segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Posicionamento do Ministério da Saúde sobre a realização de exames de mamografia no SUS

Ministério da Saúde vem a público reiterar o compromisso com a saúde das mulheres brasileiras, mantendo como prioridade o monitoramento, detecção e tratamento do câncer de mama no Brasil, com políticas públicas baseadas em evidências científicas consagradas internacionalmente e avanços significativos contra essa doença que faz mais de 12 mil vítimas por ano e representa a segunda causa de morte em mulheres no país.
O Ministério da Saúde repudia as informações falsas divulgadas à população brasileira a respeito da Portaria 1.253/2013 e que estão sendo alvo de interpretações equivocadas por entidades do setor - Conselho Federal de Medicina (CFM), Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), Sociedade Brasileira de Mastologia, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Federação Brasileira das Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) –. Falsas informações só contribuem para propagar a desinformação e, consequentemente, gerar desserviço à população, num momento em que o Ministério da Saúde, em conjunto com as secretarias municipais e estaduais de saúde, trabalha para orientar e sensibilizar as mulheres sobre o cuidado e necessidade de prevenção (detecção precoce) do câncer de mama, uma das prioridades do governo federal na área da saúde. O Ministério da Saúde reitera que o direito das mulheres realizarem o exame de mamografia é assegurado no Sistema Único de Saúde (SUS).
Os fatos noticiados durante a última semana são falsos e desprovidos de respaldo científico. O Plano de Fortalecimento da Rede de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer, lançado em 2011, tem sido acompanhado e apoiado constantemente por entidades médicas como a Associação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Combate ao Câncer (ABIFICC) e o Instituto Nacional do Câncer (INCA). O investimento do governo federal para a realização de exames, diagnóstico e tratamento em oncologia cresceu 26% em três anos, atingindo R$ 2,4 bilhões em 2012.
A Portaria 1.253/2013 não restringe o acesso das mulheres brasileiras à mamografia, nem limita o financiamento às secretarias de saúde. No SUS, os procedimentos de mamografia são dois: bilateral (para rastreamento) e unilateral (para diagnóstico) que são pagos pelo mesmo valor (R$ 45,00 pela mamografia bilateral, e R$ 22,50 para o procedimento unilateral, que pode ser realizado duas vezes, uma vez em cada mama) sem alteração de tabela. Para aprimorar os repasses financeiros a estados e municípios, o Ministério da Saúde alterou a forma de pagamento. Antes, o procedimento mamografia bilateral era pago via Fundo de Ações Estratégicas e Compensações (FAEC), agora somente os exames compreendidos na faixa dos 50 aos 69 anos passam a ser pagos por essa fonte de financiamento, as demais faixas são cobertas por recursos transferidos dentro do bloco financeiro “Teto da Média e Alta Complexidade (MAC)”. Cabe salientar que não há por parte do governo federal limitação de recursos e o Ministério da Saúde assegura às mulheres a realização do exame independentemente da faixa etária. Além disso, acertos em relação aos tetos financeiros feitos fazem parte da gestão do SUS e são feitos pelo Ministério da Saúde com municípios e estados sem representar qualquer alteração nas orientações às mulheres e serviços.
Estudos científicos compravam a maior eficácia do exame de rastreamento (mamografia bilateral) feito a cada dois anos para as mulheres com 50 a 69 anos de idade. No SUS, esse exame é feito sem a necessidade de pedido médico. A recomendação por priorizar esta faixa etária é feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e seguida por países que, há décadas, mantêm programas organizados de rastreamento do câncer mamário, a exemplo da Holanda, Suécia, Noruega, Dinamarca, Alemanha, França, Austrália, Finlândia, Japão, Canadá e os países do Reino Unido. Com isso, é inadmissível o caso de se contestar, no Brasil, a adoção de evidências científicas tão claras adotadas internacionalmente e ignoradas por especialistas brasileiros. Aliás, estudos indicam que a partir dos 50 anos o tecido mamário é substituído pela gordura e por isso a visualização de um possível tumor ou calcificação maligna se torna mais clara. Além disso, a mamografia abaixo dos 50 anos não tem o mesmo resultado quando realizada na faixa prioritária.
Para a faixa etária abaixo dos 50 anos, o Ministério da Saúde garante a mamografia unilateral (sem rastreamento populacional). Esse exame também pode ser realizado em qualquer faixa etária desde que a paciente apresente sintomas ou histórico de câncer na família. A mamografia unilateral tem a finalidade de diagnóstico, avaliação do estágio do tumor e acompanhamento de doente operado de câncer de mama. Esse exame pode ser indicado para a mulher, em qualquer faixa etária, em uma ou nas duas mamas ao mesmo tempo. É feita conforme solicitação médica.
Os avanços obtidos na assistência oncológica no SUS e o crescimento dos exames de mamografia em todas as faixas etárias revela o acerto da política nacional. Houve um crescimento, nos últimos três anos, de 25% na quantidade de mamografias realizadas pelo SUS em todas as idades e acréscimo de 30% na realização desses exames na faixa prioritária.
Os números atestam o compromisso do Ministério da Saúde com o diagnóstico e combate ao câncer no Brasil, consolidando a criação de uma política pública bem-sucedida. O Ministério da Saúde reforça a importância das entidades representativas do setor na construção e aprimoramento das políticas públicas, pautadas por informações transparentes, que possam se reverter em benefício para a população brasileira.
Brasília, 14 de fevereiro de 2014
Ministério da Saúde
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/agendams/33643-posicionamento-do-ministerio-da-saude-sobre-a-realizacao-de-exames-de-mamografia-no-sus

Rastreamento do câncer de mama em faixa prioritária é medida estratégica e não restritiva

Existem duas formas para fazer a detecção precoce de um câncer de mama. Uma é por rastreamento populacional, estratégia em que todas as mulheres em uma faixa etária específica, com riscos e sintomas ou não, realizam o exame. E a outra é por diagnóstico precoce, procedimento feito individualmente nas mulheres que apresentam riscos ou sintomas. O chamado rastreamento populacional é usado no mundo todo sempre em uma faixa etária prioritária. Em países como Holanda, Noruega, Austrália, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, França, Finlândia, Japão, Canadá e o Reino Unido, a faixa etária começa aos 50 anos.
No Brasil, todas as mulheres têm o direito de fazer mamografia nas duas mamas, independente da idade. “Em qualquer idade da mulher ou adolescente o médico pode e deve pedir uma mamografia e ela será paga pelo SUS. O que estamos induzindo e reforçando é o rastreamento a partir dos 50 até os 69 anos de idade”, reforça o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães.

O início da faixa etária prioritária foi definido nos 50 anos porque é a partir dessa idade que a mamografia apresenta os melhores resultados e é quando se têm a maior prevalência do câncer de mama. Embora possa ser utilizada nas mulheres que tenham história de risco para câncer de mama, a mamografia de rastreamento abaixo dos 50 anos não tem o mesmo efeito. Isso porque os exames podem dar resultados falsos devido à baixa qualidade da imagem gerada pela mamografia em mulheres na pré-menopausa devido a maior densidade mamária, trazendo graves repercussões psicológicas e clínicas à paciente. Como, por exemplo, a falsa segurança dada pelo exame falso-negativo, além do alto número de intervenções médicas desnecessárias, trazidas pelo exame falso-positivo.
Por isso, a estratégia do rastreamento é indicada apenas na faixa etária dos 50 aos 69 anos, como recomendado pelaOrganização Mundial da Saúde (OMS). “Essa diretriz é oriunda de um documento de consenso, fruto de um painel de especialistas, com ampla participação das mais diversas entidades e instituições envolvidas com o tema em todo o Brasil”, explica Dr. Arn Migowski, médico da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede, do INCA.
“Antes dos 50 anos a mamografia não é tão eficiente para verificar o câncer. Acaba gerando um maior número de biopsias e outros exames sem necessidade. Quando a mulher está em uma idade mais avançada a mama é basicamente só gordura, por isso fica fácil de visualizar o contraste na imagem”, explica o professor titular de Ginecologia da Unicamp, Luis Carlos Zeferino. O professor Zeferino lembra ainda que muitos países não fazem rastreamento antes dos 50 anos. “Na Inglaterra, por exemplo, não se faz mamografias com mulheres menores de 50 anos que têm antecedentes de risco, só se for um risco muito alto”, acrescenta.
A partir dos 70 anos a detecção precoce do câncer de mama dada pelo rastreamento mamográfico já não influencia significantemente a mortalidade por este tumor. Por isso a faixa prioritária vai até os 69 anos. “Depois dos 70 anos, se a mulher tiver feito os exames anteriores, a chance de ela desenvolver o câncer de mama é muito baixa. Ninguém faz rastreamento em idades avançadas”, comenta Zeferino.
Mamografia UNILATERAL - É preciso ficar esclarecido que a mamografia unilateral pode ser feita nas duas mamas e não apenas em uma, como se tem divulgado erroneamente. Como se pode verificar na tabela do SUS, disponível aqui, a mamografia unilateral tem como 02 a quantidade de procedimentos que podem ser feitos. Ou seja, ela pode ser uni- ou bilaterial, sendo, obviamente, a unilateralidade aplicável àqueles doentes que sofreram uma mastectomia total e, portanto, não têm as duas mamas, ou quando o médico quer avaliar ou localizar uma lesão já conhecida em apenas uma das mamas da paciente. Isso impede que se pague a mais por um procedimento que deve ser feito em apenas uma das mamas. Nos outros casos de mamografias antes dos 50 anos, o recomendado, quando necessário e com indicação médica, é uma mamografia unilateral nas DUAS mamas.
Mamografia BILATERAL - O outro procedimento, a mamografia bilateral, tem a finalidade de rastreamento do câncer de mama entre mulheres assintomáticas, sem diagnóstico prévio de câncer de mama e com mamas sem alterações, conforme os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. O número de procedimentos dessa mamografia, ao contrário da unilateral, é de apenas 01, pois ele é obrigatoriamente feito nas duas mamas.


Confira o vídeo abaixo, onde o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, fala sobre alguns problemas de entendimento das mamografias feitas no SUS. A faixa etária prioritária para rastreamento do câncer de mama, o financiamento dos exames e a questão dos exames uni e bilaterais são os pontos abordados pelo secretário:



Lucas Pordeus Leon / Blog da Saúde
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/programasecampanhas/33631-rastreamento-do-cancer-de-mama-em-faixa-prioritaria-e-medida-estrategica-e-nao-restritiva

PORTARIA Nº 1.253, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2013

PORTARIA Nº 1.253, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2013

Altera atributos de procedimentos na Tabela de Procedimentos, Medicamentos,
Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde. A Secretária de
Atenção à Saúde - Substituta, no uso de suas atribuições,
Considerando a Portaria nº 779/SAS/MS, de 31 de dezembro de 2008, que define o
Sistema de Informação do Controle do Câncer de Mama (SISMAMA).
Considerando a Portaria nº 1.183/GM/MS, de 3 de junho de 2009, que altera a
Tabela de Procedimentos, Medicamentos e Órteses, Próteses e Materiais Especiais
(OPM) do SUS e inclui o procedimento Mamografia Bilateral para Rastreamento;
Considerando a Portaria nº 215/SAS/MS, de 25 de junho de 2009, que regulamenta o
registro no SISMAMA da Mamografia Bilateral para rastreamento e dá outras
providências;
Considerando a Portaria nº 252/GM/MS, de 19 de fevereiro de 2013, que institui
a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS); Considerando a Portaria nº 874/GM/MS, de 16 de maio de
2013, que institui a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de
Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS); e Considerando a necessidade constante de atualização da Tabela de
Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS, resolve:

Art. 1º Ficam alterados na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses,
Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde os seguintes atributos dos
procedimentos:

Procedimento 02.04.03.018-8
MAMOGRAFIA
BILATERAL PARA RAS-
 T R E A M E N TO
Tipo de

Média e Alta Complexidade
 financiamento (MAC)
Atributos
complementares
025 - Registro no SISMAMA,
040- Registro no SISCAN

Procedimento 02.04..03.003-0
MAMOGRAFIA
UNILATERAL
Atributos
complementares
025 - Registro no
SISMAMA, 040- Registro
no SISCAN


Art. 2º Fica incluída na Tabela de Procedimentos do SUS a REGRA
CONDICIONADA (código 005) que condiciona excepcionalmente o tipo de
financiamento do procedimento 02.04.03.018-8- mamografia bilateral para
rastreamento, pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC).
Parágrafo único. Esta regra será aplicada quando o procedimento de que trata o
caput deste artigo for realizado em pessoa com a idade recomendada pelo Ministério da
Saúde compreendida entre 50 a 69 anos.

Art. 3º Caberá à Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, por meio
da Coordenação-Geral de Sistemas de Informação do Departamento de Regulação,
Avaliação e Controle de Sistemas (CGSI/DRAC/SAS), a adoção das providências
necessárias no sentido de adequar o Sistema de Gerenciamento da Tabela de
Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema
Único de Saúde, implantando as alterações definidas por esta Portaria.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos
 operacionais a partir competência dezembro de 2013.

CLEUSA RODRIGUES DA SILVEIRA BERNARDO
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/f1408780420a3ca4aee3ee936e134226/Portaria+1253.pdf?MOD=AJPERES&CACHEID=f1408780420a3ca4aee3ee936e134226

Femama faz articulação para sustar Portaria nº 1.253

07/02/2014
A Portaria nº 1.253, que dificulta o acesso à realização de exames de Mamografia Bilateral de Rastreamento a mulheres entre 40 e 49 anos, está sendo acompanhada de perto e combatida pela Femama desde sua publicação, em novembro de 2013.

Em dezembro do ano passado, o Jornal Correio Braziliense publicou artigo assinado pela Dra. Maira Caleffi, médica mastologista presidente da Femama, alertando para a gravidade da apresentação dessa portaria. Na mesma época, o Deputado Federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), com a ajuda técnica da Assessoria de Relações Governamentais da Femama em Brasília, enviou um requerimento para a Câmara e o Ministério da Saúde com questionamentos sobre a Portaria e as estratégias que o Ministério da Saúde tomaria para dar conta da necessidade de diagnóstico e tratamento para mulheres na faixa etária prejudicada. Mediante a ausência de resposta do Ministério, a Femama auxilia o Deputado Mandetta na preparação de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para sustar a validade da Portaria a ser apresentado em breve.

O Dia Nacional da Mamografia, celebrado em 5 de fevereiro, reacendeu a discussão acerca do tema e despertou a atenção da Secretaria da Mulher na Câmara, que consultou a Femama a respeito das regras da portaria. A Deputada Federal Rosane Ferreira (PV-PR) e a Deputada Federal Carmen Zanotto (PPS-SC) procuraram a Femama ainda para auxílio na elaboração de um requerimento de audiência pública sobre o tema na Comissão de Seguridade (CSSF). O requerimento foi entregue ontem (07/02) e aguarda para ser protocolado. Foram convidados a participar da audiência o novo Ministro da Saúde, Arthur Chioro, e a Dra. Maira Caleffi, presidente voluntária da Femama.

Paralelo a isso, a Femama apresentou ontem, junto às deputadas Carmen Zanotto e Rosane Ferreira, um Projeto de Decreto Legislativo para derrubar a portaria. A estratégia de formulação de dois PDLs, o do Deputado Mandetta e o da Deputada Zanotto, é acelerar o processo de resposta e decisão.

A Femama é precurssora no combate à Portaria nº 1.253, com atuação política contundente para buscar melhores soluções à saúde da mulher desde sua publicação. A instituição considera esta portaria um desrespeito às conquistas já obtidas e uma manobra que ignora os esforços de evitar milhões de mortes pelo diagnóstico tardio de uma doença que têm até 95% de chances de cura se descoberta em estágio inicial.
 http://www.femama.org.br/novo/noticias-detalhe.php?menu=not&id=312


CFM entra na Justiça contra restrição no acesso à mamografia

O Conselho Federal de Medicina (CFM) ingressou, em 14 de fevereiro, na Justiça Federal, em Brasília, com uma ação civil pública com pedido de tutela antecipada contra a União em defesa da ampliação do acesso das mulheres aos exames de prevenção e de diagnóstico do câncer de mama. O questionamento tem como foco a portaria do Ministério da Saúde nº 1.253, de 12 de novembro de 2013, que garante o custeio dos procedimentos de mamografia bilateral para rastreamento somente executado em mulheres com idades entre 50 a 69 anos.
Por meio da concessão da tutela antecipada, o CFM espera que a Justiça determine à União, no âmbito do Sistema Único de Saúde, que garanta o acesso ao exame de mamografia bilateral em todos os Estados às pessoas a partir dos 40 anos de idade. O pedido do Conselho contesta a decisão do Ministério da Saúde, que, com seu ato, prejudicou mulheres abaixo dos 50 anos, que teriam garantido o direito apenas à mamografia unilateral.
Para o CFM, a Portaria do Ministério da Saúde conflita com as determinações da Lei nº 11.664, de 29 de abril de 2008. O texto aprovado pelo Congresso dispõe sobre a efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A exclusão das mulheres dessa faixa etária, até 49 anos, de realizarem mamografia diagnóstica no Sistema Único de Saúde (SUS), nada mais é do que um retrocesso social, ferindo um dos Princípios Constitucionalmente protegidos. A proteção dos direitos sociais deve considerar o direito adquirido e combater as medidas restritivas aos direitos fundamentais, preservando todas as conquistas existentes”, ressaltou o 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital.
Agressão à legislação
Pela lei, as ações de saúde relacionadas ao combate e tratamento dos cânceres do colo uterino e de mama são asseguradas, em todo o território nacional, ficando o SUS obrigado a oferecer a assistência integral à saúde da mulher, incluindo amplo trabalho informativo e educativo sobre a prevenção, a detecção, o tratamento e controle, ou seguimento pós-tratamento, das doenças. A norma ainda explicita que o exame mamográfico a todas as mulheres a partir dos 40 anos deve ser assegurado.
No entendimento do CFM, o Ministério da Saúde agrediu a lei e expôs as mulheres mais jovens a situação de risco, limitando o acesso à mamografia bilateral. Recentemente, em parceria com o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Conselho Federal divulgou nota de repúdio às mudanças implementadas pelo Ministério.
Na nota conjunta, divulgada no Dia Nacional da Mamografia (5 de fevereiro), as entidades chamaram atenção do governo e da sociedade para o problema: “A mamografia é um exame que exige a comparação das duas mamas. Com a publicação da Portaria, pode-se interpretar que é possível realizar a mamografia unilateral. Mas não há como selecionar um dos lados a examinar sendo que a lesão procurada muitas vezes não é palpável. Tampouco se pode admitir a espera de que o tumor cresça para se examinar a mama com maior chance de câncer. Além disso, a chamada mamografia unilateral reduziria pela metade o número de casos diagnosticados. Se este impropério continuar, será inevitável o aumento de mortes e de retirada de seios (mastectomias) que poderiam ser evitadas”, avisam.
Indicadores
O câncer de mama é a mais frequente e principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil e no mundo. A mamografia é o principal exame para detectá-lo precocemente. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que 57 mil novos casos sejam diagnosticados no país em 2014. De forma geral, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem ressaltado a necessidade de prevenção às neoplasias, doença que deve atingir 24 milhões de pessoas até 2035.
Para a Comissão Nacional de Mamografia, há estudos regionais que comprovam grande incidência desse tipo de câncer em mulheres de 40 a 49 anos. Na nota divulgada, as entidades argumentam que “diante do subfinanciamento da saúde no Brasil, com a diminuição progressiva da participação da União no custeio do SUS e consequente oneração dos municípios, na prática, a portaria 1.243/13 nega às mulheres com até 49 anos a prevenção e o tratamento precoce do câncer de mama”.
A incidência global do câncer de mama aumenta progressivamente. De 641 mil casos, em 1980, passou para 1,643 milhão, em 2010, sendo responsável por 27% dos novos casos de câncer diagnosticados em mulheres. Desse total, cerca de dois terços ocorreram em mulheres acima de 50 anos, principalmente nos países desenvolvidos. Já nas mulheres abaixo dos 50 anos (entre 15 e 49 anos), a incidência de câncer de mama foi duas vezes maior nos países em desenvolvimento, conforme dados da Comissão Nacional de Mamografia. Estando o Brasil no grupo de países em desenvolvimento, a população abaixo dos 50 anos está ainda mais exposta ao risco.
No Brasil, de acordo com o Inca, a mamografia e o exame clínico das mamas (ECM) são os métodos preconizados para o rastreamento na rotina da atenção integral à saúde da mulher. O Instituto de Câncer (Inca) recomenda que o exame seja feito a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, ou segundo recomendação médica. O Inca calcula que câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano.
Se diagnosticado e tratado precocemente, os resultados são razoavelmente bons. Antes dos 35 anos, a doença é relativamente rara. Acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Em 2010, no Brasil, morreram 12.705 mulheres e 147 homens em decorrência do câncer de mama. Em 2011, foram 13.225 mortes pela doença.
A mamografia é o único método de rastreamento que demonstrou ser capaz de promover uma redução absoluta da mortalidade nos casos de câncer de mama (em torno de 50%). Apesar de a incidência ser menor nas mulheres com menos de 49 anos, os tumores têm crescimento rápido. Pesquisas internacionais concluíram que quase 20% das mortes por câncer de mama e 34% dos anos de expectativa de vida perdidos por câncer de mama ocorreram em mulheres abaixo de 50 anos.
Fonte: CFM

Nota de repúdio: Governo federal nega direito à prevenção do câncer de mama

O governo federal decidiu, unilateralmente, que mulheres com até 49 anos não têm mais o direito de detectar precocemente o câncer de mama. A Portaria nº 1.253, editada em novembro de 2013 pelo Ministério da Saúde, restringe o repasse de verbas da União aos municípios a mamografias em pacientes na faixa etária de 50 a 69 anos. A medida contraria a Lei 11.664/08, em vigor desde 29 de abril de 2009, segundo a qual todas as mulheres têm direito à mamografia a partir dos 40 anos.
Além disso, a Portaria nº 1.253 refere um procedimento condenável pelos médicos: a meia mamografia, denominada mamografia unilateral, isto é, exame em apenas uma das mamas. Pelo que estabelece o texto, os municípios têm a opção de arcar sozinhos com o custeio de mamografias para mulheres com até 49 anos e podem remunerar somente a mamografia unilateral.
Diante do subfinanciamento da saúde no Brasil, com diminuição progressiva da participação da União no custeio do Sistema Único de Saúde e consequente oneração dos municípios, na prática a referida portaria nega às mulheres com até 49 anos a prevenção e o tratamento precoce do câncer de mama.
A mamografia é um exame que exige a comparação das duas mamas. Com a publicação da Portaria, pode-se interpretar que é possível realizar a mamografia unilateral. Mas não há como selecionar um dos lados a examinar sendo que a lesão procurada muitas vezes não é palpável. Tampouco se pode admitir a espera de que o tumor cresça para se examinar a mama com maior chance de câncer. Além disso, a chamada mamografia unilateral reduziria pela metade o número de casos diagnosticados. Se este impropério continuar, será inevitável o aumento de mortes e de retirada de seios (mastectomias) que poderiam ser evitadas.
De acordo com parecer da Comissão Nacional de Mamografia – formada pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), estudo internacional aponta redução de 26% a 29% na mortalidade em mulheres entre 40 e 49 anos comparadas a pacientes não submetidas ao rastreamento (mamografia preventiva).
A Comissão também cita estudo brasileiro mostrando que 42% dos casos de câncer de mama registrados em Goiânia (GO) ocorreram em pacientes abaixo dos 49 anos. O levantamento de um grande hospital oncológico de Curitiba (PR) aponta que, de 2005 a 2009, 39,8% das pacientes operadas com diagnóstico de câncer de mama tinham até 49 anos. O índice passou a 37,1% de 2010 a 2011.
Dessa forma, o CBR, a Febrasgo e a SBM afirmam que as determinações da Portaria nº 1.253 não se enquadram na boa prática médica e são prejudiciais à saúde da mulher brasileira. Defendemos o rastreamento mamográfico para todas as mulheres assintomáticas acima de 40 anos. Enfatizamos também que, no caso das pacientes que apresentem sintomas mamários, não existe limitação quanto à faixa etária para a avaliação mamográfica, que sempre deve ser bilateral (denominada de mamografia diagnóstica).
Enquanto estudamos contestar a Portaria nº 1.253 na Justiça, se não houver abertura de diálogo por parte do Ministério da Saúde, recomendamos aos médicos que continuem prescrevendo a mamografia de rastreamento para pacientes acima de 40 anos e não aceitem a chamada mamografia unilateral.
Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR)Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)
Apoio:
Associação Médica Brasileira                      Conselho Federal de Medicina
  • Postado em: 5 de fevereiro de 2014
  • http://cbr.org.br/nota-de-repudio-governo-federal-nega-direito-a-prevencao-do-cancer-de-mama/

PORTARIA 1253 DO MINISTÉRIO DA SAÚDE - NOTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MASTOLOGIA


http://www.sbmastologia.com.br/index/index.php/agenda-e-eventos/eventos/9-destaque-/308-sbm

Ministério da Saúde com apoio da FSP USP, apresenta novo guia alimentar e consulta a população

Publicação do Ministério da Saúde, elaborada com o apoio do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Faculdade de Saúde Pública e da Organização Pan-Americana de Saúde, indica como todos os brasileiros podem ter uma alimentação saudável consumindo alimentos e preparações culinárias e limitando produtos prontos para consumo.

O Ministério da Saúde abriu consulta pública nesta segunda-feira (10) para receber comentários e sugestões que aprimorem o novo Guia Alimentar para a População Brasileira.  O documento em consulta revisa guia anterior publicado em 2006. O novo guia traz orientações e recomendações que facilitarão a prevenção tanto da desnutrição, em forte declínio no país, quanto de doenças em ascensão, como a obesidade, diabetes e outras doenças crônicas relacionadas à alimentação. O Guia pode ser acessado no portal do Ministério (www.saude.gov.br/consultapublica) e contribuições podem ser enviadas até o dia 07 de maio de 2014.
Baseado nas mais recentes evidências científicas, mas elaborado em uma linguagem que procura ser acessível ao grande público, o novo guia se dirige tanto às pessoas e às famílias diretamente quanto aos profissionais de saúde e educadores que cuidam de nossa população.
O Guia traz três recomendações básicas: basear a alimentação em alimentos in natura e minimamente processados, utilizar com moderação óleos, gorduras, sal e açúcar ao preparar os alimentos e limitar produtos prontos para o consumo.  Importantes novidades em relação à versão anterior incluem a distinção entre alimentos e produtos alimentícios e a distinção entre produtos usados para preparar alimentos e convertê-los em preparações culinárias e produtos usados para substituir alimentos e preparações culinárias.
“O Novo Guia Alimentar se preocupa com a qualidade dos alimentos que são recomendados para o consumo. Por isso, a regra de ouro é preferir alimentos e preparações culinárias a produtos alimentícios prontos para o consumo”, destaca a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime.
Cozinhar o seu próprio alimento sempre que possível, fazendo do ato de cozinhar um momento familiar é uma orientação do novo guia. Outra é: se precisar comer fora de casa, opte por restaurantes que servem comida, como os restaurantes ‘por quilo’ e evite as redes de fast food.  “Precisamos resgatar e valorizar a culinária, planejar as nossas refeições, trocar receitas com amigos e envolver a família na preparação das refeições. Isso pode até implicar dedicação de mais tempo, mas o ganho em saúde (e na convivência com os seres queridos) é significativo, além de poder trazer economia ao orçamento da familiar, já que, no Brasil, a alimentação preparada na hora ainda é mais barata do que a baseada em produtos prontos para consumo”, reforça Patrícia.
O novo guia também orienta a repensar a melhor maneira de comer. A ideia é desfrutar o que se está comendo, sem se envolver em outra atividade (como ver televisão ou falar ao celular), e, sempre que possível, em companhia.  Outras sugestões práticas importantes são evitar beliscar entre as refeições e fazer a alimentação diária em horários semelhantes e em locais limpos, tranquilos e confortáveis, longe de ambientes estressantes.
Outras características importantes do Guia são adotar como ponto de partida para suas recomendações padrões de alimentação que são efetivamente praticados pela população brasileira e considerar o impacto das escolhas alimentares sobre o ambiente e a cultura.
O processo da construção do novo Guia incluiu a realização de duas oficinas realizadas em 2011 e 2013 na Faculdade de Saúde Pública com pesquisadores, profissionais de diversos setores e organizações não governamentais.
Confira os Dez Passos da Alimentação Saudável 
·       Fazer de alimentos a base da alimentação
·       Usar óleos, gorduras, sal e açúcar com moderação
·       Limitar o uso de produtos prontos para consumo
·       Comer com regularidade e com atenção e em ambientes apropriados
·       Comer em companhia
·       Fazer compras de alimentos em locais que ofertem variedades de alimentos frescos e evitar aqueles que só vendem produtos prontos para consumo
·       Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias
·       Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece
·       Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora e evitar redes de fast food
·       Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais
Mais informações e entrevistas para a imprensa, com as pesquisadores, Ana Paula Bortoletto Martins – Nutricionista e pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo – Nupens/USP - telefone celular é (11) 99892-3364. - (11) 3061-7954 - anapbmartins@gmail.com . e Daniela Canella – Nutricionista e pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo – Nupens/USP - telefone celular é (11) 9-7963-2135. - (11) 3061- 7866 -anapbmartins@gmail.com .
fonte: actbr.org.br

CUIDADOS APÓS CIRURGIA DE MAMA

Por vários motivos, após a cirurgia da mama podem surgir complicações no braço do lado operado. As principais são:
  • Dor e restrição do movimento do ombro.
  • Inchaço do braço.
  • Falta de Sensibilidade na parte superior e interna do braço.
Para evitá-las, elaboramos um programa de exercícios.
Logo após a cirurgia:
Manter o braço afastado do corpo ±20 cm, apoiado sobre um travesseiro, deixando a mão e o cotovelo mais altos que o ombro.
No dia seguinte à cirurgia:
a) Movimente o punho, o cotovelo e o ombro vagarosamente. Repita cada movimento 10 vezes, 3 vezes do ao dia.
b) Com uma bolinha, faça movimentos de aperto por 5 minutos, 3 vezes ao dia.
A partir do 4° dia após a cirurgia:
1) Pêndulo: incline-se para frente, mova os braços como pêndulo (A) e ainda inclinada, mova os braços para os lados (B).
2) Formiguinha: suba os dedos pela parede, mantenha o cotovelo esticado e permaneça nesta posição por 5 segundos.
3) Passarinho: com as palmas das mãos para dentro, junte as pernas e abra os braços sem dobrar os cotovelos. Mantenha os braços no máximo da elevação conseguida por 5 segundos.
4) Sutiã: coloque os braços nas costas. Mantenha-se reta levando as mão para cima e para baixo. Mantenha por 5 segundos as mão juntas no ponto mais alto que você atingir e por mais 5 no ponto mais baixo.
5) Oferecer: levante os braços até ficarem paralelos ao chão, com as palmas das mãos para cima. Abaixe-os sem dobrar os cotovelos, mantendo a posição por 10 segundos.
6) Cruz: com as palmas das mãos para dentro, levante os dois braços juntos, até a posição vertical, mantendo-os elevados por 10 segundos. Retorne à posição original.
7) Pegar a orelha: com a mão apoiada na cintura, eleve o braço do lado operado, passando por cima da cabeça e tocando com os dedos a orelha do lado oposto. Mantenha esta posição por 10 segundos e retorne à posição inicial.
Atenção!
  • Os exercícios não devem cansá-la muito. Os movimentos devem ser realizados iniciando com 10 repetições e aumentados até 50 repetições cada um.
  • Nos primeiros 3 meses após a cirurgia, faça os exercícios 3 vezes ao dia.
  • O ideal é realizá-los em frente a um espelho, para que você veja se os está fazendo corretamente.
  • Lembre-se: Fazendo os exercícios corretamente, você alcançará sua reabilitação completa!
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  • Realizar os exercícios apropriados para braço e ombro.
  • Usar aparador elétrico de costeletas ("trimmer") para a remoção dos pêlos da axila ou cortá-los rente com tesoura sem ponta.
  • Manter soltas as mangas e os punhos das roupas.
  • Usar um creme hidratante e nutritivo para a pele, à base de lanolina.
  • Usar luvas de borracha para lavar louça ou roupa.
  • Usar luvas de lona para trabalhar no jardim.
  • Usar luvas acolchoadas para manusear o forno.
  • Usar dedal para costurar.
Evitar (do lado operado):
  • Fazer grandes esforços ou carregar peso.
  • Praticar movimentos repetitivos.
  • Medir a pressão arterial.
  • Tomar injeções e/ou vacinas.
  • Coletar sangue para exames.
  • Receber soro.
  • Retirar cutícula.
  • Queimar, ferir ou arranhar a pele.
  • Usar relógios e/ou pulseiras apertados.
  • Expor-se excessivamente ao sol.
  • Picadas de inseto.
  • Substâncias irritantes, que ressequem a pele.
ATENÇÃO: Em caso de inchaço, vermelhidão ou qualquer alteração no braço do lado operado, procure um médico!
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Todos os alimentos que consumimos podem ser divididos em três grupos principais:
  • alimentos construtores: contém proteína e formam nossos órgãos e músculos.
  • alimentos energéticos: fornecem combustível para as atividades diárias.
  • alimentos reguladores: equilibram o funcionamento do organismo.
Devemos comer sempre um alimento de cada grupo em cada uma das três principais refeições diárias que realizamos. Para facilitar, olhe esta figura:
Experimente montar uma refeição incluindo sempre um alimento de cada grupo e você terá uma alimentação equilibrada. Por exemplo: leite (grupo 1) pão (grupo 2) + manteiga (grupo 1) fruta (grupo 3)
Assim, temos alguns exemplos de:
  1. Alimentos construtores: carne, frango, peixe, queijo, leite, ovo, feijão, grão-de-bico, lentilha.
  2. Alimentos energéticos: pão, bolacha, torrada, batata, mandioca, arroz, macarrão, pizza.
  3. Alimentos reguladores: verduras, frutas e legumes.
Atenção!
  • Fracionar a dieta em 5 refeições (café, almoço, lanche, jantar, ceia).
  • Preferir leite desnatado e queijo branco.
  • Preferir carnes magras.
  • Retirar a gordura do bife ou a pele do frango antes de cozinhar.
  • Evitar os miúdos (coração, fígado).
  • Evitar frituras.
  • Comer devagar e mastigar bem.
Importante:Porque toda essa preocupação com a alimentação?
O principal objetivo é evitar o excesso de gordura no organismo, pois isto interfere diretamente na produção de hormônio feminino (estrógeno). Este hormônio, quando aumentado, pode estimular o crescimento das células do câncer da mama.
Osteoporose
Após a menopausa, as mulheres têm maior risco para desenvolver a osteoporose (diminuição de cálcio no osso). Geralmente, o tratamento é realizado através da administração de estrógeno e cálcio e de exercícios. A paciente com câncer de mama não deve tornar estrógeno. Assim, deve-se tentar fazer:
  • Atividade física: de preferência, caminhadas de 30 a 40 minutos, em marcha acelerada, 3 vezes por semana. Comece com menos tempo e vá aumentando progressivamente.
  • Dieta rica em cálcio: leite desnatado, queijo fresco.
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Responsável por esta página: Dr. Luis Gerk de A. Quadros. 
E-MAILe-mail: quadros.toco@epm.br 
http://www.unifesp.br/dgineco/reabilitacao.htm

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

GRUPO SE TOQUE - AÇÕES EM 2014

Ações do Grupo serão divulgadas em breve!

EUA amplia lista de doenças vinculadas ao tabaco

Washington - A máxima autoridade de saúde dos Estados Unidos, o cirurgião geral, Boris D. Lushniak, ampliou em seu último relatório a lista de doenças que têm o tabagismo como causa, um texto que chega 50 anos depois do primeiro documento oficial do Governo que associou o tabaco com o câncer de pulmão.

Neste documento publicado hoje, o Governo dos EUA considera que fumar tem uma relação de causa-efeito com o câncer de fígado, de cólon, diabetes melito de tipo dois, degeneração macular associada à idade, disfunção erétil e artrite reumatoide.

O tabagismo, segundo o mesmo relatório, também provoca inflamação, perda de visão, prejudica o sistema imunológico e aumenta o risco de morrer de tuberculose e de ter uma gravidez extrauterina.

Estas doenças foram associadas ao tabagismo anteriormente, mas neste relatório o Governo dos EUA conclui pela primeira vez que o tabagismo é sua causa ou que estas doenças não teriam aparecido se o paciente não tivesse fumado.

O que estabelece o relatório do cirurgião geral não tem caráter obrigatório perante a lei, mas sim é tomado como referência pelos pesquisadores e políticos de saúde.

A máxima autoridade de saúde americana acrescentou em 1990 o câncer de bexiga à lista de doenças provocadas pelo tabagismo, enquanto em 2004 incorporou o câncer cervical.

O relatório publicado hoje concluiu que não há evidências suficientes para assegurar que o tabaco cause câncer de próstata, nem de mama, mas neste último caso as provas são 'sugestivas embora não definitivas'.

O documento também assinala que os fumantes de hoje em dia têm um risco mais alto de desenvolver câncer de pulmão que os de há 50 anos, algo que se deve às mudanças no projeto e na composição dos cigarros.

Em 1964, o Governo dos EUA concluiu pela primeira vez, em um histórico e polêmico relatório que mudou para sempre a concepção do tabagismo no país, que fumar provoca doenças mortais, como o câncer de pulmão.

Desde então, o número de fumantes na nação caiu de maneira notável: em 1965, 43% dos adultos consumiam tabaco, enquanto em 2012 o número foi de 18%.

Apesar deste progresso, o tabagismo é principal causa de morte prematura nos EUA, onde cada ano tira mais de 400 mil vidas.

De fato, mais de 20 milhões de americanos morreram desde 1964 prematuramente por causa do tabagismo, que continua sendo a primeira causa de morte evitável nos EUA.

No entanto, as políticas para lutar contra o tabaco evitaram cerca de oito milhões de mortes na nação nos últimos 50 anos, enquanto que aumentou a esperança de vida, segundo um relatório publicado na semana passada pelo 'Journal of the American Medical Association'.

Por isso, em seu último relatório, a máxima autoridade de saúde dos EUA pede para que a ação política e sanitária para lutar contra o tabagismo seja intensificada. 

Fonte: Globo.com

Médico cria técnica de sobrevida a pacientes de câncer de colo do útero

O médico de Campinas (SP) especialista em Radioterapia Antonio Carlos Zuliani Oliveira desenvolveu uma técnica que aumenta a sobrevida de pacientes com câncer de colo do útero em estádio avançado. O estudo, defendido por ele como tese de doutorado na faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (FCM), rendeu ao especialista o primeiro Prêmio Científico Internacional da American Society for Radiation Oncology (ASTRO) entregue a um brasileiro. O novo protocolo, elaborado a partir da pesquisa que durou dez anos - de 2003 a 2013 -, já é utilizado no Hospital da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O especialista explica que este tipo de câncer varia do grau 1 ao 4, conforme a gravidade. "O alvo do estudo foi as mulheres no estádio 3B da doença, quando ela ainda não afetou outros órgãos”, afirma. A pesquisa, inédita, associou a radioterapia com branquiterapia de alta dose e a quimioterapia de cisplatina no tratamento de 147 mulheres atendidas pelo Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Unicamp. "Tivemos melhora significativa de 10% das pacientes. Além de ter uma chance de cura considerável, o novo tratamento também ajuda a combater a reincidência da doença, tendo esse impacto na sobrevida da mulher”, explica.

Novo tratamento

Além de associar os três tipos de tratamento, o estudo propôs também um aumento na dose de radiação aplicada durante a branquiterapia ginecológica. No tratamento de baixa dose, aplicado antes do desenvolvimento da pesquisa, a paciente chegava a ficar internada de dois a três dias para receber a radiação no útero por meio do canal vaginal. "Era uma técnica que demorava muito, além de ser desconfortável, já que a paciente tinha que permanecer na mesma posição 72 horas, sem poder sentar ou se mexer”, conta. 

Com o tratamento de alta dose de branquiterapia, em que a radiação é aplicada em uma velocidade maior, o procedimento dura em torno de 40 minutos e tem os mesmos efeitos, segundo o médico. "É muito mais confortável e dá muito mais segurança para os médicos realizarem esse tratamento”, comenta.

Diagnóstico precoce

Segundo Zuliani, apesar do aumento na perspectiva da sobrevida, o diagnóstico precoce do câncer, por meio do exame de Papanicolau e da vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), ainda é a melhor forma de lidar com a doença. "Quando o câncer é descoberto na etapa pré-cancerígena, o índice de cura chega próximo a 100%", diz.

A principal forma de transmissão da doença é por meio de relações sexuais sem camisinha. O exame de Papanicolau é indicado para toda mulher que tem ou já teve vida sexual ativa. Inicialmente, o teste é feito anualmente.

Fonte: Globo.com

Lucas Lucco lança clipe sobre relação de amor com paciente de câncer e bomba na web

Um dos principais nomes do momento do sertanejo, o cantor Lucas Lucco está radiante com o tamanho de seu sucesso. Nesta quarta-feira (22), ele usou as redes sociais para comemorar a repercussão de seu novo trabalho.

O galã lançou o clipe de Mozão em seu canal no YouTube e, em pouco tempo, o vídeo já havia ultrapassado 1 milhão de visualizações.

— Obrigado meu Deus. Tocamos mais de 1 milhão de pessoas em menos de 24 horas.

O clipe de Mozão também é um alerta para a prevenção contra o câncer de mama. No filme, o sertanejo é apaixonado por uma jovem que, durante o autoexame, descobre nódulos no seio.

A namorada do cantor no clipe passa por uma cirurgia, faz quimioterapia, perde o cabelo, mas conta com o apoio do amado até se curar.

O vídeo ainda trás depoimentos reais de mulheres que enfrentaram e venceram a doença

Fonte: R7

Mitos e Verdades sobre a Mamografia

Você deve ter milhões de desculpas para não fazer a mamografia anual, mas suas razões podem não ser tão boas quanto pensa. 

Câncer de mama não acometeu nenhum membro de minha família, por isso eu não corro risco

É verdade que se o câncer de mama acomete sua família, você tem maior risco de ter a doença, principalmente se sua mãe ou irmã já tiveram. Mas, a maioria das mulheres que tem câncer de mama  (85%) não tem histórico familiar da doença. Portanto, faça o rastreamento mamográfico de qualquer maneira.

Eu sou muito jovem

O câncer de mama é o tipo mais comum em mulheres a partir dos 55 anos de idade, mas, também pode acometer mulheres jovens. O rastreamento mamográfico consiste em realizar mamografia anual para mulheres com 40 anos ou mais. A partir dos 70 anos, a frequência dependerá do critério médico. Para mulheres com risco aumentado, a mamografia deve ser anual a partir dos 35 anos de idade. No Brasil mulheres a partir dos 40 anos de idade, têm amparo na Lei 11664/08 para solicitar que seja feita mamografia de rastreamento, apesar da falta de recomendação formal pelo Ministério da Saúde.

A radiação é muito arriscada


A mamografia utiliza raios X para formar a imagem da mama e é utilizada para o rastreamento do câncer de mama. Como o tecido da mama é difícil de ser examinado com o uso de radiação penetrante, devido às pequenas diferenças de densidade e textura de seus componentes como o tecido adiposo e fibroglandular, a mamografia possibilita somente suspeitar e não diagnosticar um tumor maligno. A imagem é obtida com o uso de um feixe de raios X de baixa energia, após a mama ser comprimida entre duas placas. O risco associado à exposição à radiação é mínimo, principalmente quando comparado com o benefício obtido. 

Eu tenho medo do que pode ser encontrado


Não tire conclusões precipitadas. Lembre-se, 80% dos nódulos encontrados tendem a ser benignos. A mamografia também não altera nada, apenas mostra com precisão o que já está lá. Se com a mamografia é encontrada alguma alteração não seria melhor saber mais cedo do que tarde se é uma doença maligna?

É um exame muito caro

Não. Toda paciente atendida pelo SUS não paga nada para a realização da mamografia. Todos os convênios e seguros de saúde cobrem o custo do exame. 

É muito dolorosa


A mamografia é um exame muito rápido, pode provocar em algumas mulheres, dependendo da sensibilidade individual, dor que é tolerável, o desconforto provocado pelo exame é breve. O que pode ajudar:
  • Agende seus exames quando suas mamas estiverem menos sensíveis, ou seja, não agende antes da menstruação.
  • Tome um analgésico antes do exame para aliviar a dor.
  • Deixe que a técnica saiba que você pode estar sensível. Ela poderá assim  ser capaz de tornar o exame menos doloroso oferecendo uma experiência positiva.

Eu não tenho nódulos nas mamas


Isso é bom, mas mamografias podem encontrar pequenos tumores com tamanho de 1 milímetro até 3 anos antes de você poder senti-los. Os tumores pequenos, em estágio inicial são tratáveis e o diagnóstico precoce tem chance de até 95% de cura. 

Eu sou uma pessoa muito ocupada

Reserve um tempo. Uma mamografia dura entre 15 - 30 minutos, e é parte de seus exames de rotina. É muito mais demorado se você ficar doente.

Meus seios são muito densos


A mamografia pode não ser tão eficaz na detecção de nódulos ou lesões cancerosas em mamas densas, mas também não é inútil. Se sua mamografia não está clara em função das mamas densas, poderá ser feito um segundo exame de imagem, por exemplo, ultrassom ou ressonância magnética.

Eu me alimento bem e me exercito regularmente, logo, não corro riscos


Dieta equilibrada e prática de exercícios para manter uma vida saudável podem diminuir o risco de um câncer de mama, mas não o elimina completamente, por conta disso é muito importante a realização da mamografia a partir dos 40 anos, cuide de sua saúde, cuide de suas mamas.
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/mitos-e-verdades-sobre-a-mamografia/4354/28/