sexta-feira, 7 de julho de 2017

Sexo oral e relações sem camisinha estão disseminando supergonorreia, segundo a OMS

O sexo oral está produzindo uma perigosa forma de gonorreia, e o declínio no uso da camisinha está ajudando a espalhar a doença, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A entidade alerta que se alguém contrai gonorreia, agora ela é muito mais difícil de tratar - em alguns casos, impossível. Isso porque a doença sexualmente transmitida (DST) está rapidamente desenvolvendo resistência a antibióticos. Especialistas dizem que a situação está "bastante sombria" com poucos medicamentos à vista.
Em torno de 78 milhões de pessoas contraem DSTs por ano e elas podem causar infertilidade em casos não tratados. A OMS analisou dados de 77 países que mostraram que a gonorreia resistente a antibióticos se espalhou por várias nações.
Teodora Wi, da OMS, conta que foram encontrados três casos - no Japão, França e Espanha - onde a infecção era simplesmente intratável. "A gonorreia é uma bactéria muito esperta, toda vez que você introduz uma nova classe de antibióticos para tratá-la, a bactéria adquire resistência", afirma.
A grande maioria das infecções de gonorreia ocorre em países pobres onde a resistência (aos antibióticos) é ainda mais difícil de detectar.

Sexo oral

A gonorreia pode infectar as genitais, o reto e a garganta, mas a que mais preocupa agentes de saúde é essa última.
Wi explica que a gonorreia na garganta aumenta as chances de o micro-organismo desenvolver resistência a antibióticos, já que estes medicamentos são administrados em menor dosagem para infecções nesta área do corpo repleta de bactérias - entre as quais algumas que desenvolveram a resistência a drogas.
"Quando você usa antibióticos para tratar infecções como uma dor de garganta normal, isto se mistura com as espécies Neisseria (do mesmo gênero da bactéria da gonorreia) na sua garganta o que resulta em resistência", segue Wi.
A propagação da bactéria da gonorreia no ambiente através do sexo oral pode levar a uma supergonorreia.
Wi diz que nos Estados Unidos a resistência (ao antibiótico) decorreu do tratamento da infecção de faringe "de homens que faziam sexo com homens".
E a redução do uso de camisinhas pode ajudar à dispersão da infecção.

O que é gonorreia?

A doença é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoea. A infecção se espalha através do sexo desprotegido, tanto vaginal, como oral e anal.
Entre os infectados, um em dez homens heterossexuais, além de mais de três quartos das mulheres e de homens gays não têm sintomas facilmente reconhecidos.
Mas os sintomas podem incluir uma secreção verde ou amarela a partir dos órgãos sexuais, dor ao urinar e sangramentos esporádicos. Infecções não tratadas podem levar a infertilidade, doença inflamatória pélvica e podem ser transmitidas para o bebê durante a gravidez.
A OMS está cobrando que países monitorem a dispersão da gonorreia resistente e invistam em novas drogas.
"A situação é bastante sombria", comentou Manica Balasegaram, da Parceria Global de Pesquisa e Desenvolvimento de Antibióticos. "Há apenas três drogas sendo produzidas e não há garantia de que nenhuma vá de fato funcionar".
E, segundo a OMS, vacinas vão ser necessárias para interromper a dispersão da gonorreia.
"Desde a introdução da penicilina, que garante uma cura rápida e confiável, a gonorreia desenvolveu resistência a todos os antibióticos", explicou Richard Stabler, da Escola de Londres de Higiene e Medicina Tropical.
"Nos últimos 15 anos, a terapia precisou ser trocada três vezes por conta do aumento das taxas de resistência no mundo. Estamos agora num ponto em que estamos usando as drogas como último recurso, mas há sinais preocupantes de falha no tratamento devido a cepas resistentes."
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/sexo-oral-e-relacoes-sem-camisinha-estao-disseminando-supergonorreia-segundo-a-oms.ghtml acesso em 07/07/17 às 21:26hs

Julho Amarelo – Prevenção e controle das hepatites virais

ulho foi adotado pelo Ministério da Saúde e pelo Comitê Estadual de Hepatites Virais como o mês de luta e prevenção das hepatites virais. Isso não significa que a prevenção à doença deva ser menor nos demais meses do ano, muito pelo contrário, a cada dia deve-se aumentar a atenção porque as hepatites virais são as principais causas de câncer no fígado.
Nesta segunda-feira (27), as ações de prevenção às hepatites virais, coordenadas pela Coordenadoria de Controle de Doenças Infectocontagiosas, da Secretaria de Saúde, em parceria com a ONG Grupo Esperança, serão intensificadas no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA – Rua Silva Jardim, 94), das 8h às 15h30, e também nas policlínicas. As ações serão desenvolvidas neste locais até quinta-feira (30)
De acordo com o Ministério da Saúde, três milhões de brasileiros estão infectados pela hepatite C, mas não sabem que têm o vírus. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 3% da população mundial, seja portadora de hepatite C cronica.
A falta do conhecimento da existência da doença é o grande desafio, por isso a recomendação é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste gratuitamente em qualquer posto de saúde e, no caso positivo, façam o tratamento que está disponível na rede pública de saúde.
Hepatite C – Pelo grau de gravidade, a hepatite C merece uma atenção especial. Ao contrário dos demais vírus que causam hepatite, o vírus da hepatite C não gera uma resposta imunológica adequada no organismo, o que faz com que a infecção aguda seja menos sintomática, mas também com que a maioria das pessoas que se infectam se tornem portadores de hepatite crônica, com suas consequências a longo prazo.
Hepatite C é a inflamação do fígado causada pela infecção pelo vírus da hepatite C (VHC ou HCV), transmitido através do contato com sangue contaminado. Essa inflamação ocorre na maioria das pessoas que adquire o vírus e, dependendo da intensidade e tempo de duração, pode levar a cirrose e câncer do fígado.
Tipos – Cinco são os tipos mais comuns de hepatites virais (A,B,C,D e E) e no caso a hepatite B, já há vacina disponível nos postos de saúde para pessoas de até 50 anos de idade. Além destes tipos são registrados ainda dois outros: o F que apesar de estudos recentes não terem configurado sua existência, sendo portanto descartado, mas não eliminado da literatura médica, e o tipo G.
– Hepatite A, que tem o maior número de casos, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e cura sozinha. Existe vacina.
– Hepatite B, o segundo tipo com maior incidência, atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção para a hepatite B é a vacina, associada ao uso do preservativo.
– Hepatite C, tem como principal forma de transmissão o contato com sangue. É considerada a maior epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado. Não tem vacina. A doença pode causar cirrose, câncer de fígado e morte.
 Hepatite D, causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.
– Hepatite E, causada pelo vírus da hepatite E (VHE) e transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica, porém, mulheres grávidas que foram infectadas pelo vírus da hepatite E podem apresentar formas mais graves da doença.
– Hepatite F, relatos recentes demonstram que não se confirmou a identificação do vírus da hepatite F (VHF), portanto este tipo de hepatite, segundo a Organização Mundial de Saúde pode ser desconsiderado.
– Hepatite G, o vírus da hepatite G (VHG), também conhecido como GBV-C é transmitido através do sangue, sendo comum entre usuários de drogas endovenosas e receptores de transfusões. O vírus G também pode ser transmitido durante a gravidez e por via sexual. É frequentemente encontrado em co-infecção com outros vírus, como o da hepatite C (VHC), da hepatite B (VHB) e da Aids (HIV).
Prevenção – O alerta do Ministério da Saúde é para que a prevenção se torne um hábito, principalmente para evitar que a doença evolua para uma situação mais grave pela falta de diagnóstico ou diagnóstico tardio, quando a doença já está em estado avançado.
Fonte: http://www.spb.org.br/julho-amarelo-prevencao-e-controle-das-hepatites-virais/ acesso em 07/07/17 às 21:19hs

quinta-feira, 6 de julho de 2017

5 ESPECIARIAS ANTICÂNCER

É um ótimo hábito usar especiarias na culinária para aromatizar os pratos de uma forma natural, e ainda tirar proveito de suas propriedades benéficas.
As especiarias são conhecidas desde os tempos antigos não só como alimento, mas principalmente por suas propriedades curativas. Elas foram, juntamente com as ervas e as plantas, os primeiros medicamentos, quando não existiam os remédios que conhecemos hoje. Ultimamente, o mundo médico-científico está descobrindo características em algumas ervas e especiarias atribuídas à propriedades anticâncer. Hoje vamos descobrir as especiarias mais importantes na prevenção e luta contra esta doença.

1. Cúrcuma

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A cúrcuma deve suas propriedades curativas à curcumina. A curcumina foi usada para realizar um micro implante para ser colocado diretamente junto a um tumor para avaliar seus efeitos terapêuticos. Os estudos realizados demonstraram uma redução significativa na replicação do tumor, bem como no seu volume, em um modelo animal. No que diz respeito à prevenção do câncer em seres humanos, um estudo conduzido em 25 pacientes, revelou que a curcumina seria capaz de bloquear os processos pré-cancerígenos. Os casos de câncer também seriam reduzidos em populações que consomem cúrcuma todos os dias ou por longos períodos diários a uma quantidade entre 100 e 200 mg. Um estudo de 2007, realizado em um laboratório de células de câncer de intestino, mostrou que um tratamento combinado com cúrcuma e quimioterapia seria mais eficaz em aniquilar as células cancerosas em comparação com a quimioterapia sozinha.

2. Gengibre

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O gengibre, assim como a cúrcuma, é uma especiaria muito valiosa. O gengibre fresco contém gingerol, enquanto o gengibre seco contém zingerone, resgonsável pelo sabor picante desta especiaria. Acredita-se que ambas as substâncias contenham propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Por esta razão, pode ser um protetor contra o câncer, como explicado por Bethany Smith, uma nutricionista de Atlanta. Um estudo recente conduzido na Tailândia, colocou em análise a atividade citotoxicidade e anticâncer do gengibre (Zingiber officinale Roscoe) e levou a resultados promissores no que diz respeito ao uso do extrato etanólico de gengibre contra um adenocarcinoma raro.

3. Pimenta caiena

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A pimenta caiena contém capsaicina, uma substância conhecida como um poderoso antioxidante. Estudos em laboratório mostraram que a capsaicina é tóxico para as células cancerígenas. Um estudo conduzido por pesquisadores da Escola de Los Angeles de Medicina da Universidade da Califórnia revelou que a capsaicina pode ser útil para limitar o desenvolvimento de câncer de próstata. Os efeitos da capsaicina sobre o câncer de próstata foram posteriormente aprofundados por um estudo realizado na Espanha, na Universidade de Alcalá (Madri).

4. Pimenta do reino

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Você já deve ter ouvido falar sobre o benefício de misturar a cúrcuma com uma pitada de pimenta do reino preta para criar uma combinação benéfica de especiarias. A base para esta afirmação vem de um estudo realizado por pesquisadores da University of Michigan Comprehensive Cancer e publicado na revista Breast Cancer Research and Treatment. A pimenta do reino preta, em combinação com a cúrcuma, provou ser capaz de inibir o crescimento de células cancerosas relacionadas com o câncer de mama. Pimenta do reino preta, por si só, não teve efeitos negativos sobre as células saudáveis. É muito fácil de adicionar uma pitada de pimenta do reino aos nossos pratos. Esta é uma especiaria muito saborosa, além de saudável​​ e que pode ajudar a reduzir a quantidade de sal que colocamos em nosso alimento.

5. Canela

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A canela é uma das especiarias mais antigas e populares. Estudos realizados com a canela dizem respeito, notadamente às suas propriedades anticâncer. Pesquisadores da City of Hope Cancer Center descobriram que o extrato de canela é capaz de interferir em uma proteína que ajuda os tumores a garantirem uma reserva de sangue e nutrientes para ajudá-los a crescerem. Agora, a equipe de pesquisadores espera aprofundar e confirmar, com estudos posteriores, a capacidade do extrato de canela para inibir os tumores.
Fonte: https://www.greenme.com.br/viver/saude-e-bem-estar/312-5-especiarias-anticancer acesso em 06/07/17 às 19:37hs

CAMPANHA JULHO VERDE

Beneficência Portuguesa de São Paulo apoia campanha Julho Verde

Campanha Julho Verde conscientiza sobre a importância da prevenção do câncer de cabeça e pescoço, quinta neoplasia mais comum no mundo

 Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) revelam que o hábito de beber e fumar aumenta em até 20 vezes a chance de uma pessoa desenvolver algum tipo de câncer de cabeça e pescoço. Tumores nessa região correspondem a 3% de todos os tipos de câncer. Os de cavidade oral, que incluem lábios, língua, assoalho de boca, céu da boca, orofaringe como amígdalas, e de laringe são os tumores mais comuns. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, as estimativas de 2014, que também são válidas para o ano de 2015, apontam a ocorrência de 11.280 novos casos de câncer da cavidade oral em homens e 4.010 em mulheres.

Além do tabagismo e o álcool, outros fatores estão associados mais fortemente ao aparecimento do câncer de boca, como a infecção por HPV (subtipo 16 principal) e exposição solar (para o câncer no lábio). Há também os fatores de baixo risco, dentre os quais estão a dieta pobre em frutas e vegetais, má higiene oral, próteses mal ajustadas ou adaptadas, genéticos e outros aspectos em associação que determinam uma queda na imunidade do hospedeiro, levando ao aparecimento do tumor.

Os sintomas do câncer de boca, às vezes, são nítidos, como feridas com ardor na boca, e às vezes não, sendo indolores no início, como uma ferida que não cicatriza e não dói. De acordo com o Dr. Giulianno Molina de Melo, Cirurgião de Cabeça e Pescoço da Beneficência Portuguesa de São Paulo, entre as lesões suspeitas estão a ferida na boca que não cicatriza em duas semanas; os nódulos persistentes no pescoço e em mucosa da bochecha, lábio, assoalho de boca e língua; as manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, indolores ou com leve ardor local em mucosa da boca; os dentes que apresentam amolecimento sem causa aparente; o inchaço na gengiva que dificulta uso de prótese; a dificuldade para engolir, falar, mastigar; mau hálito e perda de peso.

 “Apesar de quase 90% das lesões malignas de boca estarem localizadas na língua, assoalho, mucosa jugal e palato, ou seja, de fácil suspeita e reconhecimento, ainda diagnosticamos pacientes, em sua maioria, em estádios avançados, o que dificulta muito o tratamento, levando a cirurgias complexas, prolongadas, envolvendo reconstruções para a reabilitação mais adequada e invariavelmente seguidas de radioterapia e quimioterapia, apresentando-se até o momento com índices mais baixos de sobrevida”, explica Dr. Giulianno.

 No Brasil, cerca de 70% dos casos ainda apresentam-se em estádios avançados: III e IV, onde as chances de cura ou controle são menores, porém podem ser atingíveis. Já os casos iniciais I e II possuem alta chance de cura/controle.

 Os dados demográficos preocupam e se este ritmo continuar, a incidência do câncer de boca, no Brasil, tenderá a aumentar, ultrapassando outras doenças. Com isto os gastos em saúde como um todo também aumentarão. Hoje ocupa a quinta posição entre os homens e a sexta entre as mulheres. Segundo o cirurgião, a prevenção de fatores de risco ainda é a medida mais simples e eficaz para evitar o aparecimento desses tumores. “A recomendação médica, portanto, é a de cessar o consumo de tabaco e álcool, pois associados e com a presença dos outros fatores já descritos aumenta-se muito a possibilidade de desenvolver esta doença”, conclui o Dr. Giulianno.

Sobre Beneficência Portuguesa de São Paulo

  Fundada em 1859, a Beneficência Portuguesa de São Paulo (www.beneficencia.org.br) é a maior instituição hospitalar privada da América Latina, contando com aproximadamente 7.500 colaboradores e 3.000 médicos, e com uma gestão baseada na qualidade assistencial, humanização, ensino e pesquisa, além de um corpo clínico formado por renomados especialistas. A instituição é referência no atendimento médico hospitalar em mais de 60 especialidades, como cardiologia, oncologia, neurologia, gastroenterologia, ortopedia, urologia, entre outras. Atualmente, a Beneficência Portuguesa conta com três hospitais que somam mais de 1.200 mil leitos de internação. O Hospital São Joaquim, primeiro pilar da Instituição, realiza atendimento ao Pronto Socorro, UTIs, Internações e Cirurgias. Em 2007, foi inaugurado o Hospital São José, que se destaca pelo atendimento oncológico com padrões internacionais, entre outras especialidades. Em 2012, o Hospital Santo Antônio foi criado com o objetivo de oferecer atendimento a pacientes usuários do Sistema Único de Saúde, reforçando a responsabilidade social e carácter beneficente da Associação. Já em 2013, a Instituição criou o Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes para ser um dos maiores e mais completos núcleos de tratamento de câncer no país.

Fonte: Hospital Beneficiência Portuguesa – 14.07.2075
http://anahp.com.br/noticias/noticias-hospitais-membros/beneficencia-portuguesa-de-sao-paulo-apoia-campanha-julho-verde ACESSO em 06/07/17 às 19:32hs

Testagem abre mês de conscientização sobre hepatites virais na Câmara

Iniciando as atividades do Julho Amarelo, mês de conscientização sobre as hepatites virais, acontece nesta terça-feira (4), na Câmara dos Deputados, o “Dia de Luta contra a Hepatite C”. Além de serem alertados sobre aspectos que envolvem prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das hepatites virais, funcionários e visitantes que passarem pelo Espaço Mário Covas no Anexo II da Câmara terão a oportunidade de fazer o teste rápido gratuito de hepatite C.
A ação é promovida pela Frente Parlamentar Mista de Combate às Hepatites Virais e conta com o apoio do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) do Ministério da Saúde, que ficou responsável por fornecer os testes e material informativo.

Ao todo, serão disponibilizados 2 mil testes de hepatite C, além da distribuição de cartazes e 2 mil folders informativos e da exibição de vídeo interativo sobre as hepatites virais. Uma equipe de apoio do DIAHV também estará no local realizando o cadastro no “Viva Melhor Sabendo”, programa que tem por objetivo ampliar a testagem voluntária e oportuna do HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), como as hepatites B e C.
A ação acontece de 9h às 17h no Espaço Mário Covas, no Anexo do II da Câmara dos Deputados, em Brasília.
HEPATITES VIRAIS - As hepatites virais são doenças infecciosas que afetam o fígado e são classificadas pelas letras do alfabeto A, B, C, D e E. Essas doenças não costumam apresentar sintomas, mas, quando estes aparecem, os mais comuns são cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Só para a hepatite C, a estimativa é que de 1,4 milhão a 1,7 milhão de pessoas sejam portadoras da doença, que é uma importante causa de cirrose e câncer de fígado. As hepatites B e C têm tratamento gratuito pelo SUS, sendo que o diagnóstico precoce da hepatite amplia a eficácia do tratamento, com grandes chances de cura no caso da hepatite C.
 
Fonte:Assessoria de Comunicação
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/cursos-e-eventos/52741-testagem-abre-mes-de-conscientizacao-sobre-hepatites-virais-na-camara-dos-deputados acesso em 06/07/17 às 19:29hs

Ministério da Saúde lança site interativo para promoção à saúde

27/06/2017 - Com o objetivo de aproximar a população de informações especializadas sobre promoção à saúde, o ministério da Saúde lançou a plataforma Saúde Brasil. A ferramenta faz parte de uma campanha que visa conscientizar a população de que a promoção da saúde é o melhor remédio para uma vida saudável. Todos os conteúdos e serviços estão baseados em quatro pilares: eu quero parar de fumar; eu quero ter um peso saudável; eu quero me alimentar melhor; e eu quero me exercitar.
“Má alimentação, sedentarismo, consumo de cigarro e obesidade levam ao adoecimento. Alguns exemplos das doenças adquiridas por esses maus hábitos são: a diabetes, a hipertensão, o infarto e o AVC [acidente vascular cerebral, conhecido popularmente como derrame], que sobrecarregam o sistema de saúde. Só para tratar a obesidade, por exemplo, o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta quase meio bilhão de reais em um ano", enfatizou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, ao lançar a plataforma.
Ao acessar o site, o primeiro conteúdo que o internauta encontrará é um questionário interativo sobre seus hábitos de saúde. Depois de responder às questões, ele recebe uma breve avaliação sobre seus hábitos e o que precisa fazer para se tornar mais saudável. Com isso, o Ministério da Saúde reunirá o perfil de cada usuário, o que permitirá uma comunicação personalizada, com mensagens adequadas para cada grupo.
A ferramenta é dinâmica e reúne conteúdos, serviços, além da voz de especialistas para apoiar a população a mudar seus hábitos em prol de uma vida mais saudável. Novos conteúdos e funcionalidades serão incorporados periodicamente, e para isso contará também com as sugestões da população, que poderá usar um canal para se manifestar, narrar suas histórias de superação e mostrar que é possível se tornar mais saudável.
A plataforma apresenta os primeiros quatro vídeos, que traçam um panorama geral sobre tabagismo, obesidade, alimentação saudável e atividade física. O usuário também pode consultar uma seleção de receitas a partir de produtos regionais e calcular seu Índice de Massa Corporal (IMC). O site funciona tanto no computador de mesa quanto nos celulares, com navegação adaptada para os aparelhos móveis.

Fonte: Portal da Saúde 
in http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2017/ministerio-da-saude-lanca-site-interativo-para-promocao-a-saude acesso em 06/07/17 às 18:55hs

ERVAS FINAS PARA DAR SABOR, SAÚDE E BELEZA AOS TEUS PRATOS

Você sabe quais são essas “les fines herbs”. Bom, o nome é francês pois é na culinária francesa onde é descrito o seu uso mais tradicional. Aqui vamos falar de alguns desses bouquets des fines herbs, pois que variam de região para região, e também do porquê usá-las.

As ditas ervas finas são os temperos tradicionais europeus, algumas são espécies aromáticas (cuja principal característica é o aroma dos óleos essenciais que possuem) e outras, mesmo sem serem portadoras de óleos essenciais em quantidade suficiente (de alguma maneira toda planta tem) conferem sabor e aroma peculiares aos alimentos cozidos ou crus.

As ervas finas, ou “les fines herbs”, seus bouquets (misturas) e usos

Na haute cuisine francesa, as finas ervas são salsinha, cebolinha, estragão e cerefólio que, frescas, cortadas fininho, são acrescentadas no final do preparo dos pratos - é no omellete aux fines herbes, no molho beurre blanc, no peixe e onde mais mandar o Le Cordon Bleu.
As “Ervas de Provence”, nada mais são do que uma combinação de temperos típicosda região de Provença, na França, que virou souvenir de turistas que queriam levar o delicioso sabor dos pratos de lá para suas casas. Mas não existe uma receita única, ervas finas podem ser feitas com manjericãoalecrim, manjerona, tomilho, sálvia, louro, segurelha, alfazema e ou feno-grego.
Pois tem quem entenda que também podem ser consideradas “fines herbs” algumas combinações diferentes como: salsa, orégano, manjericão, manjerona, alecrim e/ou tomilho ou também sálvia, estragão, coentro, louro, cebolinha e até hortelã.
Uma receita clássica do omelette aux fines herbs é  do Larousse Cuisine, fácil, rápida e deliciosa e que usa o ramalhete de ervas - salsa, cerefólio, estragão e cebolinha. Já o Cordon Bleu acrescenta, ao mesmo ramalhete o coentro e, ao omelete, pimentão verde picado e pimenta vermelha, variações inéditas na tradição e a receita, chique, é bem mais complicada.
De qualquer maneira, quando se fala de “fines herbs” se entende que é um conjunto de ervas (de tempero) tradicionais na região, as que se encontram por todo lado, e que os povos europeus (franceses, italianos, portugueses, espanhóis, ingleses, etc) juntamos suas receitas.
Não quer dizer que estas ervas sejam perceptíveis no prato mas, também o podem ser - em alguns lugares se monta o “bouquet garni” amarrado com um barbante, se cozinha e, depois, se retira ao servir, ficando só o gosto e o aroma. No “bouquet garni” entram, tradicionalmente, tomilho, louro e salsinha mas, também encontram-se com alho-porró, satureja, sálvia, salsão e alecrim.

Benefícios das ervas finas

Os benefícios das ervas são bem conhecidos e muitas delas nós temos referenciado em nossos artigos aqui no Greene Brasil (veja os links com os nomes das ervas em verde e leia também os artigos abaixo). Mas, uma qualidade muito importante de se lembrar é que o uso destas ervas pode substituir grande parte do sal que normalmente usamos para cozinhar.
As ervas devem ser usadas, preferivelmente, frescas, por conterem seus aromas e princípios ativos em plena forma mas, nada impede que você use as secas também, compradas em supermercados. Se for usar ervas secas, prefira acrescentá-las no começo do cozimento para que possam se reidratar e liberar seus óleos aromáticos.
Fonte: https://www.greenme.com.br/alimentar-se/alimentacao/3964-ervas-finas-para-dar-sabor-saude-e-beleza-aos-teus-pratos acesso em 06/07/17 às 18:16hs

terça-feira, 4 de julho de 2017

Sociedade lança Julho Verde, pela prevenção e conscientização do câncer de cabeça e pescoço

SBCCP mobiliza população e autoridades para a campanha #julhoverde
O Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço é celebrado no dia 27 de julho. A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), que vem há 50 anos buscando o melhor para a prevenção e tratamento da doença, promove durante todo o mês de julho atividades de conscientização e informação no combate a este tipo de câncer.
Em apoio à campanha da Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG), que tem por iniciativa estimular a prevenção “boca a boca”, sendo a boca um dos alvos da doença, e dela deve sair a mensagem de alerta, a SBCCP e seus institutos parceiros chamam a atenção de toda a população para a importância dessa prevenção e a urgência de implementação de políticas públicas por parte das autoridades de saúde.
A infecção pelo papilomavírus (HPV) tem contribuído, nos últimos anos, com o aumento na incidência desta doença, segundo a SBCCP. “A infecção pelo HPV é um importante fator de desenvolvimento do câncer de faringe. Uma das formas
de contágio por essa infecção é por meio da prática do sexo oral e em pessoas com múltiplos parceiros sexuais”, explica o cirurgião de cabeça e pescoço Dr. Fernando Walder, presidente da SBCCP.
São cerca de 23 mil novos casos anualmente, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Trabalhos brasileiros demonstram que cerca de 7% da população pode ter infecção pelo HPV detectada na boca.
“O número parece pequeno, mas em um contexto de 200 milhões de pessoas, esse percentual representa cerca de 14 milhões de indivíduos em risco de desenvolver a doença no Brasil”, explica o cirurgião de cabeça e pescoço Dr. Leandro Luongo de Matos, membro da SBCCP.
Em prol dessa ação, a proposta é utilizar a cor verde e a hashtag #julhoverde para disseminar a informação sobre o tema e atingir o maior número possível de pessoas, com ações na internet, redes sociais e nas ruas.
Alerta
O diagnóstico precoce e o rápido início do tratamento são fundamentais para a cura do câncer de cabeça e pescoço. Um dos principais problemas para o tratamento é o diagnóstico tardio, que ocorre em 60% dos casos, deixando sequelas no paciente.
Segundo levantamento do Inca, o câncer de boca, laringe e demais sítios é hoje o segundo mais frequente entre os homens, atrás somente do câncer de próstata. Nas mulheres, prepondera o câncer da tireoide, sendo o quinto mais comum entre elas.
Outro alvo também atinge fumantes e pessoas que fazem uso frequente de bebidas alcoólicas. Porém é cada vez mais frequente o diagnóstico da doença em indivíduos jovens (menores que 45 anos), sem a exposição a estes fatores, com tumores originados pelo HPV.
Os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe (onde é formada a voz), esôfago, tireoide e seios paranasais.
Para mais informações:
11 3107-9529 – www.sbccp.org.br
Mariana Veltri – mariveltri@gmail.com (assessora de imprensa)

Projeto da ANS reúne informações sobre o uso correto de medicamentos

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) disponibilizou em seu portal na internet, na página do projeto Sua Saúde, novas orientações aos beneficiários de planos de saúde, desta vez sobre o uso adequado de medicamentos.
O projeto tem por objetivo estimular uma participação mais proativa de pacientes em relação à tomada de decisão pertinente a tratamentos e cuidados essenciais em saúde, com base na informação de qualidade compartilhada com os responsáveis pelo seu cuidado - médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde.

O uso adequado de medicamentos é tema de preocupação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que lançou este ano um desafio global pelo uso seguro. Segundo a OMS, mais de 50% de todos os medicamentos são incorretamente prescritos, dispensados e vendidos; e mais da metade dos pacientes que os utilizam o fazem incorretamente. Esses erros podem ser causados por diferentes fatores que interferem na prescrição, na dispensação, na administração, no consumo e no monitoramento de medicamentos, o que pode ocasionar sérios prejuízos para a saúde e até mesmo a morte. Portanto, a participação do paciente no processo de uso dos medicamentos é fundamental, a partir de conversas de qualidade com os profissionais de saúde esclarecendo dúvidas, riscos envolvidos e os benefícios dos medicamentos que venham a ser necessários.
Por meio do projeto, a ANS reforça os riscos do uso de medicamentos sem orientação de um profissional de saúde; entre eles estão: retardar o diagnóstico de uma doença grave, causar intoxicação, alergias e interações medicamentosas e provocar gastos desnecessários, com prejuízo para a saúde. Sendo assim, deve-se evitar ao máximo o uso de medicamentos indicados por outras pessoas, como amigos, vizinhos e parentes, lembrando sempre que doenças diferentes podem ter sintomas parecidos ou até iguais, mas não necessariamente o mesmo tratamento.
Em um vídeo disponível na página do projeto, são abordados pontos de atenção para o uso seguro de medicamentos, divididos em diferentes momentos. Confira aqui.
Fonte: ANS  http://www.blog.saude.gov.br/index.php/geral/52731-projeto-sua-saude-da-ans-reune-informacoes-sobre-o-uso-correto-de-medicamentos acesso em 04/07/17 às 15:36hs

Novo curso da UNA-SUS trata das Infecções Sexualmente Transmissíveis

As ações para Vigilância, Prevenção e Controle do HIV/Aids, da Sífilis, das Hepatites Virais e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são tema do mais novo curso oferecido pela Universidade Federal do Maranhão, integrante da Rede Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS/UFMA).
A capacitação integra a formação em Vigilância em Saúde e é voltada a profissionais atuantes no SUS, prioritariamente os vinculados à Vigilância em Saúde, assim como acadêmicos em geral. A ideia é promover conhecimentos sobre conceitos, transmissão, epidemiologia e aspetos sociais das ISTs mais prevalentes no Brasil, além dos princípios da Política Nacional de ISTs, HIV/Aids e hepatites virais.
Com carga horária de 30 horas, o curso é dividido em três unidades. Na primeira, denominada Epidemiologia das Infecções Sexualmente Transmissíveis mais prevalentes no Brasil, será possível reconhecer a magnitude do HIV/Aids, sífilis, hepatites virais e outras ISTs como problema de saúde pública e interpretar os dados epidemiológicos dessas enfermidades.
Em seguida, o aluno irá aprender mais sobre o contexto histórico de desenvolvimento das Políticas de ISTs, HIV/Aids e hepatites virais, ações de promoção e prevenção, bem como identificar os métodos de diagnóstico para tais doenças. Por fim, será possível conhecer melhor as ações integradas de Vigilância em Saúde e Atenção Básica e da Estratégia Saúde da Família voltadas para promoção, prevenção e controle da sífilis e outras ISTs.
A coordenadora do Núcleo Pedagógico da UNA-SUS/UFMA, Regimarina Reis, explica que o uso do preservativo segue como um dos principais instrumentos para as ações de prevenção dessas infecções. “No entanto, outras intervenções são comprovadamente eficazes e precisam ser incorporadas à proposta de prevenção combinada, que contempla diversas ações de prevenção e assistência, distribuídas em três áreas estratégicas com componentes específicos: prevenção individual e coletiva, diagnóstico e tratamento para ISTs assintomáticas (com laboratório) e Manejo de ISTs sintomáticas com uso de fluxogramas (com e sem laboratório)”. Entre as intervenções, a busca adequada e acesso a serviços de saúde, triagem para as doenças, tratamento das infecções identificadas e processos de aconselhamento e atendimento também são abordados como possibilidades na prevenção das ISTs, por exemplo.
Além disso, reconhecendo o espaço escolar como espaço privilegiado para práticas promotoras da saúde, preventivas e de educação para saúde, o curso aborda a temática “Programa Saúde na Escola com ênfase em sífilis e outras ISTs”.
O curso foi planejado em articulação com a área técnica da Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), e com ênfase nas ações da Atenção Básica. “Os estudantes contarão com um rico material, elaborado e validado por especialistas da área técnica e pedagógica, capaz de subsidiar as ações de prevenção, controle, assistência e monitoramento das ISTs”, afirma.
Fonte: Claudia - SE/UNA-SUS
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/cursos-e-eventos/52733-novo-curso-da-una-sus-trata-das-infeccoes-sexualmente-transmissiveis acesso em 04/07/2017 às 15:34hs

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Estudos mostram que exercícios e dieta reduzem risco de retorno do câncer

Nas quatro horas em que permanecia no hospital fazendo quimioterapia para tratar o câncer em um dos testículos, o educador físico Vinicius Zimbrão só conseguia pensar que preferia estar fazendo 30 minutos de exercício. Atividades físicas sempre fizeram parte de sua vida, e não ficaram de fora mesmo durante seu tratamento com remédios quimioterápicos, em 2014. Ele chegou a criar o #DesafioDoZimbrão nas redes sociais, incentivando outras pessoas a se exercitarem "por ele” nas horas em que não conseguia malhar.

"Eu sempre digo que viver inspira a cura. Independentemente do tipo de tumor e do grau de agressividade, nós temos que nos ajudar a nos curar. E o exercício físico foi essencial para mim nesse processo", conta ele, aos 42 anos.

Hoje, três anos depois do diagnóstico, Zimbrão não tem mais câncer, mas faz anualmente exames de imagem e de marcadores sanguíneos para se prevenir em relação a uma improvável, mas possível, recidiva (retorno da doença). Ele crê que seu bom condicionamento físico é fundamental para evitar que a doença volte. E seu médico, o oncologista Daniel Herchenhorn, concorda:

\'Mesmo que a doença já tenha se estabelecido, nós podemos interferir na evolução dela com nosso estilo de vida", comenta o médico, coordenador científico do Grupo Oncologia D’Or. "É claro que praticar exercício e se alimentar bem ajuda na prevenção de doenças, mas o que os estudos têm mostrado com cada vez mais força é que esses dois aspectos também ajudam a melhorar o prognóstico de quem já está doente, diminuindo risco de morte, de o câncer se espalhar ou de retornar depois de anos."

Herchenhorn destaca que foi "surpreendido” pela grande quantidade de trabalhos científicos nessa direção apresentados no Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, na sigla em inglês) — o maior da área —, no início do mês. Pelo menos cinco estudos, todos envolvendo universidades renomadas como as americanas Harvard e Duke, mostraram que a ingestão de determinados alimentos e a prática regular de atividades físicas tiveram um impacto até melhor do que boa parte dos médicos esperava.

Em uma das pesquisas, a análise do estilo de vida de aproximadamente mil pessoas diagnosticadas com câncer de cólon em estágio 3 mostrou que o grupo de pacientes que se manteve com peso adequado, fez exercícios regularmente, seguiu uma dieta rica em vegetais, frutas e grãos e ingeriu baixa quantidade de álcool e carne vermelha ou processada apresentou taxa de retorno do câncer 30 % mais baixa e 42% menos risco de morte, em comparação com pacientes que não tinham esses hábitos.

Outro trabalho, também com câncer de cólon, revelou que, dos 826 pacientes estudados, aqueles que comeram toda semana no mínimo 100 gramas de castanhas — amêndoas, nozes, pistache e castanha-do-Pará, por exemplo — tiveram 42% menos risco de retorno do tumor e 57% menos risco de morte, se comparados aos pacientes que não ingeriram esse tipo de alimento. O câncer de cólon é o terceiro mais recorrente no mundo, em ambos os sexos. E isso ajuda a explicar por que tumores malignos localizados nesse órgão são tão frequentemente estudados.

Tumor de mama, próstata e metástase óssea

Os efeitos benéficos da combinação de dieta equilibrada e exercício também foram recentemente atestados, em pesquisas científicas, para câncer de mama — o líder de incidência entre mulheres —, de intestino e de próstata e para metástases ósseas, quando o tumor sai do órgão em que ele surgiu e atinge um osso próximo.

"Esses são os cânceres nos quais os efeitos benéficos têm se mostrado mais claros. Mas é difícil imaginar que boa dieta e exercícios não sejam favoráveis para outros tipos", comenta o médico Daniel Herchenhorn.

No entanto, o paciente que está em tratamento contra o câncer ou já teve a doença precisa de acompanhamento profissional para escolher a melhor dieta e a rotina de exercícios mais adequada, destaca o oncologista Stephen Stefani, do Hospital do Câncer Mãe de Deus, no Rio Grande do Sul.

"Se isso não for feito, o paciente corre o risco de entrar em dietas fantasiosas, sem comprovação científica. Não é raro chegarem até nós, no consultório, pacientes que já tentaram dietas loucas, geralmente por indicação de pessoas com a melhor das intenções, mas que acabam atrapalhando", afirma. "Não existe estudo que diga qual é a dieta perfeita. Mas todos vão na mesma direção: muitas fibras, o que é encontrado em frutas, por exemplo, e mais gordura vegetal do que animal. Esta tem se mostrado a estratégia mais positiva e boa para a saúde como um todo."

Outro estudo apresentado no ASCO mostrou, ainda, que 12,1% de 300 mulheres que tiveram câncer de mama e seguiram uma rotina de ao menos 150 minutos de exercício semanais tiveram retorno da doença, índice mais baixo do que o registrado entre as que não praticaram exercício: 17,7%.

O resultado dessa pesquisa é bem ilustrado pela história de Fabiana Lucena: diagnosticada com câncer de mama aos 24 anos, ela já havia voltado a fazer exercícios com peso quatro meses após iniciar a quimioterapia. Personal trainer, ela nunca abandonou as academias e, 11 anos depois, não teve nenhuma recaída.

"O exercício me ajudou a ter efeito colateral quase zero durante a quimioterapia. E ainda mudei hábitos alimentares: evito carne vermelha e como bem mais frutas do que antes", conta.

Fonte: Época Negócios http://www.oncoguia.org.br/conteudo/estudos-mostram-que-exercicios-e-dieta-reduzem-risco-de-retorno-do-cancer/10911/7/ acesso em 03/07/17 às 13:03hs