sábado, 29 de abril de 2017

Outubro Rosa: técnicas ajudam a preservar fertilidade após quimioterapia

A cada dia, 156 brasileiras descobrem que têm câncer de mama. Além de enfrentar a doença, muitas delas precisam lidar com a infertilidade depois da quimioterapia. "A maior parte das pacientes com câncer de mama é submetida a um agente alquilante muito agressivo para a fertilidade", explica Giuliano Bedoschi, médico especialista em reprodução humana assistida.
 
Renata Virches Torozian planejava engravidar no início de 2014, mas precisou deixar o sonho em segundo plano ao descobrir que tinha câncer de mama. Quando o oncologista avisou que ela poderia entrar em menopausa após a quimioterapia, Renata não hesitou em tentar o que fosse preciso para preservar a fertilidade.
 
A solução foi congelar embriões enquanto ela ainda produzia óvulos. Pela técnica, a paciente é estimulada com hormônios a produzir mais folículos e, consequentemente, mais óvulos. Eles podem ser congelados para uma fertilização futura, ou fertilizados in vitro para o congelamento do embrião já formado.
 
Renata teve pouco tempo para tomar uma decisão, pois precisava começar a quimioterapia 15 dias depois da cirurgia da retirada do câncer. "Eu estava disposta a fazer tudo que pudesse dar bons resultados", conta. Seu oncologista indicou, então, que ela se consultasse com o doutor Bedoschi, pós-graduado em preservação da fertilidade. Como ela era casada e já tinha planos de engravidar, decidiu, com o marido, congelar os embriões.
 
"Ela faz parte de um grupo de pacientes que teve uma oportunidade única", afirma Bedoschi. "Essa janela de tempo entre a retirada do câncer e o início da quimioterapia costuma ser suficiente para fazer a estimulação e congelar os óvulos ou embriões sem interferir no tratamento oncológico."
 
Transplante de ovário
A técnica do congelamento de óvulos ou embriões já está bem estabelecida, mas há outra opção em fase experimental. O transplante de ovário teve sucesso em pouco mais de 60 mulheres no mundo, segundo Bedoschi, e pode ser uma saída nos casos em que há maior urgência para começar a quimioterapia.
 
No procedimento, congela-se pedaços do córtex, a camada mais externa do ovário. Depois de anos, ainda é possível reimplantar o tecido e estimulá-lo para a formação de novos óvulos. Bedoschi fez parte de uma equipe que realizou dois transplantes de ovário com sucesso. "Um dos bebês que nasceu, uma menina, se chama Giuliana em minha homenagem", conta, orgulhoso.
 
Esperança
Bedoschi defende que as técnicas de preservação da fertilidade podem, inclusive, ajudar no tratamento do câncer. "A paciente acaba pensando no futuro, na chance de um dia poder engravidar. Isso pode motivá-la a encarar melhor o tratamento oncológico", avalia.
 
Renata conta que decidiu tomar uma atitude positiva contra a doença e cuidar mais de si mesma. Ela afirma que o apoio do marido foi essencial para tirar a pressão de engravidar logo e confessa que hoje, depois do tratamento, tenta não se deixar levar pela empolgação. "Como a frustração de não poder engravidar foi muito grande, tento não ficar muito empolgada. Claro que estou feliz, mas a doença querendo ou não gera traumas. De qualquer forma, acredito que na hora certa vai acontecer".
 
 
 
Fonte: UOL
 
 http://www.sinsaude.org.br/noticia/9291 acesso em 29/04/17 às 11:04h

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Bem-Estar: Saúde começa com educação

O ditado popular “costume de casa vai à praça” é uma alusão direta de que a educação é uma repetição do comportamento doméstico (ou deveria ser mantido) na rua. Isso também acontece com as informações recebidas na escola. O aprendizado fica para a vida e para o dia a dia.
Se considerarmos que as crianças passam de quatro a oito horas no ambiente escolar, 25% a 50% do tempo produtivo delas está vinculado à educação formal. É um tempo valioso que, oportunamente, o Estado brasileiro pode utilizar para melhorar a saúde da população.
Camilly Rocha, 14 anos, é estudante de uma escola pública em Brasília/DF. Ela conta que aquilo aprendindo na escola pode ajudar a influenciar positivamente a rotina das famílias. “Por mais que, hoje, eu acho que não seja tão fácil a gente conseguir alimentos melhores no mercado porque é tudo muito industrializado, eu tendo manter uma dieta saudável. Às vezes, há alguns projetos aqui no colégio que envolvem a gente para isso. Para alimentação orgânica. Então eu vou tentando ser exemplo nesse quesito”, conta.
Rebeca Fernandes, 14 anos e estudante da mesma escola, segue na mesma linha. Em casa, é ela quem dá o tom da alimentação familiar. “Eu procuro ter uma alimentação saudável e arrasto a minha mãe nessa também porque ela tem problema de pressão alta, de coração, então ela tem que ter uma alimentação mais saudável, ai eu tento arrastá-la”, revela.
Olhando para esse cenário de oportunidades, os ministérios da Saúde e da Educação criaram, em conjunto, o Programa Saúde na Escola (PSE), que leva para as instituições de ensino públicas brasileiras ações voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças nos estudantes.
“As crianças têm se revelado, ao longo dos últimos anos, grandes influenciadoras das famílias. Elas aprendem na escola e, quando chegam em casa, cobram os pais, irmãos, tios, avós, todo mundo. Isso aconteceu com o uso do cinto de segurança nos carros, com o combate ao Aedes aegypti... Enfim, elas se tornaram multiplicadoras do conhecimento e agentes de mudanças para atitudes positivas”, defende o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
A cada ano um tema principal é escolhido para ser trabalhado com os estudantes: saúde bucal; saúde ocular; direitos sexuais e reprodutivos; e combate a vetores como o mosquito Aedes aegypti. “Este ano, serão priorizados dois temas: imunização contra a meningite C e o HPV em adolescentes, e de Influenza em professores e outros colaboradores; prevenção e controle da obesidade infantil e em adolescentes”, revela a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Michele Lessa.
Atualmente, a ingestão de alimentos ultraprocessados começa já nos primeiros anos de vida. A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (2006) sinaliza que 40,5% das crianças menores de cinco anos consomem bebidas industrializadas com frequência. Enquanto dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013) apontam que 60,8% das crianças menores de 2 anos comem biscoitos ou bolachas recheadas. O resultado do mau hábito alimentar é que , a cada três crianças brasileiras, uma apresenta excesso de peso (IBGE-POF 2008/2009).


Para mudar este cenário, dentro da estratégia deste ano, o PSE vai desenvolver ações de promoção da alimentação saudável, de orientação sobre o Guia Alimentar da População Brasileira, ações voltadas à promoção de práticas corporais e atividades físicas.
PSE em números
O Programa Saúde na Escola está presente em mais de 78 mil escolas públicas de todo Brasil. Só no ensino fundamental são alcançados mais de 18 milhões de alunos. Em 2014, mais de 4 mil municípios que participam da iniciativa adotaram também medidas nas creches para avaliação antropométrica (registo feito sobre certas particularidades do corpo humano: impressões digitais, perímetro torácico, altura, etc.) e promoção de alimentação saudável das crianças de até dois anos.
Luiz Philipe Leite, para o Blog da Saúde
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/materias-especiais/52553-bem-estar-saude-comeca-com-educacao acesso em 26/04/17 às 10:53h

Abertas inscrições de trabalhos para o Congresso Brasileiro de HIV/AIDS e Hepatites Virais

Estão abertas as inscrições de trabalhos para o Congresso Brasileiro de HIV/AIDS e Hepatites Virais 2017 com o apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde. O prazo para submeter um trabalho vai até o dia 8 de maio. Os trabalhos aprovados serão apresentados nos quatro dias de Congresso, que ocorre de 26 a 29 de setembro em Curitiba.
Os autores dos trabalhos selecionados serão contemplados com uma bolsa completa que inclui passagem, hospedagem, alimentação e transporte. Uma novidade é que este ano os melhores trabalhos serão premiados com uma bolsa de inscrição para a participação em conferências de âmbito nacional sobre o mesmo tema. As premiações serão feitas nas categorias Melhor Trabalho Oral e Melhor Pôster.
Para saber mais, conhecer a programação do evento e realizar sua inscrição, acesse http://hepaids2017.aids.gov.br/
Fonte: Secretaria de Saúde do Estado do Paraná
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/cursos-e-eventos/52555-abertas-inscricoes-de-trabalhos-para-o-congresso-brasileiro-de-hiv-aids-e-hepatites-virais acesso em 26/04/17 às 10:47h

terça-feira, 25 de abril de 2017

3º Congresso de Cuidados Paliativos do Mercosul está confirmado para junho

Com o tema “Cuidado Singular e Integral na Rede de Cuidados Paliativos”, está confirmado para os dias 14 a 16 de junho o 3º Congresso de Cuidados Paliativos do Mercosul, promovido pelo Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel), em parceria com o Laboratório de Estudos e Pesquisa na Rede de Cuidados Paliativos (LEP-RCP) e a Liga Acadêmica Interdisciplinar de Cuidados Paliativos.
O principal objetivo do Congresso é oportunizar aos participantes ampla atualização e debate a respeito do tema, inerente aos diferentes cenários assistenciais. O público-alvo são profissionais e estudantes da área da saúde, incluindo medicina, enfermagem, psicologia, terapia ocupacional, nutrição, serviço social, odontologia e fisioterapia.

Trabalhos científicos voltados para o tema também poderão ser submetidos, conforme as normas que serão divulgadas juntamente com as inscrições do congresso. As inscrições já podem ser feitas por meio do site www.heufpel.com.br e também na sede da Atenção Domiciliar do Hospital Escola, que é filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Paralelamente, ocorre o 9º Seminário do Programa de Internação Domiciliar Interdisciplinar do HE-UFPel, a 3ª Jornada da Liga Interdisciplinar de Cuidados Paliativos da UFPel e o 1º Simpósio de Cuidados Paliativos e Medicina da Família.
O evento conta com o apoio da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, Instituto Paliar, Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul e o Projeto Bem-Estar ao seu Lado/RG. Mais informações pelo telefone (53) 3284-4989 e pelo e-mail congressocp2017@gmail.com.
Além da programação de palestras, serão realizados sete minicursos com temas específicos:
    Cuidados Paliativos na Atenção Domiciliar – “Indivíduos no Centro do Cuidado” (50 vagas)
    Lesões de Pele e Ostomias em Cuidados Paliativos (50 vagas)
    Práticas Integrativas e Espiritualidade Aplicadas aos Cuidados Paliativos (50 vagas)
    Cuidados Paliativos em Pediatria (30 vagas)
    Comunicação e Más Noticias (50 vagas)
    Terapia Subcutânea de Fluidos e Fármacos, Técnica e Atualizações (50 vagas)
    Práticas para Estimular o Cuidado de Si no Cuidador em Atenção Domiciliar (30 vagas)
Saiba mais sobre a Ebserh
O HE-UFPel faz parte da rede Ebserh, estatal vinculada ao Ministério da Educação, que atualmente administra 39 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.
Com informações do HE-UFPel
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/cursos-e-eventos/52547-3-congresso-de-cuidados-paliativos-do-mercosul-esta-confirmado-para-junho acesso em 25/04/17 às 12:29h

Ações do Grupo Se Toque

É um grupo de apoio para pacientes de câncer que atua na cidade de Itabuna-Bahia e que atua de duas formas:
- junto aos pacientes em tratamento e seus familiares oferecendo suporte emocional e apadrinhando a pessoa que estiver em situação de vulnerabilidade;
- junto às pessoas saudáveis num trabalho de conscientização sobre a prevenção primária e a adoção de hábitos saudáveis de vida.
Necessitamos de voluntários e não possuímos recursos financeiros ou ajuda de Instituições Públicas.

Contato: Sueli Dias 73-98819-1344

segunda-feira, 24 de abril de 2017

ORIENTAÇÕES PARA PACIENTES QUE SE SUBMETEM A SESSÕES DE RADIOTERAPIA

O que é Radioterapia?
É um tratamento no qual se utilizam radiações para destruir ou impedir que as células de um tumor aumentem. Estas radiações não são vistas e durante a aplicação você não sentirá nada. A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou outros recursos usados no tratamento dos tumores.


Quais são os benefícios da Radioterapia?
Metade dos pacientes com câncer são tratados com radiações. É cada vez maior o número de pessoas que ficam curadas com este tratamento. Quando não é possível obter a cura, a Radioterapia pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida. As aplicações diminuem o tamanho do tumor, o que alivia a pressão, reduz hemorragias, dores e outros sintomas, proporcionando alívio aos pacientes.

Como é feita a Radioterapia?

De acordo com a localização do tumor, a Radioterapia é feita de duas formas:
• Externamente, onde as radiações são feitas através de aparelhos que ficam afastados do paciente. É chamada Radioterapia Externa ou Teleterapia.

• Onde o material radioativo é aplicado por meio de aparelhos que ficam em contato com o organismo do paciente, chamada Radioterapia de Contato ou Braquiterapia.


Como é o tratamento Radioterapia Externa ou Teleterapia?

Este tratamento é feito em ambulatório. É planejado de acordo com a necessidade de cada paciente e segue quatro etapas principais:

1ª Etapa - Consulta Médica: Um médico radioterapeuta irá examiná-lo, fará uma série de perguntas para saber tudo o que tem ocorrido com você e pedirá alguns exames.
2ª Etapa - Reunião para Definição do Tratamento: No INCA, quando os exames estão prontos, é marcada uma reunião para estudo da sua doença. Diversos profissionais irão definir a forma e o tempo do tratamento.
3ª Etapa - Consulta para Programação do Tratamento: No INCA, para programar o tratamento é utilizado um aparelho chamado simulador. Através de radiografias, seu médico delimita a área a ser tratada, marcando a pele com uma tinta vermelha. A fim de que a radiação atinja somente a área a ser tratada, em alguns casos, um molde de gesso ou de plástico poderá ser feito, para ajudar a manter a pessoa na mesma posição durante a aplicação.
4ª Etapa - Aplicações: São feitas pelo tempo definido por seu médico. No INCA, você recebe um cartão contendo o nome do seu médico, o dia e a hora da aplicação, o local e o nome do aparelho onde será tratado. O número de aplicações necessárias pode variar de acordo com a extensão e a localização do tumor, dos resultados dos seus exames e do seu estado de saúde. Durante a aplicação você ficará sozinho na sala onde estarão os aparelhos. Um técnico estará na sala de controle ao lado observando-o através de um vidro especial ou por meio de uma televisão.
Você ficará deitado sob o aparelho, que estará direcionado para o traçado sobre a pele, numa posição determinada pelo técnico. É possível que sejam usados protetores de chumbo entre o aparelho e certas partes de seu corpo, para proteger os tecidos e órgãos sadios.


Recomendações:
Como a pele da área a ser tratada ficará descoberta durante a radiação, procure usar uma roupa que facilite despir-se e vestir-se.
Não se mexa, para que a radiação não ultrapasse os limites da área que está sendo tratada.



Como é o tratamento Radioterapia de Contato ou Braquiterapia?
A Braquiterapia trata tumores da cabeça, do pescoço, das mamas, do útero, da tiróide e da próstata. As aplicações podem ser feitas em ambulatório, sendo que no caso de tumores ginecológicos, há necessidade de hospitalização de pelo menos três dias. Há casos em que é necessário receber primeiro a Radioterapia Externa e depois a Braquiterapia.



Quais são os possíveis efeitos da radioterapia e o que fazer quando eles acontecerem?
Cada pessoa reage de forma diferente à Radioterapia, sendo que a intensidade desses efeitos depende da dose do tratamento, da parte do corpo tratada, da extensão da área irradiada, do tipo de irradiação e do aparelho utilizado. Os efeitos indesejáveis mais freqüentes são o cansaço, a perda de apetite e as reações da pele. Geralmente aparecem na 3ª semana de aplicação e desaparecem poucas semanas depois de terminado o tratamento. Há casos, porém, que podem durar mais tempo.

• Cansaço ou fadiga
A tensão relacionada com a doença, as visitas diárias para receber o tratamento e os efeitos da radiação são fatores que contribuem para o cansaço. No entanto, esta sensação desaparece com o tempo. Algumas pessoas preferem se afastar do trabalho, outras trabalham menos horas enquanto recebem a radioterapia. Se você preferir continuar trabalhando, peça ao seu médico que programe um tratamento de acordo com o seu horário de trabalho.
• Perda de apetite e dificuldade para ingerir alimentos
Nestes casos, diminua a quantidade de comida e aumente o número de refeições. Procure comer coisas leves e variar a comida para melhorar o apetite. Fazer uma caminhada antes das refeições também ajuda. A nutricionista poderá ajudá-lo a manter o seu peso, seguindo uma dieta rica em proteínas e calorias. Em alguns casos, a saliva torna-se mais espessa e altera o sabor dos alimentos.
Reação da pele
Durante as aplicações, você deve ter bastante cuidado com a pele na área tratada. Ela poderá ficar vermelha, irritada, queimada ou bronzeada, tornando-se seca e escamosa. Pode também provocar coceiras. Normalmente, estas reações desaparecem algumas semanas após o término do tratamento. A pele de cada pessoa reage de maneira diferente. Portanto, é importante que você informe ao seu médico, durante as consultas de revisão, qualquer das seguintes situações:
• febre igual ou acima de 38°C;
• dores;
• assaduras e bolhas;
• secreção na pele.



Recomendações importantes:• Lave a área com água e sabão. Enxugue com uma toalha macia, sem esfregar.
• Não use cremes, loções, talcos, desodorantes, perfumes, medicações ou qualquer outra substância na área em tratamento.
• Só utilize algum tipo de curativo na pele (como gaze ou band-aid) com a orientação de seu médico.
• Não utilize sacos de água quente ou gelo, saunas, banhos quentes, lâmpadas solares ou qualquer outro material sobre a pele em tratamento.
• Proteja a pele da luz solar até um ano depois do fim do tratamento. Use protetor solar fator 15 ou proteja a pele com uma blusa ou camiseta.
• Dê preferência às roupas feitas de algodão. Não use tecidos sintéticos do tipo nylon, lycra, cotton ou tecidos mistos com muita fibra sintética.
• Evite usar roupas apertadas, soutiens, camisas com colarinhos, calças jeans, etc.



Saiba que
A radiação permanece no seu corpo apenas durante o tempo que você ficar no aparelho.
Você não precisa se afastar de crianças ou gestantes durante seu tratamento.
Você poderá abraçar, beijar ou manter relações sexuais, sem risco de expor outras pessoas à radiação.
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=115 acesso em 24/04/17 às 21:28h

Novo curso de Vigilância e Controle de Vetores abre inscrições

O Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Vigilância e Controle de Vetores do Instituto Oswaldo Cruz (PGVCV/IOC/Fiocruz), criado em 2016, credenciado com conceito 3 na categoria de Mestrado Profissional (numa grade de conceitos entre 1 e 5) pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), está alocado na área Saúde Coletiva da Capes. O Programa é voltado para profissionais de nível superior interessados no estudo integrado de vetores de doenças humanas e veterinárias no âmbito da saúde única ('One Health'). O Programa apresenta duas áreas de concentração: Biologia de vetores e interação parasito-hospedeiro e Epidemiologia e controle de vetores.
A PGVCV tem forte potencial de interação com a prestação de serviços em saúde pública e ambiental, com foco no desenvolvimento de estratégias e produtos para o controle de vetores como mosquitos, moscas, caramujos, lesmas, carrapatos, barbeiros, entre outros. A diversidade de orientadores potencializa a geração de projetos e colaborações com um componente de inovação, em consonância com os desafios sociais.
A criação do Mestrado Profissional na área de vetores no IOC reflete necessidade há muito detectada nos serviços de vigilância entomológica e malacológica do Ministério da Saúde e surge de demanda direta da pasta à presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), assumida pelo IOC, tendo em vista a experiência de seus profissionais nesse tipo de capacitação.
Espera-se que os mestres formados pela PGVCV sejam capazes de: aplicar o conhecimento adquirido na prática da vigilância e do controle de vetores; manter senso crítico e visão abrangente sobre sua área de atuação e temas relacionados; conduzir e aplicar pesquisa inovadora e de excelência; formular, planejar, desenvolver e avaliar estratégias e políticas de controle de vetores, novas metodologias e produtos, para atuar na pesquisa, serviços de vigilância ou no setor produtivo; preparar e redigir documentos científicos com vistas à publicação em veículos qualificados e na área de atuação do Programa.
Áreas de Concentração e Linhas de Pesquisa
A PGVCV apresenta duas áreas de concentração, que compreendem seis linhas de pesquisa:
Biologia de vetores e interação parasito-hospedeiro
:: Taxonomia
:: Fisiologia
Epidemiologia e controle de vetores
:: Controle
:: Diagnóstico
:: Matemática aplicada
:: Vigilância
Processo seletivo
A chamada pública para seleção de candidatos ao Mestrado Profissional em 2017 já foi publicada. O período de inscrições vai de 15 a 26 de maio. Os interessados em solicitar isenção da taxa de inscrição devem entregar os pedidos até 10 de maio. O processo seletivo contará com duas etapas: prova escrita e entrevista. Confira o edital.

Regulamento do Programa
O regulamento do Programa está em discussão na Comissão de Pós-graduação e em revisão pela Câmara Técnica de Ensino, para revisão de questões estatuárias e legais, com divulgação prevista para o segundo semestre de 2017.
Saiba mais
> Histórico
> Estrutura e organização
> Corpo docente
> Informações para docentes
> Informações acadêmicas
> Secretaria acadêmica: informações, formulários e documentos
> Espaços e infraestrutura
> Cooperação e inserção social
> Perguntas frequentes
Coordenação e Secretaria
Coordenação do Programa:
Coordenador: Dr. Fernando Ariel Genta - IOC
Coordenadora Adjunta: Dra. Monica Lemos Ammon Fernandez - IOC
Comissão de Pós-graduação:
Dra. Ângela Cristina Verissimo Junqueira - IOC
Dra. Daniele Pereira de Castro - IOC
Dra. Denise Valle - IOC
Dr. Jorge Luiz Moraes - UFRJ/Macaé
Dr. José Bento Pereira Lima - IOC
Dr. Otacilio da Cruz Moreira - IOC
Dra. Patricia de Azambuja Penna - IOC
Dra. Rafaela Vieira Bruno - IOC
Contatos
Secretaria do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Vigilância e Controle de Vetores (Mestrado Profissional)
Secretária: Rose Machado Pani de Oliveira
Tels.: (21) 2562-1443
Email: posgvcv@ioc.fiocruz.br
Secretaria Acadêmica – Pavilhão Arthur Neiva
Instituto Oswaldo Cruz - IOC/Fiocruz 
Tel.: (21) 2562-1201
Email: ensino@ioc.fiocruz.br
Endereço: Avenida Brasil, 4365 - Manguinhos
CEP: 21040-360 - Rio de Janeiro – RJ
Fonte: http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=401 acesso em 24/04/17 às 13:26h

Projeto Paciente Seguro reforça importância das boas práticas em saúde

Para garantir que os pacientes não sofram eventos indesejados, o Ministério da Saúde publicou, em 1º de Abril de 2013, a Portaria GM/MS nº 529/2013 que é responsável pelo lançamento do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). A coordenadora do PNSP, Ana Maria Costa Cândido Lacerda, reforça a importância do Programa para aumentar a segurança da prestação dos cuidados de saúde.  “Segurança do paciente são ações promovidas pelas instituições de saúde, profissionais e pacientes com objetivo de evitar que os riscos e perigos inerentes à complexidade dos serviços de saúde atinjam o paciente, cause algum dano ou agrave seu estado de saúde ou doença. Segurança do Paciente relaciona-se com o bem estar do paciente. Além de evitar que o paciente sofra algum dano, essas ações tem o potencial de reduzir desperdícios e retrabalho, e acima de tudo, proteger pacientes e trabalhadores", explica Ana Maria.
 Como uma das estratégias de implantação do Programa Nacional de Segurança do Paciente, o Ministério da Saúde em parceria com hospitais de excelência, por meio do PROADI-SUS desenvolve projetos de melhoria, qualificação e capacitação nos hospitais públicos com objetivo de qualificar a assistência à saúde, com promoção de boas práticas em saúde. O projeto Paciente Seguro, desenvolvido com Hospital Moinhos de Vento propõe processos de trabalhos fundamentados em boas práticas em saúde para a promoção da cultura de segurança do paciente.

De forma prática, o projeto Paciente Seguro assegura que o profissional saiba o que fazer dentro da unidade de saúde para garantir a segurança das pessoas que irão passar por algum tipo de atendimento. Como exemplo, identificar o paciente no momento da internação, na hora de fazer um exame e verificar se a recomendação médica está indo para a pessoa que foi prescrita. Do mesmo modo, verificar a dosagem e via de administração de um medicamento.
Atualmente, 15 hospitais no país receberam treinamento profissional para adotarem mecanismos que melhorem o atendimento ao paciente, dentro do Projeto Paciente Seguro. Da mesma forma, outros projetos são executados em objetivos de promover a segurança do paciente em parceria com Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) e Hospital do Coração(HCOR). Os hospitais são referência em segurança do paciente e no cuidado centrado no paciente. Atualmente temos mais de 45 hospitais com projetos que objetivam a implantação/qualificação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) para melhoria dos processos e desenvolvimento e aperfeiçoamento de ferramentas e estratégias para apoiar este processo.
Todos podem contribuir para a segurança do paciente.
Entenda como você pode contribuir
Quando uma unidade de saúde recebe um paciente, a principal preocupação é que ele não sofra nenhum dano durante o processo de cuidado da instituição, Mas o próprio paciente, acompanhante ou familiar também podem adotar medidas simples para reduzir riscos e perigos:
•    Faça a higienização das mãos antes e após tocar o paciente. Isso evita infecções e outras complicações.
•    Ajude no cuidado para evitar queda do paciente. Manter a grade do leito levantada é uma ação que pode evitar queda. 
•    Peça que o profissional confirme o nome do paciente toda vez que for fazer algum procedimento.
•    Faça uso do álcool gel no ambiente hospitalar sempre para limpar as mãos. Evite tocar nas superfícies e o consumir alimentos neste ambiente.
•    Peça, gentilmente, explicações ao profissional sobre a medicação que será administrada. Para que serve? De quanto em quanto tempo será administrado? Quais são os efeitos esperados? 
•    Sempre tire suas dúvidas com o médico ou outro profissional de saúde e informe o uso de outros medicamentos e alergias a substâncias, como látex e alimentos.
•    Comunique ao profissional de saúde se sentir mal com uma medicação.
Cada um fazendo a sua parte, todos ficam mais seguros. A Segurança do Paciente está nas mãos de todos.
Gabi Kopko, para o Blog da saúde
 http://www.blog.saude.gov.br/index.php/entenda-o-sus/52549-projeto-paciente-seguro-reforca-importancia-das-boas-praticas-em-saude acesso em 24/04/17 às 13:17h

Itália cria teste capaz de indicar riscos de se ter câncer

Usando tecnologias de ponta, o Instituto Europeu de Oncologia (IEO) desenvolveu um teste revolucionário capaz de mapear o risco genético hereditário de se ter um tumor analisando, em um único chip, as 115 mutações genéticas conhecidas. O anúncio foi feito pelo diretor científico da entidade fundada pelo famoso oncologista italiano Umberto Veronesi, Roberto Orecchia, afirmando que esse "super teste” será oferecido de graças pelo menos pelo seu primeiro ano de existência a todas as pacientes que são tratadas de câncer de ovário no instituto.

No entanto, segundo o especialista italiano, as mutações que o teste pode descobrir estão relacionadas não apenas ao câncer de ovário, mas também a vários outros, como o de mama, o de pâncreas, o do cólon, o da tiroide, o da próstata e os melanomas. "O objetivo é o de criar um ‘passaporte genético’ para cada paciente: um microchip ou um ‘oncochip’ que contenha todos os seus dados genéticos e moleculares em relação aos tumores; um documento que pode servir para a prevenção – também para os parentes -, para o diagnóstico e para as terapias assistidas”, disse o responsável pela pesquisa, Piergiuseppe Pelicci.

Segundo o italiano, as vantagens desse teste são "identificar melhor o risco individual e ativar percursos de proteção personalizados; identificar um maior número de potenciais tumores hereditários e assim ampliar a proteção a mais pessoas, em particular aos grupos familiares, para conhecer mais mutações genéticas”. Além disso, de acordo com Pelicci, com o chip "será possível criar mais remédios preventivos. "Em um futuro muito próximo poderemos ter maiores informações sobre o risco individual, descobrindo se as nossas células receberam informações negativas do ambiente”, explicou o estudioso.

Esse "super teste”, considerado pelos pesquisadores "rápido, preciso e economicamente sustentável”, é um projeto que IEO tem trabalhando há bastante tempo. Em poucos meses, os cientistas do instituto conseguiram testá-lo em mais de 400 pacientes, não só os que sofrem de câncer de ovário, mas também aqueles que correm riscos de desenvolverem tumores devido a casos na família. Todos os testes realizados foram reembolsados pelo serviço sanitário italiano. Para fazer uma última demonstração de como esse "passaporte genético” é importante para a medicina, Pelicci fez um rápido cálculo: "400 testes, cada um para 115 mutações, é algo como 40 mil testes se eles tivessem sido realizados um de cada vez”.

"Se pensarmos que cada gene que sofreu uma mutação pode ter entre 6 e 7 variações, trata-se de uma enorme massa de informações ‘multiórgãos’ sobre vários tipos de risco, seja à mesma pessoa que foi submetida ao teste ou a membros da sua família. Todos os dados serão inserido em um data-base, para estudar a complexidade e procurar novos instrumentos prescritivos de ações de prevenção”, concluiu o pesquisador italiano.

Fonte: Metrópoles
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/italia-cria-teste-capaz-de-indicar-riscos-de-se-ter-cancer/10632/7/ acesso em 24/04/17 às 13:14h

Câncer de próstata: a evolução da medicina em relação à doença

No Brasil, o câncer de próstata, uma das principais doenças do pênis, é o segundo tipo mais frequente em homens. Ele acomete um em cada seis brasileiros e ainda mata mais de 13 mil homens todos os anos, apesar de ter até 96% de chance de cura, se diagnosticado no início.

Isso seria motivo suficiente para ter um mês inteiro dedicado ao seu combate e prevenção. O que torna essa data ainda mais necessária é um comportamento comum entre os homens. "Ainda existe resistência em procurar o médico para os exames de rotina”, afirma o dr. Lucas Nogueira, coordenador do Departamento de Uro-Oncologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Se você faz parte dessa lista vai gostar de saber que evoluções na medicina tornaram o diagnóstico e o tratamento da doença muito mais eficazes e as perspectivas, mais animadoras para a saúde do homem.

Idade, métodos e periodicidade

No passado: A orientação da SBU era de que os exames de PSA e toque retal, que diagnosticam o câncer de próstata, fossem realizados aos 40 anos por homens negros ou com histórico de câncer de próstata na família, e aos 45 por homens de outras raças e sem antecedentes. Todos deveriam repetir a rotina anualmente.

No presente: Agora, homens negros ou com histórico familiar devem realizar os exames anualmente a partir dos 45 anos, e aqueles de outras raças e sem antecedentes a partir dos 50. Cerca de 40% dos diagnósticos de câncer de próstata são feitos através do PSA, outros 40% pelo PSA e toque retal e os 20% restantes são detectados apenas no exame de toque.

Tratamento

No passado: Mesmo nos casos dos tumores considerados pequenos e pouco agressivos, o paciente era tratado com radioterapia ou cirurgia. Apesar de eficientes, ambos procedimentos eram invasivos.

No presente: Esse tipo de paciente passa a fazer uma "vigilância ativa”, explica Nogueira. "Ele é submetido a uma observação detalhada todos os anos e só precisa fazer algum tratamento caso o tumor evolua.”

Diagnóstico tardio

No passado: Os pacientes diagnosticados tardiamente, com tipos de câncer agressivos e metástase, eram tratados apenas com medicamentos paliativos que pioravam sua qualidade de vida e garantiam uma sobrevida de cerca de quatro anos.

No presente:
 Nos casos de pacientes diagnosticados tardiamente, com tipos de câncer agressivos e com metástase, há a indicação de radioterapia e/ou cirurgia. Dependendo do estágio da doença, as chances de cura podem chegar a 96%

Sobrevida

No passado: Para os pacientes considerados sem chances de cura não havia medicamentos capazes de garantir sobrevida significativa, apenas drogas paliativas, pouco eficientes perante a gravidade da situação do doente.

No presente: Uma nova família de medicamentos surgiu nos últimos cinco anos, garantindo maior sobrevida e mais bem-estar àqueles considerados sem chances de cura. Eles garantem dias com menos dor, menos complicações renais e vasculares.

Pós-Cirurgia

No passado: Até o ano de 1984 a prevalência de incontinência urinária após as cirurgias radicais de próstata (cirurgia completa para retirada do tumor) era extremamente alta, algo em torno de 87%.

No presente: A prevalência de incontinência urinária após as cirurgias radicais de próstata é de 2% a 10% e apenas 1% nos casos menos drásticos. As chances de disfunção erétil variam de acordo com a idade e as condições de saúde, mas não passam de 30%.

Cancês de Próstata: prognósticos para o futuro

Por mais que você deseje se livrar do exame de toque retal, isso não deve acontecer nos próximos dez anos. "No entanto, a década seguinte deve ser marcada pela evolução do mapeamento do perfil molecular, que levará a diagnósticos e tratamentos mais acertados”, explica Nogueira.

Na prática, isso significa que, depois que os cientistas descobrirem exatamente quais os marcadores moleculares responsáveis pelo câncer de próstata, os médicos serão capazes de avaliar sua predisposição genética para a doença. Isso já acontece com o câncer de mama. A atriz Angelina Jolie optou por fazer uma mastectomia preventiva após esses exames demonstrarem sua altíssima probabilidade de desenvolver câncer de mama agressivo.

"Quando tivermos um conhecimento profundo e sedimentado nessa área talvez possamos discutir a possibilidade de dispensar o exame de toque retal”, conclui Nogueira.

Fonte: GQ
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-de-prostata-a-evolucao-da-medicina-em-relacao-a-doenca/10634/7/ acesso em 24/04/17 às 13:12h

Câncer de Colo do Útero: O que é, Sintomas, Tratamentos e Causas

Câncer de Colo do Útero é um tipo de tumor maligno que ocorre na parte inferior do útero, região em que ele se conecta com a vagina e que se abre para a saída do bebê ao final da gravidez.  Além disso, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de colo do útero é o terceiro mais incidente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e do câncer colorretal. No entanto, hoje o diagnóstico é feito muito mais precocemente: na década de 1990, 70% dos casos eram diagnosticados em sua forma mais avançada. Já nos dias atuais, 44% são identificados na lesão precursora. 

Tipos: Os cânceres de colo do útero normalmente são de dois tipos:

  • Carcinomas de células escamosas ocorrem na maioria dos casos e normalmente são ocasionados pela presença do vírus HPV.
  • Adenocarcinomas são cânceres de colo do útero menos comuns, mas que também podem aparecer.

Em algumas ocasiões, os dois tipos de células cancerígenas podem estar envolvidos em um só caso de câncer de colo do útero.

Causas: O câncer de colo do útero usualmente ocorre quando há uma mutação genética nas células da região, que começam a se multiplicar de forma descontrolada.

Normalmente essa mutação está relacionada a presença de alguns tipos de vírus HPV. O HPV é muito comum em mulheres (estima-se que 90% delas entrarão em contato com alguma cepa desse vírus ao longo de sua vida), mas apenas alguns tipos do vírus estão relacionados com casos de câncer de colo do útero principalmente os tipos 16 e 18 (presentes em 70% dos casos), mas também os tipos 31, 33, 35 ou 39.

Aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, mas apenas 32% delas estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. Normalmente o tumor se desenvolve a partir de uma lesão percursora, que pode ser causada pelo HPV. Elas são totalmente tratáveis e curáveis, e apenas quando não são tratadas por muitos anos, elas podem se desenvolver em um câncer.

Essas lesões não apresentam sintomas, mas são facilmente detectadas nos exames Papanicolau, colposcopia e vulvoscopia. Converse com um ginecologista sobre estes exames. Além disso, apenas a presença do HPV não ocasiona o câncer de colo do útero, é preciso ter outros fatores de risco para que a doença se desenvolva.

Fatores de Risco: Os fatores de risco para câncer de colo do útero envolvem:

  • Início precoce da vida sexual, que aumenta o risco de ter HPV.
  • Grande quantidade de parceiros sexuais também aumenta o risco de contrair HPV.
  • Presença de outras DSTs, como gonorreia, sífilis, clamídia ou HIV aumentam o risco do HPV.
  • Sistema imunológico mais fraco, principalmente em pessoas que tem alguma condição de saúde que interfere em sua imunidade, faz com que o HPV tenha mais chances de se manifestar.
  • Tabagismo pode aumentar incidência de carcinoma de células escamosas.
  • Uso prolongado de pílula anticoncepcional (por mais de 5 anos).
  • Histórico de três ou mais gestações.
  • Uso de DIU.
  • Histórico familiar de câncer de colo do útero.

Além disso, existem fatores de risco que aumentam o risco de cânceres de modo geral, como:

  • Excesso de peso.
  • Baixo consumo de frutas e vegetais.
  • Sintomas de Câncer de Colo do Útero: O câncer de colo do útero inicial ou mesmo o pré-câncer não costumam apresentar sintomas e são somente detectados pelos exames de rotina femininos.

Os casos mais avançados de câncer no colo do útero costumam causar:

  • Sangramento vaginal seja durante a relação sexual, entre as menstruações ou após a menopausa.
  • Corrimento vaginal anormal e com coloração e odores diferentes do normal.
  • Dor na pelve ou durante a relação sexual.

Casos ainda mais avançados podem apresentar sintomas como:

  • Anemia devido ao sangramento anormal.
  • Dores nas pernas ou nas costas.
  • Problemas urinários ou intestinais.
  • Perda de peso não intencional.
  • Buscando Ajuda Médica: A melhor forma de detectar precocemente um câncer de colo do útero ou qualquer outro problema comum de saúde feminina é indo anualmente ao ginecologista e fazendo os exames de rotina.

Na Consulta Médica: Especialistas que podem diagnosticar um câncer de colo do útero são:

  • Clínico geral.
  • Ginecologista.
  • Oncologista.
  • Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo.

Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

  • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram.
  • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade.
  • Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

  • Quais são os seus sintomas?
  • Quando você começou a apresenta-los?
  • Você faz os exames de Papanicolau desde que têm uma vida sexual ativa? Já apresentou um resultado deste exame anormal?
  • Você já foi tratada devido a algum problema no colo do útero?
  • Você já foi diagnosticada com alguma DST?
  • Você usa medicamentos que possam suprimir seu sistema imunológico?
  • Você fuma ou já fumou? Em que quantidades?
  • Você pensa em ser mãe no futuro?

Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para câncer de colo do útero, algumas perguntas básicas incluem:

  • Qual a causa mais provável dos meus sintomas?
  • Que tipo de exames eu devo fazer?
  • Quais são os tratamentos disponíveis e o que posso esperar?
  • Qual o prognóstico?
  • Por quanto tempo preciso fazer as consultas de rotina após o término do tratamento?

Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.

Diagnóstico de Câncer de Colo do Útero: O câncer de colo do útero em estágio inicial costuma ser rastreado periodicamente pelo ginecologista nas consultas de rotina. Para detectá-lo ou as lesões do HPV os exames mais usados são:

  • Papanicolau.
  • Colposcopia e vulvoscopia, com biópsia se necessário.
  • Exame de HPV através do DNA, que coleta as células do colo do útero e verifica a presença do vírus. Esse exame é feito em mulheres com mais de 30 anos ou com mais jovens, desde que tenham um Papanicolau anormal.
  • Os exames de prevenção costumam ser feitos depois que a mulher começa a ter uma vida sexual ativa. Por isso, é muito importante começar a visitar o ginecologista regularmente nessa época, até para que ele converse com a mulher também sobre métodos anticoncepcionais.

Quando o câncer de colo do útero já está em curso, alguns exames podem ser feitos para identificar a extensão do tumor:

  • Biópsia da região
  • Tomografia computadorizada
  • Ultrassom
  • Ressonância magnética
  • Tomografia por emissão de pósitrons (PET-Scan).

Estadiamento: O câncer de colo do útero é dividido nos seguintes estágios:

  • Estágio 0 ou carcinoma in situ: quando as células cancerígenas ainda estão na superfície do colo do útero.
  • Estágio I: quando o câncer invade o colo do útero, mas se mantêm nessa região, sem ir para fora do útero.
  • Estágio II: o câncer já cresceu para fora do útero, mas ainda nãose espaçhou para as paredes da pelve ou para a vagina.
  • Estágio III: o câncer atingiu a vagina e a parede da pelve e pode estar bloqueando a uretra.
  • Estágio IV: o câncer já se espalhou para outras regiões do organismo como a bexiga, reto, pulmões ou fígado.

Tratamento de Câncer de Colo do Útero: As opções de tratamento para o câncer de colo do útero variam conforme o estadiamento do tumor. Veja as opções abaixo:

Cirurgia: Na cirurgia os médicos podem retirar o tecido atacado pelo câncer. Também existe a opção de retirarem o colo do útero e o útero todo (histerectomia simples) e também a vagina e os linfonodos da região (histerectomia radical).

O tipo de cirurgia é escolhido conforme o estadiamento do câncer (quantas áreas foram atacadas) e o desejo da mulher de engravidar, visto que a retirada do útero impede a possibilidade de ter filhos.

Radioterapia: A radioterapia usa radiação para matar as células cancerígenas. Ela pode ser feita externamente e/ou internamente. Na primeira técnica, um raio é aplicado de fora do corpo, já na interna o material da radioterapia é colocado dentro da vagina por alguns minutos.

A radioterapia pode fazer com que a menstruação pare ou com que a menopausa comece antes em mulheres que estão em pré-menopausa.

Mulheres que desejam engravidar depois do tratamento devem conversar com seu médico sobre formas de preservar a fertilidade após o tratamento.

Quimioterapia: A quimioterapia pode ser feita como um complemento à radioterapia ou para reduzir o tumor antes da cirurgia.

Tratamento para lesões pré-cancerígenas: Quando o médico encontra lesões pré-cancerígenas no colo do útero de uma mulher, as opções envolvem a destruição desse tecido de duas formas:

Crioterapia: nela o tecido com células malignas é destruído através de um congelamento. Ela pode ser feita com anestesia local
Tratamento com laser: o laser também pode ser usado para destruir o tecido com células malignas. A vantagem é que ele pode ser feito no consultório do médico com anestesia local.
Imunoterapia: Imunoterapia para o tratamento do câncer é, de uma forma bem simples, uma maneira de combater o problema utilizando o próprio sistema de defesa do corpo para atacar as células do câncer.

Convivendo/ Prognóstico: O câncer de colo do útero quando diagnosticado em fase não invasiva ou em estágio I tem altas chances de cura (entre 80 e 90%). No entanto, as chances diminuem conforme o quadro estiver mais avançado.

Por isso é muito importante realizar os exames de rotina para câncer de colo do útero, o que permite uma detecção precoce do câncer ou das lesões pré-cangerígenas.

O tratamento pode levar a alguns problemas de fertilidade ou na sexualidade da mulher. É importante conversar com seu médico se você deseja ter filhos depois do tratamento, pois algumas providências podem ser tomadas, como o congelamento de óvulos.

A histerectomia pode levar a problemas como secura vaginal, fraqueza nos músculos da pelve e até dor no ato sexual, devido a encurtamento da vagina. Todos estes problemas têm soluções e podem ser conversados com seu médico.

Prevenção: A melhor forma de prevenir o câncer de colo do útero está na prevenção da infecção por HPV. A medida preventiva mais preconizada para o HPV é o uso de camisinha. A maior parte das transmissões desse vírus são sexuais e ao impedir o contato da pele entre os parceiros, a camisinha é uma das melhores formas de prevenir o problema.

Vacina para HPV: A vacina do HPV é uma forma interessante de prevenir a doença. Existem duas vacinas para prevenção HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que estão comercialmente disponíveis: a vacina contra HPV quadrivalente, que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18. A outra opção é a vacina contra HPV bivalente, que confere proteção contra HPV 16 e 18.

De acordo com a literatura científica, as vacinas contra o HPV previnem aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo do útero, aqueles causados pelos HPV 16 e 18. Isso não elimina, porém, a necessidade de as mulheres passarem por consultas de rotina ao ginecologista para a realização de exames preventivos.

Rastreamento de rotina: 
Seguir com os exames ginecológicos de rotina após o início da vida sexual também é importante, pois eles permitem uma detecção precoce de lesões pré-cancerígenas e do câncer em si, o que proporciona uma melhor chance de recuperação.

Prevenção para outros fatores de risco: Existem algumas medidas que ajudam a reduzir o risco de ter câncer de colo do útero:

  • Não fumar.
  • Praticar sexo seguro.

Fonte: Saúde Dica
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-de-colo-do-utero-o-que-e-sintomas-tratamentos-e-causas/10639/7/ acesso em 24/04/17 às 13:07h