domingo, 29 de julho de 2018

MEDOS E FOBIAS

Medo Trata-se de uma emoção natural do ser humano. O medo atua como um aliado, protegendo-nos e funcionando como um sinalizador para precaução contra perigos reais. Se procurarmos nos livros e estudos de Psicologia, encontraremos inúmeras conceituações sobre esta emoção, entre elas, a de que o medo é resultante de uma ameaça à rotina da existência.

Fobia A fobia é uma espécie de medo acentuado, excessivo, desmedido, na presença ou previsão de encontro com o objeto ou situação que causa ansiedade em um grau elevadíssimo.

Quando costuma ocorrer:
Medo
Em situações que exigem atenção, como quando precisamos atravessar a rua e olhamos para ter certeza que o carro parou. Em situações que exigem um preparo adequado, com antecedência, por exemplo, quando vamos dar uma boa palestra ou queremos fazer bonito na apresentação de uma dança ou peça de teatro.
Medo: nosso grande aliado
Crescemos ouvindo que é feio sentir medo. Por isso, tantas pessoas têm dificuldade em falar ou expressar seus medos. Elas se consideram fracas, evitando ao máximo que os outros descubram o que elas sentem. E, ao contrário, o medo é uma emoção natural do ser humano. Não dá para imaginar nossa vida sem que em algum momento nós não tenhamos nos deparado com ele. O medo nos protege. Ele funciona como uma espécie de aviso para nos precavermos de perigos reais. A própria sobrevivência da espécie ocorreu por ter, como aliado, o medo.
Frente às ações e objetivos a serem alcançados o medo atua como regulador da inteligência que é estimulada no sentido da melhor escolha, visando evitar o fracasso das metas estipuladas.
Fobias
Como você viu anteriormente, a fobia é uma espécie de medo acentuado, excessivo, desmedido, na presença ou previsão de encontro com o objeto ou situação que causa ansiedade, num grau
elevadíssimo. Embora os cientistas ainda não consigam explicar por que uma fobia ocorre, os estudos e pesquisas têm apontado para algumas possibilidades como:
Perfil psicológico das pessoas ansiosas ou fóbicas
São, em geral, competentes, detalhistas, inteligentes, organizadas, responsáveis, humanas, porém não gostam de críticas. Sofrem geralmente de ansiedade antecipatória isto é, querem o resultado antes mesmo de fazer.
Perfil que corresponde também a fobia de dirigir, pequisado e divulgado pela primeira vez em 1996, pela psicóloga Neuza Corassa, que rapidamente ficou conhecido em âmbito Nacional.
Quando se deve tratar a fobia
Quando a pessoa perceber que a sua vida está ficando limitada e a dificuldade está interferindo nas outras áreas de sua vida. Algumas fobias não terão necessidade de serem tratadas (por exemplo, se a pessoa tem fobia de cobras, mas mora na cidade, poderá conviver com este fato sem maiores problemas).
Como se deve tratar a fobia
Trata-se através de psicoterapia em que se organiza uma escala de exposição ao objeto, ou situação que causa ansiedade. A aproximação deve ser de maneira gradual, gradativa. Mas deve se manter uma certa freqüência de pelo menos 2 vezes por semana de exposição ao objeto ou da situação que causa ansiedade alta, para poder obter bons resultados.
Análise Funcional (Diagnóstico)
O diagnóstico é apropriado quando a pessoa começa a se esquivar o tempo todo em relação ao objeto fóbico, ou quando ocorre ansiedade antecipatória ante a possibilidade de chegar perto do referido objeto ou da situação que causa ansiedade elevada, como uma apresentação, chegando a afetar a sua rotina diária e social. Tudo é cercado de muito sofrimento.
Características que ajudam a identificar pessoas propensas a desenvolver fobias. Dados levantados pelo CPEM:
  • Competentes
  • Excesso de responsabilidade
  • Detalhistas
  • Importar-se com o olhar do outro
  • Dificuldade de receber críticas
  • Organizadas
  • Críticas
  • Sensíveis aos sentimentos
  • Inteligentes
  • Elevada consciência social
  • Sentem necessidade de ter o controle
Fobia de doenças
O que caracteriza essa fobia é o medo exagerado de estar com alguma doença, como câncer, AIDS, algum problema cardíaco e, conseqüentemente, morrer dessa doença.
As pessoas que sofrem desse tipo de fobia evitam ler ou assistir a programas na televisão que tratem do assunto. Evitam entrar em hospitais e até mesmo conversas cujo tema gire em torno de doenças, ou de pessoas que estejam doentes.
Constantemente se examinam, observando o aspecto da sua língua, coloração dos olhos ou apalpam seu corpo à procura de algo errado. Marcam consultas freqüentes com médicos, geralmente clínicos gerais, para se reassegurarem de que não há nada grave.
É diferente de hipocondria, pois nesta, o medo é difuso e envolve diversas doenças.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barros Neto, T. P. (1999) Sem medo de ter medo. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Bernick, M. A (1989). Ansiedade. Revista Brasileira de Medicina. Vol. 46, no 4, p. 99.
Corassa, N. (1996). Síndrome do carro na garagem.Suplemento Viver Bem da Gazeta do Povo. Ano XIII, no 661, p. 24.
___________ (1996) Medo pede carona. Revista Veja. Ano 29 , no 44, p. 100.
____________ (2000). Vença o medo de dirigir – como superar-se e conduzir o volante da própria vida.São Paulo: Gente.
DSM-IV (1994). Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais.
Falcone, E. (1995). Cap. 14 A relação entre o estresse e as crenças na formação dos transtornos de ansiedade.
Em Zamignani, Vol. 3: Sobre Comportamento e Cognição. Santo André: ARBytes.
Wolpe, J. (1978). Prática de terapia comportamental.São Paulo: Brasiliense.

Fonte: https://www.medos.com.br/medos-e-fobias/  Neuza Corassa - Psicóloga - acesso em 29.07.18 às 16:53hs

quinta-feira, 26 de julho de 2018

JULHO VERDE - Prevenção do câncer de boca começa na cadeira do dentista

Três vezes mais comum nos homens, os tumores na cavidade oral representam o quinto tipo de câncer mais comum entre os brasileiros, com 14,7 mil novos casos previstos para 2018 (11,2 mil na população masculina). As estimativas são do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Desse total de diagnósticos, 70% a 80% ocorrem em fase mais avançada da doença, resultando em pior qualidade de vida, maiores taxas de morbidade e mortalidade, maior risco de mutilação e maior complexidade no tratamento e na reabilitação do paciente.

O levantamento SEER, do ministério da saúde dos Estados Unidos, mostra que a sobrevida em cinco anos é realidade para mais de 80% dos pacientes quando descobrem a doença no estágio mais inicial. Se há metástase, esta taxa cai para 20%. O Líder do Núcleo de Estomatologia do A.C.Camargo Cancer Center, Fábio de Abreu Alves, destaca que o cenário de predominância de diagnóstico tardio pode ser revertido por meio de atuação desde a saúde primária, já na cadeira do dentista.

"O dentista é capaz de detectar sinais como placas esbranquiçadas, lesões avermelhadas e feridas que não cicatrizam. Estas últimas já podem ser sinal de um câncer invasivo. Uma investigação clínica mais acurada é importante toda vez que o paciente passa pelo dentista. Todas as partes da mucosa da boca devem ser examinadas. Se houver alguma suspeita, é fundamental que ele encaminhe o paciente para um centro de referência em diagnóstico. A partir disso, o médico ou o dentista especializado (estomatologista) avaliará a necessidade de se pedir outros exames para confirmar ou não o diagnóstico”, afirma.

O atraso no diagnóstico, na opinião de Alves, se dá possivelmente pela ausência de programas de rastreamento e de políticas de educação em saúde. "É importante a sociedade saber que é possível prevenir e fazer diagnóstico precoce de câncer oral na cadeira do dentista. Quanto ao profissional, conforme aumenta sua capacitação, mais ele saberá identificar uma lesão suspeita que esteja em locais de difícil visualização como a borda posterior da língua e o palato mole”, explica.

Julho Verde
Este mês está sendo celebrado o Julho Verde, mês de conscientização mundial sobre o câncer de cabeça e pescoço. Entre as principais mensagens do período estão a importância de alertar a sociedade sobre como prevenir a doença e não negligenciar a procura por um especialista, assim como reforçar o papel do profissional na interpretação das lesões na boca e na identificação da existência de sinais e sintomas que podem sugerir a existência de câncer.

Fonte: Istoé IN http://www.oncoguia.org.br/conteudo/prevencao-do-cancer-de-boca-comeca-na-cadeira-do-dentista/12012/7/ acesso em 26.07.18 às 20:11hs

Época negócios: Protetor solar funciona, mas pessoas aplicam errado, alertam cientistas

A exposição à radiação ultravioleta é a principal causa de câncer de pele, mas ela pode ser evitada com o uso de protetores solares. Acontece que a aplicação correta do produto é essencial para evitar danos ao DNA, alerta estudo publicado nesta quarta-feira no periódico "Acta Dermato-Venereology”. Nos testes dos fabricantes, dizem os pesquisadores, é aplicada uma camada de 2 miligramas por centímetro quadrado para alcançar o fator de proteção indicado, quantidade difícil de mensurar. E o uso típico é de apenas 0,75 mg/cm².

— A maioria das pessoas não aplica essa quantidade, ninguém quer se empastar e o filtro solar ainda é caro no Brasil — afirma Sílvia Schmidt, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia. — É fácil para as fabricantes testarem em laboratório, mas medir essa quantidade no dia a dia é muito complicado.

No experimento, os pesquisadores da Universidade King’s College London dividiram 16 voluntários de pele branca em dois grupos, com três mulheres e cinco homens cada. Um dos grupos passou por apenas uma exposição à radiação, enquanto o outro passou por exposições em cinco dias consecutivos. Todos cobriram partes da pele com diferentes quantidades de filtro — 0,75 mg/cm², 1,3 mg/cm² e 2 mg/cm² — e deixaram um pedaço sem proteção.

No grupo que recebeu mais de uma exposição, os níveis de radiação foram em diferentes níveis de intensidade, para simular condições em destinos turísticos comuns entre os britânicos, como Tenerife, Flórida e São Paulo. Para avaliar a proteção, os pesquisadores retiraram pequenas amostras de pele de cada área exposta de cada um dos participantes para a realização de biópsias.

Os resultados mostram danos consideráveis ao DNA em áreas que não receberam filtro solar no grupo que recebeu múltiplas exposições, mesmo com níveis de radiação baixos. Com 0,75 mg/cm², os danos foram reduzidos, mas a proteção com 2mg/cm² foi substancialmente maior, mesmo com doses mais altas de radiação ultravioleta.

Os pesquisadores destacam que cinco dias de exposição com altas doses de radiação ultravioleta, com camada de 2 mg/cm², mostrou menos danos ao DNA da pele que apenas um dia com baixa dose de radiação sem proteção em todos os participantes. Para Antony Young, autor principal do estudo, os resultados reforçam a eficácia dos protetores solares.

— Não há discussão sobre a importante proteção que os filtros solares fornecem contra o câncer causado pelo impacto dos raios ultravioletas do Sol — conclui Young. — Entretanto, o que esta pesquisa mostra é que a forma como o protetor é aplicado tem papel importante na sua eficiência.

No laboratório, aplicar a quantidade recomendada pelos fabricantes é simples. Como a área de testes na pele foi delimitada em zonas de cinco por sete centímetros, bastava pesar 70 miligramas de protetor e aplicar da forma mais homogênea possível. Mas no dia a dia, essa medição é inviável. Por isso, a recomendação é usar filtros com fatores de proteção altos e reaplicar o produto constantemente.

— Existe o mito de que o filtro com fator de proteção 15 já é suficiente. Em teoria, sim, mas na prática é inviável seguir o uso correto. Por isso, é recomendável o uso de filtros com fatores de proteção maiores, de 30 ou 50 — alerta Sílvia. — E não esquecer de reaplicar, principalmente em passeios na praia.

Fonte: Época Negócios in http://www.oncoguia.org.br/conteudo/epoca-negocios-protetor-solar-funciona-mas-pessoas-aplicam-errado-alertam-cientistas/12048/7/acesso em 26.07.18 às 20:05hs

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Port-A-Cath (Cateter totalmente implantado). O que você precisa saber?

A quimioterapia compreende várias vias de tratamento, como por exemplo: via oral, via endovenosa, subcutânea, intracavitária, intratecal, entre outros. Porém a mais comum ainda é a via endovenosa, ou seja, através dos nossos vasos sanguíneos, semelhante ao processo de quando se toma um soro no hospital. Ocorre que, os quimioterápicos não são tão mocinhos quanto um soro fisiológico e por isso, alguns deles, podem ser agressivos as nossas veias, em especial as periféricas e pouco calibrosas, como, as veias da dobra do braço e dorso da mão. Um exemplo clássico que demanda muita atenção e cuidado são as antraciclinas (p. ex. Doxorrubicina) as quimios “vermelhas” – que, por terem um Ph baixo, têm um perfil ácido e bastante agressivo (vesicantes). Desse modo, todo o esforço deve ser empreendido para que as drogas não extravasem o vaso, devido às lesões que podem ser causadas a partir do extravasamento. Na tentativa de tornar o tratamento menos agressivo, uma estratégia amplamente empregada atualmente, trata da implantação de um cateter Port-A-Cath(totalmente implantado), que reduz a índices muito baixos os riscos de algum incidente relacionado à infusão e extravasamento, trazendo maior segurança e conforto ao paciente.
Port-A-Cath (cateter totalmente implantado)             Localização em veia cava                                       Aspecto após implantação recente








A implantação desse dispositivo é de competência do médico especialista, normalmente cirurgião vascular, feito em um centro cirúrgico é considerado um procedimento simples que leva em torno de 30 minutos à 1 hora. O paciente recebe anestesia local e um sedativo ou anestesia geral, normalmente tem alta no mesmo dia e inclusive pode receber a infusão do medicamento logo após o procedimento. A implantação é no tecido subcutâneo e introduzido numa veia calibrosa, geralmente na veia cava superior, próximo à entrada do coração. Após a implantação o acesso ao cateter é feito através de punção da pele sobre ele, é feito com uma agulha específica para esse fim. Esse procedimento deve ser realizado por enfermeiro treinado, capacitado e com rigorosa técnica asséptica. Após 7-10 dias os pontos são removidos e a cicatrização ocorre de forma normal.

Punção de Port-A-Cath (cateter totalmente implantado)
O cateter totalmente implantado apresenta algumas vantagens quando comparado a outros tipos de cateter, por exemplo: sua durabilidade, pois pode permanecer no corpo por anos; considerável diminuição do risco de infecções, pois fica sob a pele; minimiza o risco de trombose; permite tratamento ambulatorial em alguns protocolos que exigiriam a internação para infusão contínua de medicação, que pode ser feito através de um infusor portátil ligado ao cateter; não interfere nas atividades diárias, embora atividades de grande impacto devam ser evitadas como p. ex. futebol, luta entre outros; ligado a um grande vaso diminuiu a os danos causados pela medicação; leva a quase zero a possibilidade de extravasamentos; entre outras tantos fatores positivos.
Entretanto, em raros casos, pode ocorrer complicações relacionadas ao Port-A-Cath, como vermelhidão no local, sangramento, presença de secreção e febre, que podem ser relacionado a infecções, no local da incisão e/ou no cateter e, por isso, esses sintomas devem ser imediatamente investigados. Ao primeiro sinal notado pelo paciente, ele deve entrar em contato com seu médico ou enfermeiro para que o mesmo seja avaliado e as medidas corretas tomadas, o que pode variar entre uso de antibiótico local e sistêmico e, em últimos casos, a remoção do dispositivo para implantação de um novo.
Punção para heparinização
Mesmo após o tratamento finalizado é necessário alguns cuidados especiais com o cateter, em média a cada 30 dias o paciente deve procurar um centro especializado para fazer a heparinização (lavagem do cateter com heparina), visando a manutenção da qualidade, permeabilidade e vida útil desse acesso. A permanência do cateter pode ser somente durante o tratamento, entretanto, alguns médicos optam por deixar o cateter por um tempo mais prolongado.  A retirada acontece por um procedimento semelhante ao de implantação, algo considerado simples.
O uso desses dispositivos vem ganhando força, principalmente na oncologia, por todas suas funcionalidades descritas aqui, a avaliação da necessidade é feita geralmente pelo médico juntamente com a equipe de enfermagem, que juntos avaliam os acessos e as possibilidades para cada paciente. Os pacientes e seus familiares são orientados com informações pertinentes sobre a cirurgia necessária pra implantação e da necessidade do uso, visando o melhor para cada paciente de forma individualizada sempre.
Caso você tenha dúvidas, a melhor forma de compreender isso é conversando com seu médico, com a equipe de enfermagem, ou com o farmacêutico da equipe que lhe atende. Aqui na Oncocentro contamos com uma equipe especializada, multiprofissional e empenhada em assistir de forma integral a todos pacientes e seus familiares, a fim de garantir todo o suporte necessário para que as dúvidas sobre o tratamento não se tornem um obstáculo para o paciente.

Fontes:
– Instituto Oncoguia
– Manual de Procedimentos e Cuidados Especiais – INCA

Lucas Baco – CRF/RS 17351
Farmacêutico Responsável Técnico – Oncocentro
https://oncocentrosm.com.br/port-a-cath-cateter-totalmente-implantado-o-que-voce-precisa-saber/ acesso em 23.07.18 às09:16hs

domingo, 22 de julho de 2018

A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA DE CÔCO PARA O PACIENTE EM TRATAMENTO

O coco e a água de coco

O coco é um fruto do coqueiro, da família das palmáceas, a qual
abrange cerca de um milhão de espécies. O coco-da-baia, introduzido na Bahia em 1553, pelos portugueses, é o mais conhecido e utilizado.
A água de coco, líquido existente no interior do fruto, especialmente
em maior quantidade quando o coco está verde, constitui sabor levemente adocicado e suave.
O valor nutritivo do coco e seu sabor variam de acordo com o estágio de maturação, apresentando de maneira geral quantidades significativas de sais minerais (potássio, sódio, fósforo e cloro), além de carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas A, B1, B2, B5 e C e magnésio.
A água de coco, diferente do que muitos pensam, não é fonte de gorduras; e sim de carboidratos e minerais (principalmente potássio).
Uma unidade média de coco verde contém cerca de 300 ml de água, o que equivale a:
54 calorias
12g de carboidratos
0,4g de proteínas
0,4g de gorduras

A água de coco é considerada uma bebida isotônica natural. A sua ingestão possibilita a reposição dos minerais que se perdem através da urina e da pele. É ideal para repor o líquido perdido em casos de desidratação (vômitos / diarréia) ou para perfazer os 2 litros de líquidos diários que devem ser ingeridos pelos pacientes em tratamento quimio ou radioterápico.

Fonte: http://nutricaoemoncologia.blogspot.com/2011/05/o-coco-e-agua-de-coco.html acesso em 22.07.18 às 13:29hs

sábado, 21 de julho de 2018

UMA POESIA PARA ANIMAR A ALMA por Arthur Espíndola

A canção de Arthur Espíndola é um alento para quem quer alimentar a alma, despertar a sensibilidade...

Meu Canto

Arthur Espíndola




Não há nada no mundo neste momento
Que me impeça de voar
Nem mesmo a preguiça do vento,
Nem falta de ar.
Eu vou semear suor e amor
E colher tudo o que quiser e precisar
Palácios, automóveis, edifícios

Serão menores grãos
O que a humanidade julga ser bonito
Cairá de minhas mãos
Eu vou subir num balão
Só vou voltar num dia de são joão
Dia de são joão

Todas as ranhuras que tem minha testa
Atestam uma emoção
E a ternura contida no texto
Que letra essa canção
Pode equilibrar o fogo,o tato, o ar, o olfato, a luz e a visão
A terra que forma o chão

Enquanto meu canto leva
Alento pra todo canto
Eu sigo, vou voando, vou suando,
Vou amando, vou cantando.
Minha alma eleva

Fonte: https://www.letras.mus.br/arthur-espindola/meu-canto/ acesso em 21.07.18 às 07:00hs

quinta-feira, 19 de julho de 2018

DIA DO AMIGO

No momento de desespero, onde você não pode contar com sua família, sempre tem uma figura importante do seu lado, e essa pessoa é um amigo. O amigo muitas vezes é considerado um irmão, um companheiro. Muitas vezes de uma amizade sincera surge um amor verdadeiro.
No dia 20 de julho é comemorado em todo o Brasil o dia do amigo.
O dentista e professor argentino, Enrique Ernesto Febbraro, deu a ideia de criação da data. Nesse dai Enrique promoveu uma grande festa na capital Argentina, e dedicou a todos seus amigos, para ele amizade é um “sentimento de afeição recíproca, de simpatia e solidariedade, de perfeito entendimento entre grupos de pessoas.”.
Todo o mundo adorou a comemoração e cada vez mais os países passaram a adotar essa data ao seu calendário. Em razão da criação da data Enrique Febbraro foi homenageado, onde recebeu duas indicações ao prêmio Nobel da Paz.
O Brasil também adotou a essa data, faz parte do perfil do povo brasileiro fazer muitas amizades, somos um povo muito simpático e caloroso.

Ser amigo

Para ganhar uma data tão especial deve ter um motivo maior. Ser um amigo vai além de rir numa roda de conversa, ter noites e dias agradáveis ao lado das pessoas que amamos e intitulamos de amigos.
Uma amizade verdadeira é caracterizada por entendimento entre as pessoas, um amigo estende a mão quando precisamos, ele faz críticas que nos ajudam a crescer com elas, críticas construtivas. Esse amigo verdadeiro sofre junto com a gente quando algo de muito ruim nos afeta, mesmo nas dificuldades está do nosso lado.

Além de amigos

Um amigo pode estar do seu lado para rir e  para ter um momento de descontração conosco, outros estão do nosso lado para viajar, curtir, sonhar. Mas tem aquele amigo que é considerado muito além que um amigo, e sim um irmão.
Esses amigos irmãos são chamados de melhores amigos. É aquela amizade onde você conta com a ajuda, a alegria, o apoio, e todo qualquer outro sentimento em uma pessoa só. Por isso o dia do amigo é tão importante.

Fonte: https://www.estudokids.com.br/dia-amigo/ acesso em 19.07.18 às 08:28hs

SEMANA DA AMIZADE É REALIZADA NO GRUPO SE TOQUE

Para marcar o dia do amigo, o Grupo Se Toque está realizando a semana da amizade.
As ações começaram na coordenação a partir dos desafios que o Grupo vem enfrentando para atuar.
O primeiro passo foram orações para nos dias seguintes se partir para as ações concretas de humildade, paciência, auto-domínio e bondade.
Para realizar atividades solidárias sem ter uma fonte de recursos é preciso paciência, boa vontade, perseverança e fé! Assim foi o segundo dia.
O terceiro dia foi de trabalho físico:ir em busca de recursos, buscar apoios, gestos concretos de solidariedade.
Nessa fase todos os voluntários foram chamados para o trabalho de campo.
Assim no dia de quinta-feira veio o café com amor edição especial da amizade, cujo tema é compartilhar sorrisos e abraços!
A sexta-feira continua o desafio de viver nos ambientes a acolhida, a gentileza, a solidariedade, a bondade...

A VIDA APÓS A QUIMIOTERAPIA

O câncer é uma doença complexa que, de maneira geral, não afeta somente o corpo, mas também as emoções. De fato, o período que envolve o tratamento é intenso e todas as decisões e preocupações neste momento estão voltadas para a recuperação integral da saúde. No entanto, um assunto pouco abordado, mas de grande preocupação, refere-se à vida após o tratamento contra o câncer. Assim que se encerram a quimioterapia e a radioterapia,o paciente continua com dúvidas e medos a respeito de sua condição de saúde e a recuperação não acontece de uma hora para outra.
A recuperação de um paciente após os tratamentos com quimioterapia e radioterapia dependem de cada caso, levando em consideração uma série de fatores como o estágio do câncer, a intensidade do tratamento e as terapias adotadas para recuperação, portanto,não há como prever quando a pessoa irá se sentir bem novamente logo após o tratamento.Além disso, o tratamento com a quimioterapia é bastante intenso e agressivo e afeta o organismo como um todo.
É normal que a sensação de prostração e lerdeza permaneçam por um período após o tratamento, além disso, o próprio sistema imunológico é afetado com as medicações, o que facilita a entrada de outras doenças e infecções, ou seja, os efeitos negativos da quimioterapia não terminam com o tratamento, os cuidados com a saúde, de forma geral, precisam permanecer ainda por um longo período. É importante lembrar que o corpo passou por um intenso processo de recuperação eque a sensação de que ele está diferente do que era antes é um sentimento comum e natural.
Cada organismo reage de uma forma diferente, mas é possível notar nos pacientes que passaram pela quimioterapia alguns aspectos em comum. Há a redução na produção de leucócitos (células brancas que fazem parte do sistema imunológico) que pode deixar o organismo do paciente mais vulnerável a infecções. Essa condição é,geralmente, temporária, com o passar do tempo o organismo tende a voltar a produzir os leucócitos normalmente. Outro problema relatado refere-se a neutropenia,o nome indica que os neutrófilos (primeira linha de defesa dos leucócitos)estão em baixa quantidade, o que também pode deixar o organismo mais predisposto a adquirir infecções. A anemia também pode surgir como consequência do tratamento, o que leva à sensação de fraqueza, falta de ar e cansaço. Esse se outros sintomas são bastante comuns de aparecerem após o fim do tratamento. Também são frequentes os relatos de que os exames de sangue, colesterol, e outros apareçam ainda com alterações.
Compreende-se que o tratamento para o câncer não pode ser visto como um episódio isolado e é importante entendê-lo como um processo contínuo, em que o acompanhamento médico é permanente. Dessa forma, qualquer alteração na saúde ou sintoma que o paciente estiver sentindo deve ser informado ao médico imediatamente para o monitoramento da saúde, principalmente nos primeiros meses. Essa condição pode permanecer por meses ou anos, dependendo da forma como cada organismo reage às medicações e também quais são os órgãos saudáveis que também foram afetados, pois a quimioterapia, infelizmente, não trata apenas das células doentes, mas ataca também as células sadias do organismo. 
A sensação de que se está mais fragilizado e que a saúde já não é a mesma é comum até mesmo porque a própria relação do paciente com o corpo terá se modificado. O paciente tende a ficar mais atento aos sinais que o organismo envia e a ter mais cuidados com qualquer sintoma.
Esse período após o tratamento do câncer pode ser visto como uma nova fase da vida, na qual se tema oportunidade de conhecer melhor o próprio corpo e suas limitações. Além disso, importa também o equilíbrio da própria saúde emocional, e a compreensão de que muitas vezes mudamos nossas perspectivas após o tratamento. A atenção com nossa saúde, independente do câncer, deve ser para a vida toda. No aparecimento de qualquer sintoma é imprescindível consultar um médico que poderá fornecer as informações necessárias e auxiliar a vivenciar de forma positiva essa nova fase da vida.
Fonte: http://www.batalhadoras.org.br/artigo/280/a-vida-apos-a-quimioterapia#.W1Bvr9JKjIU acesso em 19.07.18 às 08:04hs

LESÕES NA BOCA DURANTE A QUIMIOTERAPIA

Quimioterapia
Considerações
A quimioterapia (QT) é um tratamento que utiliza medicamentos para destruir as células doentes que formam um tumor. No entanto, essa terapia tem dificuldade em diferenciar as células doentes das células sadias. Hoje em dia, busca-se como se tirar o máximo das drogas utilizadas com o mínimo de efeitos colaterais.
Existem três tipos de quimioterapia:
  • A neoadjuvante que é aplicada antes da cirurgia para tentar reduzir o tumor e permitir que o cirurgião retire uma parte menor do órgão afetado. Quando a doença é diagnosticada precocemente, a quimioterapia pode até eliminá-lo, dispensando a cirurgia.
     
  • A adjuvante, aplicada logo após a cirurgia, para tentar garantir a destruição das células doentes que resistiram ao procedimento.
     
  • A quimioterapia metastática, aplicada quando se constata que a doença se espalhou por outros órgãos. Nesse caso, o objetivo é controlar a doença, já que sua cura é improvável.
A QT é composta geralmente por medicamentos líquidos, que são misturados ao soro e injetados no paciente. Cada sessão dura cerca de uma hora. O número de sessões varia conforme o estado do paciente, mas em média são feitas de seis a oito aplicações. O intervalo entre elas também é variável, mas costuma ser de 21 dias.
 
Assim como a radioterapia, a quimioterapia também causa alguns efeitos colaterais, como a secura bucal (xerostomia) e mucosite. As chances de a quimioterapia causar danos à cavidade oral acentuam-se dependendo da idade do paciente. De uma maneira geral, 40% dos pacientes submetidos ao tratamento de quimioterapia desenvolvem esses efeitos na boca, passando para mais de 90% quando aplicada a menores de 12 anos.
 
Aproximadamente 7 a 15 dias após a sessão de quimioterapia, o paciente entra em um estágio no qual a imunidade encontra-se baixa, isto é, o seu sistema de defesa fica frágil. Nesse período, a ulceração causada pela quimioterapia ou qualquer foco de infecção de origem dental ou dos tecidos que envolvam o dente (osso e gengiva) pode representar um grande risco à saúde geral do paciente. A candidíase é frequente e podem ocorrer infecções secundárias.
 
A neurotoxicidade é um dos efeitos colaterais da quimioterapia de grande relevância para a odontologia, embora raro, representando cerca de 6% das complicações bucais, o envolvimento dos nervos bucais pode causar dor odontogênica, o que é bastante semelhante à dor de uma pulpite. Os sintomas desaparecem, frequentemente, com a suspensão da droga.
 
O ideal é que o paciente se submeta a uma avaliação odontológica antes de se iniciar a quimioterapia, pois complicações bucais advindas da baixa imunidade provocada pela quimioterapia podem exigir interrupção do tratamento oncológico. Esse atendimento odontológico visa eliminar qualquer possibilidade de manifestação infecciosa preexistente, como doença periodontal, lesões endodônticas, ulcerações em mucosa e cáries extensas.
 
O tratamento odontológico eletivo pode ser feito também entre os ciclos de quimioterapia. Durante a quimioterapia o paciente deve receber acompanhamento odontológico para minimizar danos e desconfortos bucais.É freqüente a utilização da laserterapia para reverter lesões teciduais e a prescrição de antifúngicos.

Fonte: http://www.lesoesbucais.com.br/ler_artigo.asp?codigo=81&cat=8 acesso em 19.07.18 às 08:01hs

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Trabalhar a espiritualidade é benéfico para o paciente oncológico

Quando se passa por um trauma, por uma doença grave ou por uma grande perda, surgem a dor, o medo, os questionamentos sobre a vida, o sofrimento. “Trabalhar com a espiritualidade permite muitas vezes que se encontre um novo significado daquilo que se está vivendo”, diz o oncologista do hospital A Beneficência Portuguesa e colaborador do Instituto Vencer o Câncer, Felipe Moraes Toledo Pereira.
A atenção à espiritualidade está ganhando espaço em centros oncológicos e benefícios aos pacientes já são observados, como diminuição de índices depressão, maior controle da ansiedade e mais comprometimento com o tratamento. E o paciente não precisa ter necessariamente uma religião para trabalhar sua espiritualidade. “Mesmo nas pessoas que não têm religião, a espiritualidade pode e deve ser alimentada. Existem formas de acessar a espiritualidade através da música, da arte, através da meditação”, explica o oncologista.
A seguir, você lê a entrevista que o oncologista Felipe Moraes Toledo Pereira concedeu ao Instituto Vencer o Câncer:
Dr Felipe, qual é a relação entre câncer e espiritualidade? De que forma desenvolver a espiritualidade pode ajudar o paciente oncológico?
Os pacientes que estão enfrentando um câncer, muito comumente, diante de uma situação difícil como essa, levantam questionamentos sobre seu próprio sentido de vida e o propósito pelo qual estão aqui. Isso, por vezes, pode ser fonte de sofrimento espiritual. Por vezes, pode ser fonte de uma perda da esperança em algo que faz, que dê um valor maior e mais amplo a sua própria vida. Nesse sentido, trabalhar e lidar com a espiritualidade permite muitas vezes que se encontre um novo significado daquilo que se está vivendo, a partir de uma perspectiva da transcendência, a partir de um encontro com a divindade, com Deus, com uma força cósmica, isso é particular de cada um. E o que a gente observa em vários estudos é que, conforme as pessoas encontram sentido e propósito no que estão vivendo e ressignificam sua vida a partir de uma relação saudável com o transcendente, com aquilo que chama de sagrado, isso faz com que certos sintomas, como depressão, ansiedade e dor, melhorem no seu controle não só com a terapêutica tradicional, mas também lidando com a espiritualidade.
Muitos pacientes se culpam por estar doentes, outros questionam por que aconteceu com eles. Trabalhar a espiritualidade pode ajudar o paciente a ter respostas que a medicina não oferece a ele?
A questão da espiritualidade está relacionada com o porquê das coisas. Então, é evidente que diante de uma doença grave como câncer, as pessoas poderão fazer questionamentos que muitas vezes são resolvidos pela equipe de uma maneira muito prática. Então, eu tenho um câncer de pulmão muito provavelmente porque passei a vida fumando ou porque tenho exposição grande a fatores de risco. Porém, essa explicação, que para nós da área da saúde parece suficiente, muitas vezes no universo pessoal de cada um não é a solução. Muitas vezes, a resposta a essa pergunta é muito mais profunda. Muitas vezes, as pessoas querem entender o significado mais amplo daquele fato, daquele acontecimento dentro da sua vida. E quando isso não vem claramente, isso gera uma sensação de desesperança e desespero muito grande. Então, buscar respostas para o sofrimento é uma forma de enfrentá-lo de maneira mais altiva e resiliente. Então, acho que sim, que cuidar da espiritualidade durante o adoecimento permite enfrentar a doença de uma melhor maneira, obtendo melhores resultados.
Como o médico pode introduzir o tema ao paciente?
A equipe de saúde deve agir como sendo uma facilitadora da questão da espiritualidade. Nenhum de nós, evidentemente, quer ter papel de líder religioso ou assistente religioso das pessoas, não se trata disso. Se trata de criar espaço dentro de consultórios, hospitais e ambulatórios para que esse tema seja discutido e que se possa fazer encaminhamentos e orientações. Quando as pessoas trazem esse tema para equipe, a equipe não deve relegá-lo ao segundo plano, mas deve sim valorizá-lo e encaminhá-lo.
E como se trabalha a espiritualidade? Pela religião? E pacientes que não têm religião, como podem fazer isso?
Existem várias formas. A religião é para maioria das pessoas o principal caminho de alimento da espiritualidade; então através das práticas de determinados rituais, de determinadas leituras, orações ou outras ações litúrgicas, as pessoas encontram significado e conexão com o Sagrado e o transcendente. Mas há pessoas que, de fato, não têm religião ou não acreditam em Deus. Mesmo assim a espiritualidade pode e deve ser alimentada. Existem formas de acessar a espiritualidade através da música, da arte, da meditação, que não necessariamente estão conectadas a uma estrutura religiosa específica. Mesmo em pessoas que não consideram a probabilidade da existência de Deus, essas pessoas inevitavelmente colocam na sua vida determinados pontos como sagrados: seja sua família, seja seu legado profissional e financeiro, o que quer que seja. E reestruturar a maneira como a pessoa entende a sua vida e entende esse desafio (o câncer), pode fazer com que ela tenha um menor sofrimento e saia vitoriosa de uma doença como essa.
É necessário o acompanhamento de um profissional, de um líder, de alguém que oriente o paciente?
O acompanhamento é interprofissional, inter-religioso e ecumênico, ou seja, quando você lida com a espiritualidade não necessariamente a conexão, o vínculo empático se fará entre o paciente e o médico. Muitas vezes, nas internações, nós vemos que esse vínculo pode se dar com qualquer outra pessoa da equipe: técnico de enfermagem, fisioterapeuta, nutricionista etc. O mais importante é que a equipe esteja atenta a discussão desse tema, esteja preparada para acolher as demandas dos pacientes e quando for necessário faça o devido encaminhamento que pode ser ao capelão do hospital ou a um líder religioso da sua comunidade seja judaica, espírita, cristã. A equipe de saúde deve ser a facilitadora do acesso do paciente aos seus assessores espirituais.
Fonte: https://www.vencerocancer.org.br/cancer/atitudes-contra-o-cancer/trabalhar-a-espiritualidade-e-benefico-para-o-paciente-oncologico/?catsel=cancer acesso em 11.07.18 às 08:21hs

A imunidade cai durante a quimioterapia?

A quimioterapia tem como função eliminar as células cancerígenas do organismo. Entretanto, ela também pode atingir as células sadias, inclusive as da medula óssea. Quando isso ocorre, há queda na produção de elementos do sangue, diminuindo os níveis de glóbulos brancos (soldados da linha de frente do nosso organismo na defesa contra infecções). O paciente adoece entre três e sete dias após o ciclo da químio. Muitas vezes é necessário interromper o tratamento para tratar a infecção e depois retornar ao tratamento.
Esse cenário pode ser muito danoso para o paciente porque, além de prejudicar a saúde, pode também atingir o seu emocional. “Ao começar a quimioterapia, o paciente já sabe quantas sessões precisará fazer e, com isso, imagina quando acabará. No momento em que se instala um quadro de neutropenia e precisamos adiar algumas sessões, pode ser bem difícil para o paciente aceitar”, afirma o professor associado de Hematologia do departamento de Clínica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Angelo Maiolino.
Ainda segundo Maiolino, a neutropenia é perigosa por não apresentar sintomas nítidos. O oncologista normalmente descobre a doença apenas quando solicita um exame de sangue de rotina. O paciente com a doença apresenta contagem de leucócitos inferior a 500 neutrófilos/mm3. Nessa condição, para alguns pacientes até uma infecção comum (gripes e resfriados) pode se tornar grave (com desenvolvimento de pneumonia, por exemplo).
É importante ficar atento a alguns indícios, como febre elevada, calafrios ou transpiração, tosse ou dificuldade para respirar, diarreia, ardor ao urinar etc.
No dia a dia, o paciente em químio pode evitar a contaminação seguindo alguns cuidados simples, como lavar as mãos com frequência, evitar áreas de construção ou reforma, onde podem haver muitos fungos no ar, usar máscara ao sair de casa, evitar comer fora de casa e ficar longe de multidões. Se o paciente tiver conhecimento de que sua contagem de neutrófilos está abaixo de 500/mm3, é recomendável não ter relação sexual.
Existem formas de tratar o problema. “Atualmente, alguns medicamentos administrados em hospitais também estimulam a produção de glóbulos e são aplicados numa única injeção por ciclo de quimioterapia”, complementa Maiolino.
Fonte: https://www.vencerocancer.org.br/dia-a-dia-do-paciente/efeitos-colaterais/e-comum-a-imunidade-cair-durante-o-tratamento-oncologico/ acesso em 10.07.18 às 15:29hs

quarta-feira, 4 de julho de 2018

A proteína vegetal é tão 'completa' quanto a da carne, apesar do que nos ensinaram

"Se você comer feijão preto, não estará consumindo uma proteína completa. É preciso acrescentar outro tipo de feijão também para ter o mesmo tipo de proteína que teria comendo carne."
Essa sugestão saiu da boca de uma conhecida minha, uma pessoa geralmente bem informada, enquanto fazíamos uma viagem longa de carro. Cheguei a especular se a fumaça dos escapamentos poderia ter atrapalhado a cabeça dela.
Cética ao extremo, perguntei: "É só acrescentar qualquer tipo de feijão para a proteína ficar completa?"
"Isso mesmo", ela respondeu em tom de confiança total. "Feijão branco, feijão carioca, feijão-manteiga, lentilha... Quando se combinam dois tipos de feijão, é tão bom quanto consumir uma proteína de origem animal."
Meu instinto foi dizer que ela estava errada. Mas estávamos andando numa estrada sem torres de celular ou acesso ao Google, e isso não me deixou falar com certeza absoluta. Agora, porém, estou armada de argumentos e pronta para desfazer esse mito.
Minha conhecida estava falando de um modismo alimentar chamado "combinação de proteínas", que ganhou popularidade na década de 1970. Era baseado na premissa de que as dietas vegetariana e vegana não continham aminoácidos essenciais suficientes, de modo que seria preciso combinar proteínas de origem animal para consumir a mesma proteína "completa" que seria obtida de alimentos de origem animal. De lá para cá a ideia da combinação de proteínas foi desacreditada pela comunidade médica, mas ainda há quem adira a essa prática, e há ainda mais pessoas que ainda acreditam que as proteínas de origem vegetal seriam incompletas.
Conceitos como "gorduras boas versus gorduras ruins" e "colesterol bom versus colesterol ruim" são amplamente conhecidos hoje, mas a discussão sobre "proteína incompleta versus proteína completa" ainda não se generalizou nas discussões sobre nutrição. Se você for vegano ou vegetariano, é possível que tenha ouvido falar em proteínas completas, mas isso não garante que compreenda plenamente do que se trata.
Vamos falar da quinoa, por exemplo. Ela frequentemente é promovida como sendo uma das únicas fontes vegetarianas de proteína completa. Mas é uma afirmação enganosa, porque todas as proteínas de origem vegetal são completas. Não há dados que fundamentem a ideia de que a quinoa seria uma fonte de proteína vegetariana mais completa que outros alimentos de origem vegetal. Vamos tentar entender por quê.

O que é uma proteína completa, afinal?

Para que fique claro, "proteína completa" é uma proteína que contém todos os nove aminoácidos essenciais que nosso corpo necessita para funcionar: triptofano (a substância presente na carne de peru e que supostamente nos dá sono), treonina, isoleucina, leucina, lisina, metionina+cistina, fenilalanina+tirosina, valina e histidina. Esses aminoácidos são "essenciais", mas nosso organismo não os produz; logo, precisamos obtê-los dos alimentos que consumimos.
Embora consumir proteína suficiente seja algo que preocupa muitos veganos e vegetarianos, a preocupação com a ingestão de "proteína completa" está mais ligada à qualidade que à quantidade de proteína.

Proteína animal não é mais completa que proteína de origem vegetal

Em seu site NutritionFacts.org, o Dr. Michael Greger explica que todos os nutrientes vêm do sol ou do solo. As vacas, por exemplo, recebem seus nutrientes do sol e de alimentos vegetais como capim e feno. Então, se as vacas comem plantas e as plantas fornecem às vacas todos os nutrientes que elas necessitam, por que devemos supor que a carne bovina seja uma proteína mais completa que o alimento que fornece os nutrientes a ela? Resposta: não devemos.
É verdade que algumas proteínas vegetais têm teor relativamente baixo de certos aminoácidos essenciais, mas nosso corpo sabe compensar por isso.
"Nosso corpo não é estúpido", explica Greger. "Ele conserva reservas de aminoácidos que podem ser usadas para complementar o que precisamos. Sem falar no programa maciço de reciclagem de proteínas que nosso corpo possui. Nosso próprio corpo joga cerca de 90 gramas de proteína por dia no trato digestivo, para ser decomposta e recomposta, de modo que nosso corpo pode misturar e combinar aminoácidos nas proporções que necessitamos, não importa o que ingerimos."
Greger disse ao HuffPost que não existe proteína vegetal incompleta. A única proteína incompleta que exista nas fontes alimentares é a gelatina, que não contém triptofano.
Então por que fomos levados a acreditar que a proteína animal é mais completa que a vegetal?

Nos anos 1970, estudos equivocados suscitaram a popularidade de uma prática sem fundamento chamado "combinação de proteínas".

Em 1909 o bioquímico Karl Heinrich Ritthausen formulou a teoria de que as dietas vegetarianas e veganas fornecem aminoácidos essenciais em quantidade insuficiente, de modo que seria necessário combinar proteínas diferentes de origem vegetal para obter a mesma proteína "completa" que seria obtida de um alimento de origem animal. Outro estudo, este de 1914, também sugeriu que proteínas de origem vegetal seriam incompletas. Mas essa pesquisa foi realizada com filhotes de roedores, com contexto insuficiente.
A ideia da combinação de proteínas ganhou popularidade em 1954, com a publicação do livro Let's Eat Right to Keep Fit, de Adelle Davis. O conceito se difundiu ainda mais em 1971, quando Frances Lappé publicou o livro Diet for a Small Planet, que virou sucesso de vendas e ecoava a mesma ideia. Em 1975, até mesmo a "Vogue" e o "American Journal of Nursing" falaram da combinação de proteínas. Os Estados Unidos aderiram à ideia.
Mas em 1981, em uma versão revista de seu livro, Lappé mudou sua posição em relação à combinação de proteínas. Ela voltou atrás em relação à teoria inteira e pediu desculpas por ter reforçado um mito.
A maior reação contra a teoria surgiu em 2002, quando o Dr. John McDougallpublicou uma correção de uma publicação da American Heart Association (Associação Americana de Cardiologistas) de 2001, que havia questionado a completude das proteínas vegetais.
McDougall disse que as pesquisas anteriores sobre proteínas de origem vegetal eram enganosas. "É impossível formular uma dieta deficiente em aminoácidos baseada nas quantidades de vegetais e amidos não processados que são suficientes para satisfazer as necessidades calóricas dos humanos", ele disse. "E é desnecessário misturar alimentos para formar uma composição de aminoácidos complementares."
McDougall ressaltou ainda:
A razão porque é importante corrigir essa desinformação é que muitas pessoas têm medo de seguir dietas vegetarianas puras e saudáveis – elas se preocupam com as "proteínas incompletas" que receberiam de fontes vegetais. Uma dieta vegetariana baseada em qualquer um desses amigos não processados (por exemplo arroz, milho, batatas, feijões) ou uma combinação deles, acrescida de verduras e frutas, fornece toda a proteína, os aminoácidos, gorduras essenciais, minerais e vitaminas (com a exceção da vitamina B12) necessários para uma saúde excelente. Sugerir equivocamente que as pessoas precisam consumir proteína animal para receberem nutrientes vai incentivá-las a acrescentar à sua dieta alimentos que sabidamente contribuem para doenças cardíacas, diabetes, obesidade e muitas formas de câncer, para citar apenas alguns problemas comuns.
Outros médicos apoiaram essa hipótese, entre eles os doutores Andrew Weill e Joel Fuhrman, e a comunidade médica seguiu seu exemplo.

Então, se todas as proteínas são completas, todas as proteínas são iguais?

Se não é necessário combinar proteínas, elas são todas iguais? Dez gramas de proteína de lentilhas exercem o mesmo efeito sobre nosso corpo que dez gramas de proteína de um bife?
Greger disse que, embora ambas sejam consideradas proteínas completas, existem diferenças. Por exemplo, ele explicou, "a proteína da lentilha não eleva os níveis de IGF-1 tanto quanto a proteína da carne bovina, e essa é uma razão por que a carne bovina provavelmente é carcinogênica para os humanos, enquanto o consumo de leguminosas está associado a um risco mais baixo de câncer. As lentilhas provavelmente também seriam melhores para nossos rins e nossa longevidade."

Quanta proteína precisamos consumir, na realidade?

Quer sejamos veganos, vegetarianos ou onívoros, o consumo de proteínas é uma de nossas preocupações alimentares diárias principais. Mas quanta proteína precisamos ingerir por dia para conservar um estilo de vida saudável? Segundo Greger, não é tanto quanto pensamos.
"Desde que você consuma calorias suficientes de alimentos vegetais integrais, não há necessidade alguma de se preocupar", ele disse. "Precisamos apenas de 0,8 a 0,9 gramas de proteína por quilo saudável de peso corporal. Ou seja, um sanduíche de manteiga de amendoim com geleia já garante um terço disso."
A gente dá conta disso sem dificuldade.
*Este texto foi originalmente publicado no HuffPost US e traduzido do inglês.
Fonte: https://www.huffpostbrasil.com/2018/03/09/a-proteina-vegetal-e-tao-completa-quanto-a-da-carne-apesar-do-que-nos-ensinaram_a_23381768/ acesso em 04.07.18 às 10:49HS