade ao sentir o perfume 
Ao sentir sua falta é saber controlar o ciúme 
É muito mais que brigar 
É muito mais dar prazer 
É fazer, é sentir, é chorar, é sorrir com você 
Por isso deixa estar, por isso deixar acontecer 
Quem não ama sabe o que diz, o que eu posso fazer 
Deixa, se andam falando sobre nós dois 
Deixa, pois o que importa é o nosso amor 
É fácil falar quando não se sabe o que é amar 
Amar de verdade é dar liberdade a quem você ama 
É estar presente nas horas difíceis se o outro te chama 
É muito mais que falar, é muito mais que dizer 
É fazer, é sentir, é chorar, é sorrir com você 
Por isso deixa estar, por isso deixar acontecer 
Quem não ama sabe o que diz, o que eu posso fazer 

http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/sambo/deixa/2303338

sábado, 29 de junho de 2013

cultive o bom humor

O sorriso da fé!

Diagnóstico de câncer pode ser período de autoconhecimento para jovens

Ademir descobriu que tinha linfoma aos 19 anos: 'O pior é o que está na cabeça, o medo. O tratamento, em si, não é o mais complicado' (Ed Alves/CB/D.A Press)
Fiquei revoltado com tudo. Deixei o hospital e, na mesma noite, resolvi sair e beber. Eu estava abalado demais.” Foi dessa maneira que Ademir Guilherme Penso, 21 anos, reagiu, há dois anos, ao descobrir que estava com linfoma. No dia seguinte ao diagnóstico, uma conversa com especialistas deixou o universitário mais calmo. O estado do câncer no sistema linfático era avançado, mas as expectativas de cura, boas. “Fiz o acompanhamento psicológico, que todos precisam durante o tratamento. Mas minha família ficou ainda mais mexida. Por ver todos preocupados, precisei ser mais forte e acreditei sempre que seria curado”, conta.

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A explosão da revolta seguida de uma grande onda de otimismo é reação comum entre os jovens acometidos pelo câncer. Segundo a especialista em psico-oncologia Marilia Zendron, existe a tendência de o paciente, em um primeiro momento, enxergar a doença como o fim da vida. “É um pensamento que não difere muito do adulto que recebe o mesmo diagnóstico. Porém, com a troca de experiências e vivências, e o aprendizado que o tratamento proporciona, a pessoa percebe que não é assim e que é possível viver com câncer e, principalmente, após o câncer”, afirma.

Chefe do Centro de Oncologia do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Sandro José Martins aponta que uma característica nos jovens pode amenizar o quadro de tensão. Eles normalmente têm menos problemas de saúde e a reserva funcional melhor, o que aumenta a eficácia do tratamento. “Também, em geral, toleram procedimentos cirúrgicos maiores e não se revoltam com os procedimentos médicos às vezes agressivos. Isso faz com que a possibilidade de sucesso seja mais ampla do que a de pacientes mais idosos”, explica.

O tratamento a que Ademir foi submetido começou logo que o tumor foi confirmado, pelo estado avançado do linfoma não era possível esperar. Para se dedicar à recuperação, ele trancou o semestre do curso de direito. “Preferi pausar um pouco os estudos e não precisar me preocupar com provas e trabalhos”, explica. O universitário foi submetido a sessões de quimioterapia até janeiro do ano passado. Segundo ele, que está curado, apesar dos impedimentos e das dificuldades, a terapia foi tranquila.
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2013/06/25/interna_ciencia_saude,373217/diagnostico-de-cancer-pode-ser-periodo-de-autoconhecimento-para-jovens.shtml
Correio Braziliense

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Fazer escolhas

creia em Deus

AGRADECIMENTO A Mª CECÍLIA

C ARINHO DE CADA UM DE NÓS PARA VOCÊ!
E  TERNA GRATIDÃO POR TER AJUDADO A FUNDAR O GRUPO SE TOQUE.
C  ERTEZA DE QUE VOCÊ CONTINUARÁ A BRILHAR!
I   MPOSSÍVEL ESQUECÉ-LA APESAR DA DISTÂNCIA.
L  UTAREMOS PARA MANTER ACESA A CHAMA DA AUTO ESTIMA SEMPRE!
I    NCLUSIVE PARA CONTAR A QUEM CHEGAR QUE VOCÊ É FUNDAMENTAL PARA NÓS!
A   MOR PLANTOU EM NOSSOS CORAÇÕES!

A psicóloga Mª Cecília está nos deixando mais uma vez. Um novo caminho irá trilhar. Desejamos-lhe êxito, mais e mais. Sua atuação junto ao Grupo Se Toque foi fundamental. O nosso muito obrigada de coração!

tumores mortais

Uma doença não contagiosa, o câncer pode ser definido como um grupo de mais de 100 doenças que se caracterizam pelo crescimento descontrolado de células anormais, chamadas de malignas. O coordenador de Câncer de Base Populacional, da Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG), médico-cirurgião de cabeça e pescoço José Carlos de Oliveira (53) lembra que, "por vezes essas células anormais podem migrar e invadir tecidos e órgãos em diversas regiões do corpo, originando tumores em outros locais. Quando isso ocorre dizemos que houve metástase”, diz.

Segundo ele, com uma divisão celular muito rápida e incontrolável, as células cancerosas costumam ser agressivas, determinando a formação de tumores malignos e constituindo um risco de vida para o paciente. "Por outro lado, o tumor benigno se caracteriza por ser apenas um acúmulo de células que se dividem muito lentamente, sem causar maiores agressões ao indivíduo”, explica.

Doutor José Carlos lembra que a maioria dos tipos de câncer tem suas causas ainda desconhecidas, mas 90% dos casos de câncer estão relacionados a fatores ambientais, como cigarro (câncer de pulmão); excesso de sol (câncer de pele); alguns tipos de vírus (leucemia); hábitos alimentares (câncer de mama; câncer de próstata; câncer de esôfago; câncer de estômago; câncer no intestino grosso); alcoolismo (câncer de esôfago, câncer da cavidade bucal); hábitos sexuais (câncer de colo uterino); medicamentos (câncer de bexiga, leucemias, câncer de endométrio); cânceres provocados por exposições ocupacionais, etc.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os mais comuns são os de pulmão, mama, colo-retal, estômago e fígado, que juntos respondem por quase metade dos novos casos de câncer que surgem no mundo a cada ano. "Mas o que é essa doença que assusta tanta gente?”, indaga o médico do Hospital Araújo Jorge, da ACCG e ele mesmo responde: "O câncer pode aparecer em praticamente qualquer parte do corpo, quando uma célula sofre mutações e passa a se dividir descontroladamente. Essas células doentes são capazes de induzir a formação de novos vasos sanguíneos para se alimentar e, quando atingem a fase chamada metástase, usam esses caminhos abertos para se espalhar pelo resto do corpo.”

Pessoas que têm histórico de câncer na família, de acordo com o doutor José Carlos, podem ou não desenvolver a doença, mas há alguns tipos de câncer, como o de mama, estômago e intestino, que podem ter influência genética. Atualmente o câncer é a segunda causa mortis no Brasil, perdendo apenas para doenças cardiovasculares. A letalidade do câncer, ou seja, sua capacidade de matar, depende de vários fatores. "Primeiro, das características do próprio câncer, como a rapidez com que ele cresce e invade tecidos e órgãos”, diz ele.

Especialistas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam que, atualmente, os cientistas têm investido em duas grandes áreas em busca de uma cura definitiva para a doença. Uma linha de pesquisa aposta na tentativa de cortar o suprimento de sangue do câncer, matando as células doentes por falta de alimentos. Outra trabalha com a ideia de estimular o sistema imunológico do paciente, ajudando o organismo a reconhecer as células cancerosas para eliminá-las.

O cirurgião da ACCG os tipos mais comuns em homens e mulheres. O câncer de pele pode incidir em pessoas de ambos os sexos. Mas o homem está mais susceptível ao câncer de próstata, pulmão, estômago e colo (intestino), enquanto que as mulheres são mais vulneráveis ao câncer de mama, útero, cólon e tireoide. "No homem, os tumores sólidos são os mais agressivos”, garante o médico.

Para o doutor José Carlos, o que tem se observado nos últimos tempos é que, entre as mulheres, o câncer de útero tem sido diagnosticado mais precocemente devido ao Exame Papanicolau, que é feito nos centros de saúde através do Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama (Siscolo/Sismama), do Ministério da Saúde. "Um fator interessante é que os dois tipos (útero e mama) se diferem por classe social e financeira. Enquanto o câncer de útero é diagnosticado mais em mulheres das classes mais baixas, o de mama se dá, em maior escala, nas de alto poder aquisitivo”, revela.

Entre os homens, o tipo de câncer diagnosticado com maior rapidez é o de próstata devido ao exame de Dosagem do Antígeno Prostático Específico (PSA) que tem colaborado, segundo o médico do ACCG, no seu diagnóstico desde 1998. No caso desse tipo de câncer, segundo o doutor José Carlos, não existe distinção de classe ou raça. "Ele pode ser diagnosticado em homens de todas as classes sociais”, garante.

ESTATÍSTICAS

A Associação de Combate ao Câncer de Goiás, de acordo com o médico José Carlos, não tem, ainda, números precisos de casos de câncer no Estado. No entanto, um estudo em fase de finalização pela Coordenação de Câncer de Base Populacional da ACCG mostra números referentes a 2010. Segundo o doutor José Carlos há registro de que cerca de 7 a 8 mil casos em Goiânia, o que seria um caso de "incidência média”.

Esses números, ainda segundo o doutor José Carlos, mostram que o caso do Césio 137 não tem representação na incidência de câncer na Capital goiana. "Fosse assim, teríamos números bem mais alarmantes. Os atingidos pelo Césio 137 têm acompanhamento de um grupo especializado e se tivesse o registro de casos de câncer entre estas famílias, nós teríamos a informação. Não tem nada a ver. O Césio não influenciou em nada”, garante ele.

O oncologista Osterno Queiroz, concorda com a posição de José Carlos, em relação ao Césio 137. "Ele é um elemento físico e radioativo, de baixa penetração na pele. Para que causasse câncer em toda ou grande parte da população, essas pessoas deveriam estar em contato direto com o Césio, o que não aconteceu. Já quem teve esse contato, realmente pode ter várias complicações. O problema de termos um índice alto da doença no estado está relacionado ao número de pessoas mais velhas. Há vinte anos a população era jovem, hoje não, essas pessoas envelheceram, o que pode ter feito essa incidência de câncer aumentar. Na velhice, as células vão se degenerando e sofrem mudanças, o que deixa as pessoas mais vulneráveis. Em todo o mundo proporcionalmente, de cada 100 mil habitantes, 250 pessoas têm câncer. A população carcerária do mundo é maior que isso”, ressalta.

Campanhas

O médico do Hospital Araújo Jorge diz que é necessário investir mais em campanhas educativas de prevenção, a exemplo do que ocorreu recentemente na tentativa de conscientizar os homens a se submeterem aos exames de próstata. "Precisamos estimular a população a ter maior cuidado com a saúde, pois com saúde não se brinca, é coisa séria”, alerta.

Ele também defende a necessidade de estimular as escolas de medicina a qualificar melhor seus alunos, inclusive quanto ao aumento do número de vagas para a residência médica. Hoje, segundo ele, este número está em torno de três mil enquanto são formados cerca de 30 mil médicos todos os anos no Brasil. "As escolas deveriam estar alertas quanto a isso. Estamos formando médicos sem qualificação para o mercado, o que é um risco sem tamanho”, diz o doutor José Carlos.

Administração de hospitais

A diretora-executiva do Centro Brasileiro de Radioterapia, Oncologia e Mastologia (Cebrom), Deborah Almeida, explica que os medicamentos têm preço médio de R$14 mil cada dose. ”Para as pessoas com planos de saúde, não há grandes problemas, a maioria dos planos cobrem esse valor, ou parte dele, para quem não têm já é mais complicado”, esclarece.

Segundo Deborah, os hospitais, quando geridos por pessoas especializadas em administrar, têm o desempenho melhor, tendo em vista que assim os médicos podem dedicar mais o seu tempo ao estudo da Medicina. "Temos exemplos de hospitais que, no passado, eram geridos pelos fundadores e depois por seus filhos e alguns são exemplos, em Goiás, de clínicas que deram certo com médicos na administração. Hoje, os próprios profissionais, preferem contratar pessoas da área de gestão para administrar seu negócio, o que no meu ponto de vista funciona melhor”, ressalta.

Deborah ainda esclarece que os planos de saúde fazem sua parte, no entanto os preços que pagam para cobrir as despesas, ainda mais se tratando de uma clínica oncológica em que os custos de medicação são altos, é baixo e tornam a gestão mais difícil. "Para termos uma ideia, com duas clínicas em Goiânia, durante esses 15 anos atendemos cerca de 500 mil consultas e 805 procedimentos, mais da metade disso foram atendidos pelos convênios”, diz.

Em comemoração aos 15 anos de existência do Cebrom, quinta-feira (27), às 19h, acontecerá, em Goiânia, a inauguração das novas instalações da clínica.

Perseverança, coragem e fé fazem parte de tratamento

A contadora Simone de Fátima Lamounier (48), da cidade de Piranhas, município na Região Oeste do Estado e a 310 km de Goiânia, e a dona de casa Flávia de Cássia, de Jataí, no Sudoeste goiano e distante 320 quilômetros da Capital, são duas mulheres que sofrem do mesmo mal: câncer de mama. Cada uma com uma história diferente, mas que enfrentam os mesmos dissabores, problemas e buscam a mesma solução, mesmo sabendo que poderão encontrar apenas o conforto e a solidariedade daqueles que as cercam.

A primeira, que somente descobriu ter câncer de mama ao fazer uma ultrassonografia já aos 40 anos de idade, decidiu por uma cirurgia radical e retirou os seios. A segunda optou por retirar o nódulo que havia sido detectado em uma das mamas. Ambas se mostram resignadas com o rigoroso tratamento a que são submetidas. Uma rotina angustiante de sessões de quimio ou radioterapia.

Simone de Lamounier, que usa peruca para disfarçar a queda de cabelo, explica que anualmente, no mês de novembro, fazia exames pelo sistema municipal de saúde de Piranhas. Uma vez que tem parentes com câncer, "tinha pressentimento que poderia acontecer também comigo, até que em um exame de rotina o médico descobriu o nódulo que, por ser pequeno dificultava o diagnóstico, pois não era sentido no exame de toque ou nas mamografias, sendo possível detectá-lo apenas através de ultrassonografia. Depois disso fui encaminhada ao Araújo Jorge e hoje (19) estou recebendo a última aplicação de quimioterapia”.

Flávia de Cássia, ao contrário de Simone, não usa peruca. "Recuperei meus cabelos, mas também já usei peruca”, diz ela. No entanto lembra que vem se submetendo a sessões de quimio e radioterapia e que há um ano fez a cirurgia para a retirada do nódulo. "Hoje, graças a Deus já me sinto recuperada. Tanto que até meus cabelos pararam de cair e já estão crescendo”, alegra-se.
Fonte: Diário da Manhã

Tabu familiar

As estruturas familiares se abalam quando há descoberta de um caso de câncer entre um dos seus membros. A expectativa de vida da pessoa se resume apenas ao antes e depois do diagnóstico da estrutura tumoral. Os familiares evitam falar sobre o assunto e a moléstia se transforma em um tabu. Infelizmente, é o que a maioria das pessoas imagina. O jogador de basquete Oscar Schmidt teve uma notícia este ano que deixou a todos entristecidos, ele estaria com um tumor no cérebro, passados exames, foi feita a cirurgia e o início do tratamento envolvendo quimioterapia. O câncer retornou com um grau de agressividade maior que da primeira vez, a segunda cirurgia foi feita e as chances de cura do maior cestinha brasileiro decresceram. O tumor cerebral nem sempre é um câncer, mas o câncer na região do cérebro requer um pouco mais de cuidado devido à localização do tecido afetado e seu estágio.

De acordo com o dr. Paulo Porto de Melo, médico neurocirurgião e colaborador do Departamento de Neurocirurgia da Universidade de Saint Louis, introdutor e pioneiro da neurocirurgia robótica no Brasil, "desde que o ex-jogador Oscar Schmidt, maior figura do basquete brasileiro, foi operado de um tumor maligno no cérebro, em abril deste ano, muito tem se falado sobre o assunto. Oscar foi diagnosticado com um tipo de câncer chamado glioma, localizado na parte frontal esquerda do cérebro. A escala de agressividade desse tumor vai de 1 a 4, sendo o primeiro benigno e o quarto, o mais grave. No entanto, embora um diagnóstico de tumor cerebral pareça sempre assustador, é preciso ficar claro: nem todo tumor no cérebro é câncer”.

Todos os dias o corpo humano substitui milhares de células, elas se recompõem todos os dias, são diferentes na sua estrutura e especificidade, as únicas células que não são repostas, são as do tecido nervoso, os neurônio e gliócitos. Quando ocorre o aparecimento de uma célula cancerígena (modificada no processo de formação), o próprio sistema imunológico se encarrega de eliminar o corpo estranho, mas às vezes essas migram se ramificam, principalmente, em outras células glandulares, causando uma infestação pelo corpo está feito o processo de metástase, quando o câncer se espalha por todo o corpo. Antes da metástase o diagnóstico prévio auxilia no processo da cura, já quando este é tardio, pode ser tarde também para o paciente.

Em algumas localidades anatômicas do corpo humano o crescimento de um tumor, não causa sintomas – entre os órgãos da região abdominal, pois há expansão dos órgãos para que o tumor cresça, principalmente, nas mulheres nos casos de câncer de útero – e o câncer só é diagnosticado quando seu estágio de desenvolvimento é grande, ou seja, já houve ramificação. No caso dos tumores cerebrais, eles podem ser definidos em dois grupos: tumor cerebral primário, onde um grupo (massa) de células anormais se iniciou no cérebro, e tumor cerebral metastático, por um câncer que começou em outras partes do corpo e se espalhou para o cérebro. Eles são classificados de acordo com sua localização exata, tipo de tecido envolvido, se não são cancerosos (benignos) ou cancerosos (malignos).

O tumor cerebral é o crescimento anormal de células dentro do crânio que leva à compressão e lesão de células normais do cérebro. "Eles são mais perigosos porque, com o crescimento do tumor, outras estruturas do cérebro vão sendo comprimidas e com isso pode-se perder funções, como mover as pernas, ou ter a sensibilidade de um lado do corpo prejudicada”, explica o neurocirurgião.

É necessário esclarecer que o diagnóstico de um tumor cerebral não é uma condenação, e sim uma constatação. O dr. Paulo esclarece: "Em Medicina o termo ‘tumor’ pode determinar quase qualquer coisa. Se formos analisar com rigor, até uma espinha é um tumor porque apresenta um aumento de volume, ou seja, uma tumoração, em uma área que não deveria haver. Sendo assim, fica claro que tumor não é necessariamente câncer.”.

Tem-se a comprovação do diagnóstico através do exame neurológico realizado pelo médico (clínico) e por exames complementares, a ressonância magnética (localiza a posição da célula cancerígena) e a tomografia computadorizada, sem ou com contraste – na maioria dos casos o contrate é de iodo, permite maior visualização dos tecidos nervosos.

Melo explica que os sinais e sintomas dos tumores cerebrais são muito variados e dependem, principalmente, do local da lesão. Podem incluir dor de cabeça, convulsões, fraqueza ou dormência em um dos lados do corpo, alterações da fala e da consciência. Geralmente, os sinais e sintomas se desenvolvem lentamente, mas costumam ser progressivos, ou seja, vão piorando com o passar do tempo. "Às vezes pode haver nenhum sintoma com tumores que crescem lentamente, muitas vezes durante anos. Eventualmente, o tumor começa a exercer pressão sobre o cérebro e isso leva a dores de cabeça e convulsões.”

Mesmos que os tumores cerebrais não "evoluam” para o câncer, o crânio sendo uma "caixa fechada”, mesmo os tumores benignos do Sistema Nervoso Central (SNC) podem ser muito graves, pois comprimem estruturas vitais do cérebro.

"A palavra tumor assusta qualquer pessoa. Assusta mais ainda quando é no cérebro. Mas, felizmente, nos dias de hoje, o avanço da tecnologia e os conhecimentos desta doença trouxeram mais esperança para os pacientes e seus familiares”, garante Paulo Porto de Melo. "A melhor solução é procurar um neurocirurgião de sua confiança, ou referenciado por alguém que lhe inspire confiança, para que uma avaliação criteriosa seja feita e a história natural da lesão e opções de tratamento sejam claramente discutidas”, completa.

De qualquer forma as orações e as mensagens de motivação e superação para o honroso Oscar Schmidt são válidas e bem recebidas, um País inteiro que reza pela melhora e cura do grande jogador – na forma literária da palavra – e formidável homem.

Fonte: Diário da Manhã in oncoguia

Há ligação entre sexo e câncer?

Há uma ligação? Sim, há! E por mais que a gente saiba que se proteger na hora do sexo é a saída para evitar diversos tipos de doença, o uso de preservativos ainda não é bem aceito por grande parte das pessoas.

Muito além de uma gravidez não planejada, o sexo sem camisinha pode transmitir diversos tipos de doença. E algumas vezes, uma doença leva a outra – coisa que a gente nem imagina! Esse é o caso do HPV e o câncer de colo de útero – e também o câncer de pênis.

O HPV é uma doença sexual que atinge 60% das mulheres após cinco anos de atividade sexual, mas não precisa se assustar e parar de fazer sexo: ele tem 130 genótipos diferentes e apenas alguns deles podem se transformar em câncer. Segundo a Agência Brasil, o que o HPV faz é aumentar, em até 100 vezes, o risco de a mulher desenvolver esse tipo de câncer.

Para contrair o HPV não é preciso muito: basta fazer sexo sem camisinha. Os fatores de risco são os mesmos das outras doenças: quanto mais parceiros, mais chances – o que é uma questão matemática -, mas também influenciam a baixa da imunidade, o uso de cigarro e más condições de higiene.

A cara do HPV são verrugas genitais, que devem ser tratadas por um médico assim que descobertas. Ao se transformar em câncer de colo de útero os sintomas só aparecem quando a doença já está ligeiramente avançada. A única maneira de descobrir o problema cedo é fazendo papanicolau e visitas periódicas ao médico.

Quando os sintomas aparecem, eles são, no primeiro momento, sangramento vaginal depois das relações sexuais, no intervalo entre as menstruações ou após a menopausa; corrimento de cor escura e com mau cheiro; e num segundo ponto, hemorragias; obstrução das vias urinárias e intestinos; dores lombares e abdominais; e perda de apetite e de peso.

Para evitar o HPV, além do uso de preservativo, existe uma vacina que pode ser aplicada em crianças, independentemente de gênero, a partir dos 9 anos. Ainda há discussões sobre essa vacina no meio médico e há uma corrente médica que não apoia seu uso, mas as redes pública e privada no Brasil já a oferecem.

É importante lembrar que nem todo HPV vira câncer de colo de útero ou de pênis. E nem todo câncer de colo de útero ou de pênis começa com o HPV. Usar camisinha, observar as mudanças no seu corpo e fazer exames regulares torna menores as chances de diversas doenças, inclusive as fatais. Ame a si mesma, cuide-se!

Fonte: Yahoo! Mulher in oncoguia

Novo radiofármaco será testado em humanos

Pacientes voluntários com câncer de próstata serão submetidos a exames de imagem com uma substância radioativa que será testada pela primeira vez no Brasil em humanos– a [18F]Fluorcolina. Os testes serão feitos pelo Centro de Imagem Molecular (Cimol) do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Medicina Molecular (INCT-MM) da Faculdade de Medicina da UFMG, em parceria com o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN) – instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Segundo o professor Marcelo Mamede, coordenador de Medicina Nuclear do Cimol, a toxicidade e a biodisponibilidade da substância radioativa já foram avaliadas e aprovadas na primeira fase das pesquisas, realizada com animais. Tudo correu como esperado. A próxima fase, prevista para começar em junho de 2013, vai avaliar seus efeitos em voluntários humanos. Os protocolos já foram aprovados no Comitê de Ética de Pesquisa em Seres Humanos da UFMG.

"Podem participar pacientes encaminhados do Hospital das Clínicas da UFMG e do Hospital Luxemburgo,que possam se beneficiar dessa tecnologia para visualização”, avisa Marcelo Mamede. Inicialmente,de casos de câncer de próstata, em determinados estágios da doença, pré-definidos. Mas a expectativa é de que sejam realizados outros avanços com a substância radioativa.

O objetivo da parceria interinstitucional é alavancar o desenvolvimento da tecnologia necessária para produção nacional de radiofármacos, incentivar pesquisas e buscar a aprovação do uso rotineiro no país desse marcador de tumores. "Estudos na área também permitem a qualificação de profissionais e o avanço do conhecimento com técnicas diagnósticas dinâmicas”.

Atualmente, o país só dispõe de um radiofármaco que pode ser usado em exames de imagem molecular com tomografia por emissão de pósitrons(PET/CT): o [18F]FDG, ou F-18 Fluordeoxiglicose. O marcador é absorvido por certos órgãos do corpo, que "entendem” a substância como glicose, a qual é imprescindível para a produção de energia e sobrevivência das células.

Essa técnica, porém, é inespecífica para certos tipos de câncer, como o de próstata e da glia, um determinado tipo de tumor cerebral. "Nesses casos,estudos mostram melhores resultados com o uso do radiofármaco à base de colina”, esclarece Mamede.

O [18F]Fluorcolina é indicado para vários tipos de câncer, mas no caso do câncer de próstata,por exemplo, quando há aumento da produção das membranas celulares, a substância é melhor absorvida pela área afetada e permite visualização mais evidente da proliferação das células cancerosas pelo composto marcado por um isótopo radioativamente. Metaforicamente é como se o órgão afetado "brilhasse” e desse a posição exata do sinal emitido pela radiação. Mais ou menos igual às canetas marca-texto fluorescentes.

PET/CT

Exames de imagem convencionais, como tomografia e ressonância magnética, se baseiam na observação de alterações morfológicas. O problema é que esses métodos podem não ser eficazes em estágios iniciais do câncer ou quando o resultado se apresenta normal, afirma o radiologista.

"Com o PET/CT é possível visualizar essas alterações, mas desde que utilizado o radiofármaco específico. Daí a necessidade de o Brasil alcançar a independência na produção de radiofármacos”, esclarece,chamando a atenção para a necessidade de linhas específicas de financiamento para essa área.

O Cimol/UFMG está equipado com um dos mais avançados equipamentos de PET/CT da América Latina, o GE Discovery 690. A tecnologia permite detectar os fótons emitidos por partículas radioativas,usadas não só em exames oncológicos, mas também cardiológicos, psiquiátricos e neurológicos.

Ao combinar duas técnicas de tomografia em um só exame, as tomografias computadorizada e por emissão de pósitrons, o PET/CT permite precisão na localização anatômica da imagem funcional. "Isso por sua vez propicia a identificação de tumores ainda muito pequenos para serem detectados pelos exames convencionais,representando não só aumento na chance de sobrevida, como também na qualidade de vida dessas pessoas”, afirma o médico nuclear.

Fonte: Faculdade de Medicina da UFMG in www.oncoguia.org.br

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Reunião do Grupo Se Toque

Toda sexta-feira um grupo especial se encontra para:

  • trocar experiências;
  • desabafar;
  • dar muitas risadas;
  • se fortalecer;
  • planejar atividades;
  • matar as saudades;
  • e muito mais!

quarta-feira, 26 de junho de 2013

segunda-feira, 24 de junho de 2013

SINTOMAS DA DEPRESSÃO

Fique atento

Ao contrário da tristeza natural, a depressão é uma doença séria que exige ajuda médica. Veja alguns sintomas da depressão
• Melancolia profunda e incessante por mais de 15 dias consecutivos.
• O sentimento é incapacitante, ou seja, impede ou dificulta a execução das atividades normais.
• Perda de interesse em atividades que antes davam prazer, incluindo sexo.
• Dificuldade de raciocínio e concentração.
• Irritabilidade e ansiedade. 
• Fadiga constante e perda de energia.
• Alterações nos hábitos de sono, como excesso de sonolência ou insônia.
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Lili

Melatonina ajuda a combater o câncer de mama, aponta estudo

Pesquisa realizada na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) indica que a melatonina – hormônio cuja principal função é regular o sono – também pode ajudar a combater o câncer de mama.

Em experimentos feitos no Laboratório de Investigação Molecular do Câncer (LIMC), sob a coordenação da professora Debora Aparecida Pires de Campos Zuccari e com apoio da FAPESP, a substância foi capaz de reduzir pela metade, em média, o crescimento do tumor em camundongos.

Os resultados foram apresentados no dia 13 de junho, durante o congresso Next Frontiers to Cure Cancer, organizado em São Paulo pelo A.C.Camargo Cancer Center.

"Existiam evidências na literatura científica sobre os efeitos benéficos da melatonina contra diversos tipos de tumores e decidimos testar com o câncer de mama, que é uma linha de pesquisa antiga do laboratório”, contou Zuccari à Agência FAPESP.

A melatonina é secretada naturalmente pela glândula pineal, localizada no cérebro, e participa da regulação do ciclo de sono e vigília em todos os mamíferos. Em alguns países, a substância também pode ser encontrada em farmácias na forma de suplemento alimentar, mas no Brasil a venda não é autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo Zuccari, estudos anteriores indicaram que, em doses terapêuticas – acima dos níveis naturalmente encontrados no organismo –, a melatonina tem ação antioxidante, ajudando a livrar as células de radicais livres que podem causar dano ao DNA. Além disso, ela inibe a atividade da telomerase, enzima cuja expressão aumenta nas células malignas para favorecer sua proliferação.

"Diversos trabalhos mostraram que o tumor, muitas vezes, é capaz de manipular as defesas do organismo, fazendo até mesmo as citocinas pró-inflamatórias trabalharem a seu favor. A melatonina parece modular essa resposta imune, impedindo que as células malignas se multipliquem tão livremente”, explicou a pesquisadora.

Antes de testar a ação da melatonina em camundongos, o grupo liderado por Zuccari avaliou o efeito de diferentes doses da substância em dois modelos in vitro de câncer de mama. Os experimentos foram realizados durante o doutorado de Bruna Victorasso Jardim, com Bolsa da FAPESP.

"Usamos duas linhagens diferentes de células tumorais. A primeira, do tipo carcinoma ductal invasivo, mimetiza o tipo de tumor mais comum em mulheres, que dificilmente causa metástase e geralmente tem um bom prognóstico. O outro modelo representa tumores do pior tipo, também conhecido como triplo negativo, pois não responde nem ao tratamento antiestrogênico, nem à quimioterapia, nem à radioterapia. São células mais indiferenciadas e com tendência metastática”, contou Zuccari.

O objetivo do experimento era ver o impacto da melatonina sobre a viabilidade celular, ou seja, sobre a capacidade de multiplicação das células em cultura.

"Quando o tumor entra em processo de crescimento exponencial, parte do tecido começa a sofrer de hipóxia (falta de oxigênio) e isso estimula a expressão dos genes responsáveis pela formação de novos vasos sanguíneos, principalmente o VEGF (fator de crescimento endotelial vascular), para aumentar o aporte de nutrientes no local”, explicou Zuccari.

Para simular a situação de hipóxia in vitro, os pesquisadores aplicaram cloreto de cobalto nas culturas celulares. A substância consome o oxigênio do meio e estimula a expressão dos genes responsáveis pela formação de novos vasos. A presença das proteínas HIF-1-alfa e VEGF foram usadas como marcadores de que, de fato, as células entraram no processo de angiogênese.

Parte das culturas foi então tratada com doses de melatonina que variaram entre 0,5 e 10 milimols (mmol). Nas linhagens de células metastáticas, a dose de 1 mmol foi a que mostrou maior benefício, reduzindo em 50% a viabilidade celular quando comparada ao controle.

"Já nas linhagens de carcinoma ductal invasivo, todas as doses foram capazes de reduzir a viabilidade celular em mais de 50%. Acreditamos que o benefício se deva ao fato de que esse tipo de tumor é sensível ao estrogênio e a melatonina se liga nos receptores de estrogênio. Já no caso das células metastáticas, o mecanismo de interação ainda não está bem estabelecido, precisamos investigar melhor”, disse Zuccari.

Ensaios in vivo

O passo seguinte foi transplantar a linhagem de células metastáticas para o dorso de camundongos imunossuprimidos e avaliar se o tratamento com melatonina seria capaz de inibir o crescimento do tumor.

"Usamos animais imunossuprimidos porque, caso contrário, o sistema imunológico dos animais destruiria as células estranhas e o tumor não seria capaz de se desenvolver de qualquer forma. Também optamos por usar apenas as linhagens de células metastáticas por serem mais agressivas. O outro modelo tumoral demoraria muito para crescer e não teria resultados tão significativos”, explicou Zuccari.

Os roedores foram divididos em dois grupos. Metade recebeu 1 miligrama de melatonina diário, durante 21 dias, a contar do momento em que o transplante de células tumorais foi realizado. A outra metade recebeu apenas placebo, com o objetivo de manter o mesmo nível de estresse do outro grupo.

"Não usamos doses maiores no modelo animal para evitar possíveis efeitos neurotóxicos da melatonina que poderiam comprometer o tratamento”, disse Zuccari.

Os animais tratados com melatonina apresentaram tumores significativamente menores do que os animais controle após 21 dias de tratamento – em média 144,89 mm3 (± 38,37 mm3) contra 282,03 mm3 (± 88,52 mm3).

A média do volume tumoral dos animais controle aumentou significativamente entre o dia 14 e o dia 21 – de 118,90 mm3 (± 40,17 mm3) para 282,00 mm3 (± 88,53 mm3) –, o que não foi observado nos animais tratados com melatonina.

Além disso, houve regressão do tumor em um dos animais tratados com melatonina – passando de 27,38mm3 no dia 7, para 8,79 mm3 no dia 14 e 4,8 mm3 no dia 21 –, o que não foi observado nos animais controle. "Estamos agora fazendo a análise da expressão proteica para entender por que nesse animal o benefício foi maior”, disse Zuccari.

Os experimentos in vivo foram feitos por Jardim no Hospital Henry Ford, nos Estados Unidos, com com Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior da FAPESP.

Atualmente, Zuccari supervisiona outro estudo de pós-doutorado, conduzido por Thaiz Ferraz Borin no Hospital Henry Ford, cujo objetivo é avaliar a eficácia da melatonina na prevenção da metástase.

"Nesse modelo, as células da linhagem metastática são injetadas pela veia da cauda do camundongo. Vamos avaliar se o tratamento com melatonina consegue impedir a fixação das células malignas em outros tecidos”, explicou a pesquisadora.

O grupo do LIMC também pesquisa, in vitro, a ação da melatonina em tumores de cabeça e pescoço e de fígado. Na avaliação de Zuccari, já há evidências suficientes para a realização de um estudo clínico em mulheres com câncer de mama.

"No início, porém, teríamos de começar com pacientes de pior prognóstico, que já não têm alternativa de tratamento. Isso porque, no caso de pacientes com bom prognóstico, correríamos o risco de a melatonina, uma droga considerada alternativa, intervir na eficácia do tratamento padrão”, ponderou.

Fonte: Agência FAPESP in www.oncoguia.org.br