Cada um de nós reage diante das dificuldades e desafios de uma forma diferente.
Diante da doença, de uma forma geral, sentimos medo.
Para muitos de nós o câncer ainda é associado a uma sentença de morte.
E ao receber essa notícia são muitos os pensamentos que podem surgir: as dificuldades para o tratamento, a interrupção dos projetos e planos de futuro, a possibilidade de ficar frágil, de depender de cuidados de terceiros.
O medo da mudança de aparência, dos gastos com o tratamento, de possíveis sequelas...
Assim precisamos inicialmente de um tempo para se ajustar à nova realidade.
É a oportunidade para refletirmos sobre nossas prioridades, valores, momento de fazermos um balanço de como estamos cuidando de nossas vidas.
Podem então surgir sentimentos de raiva, medo, choque e descrença que são normais.
A maneira como somos acostumados a lidar com os problemas da vida influencia nesse momento.
Para alguns, externar seus sentimentos nesse momento podem significar um gesto de fraqueza.
Mas, esconder as emoções pode dificultar ainda mais o enfrentamento de todo esse processo.
Pode vir a tristeza e depois a aceitação. Para então iniciarmos a nossa caminhada de enfrentamento da doença.
Diante do câncer é fundamental que o paciente tenha pessoas que possam lhe dar afeto, ajudar a cuidar do que for preciso, que acreditem na vida e tenham uma atitude positiva, seja um familiar, um amigo, um vizinho, um colega...
E em todo o período, desde o diagnóstico, é fundamental a vivência da espiritualidade. Ter fé, estar cercado de pessoas que possuem confiança em Deus, independente de qual seja a religião, é muito positivo. Crer que não se caminha só, que há um Ser Divino que olha por nós é muito bom!
Sueli Dias
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