sexta-feira, 26 de agosto de 2016

27 de agosto, dia do Psicólogo no Brasil. O que comemoramos, afinal?

Uma comemoração sempre gera uma mobilização social. Para Sirinelli (1999), historiador francês, isto significa que, ao preparar uma comemoração, o foco é direcionado para algum aspecto da história, seus avanços e vitórias. Estas datas comemorativas são terrenos férteis para reflexão sobre nossas práticas, nossas contribuições e análises das mudanças. Com tudo isso, há o reconhecimento e valorização de pessoas que viveram e lutaram por uma causa que continua nos unindo nos dias atuais.
Na Psicologia, um ano importante e que continua sendo lembrado é 1879, já que foi o ano em que Wilhelm Wundt fundou o laboratório que representa o primeiro centro internacional de formação de psicólogos (Araújo, 2009). Em uma perspectiva local, o dia 27 de agosto de 1962 representa uma importante data na história da psicologia no Brasil, pois foi o ano em que a Lei n. 4119 foi promulgada, regularizando a formação e a profissão no país. Desde então, nesta data, são lembrados os esforços de profissionais de várias áreas do conhecimento pela constituição da Psicologia no Brasil. Comemora-se o fim da luta travada, principalmente na década de 1950, por profissionais de diversas regiões do país que viam na Psicologia a oportunidade de melhorar a vida das pessoas, a qualidade da educação oferecida ou mesmo as condições de vida no país; e o início de uma nova luta pela qualidade da formação e dos profissionais.
(ilustrativo) Cena de uma sala de aula nas primeiras décadas do século XX.
O dia 27 de agosto de 1962 representa o fim do movimento de profissionais de várias áreas como Educação, Engenharia, Medicina, Filosofia, entre outros, que vinham exercendo a profissão de psicólogo ou ensinando psicologia nos cursos de Filosofia e Pedagogia, principalmente. Estes profissionais enfrentaram reações de médicos que eram contra a prática psicoterapêutica por profissionais sem a formação médica. Foi durante esta luta pelo reconhecimento legal da profissão de psicólogo que a Psicologia ganhou espaço no meio acadêmico, houve um aumento da publicação no país e ampliação das áreas de aplicação. Desde as primeiras décadas do século XX, quando o ensino de Psicologia entrou no meio acadêmico como parte da formação de filósofos e professores, foram feitas traduções de livros e artigos, além da publicação de artigos inéditos de brasileiros em revistas que estavam surgindo no país. A organização de profissionais começou acontecer em entidades científicas comoSociedade de Psicologia de São Paulo (1945), Associação Brasileira de Psicotécnica (1949), Associação Brasileira de Psicologia (1954), Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul (1959). Todos estes acontecimentos representam o processo de consolidação da Psicologia no Brasil.
Arquivos Brasileiros de Psicotécnica, primeira revista científica de Psicologia no Brasil (1949), publicada pela Associação Brasileira de Psicotécnica, sob os auspícios do ISOP/FGV-RJ. Revista ainda em circulação, com o nome de Arquivos Brasileiros de Psicologia, editada pela UFRJ.
Por fim, esta data também marca o início do período profissional da Psicologia, pois, mesmo com o surgimento do primeiro curso de graduação na área, na década de 1950, é a partir do dia 27 de agosto de 1962, que começa o ensino formal e reconhecido por lei (Massimi, 1990). Não fossem todos os embates já apresentados, estes novos profissionais ainda passaram por um regime militar, a partir de 1964, a reforma universitária de 1968, a elaboração do currículo mínimo para a formação do profissional e a elaboração dos materiais didáticos, a ampliação do campo de atuação e reconhecimento da profissão pela comunidade.
Por tudo isso, atualmente, todo dia 27 de agosto é comemorado no Brasil o dia do Psicólogo pelos psicólogos brasileiros. Olhando rapidamente para a história, pode-se responder à pergunta inicial: “O que comemoramos, afinal?”. Comemora-se uma história de perdas e vitórias, alcançadas por pessoas que batalharam para criar o cenário profissional dos dias atuais. Esta comemoração, portanto, nos faz lembrar que todos os psicólogos de hoje são parte de um projeto que ganhou força no dia 27 de agosto de 1962 e que não está acabado. Cabe aos psicólogos de hoje, então, pensar na história que deverá ser contada no futuro.
Referências
Araújo, S. F. (2009). Wilhelm Wundt e a fundação do primeiro centro internacional de formação de psicólogos. Temas em Psicologia, 17, 1, pp 9 – 14.
Massimi, M. (1990). História da psicologia Brasileira: da época colonial até 1934.São Paulo: EPU, 82 p.
Sirinelli J, (1999). Ideologia, tempo e história, in: Chauveau, A., Tétart, P.Questões para a história do presente, Bauru, SP: EDUSC.
https://ripehp.com/2013/08/27/27-de-agosto-dia-do-psicologo-no-brasil-o-que-comemoramos-afinal/

27 de agosto - dia do psicólogo

No dia 27 de agosto é comemorado no Brasil o Dia do Psicólogo. Nesta mesma data, no ano de 1964, a profissão foi regulamentada através da Lei 4.119/64. O Dia do Psicólogo foi criado para reforçar ao profissional a necessidade de estar sempre atento à responsabilidade que sua atividade apresenta.

O profissional de Psicologia é, como o próprio nome da teoria sugere, um conhecedor da mente humana. A palavra deriva do grego e significa psyche (mente ou alma) e logos (conhecimento), ou seja, "ciência da alma": sua definição mais antiga. 

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Efeitos Colaterais do Tratamento do Câncer a Longo Prazo

Um efeito tardio é um efeito colateral que ocorre meses ou anos após o término do tratamento. Muitos pacientes que receberam tratamento para o câncer têm um eventual risco de desenvolver efeitos tardios. O tratamento dos efeitos a longo prazo é uma parte importante dos cuidados do acompanhamento após o tratamento.

Tipos de Colaterais a Longo Prazo 

Os principais efeitos tardios causados pelo tratamento do câncer são:

  • Problemas Cirúrgicos

Diferentes procedimentos cirúrgicos podem causar efeitos tardios, por exemplo: 
  1. Pacientes de linfoma de Hodgkin, especialmente aqueles diagnosticados antes de 1988, muitas vezes tinham seus baços ressecados e têm um maior risco de infecções graves.
  2. Pacientes com tumores ósseos e de partes moles podem ter sequelas físicas e psicológicas por perder todo ou parte de um membro, como sensação de dor no membro que foi removido.
  3. Pacientes que fizeram a cirurgia para retirada de linfonodos ou radioterapia para os gânglios linfáticos podem desenvolver linfedema, que causa inchaço e dor.
  4. Homens que tiveram os gânglios linfáticos próximos do rim, bexiga, testículos ou reto, removidos podem ter um risco aumentado de infertilidade.

  • Problemas Cardíacos

Estes são mais frequentemente causados pela radioterapia na região torácica ou pela quimioterapia, especialmente se forem administrados os medicamentos quimioterápicos doxorrubicina e ciclofosfamida. Pacientes com mais de 65 anos e aqueles que receberam doses mais elevadas de quimioterapia têm um maior risco de desenvolver problemas cardíacos que podem incluir inflamação do músculo cardíaco, insuficiência cardíaca congestiva ou doença cardíaca.

Converse com seu médico sobre o que está sendo avaliado regularmente no que se refere à parte cardiológica,  já que você não pode apresentar quaisquer sinais ou sintomas. Os exames de rotina para detectar danos ao coração incluem exame físico, eletrocardiograma e ecocardiografia. Todos os pacientes que tiveram câncer, especialmente aqueles que fizeram tratamento para linfoma de Hodgkin na infância, devem informar a seus médicos se sentirem dor no peito, porque isso pode ser um sinal de um problema cardíaco.

  • Problemas Pulmonares

A quimioterapia e a radioterapia podem causar danos aos pulmões. Pacientes que receberam quimioterapia e radioterapia (por exemplo, um paciente que recebeu os dois tratamentos para o transplante de células tronco) podem ter risco maior de lesão pulmonar. Alguns dos medicamentos que são mais propensos a causar danos nos pulmões incluem a bleomicina, carmustina, prednisona, dexametasona e metotrexato. Os efeitos tardios podem incluir:
  1. Alteração na função pulmonar.
  2. Espessamento da mucosa dos pulmões.
  3. Inflamação dos pulmões.
  4. Dificuldade na respiração.

Pacientes com histórico de doença pulmonar e idosos podem ter problemas pulmonares adicionais.

  • Problemas no Sistema Endócrino

Para as mulheres, a quimioterapia e a radioterapia podem danificar os ovários, provocando ondas de calor, problemas sexuais, osteoporose e menopausa precoce.

Homens e mulheres que fazem radioterapia na região da cabeça e pescoço podem ter níveis mais baixos de hormônios ou alterações da glândula tireoide, e ambos terem um risco aumentado de infertilidade devido ao tratamento do câncer.

O seu médico pode solicitar exames de sangue para verificar seus níveis hormonais, e estes devem ser feitos regularmente para ex-pacientes de câncer que têm um risco de alterações hormonais devido ao tratamento. Às vezes, medicamentos ajudam a que os níveis de hormônios voltem ao normal.

  • Problemas Ósseos, Articulações e Tecidos Moles

Ex-pacientes de câncer que receberam quimioterapia, medicamentos esteroides ou terapia hormonal e que não são fisicamente ativos podem desenvolver osteoporose ou dor nas articulações.

Você pode diminuir o risco de osteoporose não fumando, mantendo uma dieta rica em alimentos ricos em cálcio e vitamina D, praticando atividade física regularmente e limitando a quantidade de álcool ingerida.

  • Problemas com Nervos, Medula Óssea e Cérebro

A quimioterapia e a radioterapia podem causar efeitos colaterais no cérebro, medula espinhal e nervos a longo prazo. Estes efeitos tardios podem incluir:
  1. Perda de audição devido as altas doses de quimioterapia, especialmente com cisplatina.
  2. Risco de AVC, para aqueles que receberam altas doses de radioterapia no tratamento de tumores cerebrais.
  3. Efeitos colaterais sobre o sistema nervoso, como neuropatia periférica.

Check ups regulares, exames de audição e raios X devem ser realizados após o término do tratamento para verificar esses efeitos tardios.

  • Dificuldade de Aprendizagem, Memória e Concentração

Quimioterapia e altas doses de radioterapia na cabeça podem causar problemas de concentração, memória e de aprendizagem, tanto para crianças, como para adultos.

Ex-pacientes que sofrem de algum desses problemas devem conversar com seu médico.

  • Problemas de Visão e Dentário

Os ex-pacientes de câncer devem fazer visitas regulares com dentista e oftalmologista. Dependendo do tipo de tratamento realizado esses pacientes podem apresentar problemas como:
  1. A quimioterapia pode afetar o esmalte dos dentes e aumentar o risco de problemas dentários a longo prazo.
  2. Altas doses de radioterapia administrada na região da cabeça e pescoço pode alterar o desenvolvimento dos dentes, causar doenças da gengiva e diminuir a produção de saliva, provocando boca seca.
  3. Medicamentos esteroides podem aumentar o risco de problemas oculares, como catarata.
  4. Quimioterapia, radioterapia e cirurgia podem afetar a forma como uma pessoa digere seu alimento. A cirurgia e/ou radioterapia na região abdominal pode provocar dor crônica no tecido cicatricial e problemas intestinais que afetam a digestão. Enfim, alguns pacientes podem ter diarreia crônica, que reduz a capacidade do seu organismo de absorver nutrientes.
  5. Um nutricionista pode ajudar os pacientes que não estão recebendo nutrientes suficientes ou estão abaixo do peso por causa da má digestão.

  • Dificuldades Emocionais

Ex-pacientes de câncer muitas vezes experimentam uma variedade de emoções positivas e negativas, incluindo alívio, um sentimento de gratidão por estar vivo, medo da recidiva, raiva, culpa, depressão, ansiedade e isolamento.

Os ex-pacientes e cuidadores, familiares e amigos também podem apresentar episódios de estresse pós-traumático. A experiência pós-tratamento de cada pessoa é diferente. Por exemplo, alguns pacientes lutam com os efeitos emocionais do câncer, enquanto outros dizem que eles têm agora uma nova perspectiva de vida devido à doença.  Em caso de necessidade procure um psicólogo ou um pisco-oncologista para diagnóstico e tratamento efetivos do problema.

  • Cânceres Secundários

Um câncer secundário é um tipo diferente de câncer que surge após o diagnóstico inicial de câncer. Os ex-pacientes de câncer têm um risco aumentado de desenvolver um novo câncer. A quimioterapia e a radioterapia podem danificar as células estaminais da medula óssea e aumentar a possibilidade de qualquer mielodisplasia ou leucemia aguda. Converse com seu médico sobre como reduzir o risco de um câncer secundário e como estar atento a quaisquer sinais ou sintomas.

  • Fadiga

A fadiga é o efeito colateral mais comum do tratamento de câncer, e que muitas vezes persiste após o término do tratamento. A fadiga pode ser causada pelos efeitos colaterais de tratamento ou pode não ter nenhuma causa conhecida.

Perguntas para seu Médico

Quando estiver finalizando o tratamento, converse o máximo possível com seu médico sobre os potenciais efeitos a longo prazo de seu tratamento.

Algumas sugestões de perguntas a serem feitas ao médico:
  • Você poderia fazer um relatório do tratamento que eu realizei?
  • Tenho risco de desenvolver efeitos colaterais tardios específicos?
  • Devo consultar outros especialistas, como um cardiologista ou endocrinologista?
  • Existem sinais ou sintomas aos que eu preciso ficar atento?
Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/efeitos-colaterais-do-tratamento-do-cancer-a-longo-prazo/4446/697/

Inca estima quase 3 mil casos de câncer de mama na Bahia

Segundo mais comum entre as mulheres, o câncer de mama deve atingir 2760 mulheres na Bahia este ano. A estimativa é do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que prevê 270 em Salvador. O tumor é predominante na faixa etária de 50 a 69 anos, mas especialistas recomendam que mulheres acima de 35 anos já ativem o sinal de alerta para o câncer de mama, que no ano passado matou 774 pessoas a óbito – 2% a mais do que em 2014, quando 758 mortes foram registradas pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A incidência deste tipo da doença só é menor do que o câncer de pele.

De acordo com o Inca, o tumor em questão é responsável pela quinta causa de morte em geral. Especialistas afirmam que isso ocorre porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. A mamografia é o principal instrumento.

Para ajudar no combate à doença, o órgão conta com o Saúde sem Fronteiras Rastreamento do Câncer de Mama, programa itinerante no qual unidades móveis vão aos municípios para realizar mamografias. Para a Sesab, o diferencial deste programa é o acompanhamento das mulheres com mamografias inconclusivas, com a oferta de exames complementares para o diagnóstico e o encaminhamento ao tratamento, visando a integralidade do atendimento. Até o dia 27, o programa estará na Praça Matriz, em Lauro de Freitas, realizando mamografias.

Diagnosticado ainda em seu estágio inicial, o tratamento do câncer de mama tem 95% de chance de cura. A sociedade Brasileira de Mamografia recomenda mamografia anual para todas as mulheres a partir dos 40 anos. 

A fundadora do Núcleo Assistencial para Pessoas com Câncer (Naspec), Romilza Medrado, traz consigo uma bela história de superação do tumor mamário. Ela começou a dedicar-se às pessoas doentes quando ainda tinha 17 anos. Acostumada a encorajar mulheres com o tumor, ela sentiu na carne, há 30 anos, o que era sofrer com a neoplasia. Hoje, aos 58 anos, após superar por duas vezes o câncer de mama, ela transmite confiança ao encorajar os pacientes da instituição. "Eu tive câncer de mama bilateral. Entre esses dois cânceres de mama, tive outro câncer diferente. Quando olho no olho deles [pacientes], eu sinto que estou falando de igual para igual”.

Fonte: Tribuna da Bahia in http://www.oncoguia.org.br/conteudo/inca-estima-quase-3-mil-casos-de-cancer-de-mama-na-bahia/9758/7/

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Feijão e outros grãos previnem contra o câncer?

É de se lamentar que o consumo de feijão venha caindo tanto nas mesas pelo Brasil. A ciência da nutrição demonstra cada vez mais a força dessa e de outras leguminosas no combate a doenças. Entre os achados mais recentes, está precisamente sua capacidade de evitar a formação de tumores.

Uma das explicações para esse efeito, segundo avaliação do Laboratório de Prevenção do Câncer da Universidade do Estado do Colorado, nos Estados Unidos, é o fato de o feijão ter baixo índice glicêmico. O que isso quer dizer? Que ele faz a glicose chegar à corrente sanguínea mais lentamente e, assim, o pâncreas não precisa liberar um caminhão de insulina para dar conta desse açúcar. E o câncer com isso? Há evidências de que, num cenário de muita insulina circulando, se um princípio de tumor aparecer, ele tem maior chance de prosperar. É por essas e outras que a ingestão desse alimento já reduziu, em experiências com cobaias, a progressão de tumores de mama.

E ainda podemos contabilizar outra vantagem de cultivar a presença não só de feijão, mas também ervilha, lentilha, soja e grão-de-bico, no cardápio. Esses itens são carregados de fibras. Daí que colaboram para a eliminação de compostos tóxicos ao organismo. Veja o exemplo do feijão-carioca: em 100 gramas, são 8,5 gramas dessa substância varrendo para fora as ameaças ao intestino.

Há algum tipo de feijão com propriedades especiais?

Além das já citadas fibras, feijões são uma tremenda fonte de proteínas. Só que os bioquímicos estão percebendo agora que existem algumas variações proteicas com habilidades específicas. Entre elas, a de boicotar tumores. É por isso que, sim, dá pra dizer que alguns feijões realmente brilham mais.

É o caso do feijão-fradinho, também chamado de feijão-caupi, tão popular no Nordeste do país. Trabalhos de laboratório sinalizam que sua proteína agrega moléculas capazes de cortar o mal pela raiz. Não se sabe quanto seria preciso comer para se proteger, mas a ideia é que incluir o grão no cardápio já some pontos a favor do organismo.

Mas não é só a proteína que carrega a fama dos feijões. Eles também chegam a ofertar uma classe porreta de antioxidantes: os polifenóis. Essas partículas dão um chega pra lá nos radicais livres, moléculas que podem lesar o DNA e contribuem, assim, para o surgimento de células malignas. Nesse quesito, quem leva a parada é o feijão-preto. 
Ele guarda antocianina, pigmento de potencial antioxidante e anti-inflamatório.

Uma dica, na hora do cozimento, é jogar uma folha de louro e um dente de alho em cada quilo de feijão levado à panela. São temperos capazes de neutralizar os fitatos, componentes que podem atrapalhar a absorção dos nutrientes do alimento. Aí até o paladar sai ganhando.

Fonte: Saúde
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/feijao-e-outros-graos-previnem-contra-o-cancer/9734/7/

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Precisamos nos preparar para viver', diz psico-oncologista

Após o fim do tratamento, é natural sentir medo. "[Com o amparo da família, dos exames e dos médicos,] há uma sensação ilusória de que estamos ‘a salvo’. Parece que quando saímos dessa situação ficamos sem base segura”, explica a psico-oncologista Regina Liberato, coordenadora do Núcleo de Programas Multiprofissionais do Instituto Oncoguia e da Oficina de Convivência.
 
O problema, diz ela, é quando esse sentimento paralisa. "Estar presente nos eventos da vida e aproveitar o que ela nos oferece são muito valiosos e merecemos viver isso.” Confira, a seguir, a entrevista.

*

Por que existe medo no fim do tratamento?

O medo é sentimento natural. Todo ser humano em situação de risco sente medo. 
Enquanto enfrentamos o tratamento de câncer, nos vemos amparados com amplitude. Em geral, a família está voltada para nós, vamos ao médico periodicamente e nos submetemos a exames periódicos. Há uma sensação ilusória de que estamos "a salvo”. Parece que quando saímos dessa situação ficamos sem base segura. Muitas vezes regredimos a fases muito primitivas, e isso é mesmo assustador.
Como somos adultos, com autoconhecimento e consciência, aos poucos, retomamos nossa vida, nos readaptamos socialmente e vamos nos apropriando da alegria que é estarmos saudáveis.

Quais são esses medos?

Geralmente, o medo nos reporta a situações difíceis que enfrentamos. Temos medo de nos sentirmos vulneráveis novamente e de a doença nos alcançar a qualquer tempo, principalmente quando estivermos distraídos com a vida.

Além do medo, que outras emoções são comuns no fim do tratamento?
Alguns aspectos acompanham o processo de enfrentamento do câncer. Podemos encontrar sintomas ligados principalmente a depressão, ansiedade e fobias.

Com o desenvolvimento de pesquisas clínicas, avanço de técnicas, procedimentos e medicamentos e o consequente surgimento de novas possibilidades de controlarmos a doença e vivermos com mais qualidade, aparecem chances novas de manejar de maneira satisfatória esses eventos que envolvem a expressão integral dos indivíduos.

O medo acontece apenas em tratamentos mais duradouros ou é comum a todos?

Antes mesmo do tratamento, passamos pelo diagnóstico da doença. Como sempre digo, ninguém está parado, esperando o câncer chegar. Estamos vivendo e, de repente, temos uma notícia que vai alterar nossa vida. 

Alguns têm a vida especialmente alterada: perdem o papel de provedor, passam de cuidador a cuidado, sentem-se perdendo possibilidades e potencialidades. Outros precisam restringir a vida pelo menos momentaneamente, como para se preparar para uma cirurgia. 

Toda essa incerteza e insegurança nos coloca frente a um mundo de possibilidades ameaçadoras. 

Há alguma reação no cérebro que explique isso?

Nós respondemos de maneira instintiva ao perigo. Quando somos confrontados com o que é percebido como ameaça, os humanos e os animais reagem de maneira semelhante. Os mecanismos fisiológicos que governam essa resposta têm origem nas partes primitivas do cérebro e do sistema nervoso, e não estão sob o nosso controle. 

O nosso cérebro, que é com frequência chamado de cérebro trino, consiste em três sistemas integrados: o reptiliano (instintivo), o límbico (emocional) e o humano ou neocórtex (racional). 

Responder a uma ameaça envolve muitas partes dele. Mas, se pudermos pensar em qualquer estrutura isolada como central para o processo da experiência do medo, seria a amígdala—um agrupamento de neurônios situado em cada lobo medial temporal, localizado bem acima do tronco cerebral. 

Para nós, é importante saber que reagir àquilo que ameaça a vida é natural – portanto, saudável. O excesso pode causar paralisação e impedir o movimento, portanto não saudável.

Como saber se o que a pessoa está sentindo é um medo saudável ou algo que passou do limite?

Todos os sentimentos e emoções são saudáveis. Medo, raiva, amor, alegria e tristeza são expressões da natureza humana. A forma como acessamos esses sentimentos e emoções é que torna a experiência saudável ou não.

Quando estamos nos dirigindo para um precipício, por exemplo, o que nos avisa do perigo é exatamente o medo, e, portanto, ele funciona como protetor. Quando o sentimento nos excede, a ponto de nos paralisar, aí ele nos prejudica.

A vida é dinâmica, estamos sempre em movimento. Quando algo nos paralisa, abrimos uma porta para a doença. 

Criar um marco para o fim do tratamento (uma viagem, um passeio, uma festa) pode ajudar na transição?

Sim. Não sei se esses eventos que você citou, já que cada um deve achar o melhor para si. Mas começar a compreender a vida a partir da saúde e não da doença é um marco. 

Precisamos nos preparar para viver. Dar conta da vida é tão complexo como o processo de enfrentar uma doença tão abrangente como o câncer – ou mesmo o processo de morrer. Estar presente nos eventos da vida e aproveitar o que ela nos oferece são muito valiosos e merecemos viver isso. Todos nós!

Quando procurar ajuda?

Nunca encontrei alguém que precise de ajuda e não saiba. Mas, muitas vezes, não nos abrimos para essa perspectiva. Precisamos aprender que não somos perfeitos. Todos nós temos pontos fortes e frágeis. E sempre estamos precisando de alguém para algo que não podemos fazer por nós mesmos ou sozinhos. 

No caso de estarmos tomados pelo medo, quanto mais cedo procurar ajuda, melhor será. Quando notarmos que ele começa a nos restringir naquilo que já fazíamos, precisamos sair desse lugar. O medo parece ter um fermento natural – as nossas fantasias –, que o alimenta.

Eu sempre acho que ajuda especializada é mais bem capacitada e, portanto, um bom investimento. Não é aconselhável perder tempo e energia menosprezando o problema. É preciso um diagnóstico preciso e diferencial, inclusive para saber qual o plano terapêutico mais apropriado.

Quais podem ser os "pontos de apoio” do ex-paciente?

Os locais que oferecem amor, compaixão e cuidado caracterizam-se como apoios de excelência. Onde existe aceitação e amorosidade, nós podemos descansar e confiar no futuro. Um ambiente configurado dessa maneira contribui para a nossa saúde. A família, os amigos e nossa equipe de cuidados podem ser apoios verdadeiros e permanentes. 

Por QSocial
FONTE: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/precisamos-nos-preparar-para-viver-diz-psicooncologista/9567/8/

terça-feira, 9 de agosto de 2016

GRÁTIS - Inscrições para curso a distância ABC do Câncer vão até 11 de agosto

08/08/2016 - O INCA lança uma nova turma do curso a distância ABC do Câncer - Abordagens básicas para o controle do Câncer. Com carga horária de 30 horas, o curso fornece informações básicas e objetivas abrangendo os principais aspectos do câncer: definição, prevenção, tratamento, epidemiologia e políticas públicas.
Há indicações de leituras adicionais, links e vídeos que complementam o estudo e procuram estimular a reflexão sobre o assunto. Um glossário com os termos técnicos mais comuns também está incluído.
As inscrições podem ser feitas até o dia 11 de agosto no hotsite e o conteúdo do curso estará disponível de 1° a 30 de setembro. Para mais informações, o e-mail de contato é secad@inca.gov.br 

Fonte: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2016/inscricoes-para-curso-a-distancia-abc-do-cancer-vao-ate-11-de-agosto

CUIDADOS NO CONSUMO DE ADOÇANTES ARTIFICIAIS

O consumo frequente de adoçantes artificiais adicionados a bebidas e alimentos ou presentes em produtos lightdiet ou zero, pode causar algumas doenças como o câncer. Que tal tirar o açúcar e o adoçante da sua mesa e sentir o sabor verdadeiro dos alimentos?
Os edulcorantes, conhecidos como adoçantes, mais utilizados são: estévia, sorbitol, aspartame, ciclamato, sucralose e sacarina. Apesar de terem sido produzidos originalmente para pessoas com diabetes, que tem restrição de ingestão de açúcar, atualmente são substâncias usadas em vários produtos e consumidas por muitas pessoas. Quando consumidos em excesso, os edulcorantes podem causar efeitos colaterais, como dor de cabeça, mal-estar, alterações de humor e diarreia. Além disso, estudos experimentais, realizados em animais, revelam o potencial de determinados adoçantes artificiais, como o aspartame, ciclamato de sódio e sacarina sódica, para desenvolvimento de câncer.
É importante evitar seu consumo e buscar educar o paladar para sentir o real sabor dos alimentos. Muitos alimentos industrializados como os dietlight, zero e até mesmo os normais possuem edulcorantes em sua composição. Portanto, para saber se está consumindo adoçantes, fique atento à lista de ingredientes nos rótulos dos alimentos.
Por causa dos efeitos colaterais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceram limites para a ingestão diária dos adoçantes artificiais. Entretanto, há grandes dificuldades em quantificar o real consumo dessas substâncias, uma vez que elas estão presentes em vários alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para consumir ou aquecer, sem a indicação da sua quantidade.

Fonte: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/cancer/site/prevencao-fatores-de-risco/alimentacao/adocantes-artificiais

Ancestrais do homem já tinham câncer há quase 2 milhões de anos, diz estudo

Um tumor foi encontrado no fóssil de um hominídeo que viveu quase 2 milhões de anos na África do Sul e é considerado o câncer mais antigo de que se tem notícia. A descoberta foi publicada no South African Journal of Science por uma equipe de antropólogos da Universidade de Witwatersrand, em Johannesburgo, na África do Sul.

Técnicas avançadas de raio-X permitiram a identificação do câncer no pé do fóssil de um hominídeo da espécie Paranthropus, encontrado na caverna de Swartkrans, na África do Sul. Antes dele, o tumor considerado mais antigo era o de um hominídeo africano da espécie Homo erectus, encontrado no fragmento da mandíbula de um fóssil que data de 1,5 milhão de anos. Há especialistas, no entanto, que afirmam que a estrutura encontrada no rosto no dele, na verdade é resultado de uma fratura e não de um tumor.

Um segundo estudo, também publicado no South African Journal of Science, identificou um tumor bastante antigo, mas benigno, na coluna vertebral de uma criança Australopithecus sediba. O esqueleto foi encontrado junto ao de outro adulto da mesma espécie em uma caverna subterrânea em Malapa, também na África do Sul.

Apesar de não ser uma ameaça à vida, o tumor benigno pode ter prejudicado a capacidade da criança de andar e correr, afirmam os pesquisadores no estudo. Segundo eles, esse tipo de crescimento anormal ósseo na coluna vertebral é raro nos dias de hoje, especialmente em crianças. "Esta é a primeira evidência da doença em um indivíduo jovem", diz Randolph-Quinney, antropólogo-biólogo, da Universidade do Centro de Lancashire, na Inglaterra, que liderou o estudo, em entrevista à "Science News".

Não é só a sociedade modernaAs duas descobertas contribuem para derrubar a premissa de alguns especialistas de que cânceres são produtos exclusivos das sociedades modernas. Claro que o uso de pesticidas, a maior expectativa de vida e outras características do mundo industrializado aumentaram a incidência de cânceres e tumores.

Mesmo usando técnicas sofisticadas de imagem, outros pesquisadores afirmam que os estudos oferecem uma "uma janela muito pequena" na detecção de cânceres e tumores em fósseis, defende a paleontologista Janet Monge, da Universidade da Pensilvânia, Filadélfia (EUA), em entrevista ao portal "Science News".

Segundo ela, são as análises microscópicas de células de tecidos moles que confirmam o diagnóstico de câncer em pessoas atualmente, e essas células são ausentes em fósseis. Monge afirma que sem essas informações adicionais não é possível tirar qualquer conclusão sobre o que causou  crescimento anormal do tecido ósseo do fóssil. 

Fonte: Uol in http://www.oncoguia.org.br/conteudo/ancestrais-do-homem-ja-tinham-cancer-ha-quase-2-milhoes-de-anos-diz-estudo/9721/7/