segunda-feira, 29 de maio de 2017

INCA promove debate sobre agrotóxicos, desenvolvimento sustentável e câncer no Dia Mundial do Meio Ambiente

Práticas sustentáveis na agricultura e sua importância na prevenção ao câncer serão alguns dos temas do debate "Saúde, Sustentabilidade e Agroecologia: interfaces e desafios", que marca a primeira participação do INCA nas comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho. Na ocasião, o Instituto também inaugura, em seu prédio-sede, no Centro do Rio de Janeiro, a exposição fotográfica "Caminhos da Agroecologia: cultivando a vida", que, com imagens coletadas em seis áreas do estado, pretende dar visibilidade às iniciativas agroecológicas, sua relevância na produção de alimentos e na boa saúde dos trabalhadores do campo e da cidade, além da resistência ao agronegócio

A partir de 2008, o Brasil passou a ocupar o primeiro lugar no ranking mundial de maior consumidor de agrotóxicos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Observatório da Indústria dos Agrotóxicos da Universidade Federal do Paraná, enquanto nos últimos dez anos o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93%, no Brasil o crescimento foi de 190%. A agricultura brasileira caracteriza-se pelo crescente consumo de agroquímicos, associado ao aumento proporcional das monoculturas, cada vez mais dependentes dos insumos químicos, um modelo de produção baseado no agronegócio, que difunde a falsa ideia de que a "modernidade" no campo gera progresso, emprego, renda e elimina a fome no País.

O debate "Saúde, Sustentabilidade e Agroecologia: interfaces e desafios" quer auxiliar na desconstrução desses mitos do agronegócio, além de refletir sobre a precarização das relações de trabalho, os agravos à saúde (alterações hormonais e reprodutivas, má formações, danos hepáticos e renais, disfunções imunológicas, distúrbios cognitivos e doenças neurológicas degenerativas e cânceres) e a degradação socioambiental.

Desde 2012, o INCA tem promovido ações que fomentam o debate público acerca do perigo dos agrotóxicos para a saúde humana e ambiental e a reflexão sobre práticas agrícolas alternativas ao modelo de produção de alimentos baseado no agronegócio. Em 2015, a Instituição divulgou posicionamento público acerca dos agrotóxicos, destacando o tema como um problema de saúde pública e sugerindo estratégias e ações para o seu enfrentamento no País: o INCA apoia a agricultura agroecológica e a produção orgânica de alimentos como alternativa viável.

Por isso mesmo, a exposição fotográfica "Caminhos da Agroecologia: cultivando a vida" reflete a produção de alimentos saudáveis, a relação com a terra na formação de uma identidade sociocultural, o papel da mulher no campo, e alternativas para comercialização dos produtos (como feiras de agricultura familiar e agroecológicas) no estado do Rio de Janeiro.

O INCA espera a presença de representantes de organizações não governamentais, de movimentos sociais, da comunidade científica e acadêmica, agricultores, trabalhadores rurais, camponeses e demais cidadãos para aprofundar a discussão no Dia Mundial do Meio Ambiente.

Programação

    9h: Café da manhã
    9h30: Boas Vindas
    9h50: Lançamento da exposição fotográfica "Caminhos da Agroecologia: Cultivando a Vida"
    10h10: Debate: Saúde, Sustentabilidade e Agroecologia – Interfaces e Desafios
    Debatedores: Nivia Silva (Representante da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida), Carla Assad (Representante da Comlurb), Dioclécio Luz, Representante do Ministério do Meio Ambiente. Juliana Casemiro – (Representante da Secretaria Executiva do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional/ Professora Adjunta no Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Inu/Uerj)
    Moderação: Sonia Araripe (Diretora da Plurale em revista e da Plurale em site)

    Fonte: ATC Promoção da Saúde
    http://www.oncoguia.org.br/conteudo/inca-promove-debate-sobre-agrotoxicos-desenvolvimento-sustentavel-e-cancer-no-dia-mundial-do-meio-ambiente/10765/7/ acesso em 29/05/17 às 13:47h

    Tipos de câncer ginecológico: o que toda mulher precisa saber

    Nossos conhecimentos a respeito dos diferentes tipos de câncer ginecológico costumam ser bastante pobres.

    Se você pedisse que as mulheres listassem os tipos de câncer aos quais estão mais suscetíveis, o câncer de mama provavelmente lideraria o ranking, seguido de perto pelo câncer do colo do útero.

    Embora muitas já tenham ouvido a respeito do câncer de ovário, há outros tipos de câncer feminino que muitas mulheres desconhecem.

    Na realidade, existem cinco tipos de câncer ginecológico: câncer do endométrio, câncer de ovário, câncer do colo do útero, câncer vaginal e câncer de vulva.

    De acordo com estatísticas recentes, 21.000 mulheres são diagnosticadas com um destes cinco tipos de câncer, todos os anos, no Reino Unido.  E infelizmente, 21 mulheres perdem suas batalhas contra este tipo de doença, a cada dia, no país.

    Os especialistas acreditam que os outros tipos de câncer ginecológico costumam ser ignorados porque as mulheres têm dificuldade em falar sobre esta parte mais íntima de seus corpos.

    "No caso do câncer de mama, nós aceitamos mais a ideia de ver um seio nu, e não se trata de um órgão feminino tão sensível,” diz Tracie Miles, enfermeira especialista em câncer ginecológico do The Eve Appeal. "É mais aceitável falar sobre os seios, mas não falamos sobre o que está dentro da calcinha de uma mulher”.

    Um estudo recente realizado pelo The Eve Appeal, revelou que uma em cada cinco mulheres associa o câncer ginecológico à promiscuidade sexual. Além disso, quase 40% das entrevistadas afirmaram sentir que há um estigma maior envolvendo o câncer ginecológico do que outras formas da doença. De maneira preocupante, este estigma está fazendo com que as mulheres hesitem em consultar seus ginecologistas para diagnosticar eventuais questões de saúde.

    "É chocante que tantas mulheres evitem buscar ajuda para tratar problemas de saúde ginecológica, por medo de terem seu comportamento sexual julgado,” diz a Dra. Adeola Olaitan, oncologista ginecológica do UCL Hospital.

    "É um fato comprovado que o diagnóstico precoce do câncer nas mulheres pode salvar vidas, então é importante começarmos a falar mais abertamente sobre os sinais e sintomas destas doenças, para quebrar o tabu social e qualquer vergonha que possa existir.”

    Tracie Miles concorda. "Comece a conversar com suas amigas sobre sua anatomia vaginal, sua menstruação, fale sobre isso com normalidade e não transforme o tema em tabu. Assim, se você notar algo diferente, se sentirá mais confiante e não terá medo de admitir que precisa consultar um médico,” disse ela.

    Com isto em mente, listamos tudo que você precisa saber sobre os cinco tipos de câncer ginecológico…

    Câncer do endométrio

    O câncer do endométrio (também conhecido como câncer uterino) é o quarto mais comum nas mulheres e a maior de todas as variedades de câncer ginecológico. No entanto, também é o mais fácil de curar. "Nós não podemos fazer um exame para detectá-lo, como no caso do câncer do colo do útero, mas o que podemos dizer às mulheres é que se você tem algum sangramento inesperado – fora do período da menstruação, após a relação sexual, consulte seu médico,” aconselha Tracie Miles.

    Outros sintomas incluem corrimentos vaginais incomuns. "Não precisa ser sangue, pode ser um corrimento marrom, aguado ou cor-de-rosa,” diz Tracie. "Uma mudança no corrimento, sangramento após o sexo ou no meio do mês. Um sangramento inesperado ou qualquer coisa que fuja do comum. As mulheres não devem menstruar após a menopausa, então este também pode ser um sintoma”.

    Cerca de 90% dos diagnósticos de câncer do endométrio são descobertos devido ao sangramento vaginal irregular ou após a menopausa. A maioria das pessoas com um sangramento anormal não tem um câncer ginecológico – mas definitivamente é algo que você deve conversar com o seu médico.

    Câncer de ovário


    Apesar de celebridades como Angelina Jolie terem ajudado a aumentar a consciência em relação ao câncer de ovário, e sua classificação como o quinto tipo em número de mortes entre as mulheres (responsável por mais mortes do que qualquer outro câncer do sistema reprodutivo feminino), 65% das mulheres do Reino Unido não sabem ao certo quais são os sintomas mais comuns.

    "Os sintomas do câncer de ovário são mais abdominais,” diz Tracie. "Uma mulher pode descrever uma sensação de inchaço constante, sentir-se cheia após as refeições, ter um apetite reduzido, sentir dores abdominais, e ter hábitos intestinais incomuns”.
    "Estes sintomas não são específicos, e podem ser diagnosticados erroneamente como uma síndrome do intestino irritável, ou podem ser ignorados e tratados como um mal-estar estomacal ou uma consequência de ter comido demais,” alerta Tracie.

    "Se uma mulher estiver experimentando estes sintomas e eles se mantiverem presentes por mais de três semanas, ela deve consultar seu ginecologista,” diz Tracie.
    75% dos casos de câncer de ovário ocorrem em mulheres com mais de 55 anos.

    Câncer do colo do útero

    "O exame para detecção do câncer do colo do útero é o programa mais bem-sucedido entre todas as variedades de câncer ginecológico,” diz Tracie. O Papanicolau salva incontáveis vidas, todos os anos. Ele pode detectar células anormais que, se não forem tratadas, podem se transformar em câncer. Apesar disso, números recentes revelam que uma em cada quatro mulheres não está fazendo o Papanicolau.

    As mulheres não apenas citam o medo ou a vergonha para não fazerem o exame, mas também enfrentam o estigma que envolve o câncer do colo do útero e a possibilidade de que sejam julgadas como promíscuas.

    "No caso do câncer do colo do útero, nós sabemos que o vírus do HPV é um precursor para pelo menos 90% dos casos, então tecnicamente sim, ele é sexualmente transmissível. No entanto, não está no mesmo grupo do herpes, clamídia, etc,” explica Tracie.

    A maioria das pessoas com uma vida sexual ativa, irá contrair o HPV em algum momento da vida, e a maioria será capaz de eliminá-lo como faria com um vírus comum. São aquelas que não conseguem combatê-lo que podem desenvolver o câncer do colo do útero.

    Tracie diz que o principal sintoma a estar atenta, neste caso, é um corrimento vaginal anormal. "Não precisa ser sangue, pode ser um corrimento marrom, aguado ou cor-de-rosa. Qualquer coisa que não seja normal,” ela explica. Um sangramento inesperado também pode ser um sintoma. "Sangrar após a relação sexual, ou fora do período menstrual, qualquer coisa que seja diferente. As mulheres também não devem menstruar após a menopausa, então se você notar algum sangramento neste período, é importante consultar seu médico,” acrescenta ela.

    Fonte: Yahoo Notícias
    http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tipos-de-cancer-ginecologico-o-que-toda-mulher-precisa-saber/10762/7/ acesso em 29/05/17 às 13:40hs

    Dia Mundial Sem Tabaco discute o impacto do tabagismo sob o desenvolvimento mundial

    Atualmente, matando quase seis milhões de pessoas por ano, o tabagismo aumenta a possibilidade de se contrair um tipo de HPV que provoca a maior parte dos cânceres de garganta associados ao vírus

    Um levantamento realizado no começo deste ano pelo Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que oito milhões de pessoas morrerão até 2030 em decorrência de doenças causadas pelo fumo, mais de 80% dessas mortes evitáveis atingirão a população de países de baixa e média rendas. Estes números impressionantes, juntamente dos riscos causados pelo tabagismo e políticas públicas para a redução do consumo de tabaco, são alguns dos principais assuntos a serem abordados pelo Dia Mundial Sem Tabaco, que é celebrado todo dia 31 de maio.

    Segundo o pesquisador e coordenador do Serviço de Oncologia do Hospital das Clínicas da UFMG e diretor clínico da Personal Oncologia de Precisão e Personalizada, o médico André Márcio Murad, cada vez mais é preciso encarar o câncer como um problema social brasileiro e mundial, pois o consumo de cigarro e os registros de câncer de pulmão têm aumentado bastante, principalmente entre as mulheres de todas as idades, apesar das restrições já impostas ao tabagismo. "Todas as nossas células sofrem agressões diárias. Mas, o organismo é tão inteligente, que temos genes autorreparadores. Porém, se o ataque é contínuo, a autorreparação vai cessar”, explica.

    Com o tema "Tabagismo – uma ameaça para o desenvolvimento”, o dia criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), procura incitar debates para demonstrar a amplitude da ameaça que a indústria do tabaco representa para o desenvolvimento sustentável de todos os países, sobretudo nas áreas da saúde e bem-estar econômico da população. Ainda por meio de atividades reflexivas, serão propostas medidas para a promoção da saúde e do desenvolvimento por meio do enfrentamento da crise global do tabaco.

    Durante o dia, a OMS solicita que os países priorizem e acelerem esforços para o controle do tabagismo como parte de suas responsabilidades para a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. O controle do tabagismo é visto como uma forma efetiva para alcançar a meta 3.4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para reduzir em um terço as mortes prematuras causadas por doenças crônicas não-transmissíveis (DCNTs) globalmente até 2030, incluindo doenças cardiovasculares, câncer e doença pulmonar obstrutiva crônica.

    Atualmente, matando quase seis milhões de pessoas por ano, o tabagismo aumenta a possibilidade de se contrair um tipo de HPV que provoca a maior parte dos cânceres de garganta associados ao vírus, segundo uma pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Um grande número de pessoas infectadas pelo HPV consegue combater a doença sem muitos problemas, mas em alguns casos, o vírus continua a atuar no organismo até causar doenças mais graves, como o câncer de colo do útero e tumores orais.

    Outro câncer que possui origens no uso do tabaco, é o câncer de pulmão, pois a fumaça do cigarro possui mais de 5 mil substâncias químicas das quais cerca de 50 são cancerígenas. Somente 15 % dos fumantes terão câncer de pulmão, mas outras 57 doenças estão relacionadas com o hábito de fumar. A combinação destes fatores ligados ao consumo de cigarro pode colaborar para o aparecimento do câncer.

    Fonte: Segs
    http://www.oncoguia.org.br/conteudo/dia-mundial-sem-tabaco-discute-o-impacto-do-tabagismo-sob-o-desenvolvimento-mundial/10757/7/ acesso em 29/05/17 às 13:24h

    GRIPE: tire suas dúvidas sobre a vacina

    A vacinação contra a gripe foi prorrogada até o dia 9 de junho.  Para que a população entenda melhor a vacinação contra a gripe, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) preparou uma série de perguntas e respostas que podem ajudar a esclarecer dúvidas importantes.
    Vou ficar gripado (a) após me vacinar?
    Não. A vacina contra a influenza (gripe) é inativada, contendo vírus mortos, fracionados ou em subunidades não podendo, portanto, causar gripe. Quadros respiratórios simultâneos podem ocorrer sem relação causa-efeito com a vacina.
    A vacina contra a gripe causa algum efeito colateral?
    A vacina usada na campanha contra a gripe é segura e bem tolerada. Em alguns casos podem ocorrer manifestações de dor no local da injeção ou endurecimento. Além disso, as pessoas que não tiveram contato anterior com os antígenos – substâncias que provocam a formação de anticorpos específicos – podem apresentar mal-estar, mialgia ou febre. Todas estas ocorrências tendem a desaparecer em 48 horas.
    Por que nem todo mundo recebe vacina gratuitamente?
    A Campanha Nacional de Vacinação será realizada com definição de grupos prioritários para receber a vacina. O objetivo da estratégia de vacinação é reduzir a mortalidade, as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo vírus da influenza, na população alvo para a vacinação.
    Nesta campanha, além de indivíduos com 60 anos ou mais de idade, serão vacinadas as crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), as gestantes, as puérperas (até 45 dias após o parto), os trabalhadores da saúde, os povos indígenas, os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. Também serão incluídos para a vacinação, neste ano, os professores das escolas públicas e privadas. O público alvo, portanto, representará aproximadamente 60 milhões de pessoas. A meta é vacinar, pelo menos, 90% dos grupos elegíveis para a vacinação.
    Os grupos prioritários são recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e fazem parte da estratégia do Ministério da Saúde.
    O que são grupos prioritários?

    São grupos que estão vulneráveis a contrair a gripe e desenvolver complicações, como pneumonia e até mesmo o óbito.
    Qual o critério de escolha dos públicos-alvo?
    São estabelecidas prioridades para vacinação, tanto na rotina quanto em campanhas, que são definidas com a participação das associações e instituições da comunidade científica e de profissionais, no âmbito do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações. Depreende-se daí, a decisão por incluir um imunobiológico no calendário básico de vacinação do país, e vacinar um grupo ou segmento da população. O Ministério da Saúde considera para a sua decisão, uma multiplicidade de fatores que influenciam a transmissão da doença e dos seus efeitos, tomando como base os seguintes critérios:
    a.           A situação epidemiológica nacional da influenza, tendo como referencial a análise das ocorrências nas 26 unidades federadas, Distrito Federal e grandes regiões referentes aos grupos mais afetados, frequência e proporção de casos, taxas de incidência e mortalidade, gravidade dos casos, entre outros aspectos clínicos e epidemiológicos;
    b.           A capacidade operacional dos serviços de saúde para realizar a vacinação da população alvo dentro do prazo preconizado; 
    c.           A capacidade dos laboratórios produtores de entregar o quantitativo necessário das vacinas dentro do prazo previsto para a realização da campanha de vacinação.
    Por que a população prisional (pessoas privadas de liberdade) está entre os grupos prioritários?
    Este é um grupo vulnerável que ao contrair a gripe pode desenvolver complicações e evoluir para o óbito. Principalmente quando consideramos as condições de habitação e confinamento a que são submetidos.
    Protegendo a população privadas de liberdade, protege-se também outras as pessoas que estão em contato com este grupo.
    Resfriado comum e síndrome gripal são a mesma coisa?
    Não, o resfriado comum é uma infecção viral de sintomas mais brandos que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorréia), tosse e rouquidão. A febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaléia). Assim como na influenza, no resfriado comum também podem  ocorrer complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção. Os principais agentes infecciosos do resfriada comum são os Rhinovírus (com mais de 100 sorotipos), os Coronavírus, os vírus Parainfluenza (principalmente o tipo 3), o Vírus Sincicial Respiratório, os Enterovírus e o Adenovírus. A gripe é também uma infecção viral, que se caracteriza pelo surgimento de febre alta, cefaleia, dores no corpo, mal-estar, tosse seca, dor de garganta e coriza. Este quadro pode perdura por 7 a 10 dias.

    A vacina contra gripe imuniza contra resfriado?
    Não, pois o resfriado é diferente de gripe. A vacina não imuniza contra o resfriado causado por outros vírus.
    Caso eu esteja gripado, é melhor esperar uma melhora para vacinar?
    Sim, é importante melhorar da gripe antes de receber a vacinação, para que caso haja alguma complicação da gripe esta não seja atribuida à vacinação. Nesse caso, a vacinação deve ser adiada até o desaparecimento dos sintomas.
    Quais as medidas de proteção para a população não vacinada?
    Para se prevenir, as pessoas devem ser orientadas a tomar alguns cuidados de higiene como: lavar bem, e com frequência, as mãos com água e sabão; evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies; não compartilhar objetos de uso pessoal e, ainda, cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar.
    Por quê em alguns casos eu me vacino e fico gripado em seguida? Ou, se eu me vacinar e ficar gripado, significa que a vacina não foi eficiente ou que o vírus da vacina me pegou? 

    Trata-se de uma vacina inativada (morta), incapaz de gerar a doença. As pessoas que ficam gripadas após tomar a vacina, provavelmente adquiriram outras doenças respiratórias ou já tinham o vírus e a vacina não teve tempo suficiente de fazer seu efeito.
    É verdade que a gestante pode se vacinar contra a Gripe?
    Sim. Todo ano é importante se vacinar. A cada ano temos diferentes tipos da gripe que podem ser causadas por outros tipos de vírus que circularam em anos anteriores. E mesmo que os vírus sejam os mesmos, a imunidade pela vacina se mantém por um período estimado de 12 meses.
    Público-Alvo
    Fazem parte do público-alvo da campanha pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e os funcionários do sistema prisional.
    Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para eles é fundamental apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.
    A prorrogação da vacina é um esforço do Ministério da Saúde para alcançar a meta de vacinação que, neste ano, é de 90%.

    http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/52637-gripe-tire-suas-duvidas-sobre-a-vacina acesso em 29/05/17 às 13:12h

    quarta-feira, 24 de maio de 2017

    Brasileiros criam substância a partir do extrato de henna para combater câncer de mama

    Professores e pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Fundação Oswaldo Cruz da Bahia (Fiocruz-BA) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) desenvolveram uma substância a partir da folha de henna, que inibe o crescimento de tumores, especialmente o câncer de mama, um dos que mais matam no Brasil e no mundo, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O extrato da folha de henna, usado na pintura de cabelos, pele e unhas tem conseguido melhorar o quadro clínico e a qualidade de vida dos pacientes.

    A pesquisa que gerou a nova substância, denominada CNFD, começou em 2013. Além dos testes em células tumorais, foram feitos testes em camundongos, que revelaram redução significativa do crescimento e do peso do tumor sem efeitos aparentes de toxicidade nos animais.

    O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da UFF, Vitor Francisco Ferreira, explicou que o novo fármaco pode substituir ou complementar os medicamentos que se tornaram resistentes à doença. "O trabalho conjunto dos professores e pesquisadores traz mais do que uma nova substância. É a esperança de muitas mulheres”, disse.

    O fármaco está sendo patenteado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e, caso seja aprovado nos testes subsequentes e haja interesse da indústria no seu desenvolvimento, poderá chegar ao mercado em larga escala daqui a cinco anos.

    "Combater células cancerígenas não é uma tarefa fácil, pois elas se parecem muito com as células sadias”, disse um dos integrantes da pesquisa, o professor da UFF Fernando de Carvalho da Silva. "Esta descoberta, além dos benefícios em si, pode representar o primeiro medicamento sintético genuinamente brasileiro nas prateleiras das farmácias."

    Os testes comprovaram que o CNFD foi mais eficaz em células tumorais, preservando as normais, diminuindo os efeitos adversos decorrentes da terapia.

    O pesquisador da Ufam Emerson Silva Lima lembrou que, se comparado com o que há hoje no mercado, a nova droga tem baixo custo de produção e pode ser alternativa acessível para muitos pacientes. "Esperamos que o governo e/ou empresas privadas tenham interesse na tecnologia, para que um dia ela possa chegar ao mercado”, ressaltou.

    De acordo com o Inca, a cada ano, o câncer de mama corresponde a 28% de novos casos da doença em mulheres.

    Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
    http://www.oncoguia.org.br/conteudo/brasileiros-criam-substancia-a-partir-do-extrato-de-henna-para-combater-cancer-de-mama/10754/7/ acesso em 24/05/17 às 12:20h

    terça-feira, 23 de maio de 2017

    Diagnóstico precoce do câncer de ovário aumenta em 80% as chances de cura

    O mês de maio é, tradicionalmente, o período em que ganha força a campanha de combate ao câncer de ovário, doença que acomete, geralmente, mulheres com mais de 40 anos, e se desenvolve de forma silenciosa. Por isso, é de extrema importância que mulheres na faixa etária de risco, e que tenham histórico na família, busquem acompanhamento com um especialista, facilitando o acesso ao diagnóstico precoce. Ele pode aumentar em até 80% as chances de cura no estágio inicial da doença. A dica é do diretor-presidente da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), cirurgião oncológico Marco Antônio Ricci.

    Segundo a projeção mais recente do Instituto Nacional do Câncer (Inca), subordinado ao Ministério da Saúde (MS), o câncer de ovário é a 7ª neoplasias malignas, tanto no Brasil quanto no Amazonas, em número de casos entre a população feminina. São estimados 6,15 mil novos diagnósticos para este ano no País e 70 no Estado.

    Apesar de acometer, em maior proporção, mulheres na fase da pós-menopausa, pois está diretamente relacionada ao envelhecimento da população feminina, a doença também tem aparecido em mulheres jovens, com idade inferior a 40 anos, mas de forma esporádica. O tipo histológico mais frequente, com 90% dos casos, é o adenocarcinoma (tumor derivado de células glandulares epiteliais secretoras).

    Marco Ricci explica que a neoplasia de ovário é o segundo tipo de câncer ginecológico com maior índice de mortalidade no mundo. Isso se deve, principalmente, ao diagnóstico tardio, pois a maioria das pacientes só procura um especialista na fase sintomática da doença, quando ela já se alastrou para outros órgãos. Os sintomas mais comuns nesse estágio são: dores pélvicas, azia e má digestão em alguns casos específicos e infecções urinárias frequentes, em curto espaço de tempo.

    Fator hereditário

    Ele chama a atenção, especialmente, para pessoas com histórico na família, que têm três vezes mais probabilidade de desenvolver a doença, por conta do fator hereditário. "Trata-se de uma doença que está diretamente ligada a falhas genéticas e, sendo assim, não tem prevenção. Mas, existem exames de rastreamento que devem ser feitos uma vez ao ano, a partir dos 40 anos, como a ultrassonografia transvaginal, o exame clínico ginecológico e o marcador tumoral CA 125 – este último para casos de massas pélvicas suspeitas previamente constatadas em exames de imagem”, frisou.

    Mulheres que não engravidaram, também passam a ter mais chances de desenvolver a doença, pois os ovários, que têm como principal função a liberação de óvulos, não ‘amadureceram’ como deveriam. "Por isso, a nuliparidade acaba sendo um fator de risco, apesar de menos relevante. As portadoras de algumas síndromes, como a Lynch 2, que associa diversos tipos de câncer em uma única pessoa, também devem ter atenção redobrada e precisam de acompanhamento de um especialista em ginecologia, mesmo após concluir o tratamento oncológico”, alertou.

    Os tratamentos do câncer de ovário se resumem a cirurgias, como as histerectomias, que consistem na retirada do útero, ovários e trompas, dependendo do estadiamento da doença (extensão da lesão); e quimioterapia. Ambas as modalidades são ofertadas pela FCecon, unidade considerada referência em cancerologia na Amazônia Ocidental.

    Fonte: A Crítica
    http://www.oncoguia.org.br/conteudo/diagnostico-precoce-do-cancer-de-ovario-aumenta-em-80-as-chances-de-cura/10750/7/ acesso em 23/05/17 às 16:32h

    Risco de câncer de mama cresce com apenas uma dose de bebida alcoólica por dia, diz instituto dos EUA

    Um copo de vinho todos os dias, ou de qualquer outra bebida com mais de 10 gramas de álcool, aumenta o risco de ter câncer de mama pré e pós-menopausa em 5% e 9%, respectivamente, de acordo com relatório do Instituto Americano para Pesquisas do Câncer (AICR) e do Fundo Mundial de Pesquisas do Câncer (WCRF).

    A revisão informou que o exercício de alta intensidade, como correr ou andar de bicicleta com uma velocidade alta, diminui o risco do câncer de mama pré-menopausa em 17% e em 10% no pós.

    "Com este relatório abrangente e atualizado, a evidência é clara: ter um estilo de vida fisicamente ativo, manter um peso saudável e limitar o álcool são passos que as mulheres devem tomar para reduzir o risco do câncer", disse Anne McTiernan, autora principal do relatório.

    O texto analisou 119 estudos, somando dados de 12 milhões de mulheres e 260 mil casos da câncer de mama. Veja outros fatores apontados pelo levantamento como risco para o câncer de mama:

    • Estar acima do peso aumenta o risco de ter câncer de mama pós-menopausa, tipo mais comum
    • Mães que amamentaram têm menos risco de contrair o tumor no seio
    • Maior ganho de peso durante a vida adulta aumenta a chance de câncer
    • O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, com mais de 252 mil casos por ano. O instituto americano afirma que um em cada três casos poderiam ser evitados com limitação do uso de álcool, atividades físicas e peso saudável.

    Fonte: Bem Estar
    http://www.oncoguia.org.br/conteudo/risco-de-cancer-de-mama-cresce-com-apenas-uma-dose-de-bebida-alcoolica-por-dia-diz-instituto-dos-eua/10748/7/ acesso em 23/05/17 às 16:28h

    segunda-feira, 22 de maio de 2017

    O câncer de Marcelo Rezende: otimismo ajuda em dura batalha

    No domingo, o apresentador Marcelo Rezende revelou em entrevista para o Domingo Espetacular, da TV Record, que está com câncer no pâncreas e no fígado. Rezende relatou que os sintomas apareceram há apenas um mês, quando começou a sentir cansaço e falta de apetite. Depois de uma bateria de exames, veio o diagnóstico: um tumor no pâncreas que se espalhou para o fígado.

    Além de iniciar um tratamento, o apresentador decidiu fazer um retiro espiritual de sete dias para se fortalecer emocionalmente. A decisão veio após a alta na quimioterapia. Na mesma postagem, Rezende diz já se sentir curado, graças à fé. "O importante é que estou aqui orando firme e tenho certeza de que já estou curado”, afirmou em vídeo publicado no Instagram.

    Otimismo ajuda


    Especialistas acreditam que o otimismo, de fato, ajuda no tratamento. "Embora não signifique que a pessoa vai se curar ou não,  é muito nítida, na prática clínica do tratamento de doenças graves, a influência positiva do otimismo na evolução do prognóstico”, diz Ben-Hur Ferraz Neto, cirurgião de fígado e aparelho digestivo e professor livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP).

    Para Felipe José Fernández Coimbra, cirurgião oncologista e diretor do Departamento de Cirurgia Abdominal do A.C.Camargo Cancer Center, "quando qualquer pessoa é diagnosticada com uma doença grave, existem várias formas de enfrentar a situação: negação, pessimismo, otimismo, racionalização. Embora não existam estudos sobre o assunto, na prática a gente vê que ser positivo é sempre bom. Essa atitude facilita a exposição ao tratamento, que não é fácil e ajuda na hora da internação hospitalar, por exemplo.”

    Tumor agressivo

    No entanto, também é necessário ter cautela. O câncer de pâncreas é considerado um tumor agressivo. Segundo o Inca, no Brasil, o tumor é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes pela doença. A taxa de sobrevida geral é de 5% a 10%.  A localização do órgão, as características do tumor — sua estrutura em estroma (células e proteínas que ‘protegem’  as células tumorais dos remédios) e a predominância do diagnóstico tardio dificultam o tratamento. 

    O pâncreas é um órgão localizado na parte de trás da região do abdômen. Ao seu redor, estão várias estruturas importantes, como vasos que levam e trazem sangue para o intestino, fígado e estômago. Suas funções principais são produção de insulina — hormônio que controla a glicose do sangue — e de enzimas que ajudam na digestão dos alimentos.

    O câncer de pâncreas costuma ser dividido em dois grupos: os tumores exócrinos, que crescem nos dutos responsáveis pela produção de enzimas que ajudam na digestão, e os endócrinos, que se formam em células especializadas na produção de hormônios, como a insulina. Entre os exócrinos, está o adenocarcinoma, tipo responsável por cerca de 90% dos casos de câncer de pâncreas no mundo. Isso acontece por dois motivos: as células cancerígenas tendem a se multiplicar de maneira rápida e não há exames preventivos para a detecção precoce do tumor.

    No grupo dos endócrinos, está o carcinoma neuroendócrino, tipo que atingiu Steve Jobs, fundador da Apple.  Esse tipo de tumor costuma ter um desenvolvimento mais lento, o que acaba aumentando a sobrevida do paciente. Como tem origem nas células especializadas do órgão, ele pode interferir diretamente na produção de hormônios como a insulina e o glucagon (ambos relacionados ao diabetes).

    Um dos agravantes da doença é o alto risco de metástase, mesmo nos estágios iniciais da doença, principalmente nos gânglios ao redor do pâncreas, peritônio e fígado. Rezende teve metástase no fígado. Segundo Coimbra, o órgão é o lugar mais comum de metástase porque uma de suas muitas funções é filtrar o sangue que vem do abdômen. Isso faz com que ele receba células oriundas de outros órgãos, como pâncreas.

    Segundo Ferraz Neto, quando há metástase em adenocarcinomas, há pouca chance de sucesso. "Mas, se houver diagnóstico precoce, que é incomum, é possível. Existe a possibilidade de cura”.

    Por outro lado, se o tumor for um carcinoma neuroendócrino, a possibilidade de cura ou de vida em longo prazo é grande, mesmo quando há metástase.

    Fatores de risco e sintomas

    Os principais sintomas da doença são: emagrecimento, perda de apetite, aparecimento ou piora do diabetes, icterícia (pele e mucosa amareladas), dor abdominal em faixa, dor nas costas, vômitos, dores de cabeça, sudorese e mal-estar. Esses sintomas, comuns a várias condições, contribuem para a alta incidência de diagnóstico tardio, já que os pacientes demoram a procurar o médico ou se consultam com médicos de outras especialidades, que demoram para identificar o tumor.

    Os fatores de risco para a doença são tabagismo, diabetes, pancreatites e histórico familiar. "O segredo do diagnóstico e o segredo do tratamento é fazer exame sempre. Qualquer pessoa que se submete a um check-up frequente tem chance de receber um diagnóstico precoce”, ressalta Ferraz Neto.

    Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos são registrados quase 145.000 novos casos de câncer de pâncreas e cerca de 139.000 mortes. Sem um diagnóstico precoce eficiente, a doença chega a vitimar, em até cinco anos, 85% dos pacientes que desenvolvem o tumor. A incidência é mais comum após os 50 anos de idade e quase duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres – e de duas a três vezes mais frequente entre fumantes.

    Diagnóstico e tratamento

    O diagnóstico é feito por meio da avaliação dos sintomas, seguida de exames como tomografia, ressonância e eco-endoscopia, além de análises mais específicas como marcadores no sangue e biópsia.

    As opções de tratamento dependem diretamente do grau do tumor. "Hoje em dia, o tratamento é personalizado. Então, para cada situação, tem um tratamento mais indicado. De maneira geral, cada tratamento tem um objetivo. A cirurgia trata a doença localizada, fazendo uma limpeza na região. A quimioterapia circula no corpo todo e atinge todos os pontos de tumor ao mesmo tempo. A radioterapia também tem uma função de tratamento localizado. Mas, normalmente, todos esses são tratamentos complementares”, explica Coimbra.

    Quando o tumor é localizado, as opções são: começar pela quimioterapia, que atinge o tumor e as células circulantes. Em seguida, a cirurgia, para retirar o que sobrou do tumor. Esse tratamento pode ser seguido de mais quimioterapia ou radioterapia, dependendo da necessidade do paciente.

    Se o tumor já tiver se espalhado (metastático), a prioridade é combater todos os pontos ao mesmo tempo. Neste caso, começa-se pela quimioterapia e, dependendo da resposta (o tumor pode regredir, estabilizar ou o tratamento pode não apresentar efeito), são avaliadas outras opções.

    Segundo Coimbra, atualmente, quando é feita a cirurgia e os tratamentos combinados, a sobrevida sobe para 20% a 30% e mesmo em casos avançados existe a possibilidade de sobrevida grande ou controle da doença em longo prazo.

    No entanto, um tratamento tem duração média inicial de dois a três meses, com reavaliação ou outro tratamento na sequência. Já para dizer se uma pessoa está "curada”, são necessários pelo menos cinco anos desde o início do tratamento.

    Entre os cuidados que o paciente deve ter, então, estão manter-se bem orientado, buscar informação com profissionais especializados, se manter bem nutrido, seguir atividade física leve e procurar contar com o apoio da família e dos amigos.

    Fonte: Veja 
    http://www.oncoguia.org.br/conteudo/o-cancer-de-marcelo-rezende-otimismo-ajuda-em-dura-batalha/10738/7/ acesso em 22/05/17 às 18:24h

    Quase 5 mil pessoas já fizeram o exame preventivo de câncer bucal

    Ir ao dentista regularmente e fazer avaliação da Saúde Bucal faz a diferença. É com este objetivo que as unidades de Saúde de São Carlos, além da vacinação contra a gripe, estão realizando também a Campanha de Prevenção e Diagnóstico Precoce do Câncer de Boca.

    O atendimento é feito para pessoas a partir dos 20 anos de idade em todas as unidades de saúde, onde as equipes fazem orientação em relação ao autoexame, higiene bucal e das próteses, avaliação de lesões e, se necessário, encaminhamento para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) para diagnóstico definitivo.

    Segundo a Secretaria Municipal de Saúde 4.813 pessoas já realizaram o exame preventivo de câncer bucal em São Carlos desde o início desse ano. Do total de pacientes examinados, 249 apresentaram lesões potencialmente malignas e foram encaminhados para retriagem nas unidades de saúde. Outros 30 pacientes foram encaminhados para o CEO para biopsia.

    Além do autoexame, realizado gratuitamente, também é entregue para a população o Guia do Autoexame Bucal com orientações de como se prevenir, quais são os principais riscos e como fazer a higienização das próteses (dentaduras e pontes móveis). O paciente leva para casa também, um kit contendo escova dental, protetor labial para prevenir a exposição solar e escova para higienizar as próteses.

    É importante lembrar que nem toda alteração é câncer, mas a consulta com o dentista é importante para o diagnóstico correto e precoce. A população vai poder conhecer, por exemplo, que entre os fatores de risco estão o fumo, o álcool, a exposição solar excessiva, a hereditariedade (câncer na família) e doenças sistêmicas como a cirrose hepática, diabetes, sífilis, pacientes transplantados, anemia crônica, entre outras.

    Com o autoexame a população vai aprender a sentir como é a boca com saúde, para detectar facilmente o aparecimento de qualquer lesão ou alteração no futuro. Ele é rápido, não dói e deve ser feito a cada 6 meses incluindo quem não tem dentes ou usa prótese (dentaduras ou pontes). Se o paciente encontrar alguma ferida, mancha (branca, vermelha, castanha, preta ou roxa), algum sangramento, caroço, verruga, aftas que não cicatrizem entre 10 a 15 dias (doendo ou não) ou mesmo se há dificuldade de engolir, falar ou movimentar a língua deve procurar um dentista na Unidade Básica de Saúde ou Unidade de Saúde da Família mais próxima de sua residência, para ser avaliado.

    A cirurgiã dentista Milvia Marrara diz quais são os fatores de risco mais conhecidos para o desenvolvimento do câncer bucal. "O tabaco (de acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas), o etilismo (o consumo regular de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver câncer de boca) e a associação entre cigarro e bebidas alcoólicas aumenta 38 vezes o risco para câncer de boca”.

    Outra novidade é o vírus HPV como fator de risco. Pesquisas comprovam que o vírus HPV está relacionado a alguns casos de câncer de boca e também a radiação solar, porque a exposição ao sol sem proteção representa um risco para o câncer de lábios.

    "A orientação é que se faça o exame porque quanto mais cedo se faz a prevenção pode se iniciar os cuidados necessários e evitar evolução das lesões, porque no câncer de boca a mutilação é muito grande e a qualidade de vida do paciente fica muito prejudicada. Nós cirurgiões dentistas quando detectamos uma lesão inicial ou avançada, que tem chance de ser um câncer bucal, encaminhamos para o Centro de

    Especialidades Odontológicas, lá tem o especialista que vai examinar, fazer a biópsia e caso positivo já é feito o encaminhado para o oncológico”, disse Milvia Marrara.

    Fonte: A Cidade On
    http://www.oncoguia.org.br/conteudo/quase-5-mil-pessoas-ja-fizeram-o-exame-preventivo-de-cancer-bucal/10729/7/ acesso em 22/05/17 às 18:12h

    Exames menos dolorosos e mais precisos contra o câncer de mama

    Atuante no segmento de mamografia desde o início dos anos 1990, a GE Healthcare, gigante da área de soluções médicas, acaba de lançar dois equipamentos no Brasil. Eles foram desenvolvidos para evitar que o medo, o desconforto e a necessidade de refazer exames por causa da má qualidade da imagem gerada continuem incentivando mulheres a adiarem consultas relacionadas à detecção do câncer de mama.

    O primeiro, batizado de Senographe Pristina, permite que a paciente controle, por meio de um dispositivo remoto, a intensidade da compressão no seio, já previamente posicionado por um profissional. Mas isso não poderia prejudicar a qualidade da imagem? Um teste realizado no Centre de Sénologie et d’Echographie, na França, sugere que, com esse aparelho, as mulheres tendem a imprimir uma força até 25% maior do que a necessária para flagrar nódulos pequenos, que passam despercebidos no autoexame.

    Segundo o levantamento, a técnica ainda culminou em menor exposição à radiação. Ainda assim, cabe reforçar a importância de respeitar os pedidos do técnico, porque um mínimo de pressão é necessário para que qualquer mamografia disponível no momento seja satisfatória.

    "80% das usuárias classificaram o Senographe Pristina como mais agradável do que o exame tradicional”, conta Luiz Verzegnassi, diretor Brasil da GE Healthcare, de São Paulo.

    A segunda novidade atende pelo nome de Invenia ABUS. Trata-se, em suma, de uma ultrassonografia automatizada especializada em mamas. Complementar à mamografia, é indicada especialmente para mulheres cujos seios são classificados como densos, por terem mais tecido mamário do que gordura.

    "Nesses casos, a visualização de nódulos na mamografia é prejudicada e o risco de desenvolver o problema é de quatro a cinco vezes maior”, ressalta Silvia Sabino, coordenadora médica do Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia do Hospital do Câncer de Barretos (SP). Daí a importância de uma tecnologia específica.

    Ambos os equipamentos já estão sendo comercializados para clínicas particulares brasileiras, mas não há previsão para a chegada à rede pública de saúde. E que fique claro: as técnicas mais acessíveis já são adequadas para detectar o câncer de mama. Uma das maiores barreiras no diagnóstico precoce no nosso país, hoje, é a não realização de exames preventivos, conforme a orientação dos profissionais.

    Fonte: Saúde
    http://www.oncoguia.org.br/conteudo/exames-menos-dolorosos-e-mais-precisos-contra-o-cancer-de-mama/10728/7/ acesso em 22/05/17 às 18:07h

    Dez sinais de câncer frequentemente ignorados

    Uma pesquisa da organização Cancer Research UK listou dez sintomas de câncer que muitas vezes são ignorados pelos cidadãos britânicos. A ONG diz que isso pode atrasar possíveis diagnósticos da doença.

    Veja abaixo os sintomas e a que tipo de câncer eles podem estar relacionados:

    • Tosse e rouquidão (câncer de pulmão)
    • Aparição de caroços pelo corpo (dependendo da região do corpo, pode indicar câncer)
    • Mudança na rotina intestinal (câncer no intestino)
    • Alteração no hábito de urinar (câncer na bexiga)
    • Perda de peso inexplicável (pode estar ligada a diversas variações da doença)
    • Dor inexplicável (pode indicar vários tipos de câncer)
    • Sangramento inexplicável (pode estar ligado a cânceres no intestino, na medula ou na vulva)
    • Ferida que não cicatriza (por estar ligada a diversas variações da doença)
    • Dificuldade de engolir (câncer no esôfago)
    • Mudança na aparência de uma verruga (câncer de pele)
    • De acordo com a Cancer Research UK, muitas pessoas tendem a achar que sintomas como esses são triviais e, por isso, não procuram seus médicos.
    • Outro fator que motivaria os britânicos a não procurar ajuda seria o receio de "desperdiçar" o tempo dos médicos com esse tipo de suspeitas.

    Os pesquisadores da entidade entrevistaram 1.700 pessoas com mais de 50 anos de idade. Mais da metade (52%) afirmou ter sentido ao menos um dos sintomas nos três meses anteriores à pesquisa.

    Em um estudo qualitativo mais aprofundado, a Cancer Research UK se concentrou no caso de 50 das pessoas que tiveram os sintomas. Foi constatado que 45% delas não procuraram ajuda médica após senti-los.

    Uma das pacientes relatou não ter ido fazer exames após sentir dores abdominais. "Algumas vezes eu pensei que era grave... mas depois, quando a dor melhorou, você sabe, pareceu não valer a pena investigar", disse ela.

    Um homem, que percebeu mudanças na rotina na hora de urinar, disse aos pesquisadores: "Você só tem que seguir em frente. Ir muito ao médico pode ser visto como um sinal de fraqueza e podem pensar que você não é forte o suficiente para lidar com seus problemas".

    A pesquisadora Katrina Whitaker, ligada à University College London, afirmou: "Muitas das pessoas que entrevistamos tinham os sintomas que dão o alerta vermelho, mas elas pensavam que os sintomas eram triviais e por isso não precisavam de assistência médica, especialmente se não sentiam dor ou se ela era intermitente."

    Segundo ela, outros disseram que não queriam criar caso ou desperdiçar recursos do sistema de saúde público. O autocontrole e o estoicismo dos britânicos contribuem para esse tipo de atitude, e a persistência dos sintomas fazem com que as pessoas passem a considerá-los normais, de acordo com a pesquisadora.

    Ela disse ainda que muitos pacientes só procuraram médicos depois que tiveram contato com campanhas de conscientização ou receberam conselhos de amigos ou de familiares.

    Segundo o médico Richard Roope, na dúvida, é sempre melhor procurar um médico. Ele disse que muitos desses sintomas não são causados pelo câncer - mas se forem, o rápido diagnóstico aumenta as chances do paciente no tratamento da doença.
    Ele afirmou que atualmente cerca da metade dos pacientes diagnosticados conseguiriam sobreviver por mais de dez anos.

    Alarme falso

    Uma outra pesquisa, também financiada pela Cancer Research UK, constatou que um "alarme falso" pode desestimular os britânicos a continuarem investigando possíveis sintomas da doença.

    Para essa pesquisa, a University College London analisou 19 estudos científicos pré-existentes.

    A pesquisa constatou que cerca de 80% das pessoas que são submetidas a exames para checar a existência do câncer após a manifestação de sintomas descobrem que não sofrem da doença.

    Esse grupo tenderia a ficar desestimulado a voltar a investigar eventuais novos sintomas. Entre as principais razões para isso, segundo a organização, estariam a falta de orientação recebida dos médicos durante os exames anteriores e o temor de ser visto como "hipocondríaco".

    "Pacientes que vão a seus médicos com os sintomas obviamente ficam aliviados ao saber que não têm câncer. Mas como nosso levantamento mostra, é importante que eles não sintam uma falsa sensação de segurança e entendam que ainda devem procurar ajuda se perceberem sintomas novos ou recorrentes", afirmou Cristina Renzi, uma das pesquisadoras envolvidas no estudo.

    Fonte: BBC Brasil
    http://www.oncoguia.org.br/conteudo/dez-sinais-de-cancer-frequentemente-ignorados/10725/7/ acesso em 22/05/17 às 18:03h