quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

COMO FAZER PARA "DISFARÇAR" A FALTA DA MAMA

Após a mastectomia, nem sempre a reconstrução da mama é feita num curto período de tempo.
Algumas mulheres ficam constrangidas pela falta da mama tendo em vista a mudança na aparência do corpo.
Em alguns grupos de apoio são confeccionadas próteses artesanais para serem colocadas dentro do sutiã.
No Grupo Se Toque temos algumas voluntárias que fazem esse trabalho para doar às mulheres.
Há sutiãs que já vem prontos com o espaço para a colocação da prótese.
Há também nas lojas de produtos hospitalares próteses de silicone. Entretando para muitos pacientes carentes o soutien especial e a prótese de silicone estão fora de deu orçamento financeiro.
Há também aquelas pessoas que não se adaptam à prótese industrializada, preferindo usar esses "peitinhos" artesanais.
Mas sempre há uma forma de contornar a falta que a mama faz, desde que o emocional da paciente esteja preparado para o convívio com essa nova condição.
A grande motivação para se vestir, sair e viver a vida como qualquer outra pessoa depende da aceitação do diagnóstico e de suas consequências. Nesse processo, o apoio de profissionais, a exemplo do psicólogo e dos grupos de apoio são muito importantes.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Como preservar a fertilidade no tratamento de câncer?

Todo paciente que vai fazer um tratamento de câncer e ainda está em idade reprodutiva deve ser alertado da possibilidade de perder a fertilidade e saber as opções disponíveis para preservá-la. Alguns tratamentos podem destruir óvulos e espermatozoides. 
Todo tratamento de câncer pode prejudicar a fertilidade da mulher. Depende da medicação, da dose que foi utilizada e da idade da mulher. Já no homem, a fertilidade não é tão afetada. Entretanto, ele também deve ser alertado da possível perda de fertilidade.
Quando engravidar?
Segundo o oncologista Fernando Maluf, o ideal seria engravidar depois de cinco anos do término do tratamento de câncer. Contudo, a decisão precisa ser discutida caso a caso. A indicação é esperar, no mínimo, um ano após o tratamento para evitar o risco de prematuridade.
Como preservar a fertilidade da mulher?
  • Congelamento de óvulos
  • Congelamento dos embriões
  • Congelamento do tecido ovariano (tratamento experimental)
A psicóloga Carla Alves Loto Crepaldi optou pelo congelamento de óvulos. Aos três anos de casamento, ela e o marido decidiram tentar engravidar, mas descobriram um câncer de mama. Uma médica amiga da família alertou que o tratamento do câncer poderia comprometer a fertilidade. Então, antes de iniciar a quimioterapia, Carla fez um procedimento de preservação dos óvulos.
“A gente não teve dúvidas [na hora de congelar os óvulos]”, conta a psicóloga. A coleta foi feita em São Paulo e o tratamento durou de 12 a 15 dias. Com os óvulos garantidos, Carla começou o tratar o câncer – quimioterapia, retirada de mama e radioterapia.
A doença está controlada, mas o casal ainda precisa esperar o fim do tratamento para tentar a gravidez – por via natural ou, se precisar, utilizando os óvulos congelados.
Como preservar a fertilidade do homem?
A forma mais comum é através do congelamento do sêmen coletado por masturbação, antes da quimioterapia ou radioterapia.

Fonte: Bem Estar in http://www.oncoguia.org.br/conteudo/como-preservar-a-fertilidade-no-tratamento-de-cancer/12470/7/ acesso em 15.01.19 às 21:40hs

CÂNCER - ONDE TRATAR PELO SUS

A Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (Portaria 874/2013) descreve a necessidade de se garantir o cuidado integral ao usuário na Rede de Atenção à Saúde de forma regionalizada e descentralizada e estabelece que o tratamento do câncer será realizado em estabelecimentos de saúde habilitados como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) ou como Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). Os estabelecimentos de saúde habilitados como Unacon ou Cacon devem oferecer assistência geral, especializada e integral ao paciente com câncer, atuando no diagnóstico, estadiamento e tratamento. Esses estabelecimentos deverão observar as exigências apresentadas na Portaria 140/2014 para garantir a qualidade dos serviços de assistência oncológica e a segurança do paciente.
Rede ampliada
Existem atualmente 288 unidades e centros de assistência habilitados no tratamento do câncer. Todos os estados brasileiros têm pelo menos um hospital habilitado em oncologia, onde o paciente de câncer encontrará desde um exame até cirurgias mais complexas.
Cabe às secretarias estaduais e municipais de Saúde organizar o atendimento dos pacientes na rede assistencial, definindo para que hospitais os pacientes, que precisam entrar no sistema público de saúde por meio da Rede de Atenção Básica, deverão ser encaminhados.
No endereço abaixo há os endereços nos estados.
FONTE: https://www.inca.gov.br/onde-tratar-pelo-sus ACESSO EM 15.01.19 ÀS 12:01 HS

Entenda como funciona o tratamento do câncer no Brasil

Enquanto na rede pública brasileira o paciente com câncer enfrenta uma longa espera por consultas, exames e pelo tratamento contra a doença, na rede privada é preciso lidar com a espera pela autorização dos convênios e com a falta de cobertura para remédios oncológicos. Saiba como o paciente é encaminhado para o tratamento contra o câncer nos dois casos.
Rede pública
Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o paciente deve ir até a unidade de saúde mais próxima de onde mora quando apresentar um sintoma ou queixa de saúde.
Caso esta unidade não tenha condições de dar um atendimento para o caso, ele será encaminhado para um ambulatório de especialidades ou para um hospital.
Lá, ele será visto por um médico especialista na área, que vai pedir exames para comprovar a existência do câncer.
Segundo o oncologista Rafael Kaliks, do Instituto Oncoguia, este é o primeiro momento em que a pessoa pode enfrentar atrasos. "Os pedidos são frequentemente recusados por falta de médicos e horários. O paciente pode esperar meses até conseguir uma consulta", diz.
A depender da região onde está, o paciente pode ser encaminhado diretamente para um hospital ou uma clínica que seja uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), capacitada para tratar os tipos de câncer mais comuns no Brasil, ou para um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON), que pode tratar qualquer tipo.
Outra opção é que a pessoa seja encaminhada para um centro de excelência, como o Instituto Nacional do Câncer (Inca) , no Rio de Janeiro, ou o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) . Para ser aceito nestes locais, é preciso ter sido indicado por uma unidade que faça parte do sistema de referências do centro, que tem autorização para encaminhar pacientes para ele.
Além disso, o paciente tem que apresentar os exames específicos que comprovem o câncer. Em seguida, o paciente é cadastrado e passa por uma nova triagem, que determinará se ele necessita de tratamento oncológico naquele local.

No Inca e no Icesp, dois centros de referência no Brasil, o tempo de espera entre a triagem e a autorização para o início do tratamento chega a 30 dias, de acordo com os médicos. A partir deste momento, o paciente começa a espera por uma vaga para os tratamentos de radioterapia, quimioterapia e cirurgia, que pode ultrapassar os três meses.
Rede privada
Ao apresentar sintomas, a pessoa deve ir ao ambulatório de um hospital na rede de cobertura do seu plano ou marcar uma consulta com um médico dessa mesma rede.
"Os convênios de saúde privados têm a obrigação de conseguir uma consulta para o paciente com câncer dentro do prazo de um mês. Por isso, caso não seja possível marcar com um ou mais médicos do plano dentro desse prazo, o paciente pode ligar para a empresa e exigir a consulta", diz Rafael Kalilks.
Após a consulta, o médico precisa pedir autorização para o convênio para realizar os exames. De um modo geral, a empresa tem até cinco dias úteis para autorizá-lo, mas esse prazo pode ser estendido por mais cinco dias caso a empresa peça "informações adicionais" ao médico.
Depois dos exames, o convênio ainda precisará aprovar o tratamento indicado para o paciente. De acordo com o caso, o tratamento pode começar imediatamente depois da autorização ou em cerca de duas semanas.
No entanto, o paciente da rede privada ainda pode ter que enfrentar problemas durante o tratamento com remédios prescritos pelo médico, segundo Kaliks.
"Os convênios quase nunca cobrem a compra de medicamentos orais porque a ANS (Agência Nacional de Saúde) não exige que eles cubram. Mas cerca de 30% de todos os medicamentos do tratamento oncológico são por via oral, e esse número deve chegar a 80% nos próximos anos.
"Caso não possa pagar pelos remédios, que chegam a custar R$ 15 mil por mês, o paciente pode entrar na Justiça contra o Estado brasileiro. Mas em geral, o processo dura menos de um mês e é favorável ao paciente."

domingo, 6 de janeiro de 2019

A CORAGEM DE ENFRENTAR SEUS MEDOS

Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato.
Um mágico teve pena dele e o transformou em gato. Mas aí ele ficou com medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera.
Então ele começou a temer os caçadores.
A essa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e disse:
– Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo.
É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto.
Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo; caminhar para frente; e enfrentar as adversidades, vencendo os medos…
É isto que devemos fazer. Não podemos nos derrotar, nos entregar por causa dos medos.
Autor desconhecido
Fonte: https://www.refletirpararefletir.com.br/5-textos-motivacionais acesso em 06.01.19 às 07:50hs

Cuidados Paliativos e sua importância

A Lei de Bases dos Cuidados Paliativos define Cuidados Paliativos como:
“Cuidados ativos, coordenados e globais, prestados por unidades e equipas específicas, em internamento ou no domicílio a doentes em situação de sofrimento decorrente de doença incurável ou grave, em fase avançada e progressiva, assim como às suas famílias, com o principal objetivo de promover o seu bem-estar e a sua qualidade de vida, através da prevenção e alívio do sofrimento físico, psicológico,social e espiritual, com base na identificação precoce e no tratamento rigoroso da dor e outros sintomas físicos, mas também psicossociais e espirituais”. (1)
Assim, os CP são cuidados de saúde especializados para pessoas com doenças graves e/ou avançadas e progressivas, qualquer que seja a sua idade, diagnóstico ou estadio da doença e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS): (2)
Promovem o alívio da dor e de outros sintomas disruptivos;
Afirmam a vida e encaram a morte como um processo natural que nem antecipam nem atrasam; Integram os aspetos psicológicos e espirituais do doente no cuidar;
Ajudam o doente a viver tão ativamente quanto possível até à morte;
 Ajudam a família a lidar com a doença e acompanham-na no luto;
Trabalham em equipa para atender às necessidades dos doentes e suas famílias, incluindo seguimento no luto;
Promovem a qualidade de vida e podem influenciar positivamente o curso da doença;
Podem intervir precocemente no curso da doença, em simultâneo com tratamentos que têm por objetivo prolongar a vida, como por exemplo a quimioterapia ou a radioterapia e quando necessário recorrem a exames para melhor compreender e tratar os problemas do doente. Os CP especializados destinam-se ao acompanhamento de situações complexas, como: (3) (4)
 Condições potencialmente fatais, em que o objetivo do tratamento mudou de curativo para paliativo, ou situações de controlo sintomático complexo durante tratamento com intuito curativo (cancro, comorbilidades,…);
  Doenças em que há tratamento disponível para prolongar a vida, mas o prognóstico é incerto (doença pulmonar obstrutiva crónica, insuficiência cardíaca e outras falências de órgão, fibrose quística…);
  Doenças incuráveis, em que o tratamento é paliativo desde o diagnóstico (doença do neurónio motor, atrofia sistémica múltipla, demência, Parkinson…);
 Situações neurológicas não progressivas cuja severidade provoca necessidades médicas complexas, que são ameaçadoras da vida (acidente vascular cerebral, paralisia cerebral…);
 Situações em que o doente tem necessidades complexas (físicas, psicológicas, sociais e/ou espirituais), às quais a equipa assistente não consegue dar resposta (sintomas persistentes, situações familiares difíceis, dilemas éticos em relação a tratamentos…).

Fonte: https://www.sns.gov.pt/wp-content/uploads/2016/09/Plano-Estrat%C3%A9gico-CP_2017-2018-1-1.pdf acesso em 06.01.19 às 07:38hs

No Brasil  ainda carecemos de uma rede estruturada de cuidados paliativos. No universo das doenças crônicas, muitas vezes os serviços públicos oferecem o tratamento de controle da doença mas carecemos de uma atenção maior diante do agravamento. Muitas vezes a família precisa de orientação de como lidar com seu paciente e há casos em que o doente não possui uma família estruturada e o sofrimento é ainda maior.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

8 cuidados para a pele de quem faz químio ou radioterapia

Passar um creme na pele do rosto e do corpo antes de dormir, algo tão corriqueiro para a maioria das mulheres, pode não ser um processo tão simples após passar por uma quimio ou radioterapia. Nesses casos, os cuidados devem ser intensificados, já que a pele fica fragilizada: pode coçar, ficar vermelha, irritada, seca, escamosa, entre outros efeitos colaterais. E os homens também devem ficar atentos, principalmente na hora de se barbear.
Não ignore mesmo atividades muito rotineiras. Não se deve usar produtos como desodorantes e perfumes sem antes avisar o médico. O mesmo vale se for necessário fazer curativos em alguma ferida. O INCA (Instituto Nacional do Câncer) dá dicas específicas de como cuidar da pele ao passar por tratamentos contra o câncer. Confira as instruções:
Radioterapia
1. Lave a área irradiada com água e sabão e enxugue com uma toalha macia, sem esfregar;
2. Não entre em saunas, banhos quentes, nem utilize sacos de água quente ou gelo,  lâmpadas solares ou qualquer outro material sobre a pele em tratamento;
3. Proteja a pele da luz solar até um ano depois do fim do tratamento, usando protetor solar fator 15, blusa ou camiseta;
4. Evite usar roupas apertadas, sutiãs, camisas com colarinhos, calças jeans etc.;
5. Não use tecidos sintéticos do tipo nylon, lycra, cotton ou tecidos mistos com muita fibra sintética. A roupa deve ser feita de algodão.
Quimioterapia
6. Ao se depilar e fazer a barba, tenha bastante cuidado para não se cortar (se possível, use barbeador elétrico);
7. Nas mãos, evite retirar cutículas e seja cuidadoso ao cortar as unhas;
8. Caso sinta ressecamento da pele ou descamação, passe hidratante que não contenha álcool (como por exemplo óleo de amêndoa ou leite de aveia).
Fonte: https://www.vencerocancer.org.br/dia-a-dia-do-paciente/efeitos-colaterais/confira-8-dicas-para-pele-de-quem-faz-quimio-ou-radioterapia/ acesso em 03.01.19 às 10:25hs