quinta-feira, 11 de abril de 2019

Saúde mental da mulher em tratamento oncológico

Segundo informações da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), os índices de depressão em mulheres com diagnóstico de câncer de mama saltaram de 7% para 25%. Para a psicóloga Silvana Aquino, é muito importante fortalecer a saúde mental de quem passa pelo enfrentamento do câncer e estar sempre em alerta para os índices de depressão. 
“Em cada etapa, desde a confirmação do diagnóstico até a realização dos procedimentos necessários para tratar o câncer de mama, as pacientes podem enfrentar não apenas os efeitos colaterais no organismo em decorrência do tratamento, mas também desequilíbrios no âmbito emocional, a exemplo da depressão, que é uma doença que merece atenção e cuidados específicos”, informa.
Para a especialista, deve-se destacar a figura da paciente muito além do momento que ela vive no enfrentamento do câncer, ou seja, a real importância do papel e da força que essa mulher exerce na sociedade. “Não é incomum ouvir, no consultório, nas sessões de psicoterapia, relatos de preocupação com a perda - ainda que momentânea - de diversos papéis que as mulheres exercem no momento do tratamento. A ajuda da psico-oncologia dá o devido suporte a muitas questões que causam fragilidade e angústia em mulheres que, desde que nasceram, foram ensinadas a cuidar e, no momento, estão sendo cuidadas”, pondera.
Outras práticas ajudam o paciente oncológico uma vez que o corpo e mente estão interligados, quem explica é a psicóloga Lilian Nobre. "É importantíssimo que as pessoas com câncer tenham uma perspectiva positiva sobre sua condição. Se manter ativo e ter uma vida social saudável, pode trazer benefícios para lidar com a doença, o estresse e a fadiga, que são comuns durante o tratamento".
Aliada no tratamento
Assim como para a população em geral, é essencial que a prática do exercício físico seja prazerosa para os pacientes. "É importante que estejam em um ambiente em que se sintam apoiados e tenham um convívio social. Por isso, atividades como a dança pode ser uma alternativa pois, além dos benefícios físicos no manejo dos sintomas, também é uma aula que promove suporte psicossocial. 
Fonte: Folha de Vitória in http://www.oncoguia.org.br/conteudo/saude-mental-da-mulher-em-tratamento-oncologico/12663/7/ acesso em 11.04.19 às 10:45hs

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Bolada nos testículos não causa câncer. Saiba mais sobre o tumor

1) Bolada nos testículos pode causar câncer? Não. O oncologista Diogo Bastos, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, afirma que, embora alguns atletas tenham sofrido pancadas nos testículos, não existe nenhuma evidência de que a batida ou uso de roupas apertadas que pressionem o local, sejam causadores de câncer na região. Porém, Bastos afirma que, caso os testículos sofram um trauma grave, com atrofia do órgão, há um aumento na chance de desenvolvimento do câncer.
2) Câncer de testículo é curável? Sim. Bastos afirma que o câncer de testículo, que corresponde a 5% dos cânceres entre os homens, é curável, tendo 99% de taxa de sobrevida caso o câncer afete apenas o órgão, e de 60% a 95% de taxa de sobrevida caso haja metástase deste câncer. O tratamento do câncer pode ser feito com a cirurgia de retirada de testículo e, quando há metástase, pode ser tratada com quimioterapia.
3) O câncer de testículo é mais frequente em jovens? Sim. Bastos afirma que o câncer de testículo ocorre em homens entre 20 e 40 anos, raramente ocorrendo após os 50 anos. O oncologista afirma que esse câncer não estaria associado a mutações genéticas hereditárias.
4) É possível fazer autoexame de testículo? Sim. O oncologista afirma que o câncer de testículo é um dos poucos cânceres que tem nódulos palpáveis, o que ajuda no diagnóstico precoce. Bastos afirma que alterações no tamanho dos testículos e na pele da bolsa testicular também ajudam no diagnóstico rápido, identificando a doença em estágios iniciais e elevando a taxa de cura.
5) Criptorquidia (não descida dos testículos) causa câncer no órgão? Segundo o oncologista, a não descida do órgão para a posição correta é a maior causa desse tipo de câncer, pois, com o órgão dentro do abdômen, e não na bolsa testicular, há uma elevação da temperatura do testículo, causando atrofia e alterações celulares, aumentando o risco de desenvolvimento do câncer. A posição dos testículos pode ser corrigida por meio de uma cirurgia (orquidopexia), que puxa o testículo para a posição correta.
6) O câncer de testículo está relacionado a outros cânceres do sistema reprodutor masculino, como o de pênis e o de próstata? Não. Bastos afirma que, de maneira geral, eles não teriam relação, especialmente entre pacientes que não tenham a necessidade de fazer o tratamento com quimioterapia o radioterapia. Caso o paciente precise desses tratamentos, a chance de desenvolvimento de outros cânceres pode aumentar.
7) Câncer de próstata deixa o homem infértil? Depende. O oncologista afirma que o testículo é o órgão responsável pela produção de espermatozoides e, quando há a remoção de um dos testículos, na maioria das vezes, o outro consegue manter essa produção normalizada. Em casos em que é necessário fazer a quimioterapia, é possível que o homem fique estéril, sendo recomendado que, antes do início do tratamento, o homem faça o congelamento de seu esperma para quando quiser ter um filho. Bastos afirma que cerca de 2/3 dos homens que fazem quimioterapia não ficam estéreis, voltando a produzir sêmen em até dois anos.
8) Relações sexuais desprotegidas aumentam as chances de desenvolver câncer de testículo? Não. Bastos afirma que não há qualquer relação entre o sexo desprotegido com o desenvolvimento de câncer de testículo. Entretanto, o médico recomenda que as relações sexuais sejam feitas com preservativos para evitar a disseminação de doenças sexualmente transmissíveis e evitar casos de câncer de pênis entre os homens.
9) Câncer de testículo diminui o apetite sexual? Assim como a produção de sêmen, o testículo também é responsável pela produção da testosterona e, caso um deles seja removido, o outro testículo, geralmente, consegue manter a produção hormonal em níveis normais. Porém, caso o testículo remanescente tenha dificuldades em produzir uma quantidade de testosterona equivalente à anterior, é necessário que o homem faça tratamentos para a reposição hormonal.
Fonte: R7

GRUPO SE TOQUE - CAFÉ COM AMOR

O Café com Amor é uma iniciativa do Grupo Se Toque que acontece uma vez por semana na Unidade de Quimioterapia do SUS que é uma oportunidade de interação, entrosamento, aproximação. É um momento de muita emoção para todos que participam!
Oração, carinho, palavras de encorajamento enriquecem esse encontro.
É uma ação realizada por voluntários, pessoas generosas que se doam!
Qualquer pessoa de boavontade pode fazer parte!

terça-feira, 9 de abril de 2019

Conheça efeitos dos exercícios na saúde a curto, médio e longo prazos

As doenças cardiovasculares foram responsáveis por quase 18 milhões de mortes ao redor do mundo em 2015, sendo, portanto, um fardo para a saúde e, também, para a economia globais. Atualmente, se têm bem documentados os benefícios da atividade física e exercícios aeróbicos sobre a saúde cardiometabólica, com evidentes impactos positivos na pressão arterial (PA), glicemia, distúrbios do colesterol e função endotelial.
Quando se fala em exercício (treinamento) resistido – no inglês Resistance Exercise Training (RET) – sabe-se bem das implicações positivas sobre a manutenção da força e da massa muscular esquelética. Visando ampliar o conhecimento sobre o impacto do RET nas condições cardiometabólicas, um grupo do Reino Unido realizou uma revisão sistemática com metanálise, publicando o estudo em meados de 2018.
Os resultados foram os seguintes:
  • Pressão arterial de repouso com reduções de até 5 mmHg nos componentes sistólico (PAS) e diastólico (PAD), tanto para o médio, quanto para o longo prazo, sendo mais pronunciadas em indivíduos acima de 41 anos. Essas reduções foram semelhantes às encontradas nos estudos com exercícios aeróbicos.
  • VO2max: aumento no curto e médio prazo (parâmetro diretamente relacionado ao condicionamento físico do indivíduo), com maior impacto em indivíduos em elevado risco cardiovascular (RCV).
  • Função endotelial: importante melhora, a médio prazo, da dilatação arterial mediada por fluxo (flow-mediated dilatation, em inglês). O mecanismo de melhora está ligado ao metabolismo do óxido nítrico, não se restringindo apenas ao músculo exercitado, e sim com benefícios sistêmicos. Para efeito de causa, ressalta-se que uma piora de 1% neste parâmetro, aumenta em 13% o risco de algum evento cardiovascular futuro.
  • Biomarcadores sanguíneos: reduções importantes na insulina de jejum e no HOMA-IR. Em indivíduos mais velhos houve impacto positivo, a curto e médio prazo, sobre o colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos, glicemia de jejum e proteína C reativa.
Os pesquisadores concluem o estudo salientando que além dos inúmeros benefícios, há grande a segurança no RET, uma vez que mais de dois terços dos ensaios analisados não apresentaram efeito adverso algum.
Em tempo, a definição de RET é a atividade muscular, executada de forma programada e controlada, contra uma carga externa ou peso corporal. Logo, tal atividade pode ser mais fácil de ser implementada e sustentada em ambiente residenciais, uma vez que pode ser realizada em locais fechados, com espaço, tempo e equipamentos limitados. Obviamente, desde que previamente bem instruídos por profissional de educação e acompanhados pelo médico do esporte e exercício.
Autor: Renato Bordignon . Graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ⦁ Pós-graduação em Medicina do Esporte e do Exercício pelo Instituto HZM ⦁ Médico da Prefeitura Municipal de Blumenau ⦁ Médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192/SC.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Brasil adota “imunização e vacinação” como tema do Dia Mundial da Saúde

No dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, o Brasil faz um alerta sobre a importância da vacinação e imunização para evitar a volta de doenças já erradicadas no mundo. O tema escolhido pelo país neste ano, se deve ao registro de baixas coberturas vacinais que permitiram o reaparecimento de doenças que já estavam eliminadas no país, como o sarampo.
O atual governo iniciou a gestão com taxas de imunização baixas, incluindo contra o sarampo. A vacinação contra o sarampo, por exemplo, atingiu um pico em 2003, mas, no geral, vêm caindo ano a ano, até chegarem próximo a 80% no ano passado, patamar longe da meta de, no mínimo, 95%. Por isso, pela primeira vez, o Governo Federal estabeleceu a vigilância e vacinação como meta prioritária de governo.
A população pode se vacinar gratuitamente nas mais de 36 mil salas de vacinação localizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o país. Para isso, basta comparecer a um posto de saúde com o cartão de vacinação em mãos. Caso você tenha perdido o cartão de vacinação, o Ministério da Saúde orienta procurar o posto de saúde mais próximo onde recebeu as vacinas e resgatar o histórico, assim como, refazer uma nova caderneta. É importante lembrar que a falta da Caderneta de Vacinação não é um impeditivo para vacinar.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente 19 vacinas que integram o Calendário Nacional de Vacinação, protegendo contra 18 doenças imunopreveníveis cuja proteção inicia ainda nos recém-nascidos, podendo se estender por toda a vida.  São vacinas que contemplam crianças, adolescentes, idosos, gestantes e povos indígenas. Por ano, o Ministério da Saúde aplica mais de 300 milhões de doses de vacinas na população brasileira.
É importante ressaltar que todas as vacinas distribuídas pelo SUS são seguras. Elas passam desde o processo de produção por avaliação de qualidade e segurança. Além disso, por validação e aprovação de instituto reguladores e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

MONITORAMENTO DA VACINAÇÃO

Ainda no intuito de fortalecer a vacinação no país e no mundo, o Ministério da Saúde tem trabalhado na melhoria dos sistemas de informação e monitoramento para medidas de prevenção e controle; a ampliação das estratégias a adesão da população à imunização; a instituição de uma “força tarefa” para apoiar os estados e municípios na investigação e manejo de casos de doenças imunopreveníveis, entre outras ações.

SAÚDE UNIVERSAL 

 O tema escolhido pela Organização Pan-Americana da Saúde/ Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), para a campanha do dia Mundial da Saúde de 2019 foi “Saúde para todas e todos. Em todos os lugares”.
Os organismos internacionais chamam a atenção para a importância da saúde universal – que significa garantir que todas as pessoas e comunidades tenham acesso aos serviços de saúde sem qualquer forma de preconceito e sem sofrerem dificuldades financeiras.
Por Alexandre Penido, da Agência Saúde 
Atendimento à imprensa – Ascom/MS
(61) 3315-3315/2898

Câncer de Testículo

O tumor de testículo corresponde a 5% do total de casos de câncer entre os homens. É facilmente curado quando detectado precocemente e apresenta baixo índice de mortalidade.
Apesar de raro, preocupa porque a maior incidência é em homens em idade produtiva - entre 15 e 50 anos. Nessa fase, há chance de ser confundido, ou até mesmo mascarado, por orquiepididimites (inflamação dos testículos e dos epidídimos (canais localizados atrás dos testículos e que coletam e carregam o esperma) geralmente transmitidas sexualmente.
O que aumenta o risco:
  • Histórico familiar deste tumor
  • Lesões e traumas na bolsa escrotal
  • Criptorquidia (não descida de um ou dos dois testículos para a bolsa escrotal). Na infância, é importante o exame do pediatra para verificar se ocorreu normalmente a descida dos testículos 
  • Trabalhadores expostos a agrotóxicos podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento da doença.
Sinais e sintomas:
O mais comum é o aparecimento de um nódulo duro, geralmente indolor, aproximadamente do tamanho de uma ervilha. Mas deve-se ficar atento a outras alterações, como aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, endurecimentos, dor imprecisa na parte baixa do abdômen, sangue na urina e aumento ou sensibilidade dos mamilos. Caso sejam observadas alterações, o médico, de preferência um urologista, deve ser consultado.

Detecção precoce:
A detecção precoce do câncer é a estratégia para encontrar o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento.
A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento) mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de testículo traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.
Já o diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados em seu tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como:
  • Aumento de tamanho (não doloroso), de forma ou textura de testículo.
Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico.

Diagnóstico:
Se por um lado o câncer de testículo é um tipo agressivo, com alto índice de duplicação das células tumorais (que causam rápida evolução da doença), por outro, é de fácil diagnóstico e alto índice de cura, já que responde bem aos tratamentos quimioterápicos. O diagnóstico se faz pelo exame de ultrassonografia da bolsa escrotal e pela dosagem de marcadores tumorais no sangue.
Diagnóstico precoce
O autoexame dos testículos é um hábito importante para o diagnóstico precoce desse tipo de câncer.

Tratamento:
O tratamento inicial é sempre cirúrgico. Caso o nódulo seja pequeno e os marcadores tumorais sejam normais, pode-se optar por biópsia (retirada de um fragmento de tecido para ser examinado ao microscópio). O resultado do exame é dado ainda durante a cirurgia. Em caso positivo para câncer, o testículo é extraído, em parte ou totalmente. O mais comum é ocorrer a retirada completa do testículo afetado (marcadores previamente aumentados ou lesões maiores). A função sexual ou reprodutiva do paciente não é afetada, desde que o outro testículo esteja saudável.
O tratamento posterior poderá ser radioterápico, quimioterápico ou de controle clínico. A complementação dependerá de investigação, que avaliará a presença ou a possibilidade de disseminação da doença para outros órgãos.

Fonte: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-testiculo acesso em 05.04.19 às 14:55hs

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Dia Mundial da Saúde é comemorado com games de exercícios físicos no Parque do Povo

Dia Mundial da Saúde é comemorado em 7 de abril, mas o Hospital Santa Paula realizará no sábado, 6, a 12ª edição do evento no Parque do Povo, em São Paulo. Diversas atividades serão realizadas gratuitamente das 8h às 14h, na zona Oeste da capital paulista.
O tema deste ano é ‘Dê um play na saúde’, uma referência aos games de realidade virtual que são a principal atração.
Na tenta Play da Saúde, o visitante poderá praticar exercícios físicos de maneira interativa com jogos 3D. A ideia é estimular a malhação e a conscientização dos cuidados com o corpo. Serão duas estações com equipamentos de alta performance e com controles de movimento conectados a computadores. 
“Vários estudos têm sido feitos em torno da capacidade da realidade virtual na promoção de saúde e cuidado do paciente. Além da distração e relaxamento, a tecnologia apresenta resultados positivos para a melhora do condicionamento físico, diminuição da dor, alívio do estresse e ansiedade, terapia ocupacional, fisioterapia e outros”, afirma o cardiologista Otávio Gebara, diretor médico do Hospital Santa Paula. 
Também no evento do Dia Mundial da Saúde, o Hospital Santa Paula fechou parceria com o aplicativo Bikxi, empresa de transporte compartilhado que usa bicicletas duplas e elétricas. O visitante pode pedalar junto ou apenas relaxar e curtir o passeio. As bikes serão oferecidas para levar os participantes até o evento. Os motoristas oferecem capacetes aos passageiros e levam também deficientes visuais. 
Exames de saúde gratuitos serão realizados, como teste de glicemiacolesterol total, aferição de pressão arterial, avaliação de risco vascular, orientação e cuidados sobre AVC, vacinação, consciência corporal e teste de bioimpedância. Médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, fisioterapeutas e educadores físicos estarão à disposição.
A partir das 10h30, a personal trainer Cau Saad, que costuma dar consultoria para diversas personalidades, vai levar a aula 'Conecte-se', com técnicas de alongamento, mobilidade articular, respiração e meditação guiada. O evento no Parque do Povo abrirá espaço para a gastronomia saudável
Serviço -  12ª edição do evento 'Cuide-se, Viva a Vida Melhor'
Data: sábado, 6 de abril de 2019
Horário: das 8h às 14h
Local: Parque do Povo
Endereço: Av. Henrique Chamma, 420 - Vila Olímpia, São Paulo
Telefone: (11) 3073-1217

OMS define 10 prioridades de saúde para 2019

rganização Mundial da Saúde (OMS) tem metas ambiciosas para 2019. Entre os objetivos da agência da ONU, está a ampliação do acesso e da cobertura de saúde para atender a 1 bilhão a mais de pessoas na comparação com números atuais. A instituição também quer garantir que 1 bilhão de indivíduos estejam protegidos de emergências de saúde. Por fim, o organismo espera melhorar o bem-estar de 1 bilhão de moradores do planeta Terra. Mas como cumprir essa agenda em um ano?
Para tirar essas resoluções do papel, a OMS estipulou dez prioridades para o ano que se inicia. A lista inclui o combate à poluição ambiental e às mudanças climáticas, infecções transmissíveis como o ebola, a dengue, a gripe e o HIV, doenças crônicas e outros desafios de saúde pública. Confira abaixo e entenda por que esses temas serão críticos em 2019:

1. Poluição do ar e mudanças climáticas

Nove em cada dez pessoas respiram ar poluído todos os dias. Em 2019, a poluição do ar é considerada pela OMS como o maior risco ambiental para a saúde. Poluentes microscópicos podem penetrar nos sistemas respiratório e circulatório de uma pessoa, danificando seus pulmões, coração e cérebro. Isso resulta na morte prematura de 7 milhões de pessoas todos os anos, devido a enfermidades como câncer, acidente vascular cerebral e doenças cardiovasculares e pulmonares. Cerca de 90% dessas mortes ocorrem em países de baixa e média renda, com altos volumes de emissões da indústria, dos transportes e da agricultura, além do cozimento por meio de combustíveis ou tecnologias poluentes em ambientes interiores.
A principal causa da poluição do ar — a queima de combustíveis fósseis — também é um dos principais fatores que contribuem para a mudança climática, a qual afeta a saúde das pessoas de diferentes maneiras. Entre 2030 e 2050, espera-se que as mudanças climáticas causem 250 mil mortes a mais por ano devido à desnutrição, malária, diarreia e estresse por calor.
Em outubro de 2018, a OMS realizou sua primeira Conferência Global sobre Poluição do Ar e Saúde, em Genebra. Países e organizações firmaram mais de 70 compromissos para melhorar a qualidade do ar. Neste ano, a Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas ocorrerá em setembro e tem como objetivo fortalecer a ação climática e seus esforços em todo o mundo. Mesmo que todos os compromissos assumidos pelos países junto ao Acordo de Paris sejam alcançados, o mundo ainda está em vias de se aquecer por mais de 3°C até o final deste século.

2. Doenças crônicas não transmissíveis

As doenças crônicas não transmissíveis – como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares – são responsáveis por mais de 70% de todas as mortes no mundo — o equivalente a 41 milhões de falecimentos. Isso inclui 15 milhões de pessoas que morrem prematuramente, ou seja, com idade entre 30 e 69 anos. Mais de 85% dessas mortes precoces ocorrem em países de baixa e média renda.
O aumento da ocorrência dessas doenças tem sido impulsionado por cinco fatores de risco: o uso do tabaco, a inatividade física, o uso nocivo do álcool, as dietas pouco saudáveis e a poluição do ar.
Esses fatores também agravam problemas de saúde mental, que podem se originar desde cedo. Metade de todos os transtornos mentais começa aos 14 anos, mas a maioria dos casos não é detectada e tratada de forma oportuna. O suicídio, por exemplo, é a segunda causa de morte entre adolescentes de 15 a 19 anos.
Em 2019, a OMS trabalhará com os governos para atingir a meta global de redução em 15% da inatividade física até 2030. Isso será feito por meio de ações como a implementação da ACTIVE, uma série de políticas que incentivam as pessoas a estar mais ativas todos os dias.

3. Pandemia de gripe

O mundo enfrentará outra pandemia de influenza – o que ainda não se sabe é quando ela chegará e o quão grave será. A OMS está constantemente monitorando a circulação dos vírus influenza para detectar possíveis cepas pandêmicas: 153 instituições em 114 países estão envolvidas na vigilância e resposta global.
Todos os anos, a OMS recomenda quais cepas devem ser incluídas na vacina contra a influenza para proteger as pessoas da gripe sazonal. No caso de uma nova cepa desenvolver um potencial pandêmico, a agência da ONU possui uma grande parceria com os principais atores na área, a fim de garantir acesso efetivo e equitativo a diagnósticos, vacinas e tratamentos antivirais, especialmente em países em desenvolvimento.

4. Cenários de fragilidade e vulnerabilidade

Mais de 1,6 bilhão de pessoas — 22% da população mundial — vivem em locais onde crises prolongadas (uma combinação de fatores como seca, fome, conflitos e deslocamento populacional) e serviços de saúde mais frágeis as deixam sem acesso aos cuidados básicos de que necessitam.
Existem cenários frágeis em quase todas as regiões do mundo. Nesses contextos, a metade das principais metas de desenvolvimento sustentável, incluindo sobre saúde infantil e materna, permanece não atendida.
A OMS continuará trabalhando com esses países para fortalecer os sistemas de saúde, de modo a prepará-los para detectar e responder a surtos de doenças. O organismo também quer tornar essas nações capazes de prestar serviços de saúde de alta qualidade, incluindo os de vacinação.

5. Resistência antimicrobiana

O desenvolvimento de antibióticos, antivirais e antimaláricos são alguns dos maiores êxitos da medicina moderna. Agora, a eficácia de algumas dessas drogas está acabando. A resistência antimicrobiana – a capacidade de bactérias, parasitas, vírus e fungos resistirem a esses medicamentos – ameaça nos mandar de volta a uma época em que não conseguíamos tratar facilmente infecções como pneumonia, tuberculose, gonorreia e salmonelose. A incapacidade de prevenir infecções pode comprometer seriamente cirurgias e procedimentos como a quimioterapia.
A resistência aos medicamentos contra a tuberculose é um grande obstáculo para combater uma enfermidade que acomete cerca de 10 milhões de pessoas e mata 1,6 milhão delas todos os anos. Em 2017, cerca de 600 mil casos de tuberculose foram diagnosticados como resistentes à rifampicina – droga de primeira linha mais eficaz – e 82% dessas pessoas apresentavam tuberculose multirresistente.
A resistência aos medicamentos é impulsionada pelo uso excessivo de remédios antimicrobianos em pessoas, mas também em animais, especialmente os que são utilizados na produção de alimentos e no meio ambiente. A OMS trabalha com esses setores para implementar um plano de ação global de combate à resistência antimicrobiana, aumentando a conscientização e o conhecimento sobre o tema, reduzindo as infecções e incentivando a aplicação adequada desses medicamentos.

6. Ebola

Em 2018, a República Democrática do Congo foi palco de dois surtos de ebola, que se espalharam para cidades com mais de 1 milhão de pessoas. Uma das províncias afetadas também está em zona de conflito.
Isso mostra que o contexto é crítico, quando se trata de um agente patogênico que ameaça a saúde global, como é o caso do ebola. O que aconteceu em surtos em áreas rurais no passado nem sempre vale para as zonas urbanas densamente povoadas ou para locais afetados por conflitos.
Em uma conferência sobre a preparação para emergências, realizada em dezembro de 2018, participantes dos setores de saúde pública, saúde animal, transporte e turismo discutiram os desafios crescentes no combate de surtos em regiões urbanas. Eles pediram à OMS e seus parceiros que considerem 2019 como um ano de ações de preparação para situações de emergência.
O plano R&D Blueprint da OMS identifica doenças e patógenos com potencial de causar uma emergência de saúde pública, mas que carecem de tratamentos e vacinas eficazes. Esta lista de pesquisa e desenvolvimento prioritários inclui o ebola, febres hemorrágicas, o vírus zika, o vírus Nipah, a síndrome respiratória por coronavírus do Oriente Médio, a síndrome respiratória aguda grave e a “doença X” – esse último item representa a necessidade de se preparar para um agente patogênico desconhecido, que poderia provocar uma grave epidemia.

7. Atenção primária de saúde

A atenção primária de saúde é geralmente o primeiro ponto de contato que as pessoas têm com o seu sistema de saúde e, idealmente, deve fornecer, ao longo da vida, cuidados integrados, acessíveis e baseados na comunidade.
Os cuidados de saúde primários podem atender à maioria das necessidades de saúde de uma pessoa ao longo da sua vida. Sistemas de saúde com uma atenção primária forte são necessários para se alcançar a cobertura universal de saúde.
No entanto, muitos países não têm instalações de atenção primária de saúde adequadas. Em outubro de 2018, a OMS co-organizou uma importante conferência global em Astana, no Cazaquistão, onde todos os países renovaram seu compromisso com a atenção primária de saúde. Esse posicionamento já havia sido oficializado na Declaração de Alma-Ata, em 1978.
Em 2019, a OMS trabalhará com parceiros para revitalizar e fortalecer a atenção primária de saúde nos países e dar seguimento aos compromissos específicos assumidos na Declaração de Astana.

8. Relutância em vacinar

A hesitação para vacinar – a relutância ou a recusa, apesar da disponibilidade da vacina – ameaça reverter o progresso feito no combate a doenças que podem ser prevenidas por meio da imunização. Trata-se de uma das formas mais custo-efetivas para evitar doenças e fatalidades. Atualmente, previnem-se cerca de 2 a 3 milhões de mortes por ano. Outras 1,5 milhão de mortes poderiam ser evitadas se a cobertura global de vacinação tivesse maior alcance.
O sarampo, por exemplo, registrou um aumento de 30% nos casos em todo o mundo. As razões para esse crescimento são complexas e nem todos os casos se devem à chamada hesitação vacinal. No entanto, alguns países que estavam perto de eliminar a doença testemunharam seu ressurgimento.
As razões pelas quais as pessoas escolhem não se vacinar são complexas. Um grupo consultivo de vacinas para a OMS identificou a “complacência”, a “inconveniência” no acesso às vacinas e a falta de confiança como os principais motivos dessa relutância. Os profissionais de saúde, especialmente os que fazem parte das comunidades, continuam sendo os conselheiros e influenciadores mais confiáveis nas decisões sobre vacinação. Segundo a OMS, eles devem ser apoiados para fornecer informações de credibilidade sobre as vacinas.
Em 2019, a OMS intensificará os esforços para eliminar o câncer do colo de útero em todo o mundo, aumentando a cobertura da vacina contra o HPV, entre outras medidas. Esse também pode ser o ano em que a transmissão do poliovírus selvagem seja interrompida no Afeganistão e no Paquistão. No ano passado, menos de 30 casos foram registrados nos dois países. A OMS e seus parceiros estão empenhados em apoiá-los na vacinação de todas as crianças, a fim de erradicar definitivamente a poliomielite, uma doença incapacitante.

9. Dengue

A dengue é uma doença transmitida por mosquitos e pode causar sintomas semelhantes aos da gripe. Essa infecção tem sido uma crescente ameaça de saúde nas últimas décadas e pode ser letal — a enfermidade mate até 20% das pessoas que desenvolvem sua forma grave.
Um grande número de casos ocorre durante as estações chuvosas de países como Bangladesh e Índia. Atualmente, no período de sazonalidade, os episódios vêm aumentando significativamente — em 2018, Bangladesh registrou o maior número de mortes pela doença em quase duas décadas. A dengue já está se espalhando para países menos tropicais e mais temperados, como o Nepal, que tradicionalmente não apresentava ocorrências da patologia em seu território.
Estima-se que 40% de todo o mundo está em risco de contrair o vírus da dengue: são cerca de 390 milhões de infecções por ano. A estratégia da OMS para controlar a doença visa reduzir as mortes em 50% até 2020.

10. HIV

Os progressos contra o HIV têm sido enormes, com o fornecimento de remédios antirretrovirais para 22 milhões de pessoas no mundo e o acesso ampliado a métodos de prevenção, como a profilaxia pré-exposição (PrEP). Essa técnica envolve o uso de antirretrovirais para prevenir a infecção, sobretudo entre pessoas com maior risco de contrair HIV. Esforços também avançaram na conscientização sobre a importância da testagem.
Apesar disso, a epidemia continua a se alastrar, com quase 1 milhão de pessoas morrendo por HIV/AIDS a cada ano. Desde o início da epidemia, mais de 70 milhões de pessoas adquiriram a infecção. Desse grupo, cerca de 35 milhões morreram. Atualmente, em torno de 37 milhões de indivíduos em todo o mundo vivem com o HIV.
Alcançar pessoas como profissionais do sexo, pessoas privadas de liberdade, homens que fazem sexo com homens e pessoas transexuais é extremamente desafiador, uma vez que esses grupos são excluídos dos serviços de saúde. Uma parcela populacional cada vez mais afetada são as adolescentes e as mulheres jovens (entre 15 e 24 anos), que estão particularmente em alto risco e representam uma em cada quatro infecções por HIV na África Subsaariana, apesar de serem apenas 10% da população.
Neste ano, a OMS trabalhará com os países para apoiar a introdução do autoteste, para que um número cada vez maior de pessoas que vivem com HIV conheça o seu status e possa receber tratamento ou medidas preventivas. Uma das atividades previstas será a difusão de novas orientações para empresas e organizações, a fim de apoiar essas instituições no oferecimento de autotestes de HIV nos locais de trabalho. Essas recomendações foram anunciadas em dezembro de 2018 pela OMS e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

07 de Abril - Dia Mundial da Saúde

O Dia Mundial da Saúde é comemorado em 07 de abrilporque essa data coincide com a data de criação daOrganização Mundial da Saúde (OMS) em 1948.
Em 1946, a Constituição da OMS reconheceu que "o gozo do mais alto padrão possível de saúde é um dos direitos fundamentais de todo ser humano, sem distinção de raça, religião, crença política ou condição econômica ou social".  
Nas Américas, 20 das 35 constituições dos Estados Membros da OPAS consagram o direito à saúde.  
Atualmente, a maioria dos países da América Latina aprovou leis que reconhecem a saúde como um direito social e usam esse marco formal para promover o acesso universal aos serviços integrais de saúde.  
O direito à saúde implica igualdade de acesso aos serviços necessários para a mesma necessidade.
Barreiras
Um terço da população das Américas ainda enfrenta barreiras para acessar os serviços de saúde dos quais precisam. As principais barreiras são geográficas, econômicas, burocráticas ou relacionadas à aceitação sociocultural, enquanto outras têm a ver com atitudes às vezes adotadas pelas equipes de saúde no momento do atendimento.
Barreiras físicas ou geográficas
O lugar onde as pessoas vivem muitas vezes determina seu acesso aos cuidados de saúde. Aqueles que vivem em áreas rurais ou remotas enfrentam uma maior dificuldade em controlar sua saúde, obter informações sobre prevenção de doenças, receber tratamento ou realizar consultas com profissionais de várias especialidades.
As barreiras físicas ou geográficas dizem respeito à disponibilidade de bons serviços de saúde, razoavelmente completos, em diferentes partes de um país, oferecendo horários de atendimento adequados e outras conveniências que permitam aos usuários obter os serviços quando precisam.
Quanto mais distantes dos estabelecimentos de saúde das cidades ou das zonas urbanas, maior a escassez de pessoal competente e de insumos, o que piora o acesso à saúde e aumenta as inequidades.
Aceitação sociocultural e barreiras institucionais
Entre as barreiras socioculturais e institucionais aos cuidados de saúde estão a má qualidade e falta de sensibilidade na prestação de serviços, salas de espera superlotadas, pouca ou nenhuma informação fornecida, longos tempos de espera para cirurgias e outros procedimentos ou tratamentos, horários que não são adaptados às preferências e necessidades dos usuários, problemas de idioma e recusa em cuidar ou tratar pacientes que não podem pagar.
Isso é agravado pelo cancelamento de compromissos de rotina devido ao absenteísmo ou à falta de equipe profissional, mau funcionamento do equipamento de diagnóstico e tratamento, falta de suprimentos e medicamentos essenciais e de manutenção de facilidades auxiliares em muitos centros de saúde (por exemplo, banheiros sem água e sabão, sujos ou em más condições ou a falta geral de materiais básicos e assentos limitados em áreas de espera).
Os cuidados de má qualidade (com base em modelos inadequados às necessidades de saúde e às prioridades da população) também prejudicam a equidade em saúde.
Barreiras econômicas e financeiras
As barreiras financeiras para o acesso à saúde dizem respeito à disponibilidade financeira que afeta a capacidade de uma pessoa de usar os serviços. São não apenas honorários médicos, mas também custos indiretos, como os gastos com transporte para chegar até um centro de saúde.
O pagamento nos pontos de entrada do serviço de saúde é a principal barreira para o acesso ao cuidado, o que pode levar pessoas e famílias à pobreza.
Segundo as recomendações da OMS, as despesas para acessar os serviços de saúde não devem ser superiores a 20% dos gastos totais em saúde. Em muitos países, no entanto, essa porcentagem é muito maior, colocando as pessoas em risco de cair na pobreza.
As despesas que saem do próprio bolso do usuário do serviço de saúde são uma barreira direta que afeta não só as famílias de baixa renda, mas também os lares de média renda. Esses gastos de saúde “do próprio bolso” dependem, em grande parte, da capacidade do sistema público de saúde de prestar serviços e prover medicamentos, além da contratação de planos de saúde complementares.
Na prática, pode assumir várias formas, como o pagamento direto para a aquisição de remédios, co-participação e outros gastos. Também pode envolver pagamentos formais ou oficiais, pagamentos informais ou "ilegais", ou ambos ao mesmo tempo. O aumento dos custos com medicamentos (e a falta de proteção econômica para cobri-los) pode restringir o acesso das pessoas aos serviços, o que afeta a sustentabilidade dos sistemas de saúde e a capacidade de alcançar a saúde universal.
Estigma e discriminação  
Outra barreira para o acesso à saúde é o estigma e a discriminação nos serviços. Isso ocorre quando as pessoas percebem que os serviços de saúde são ineficientes ou quando o provedor de serviços parece impedir as pessoas de buscar cuidados com base em idioma, idade, sexo, orientação sexual, origem étnica ou religião.  
Outros fatores que dificultam o acesso aos serviços de saúde em áreas remotas são o estigma social ou o medo de que a privacidade não seja respeitada, a falta de conhecimento sobre saúde, a superlotação das unidades de saúde, a impossibilidade de se ausentar do trabalho e falta de opções distintas às tradicionais para cuidar dos filhos.  
O que Você pode fazer?
Todos têm um papel a desempenhar, participando de conversas e contribuindo para o diálogo sobre políticas que podem ajudar seu país a alcançar e manter a saúde universal.  
Dados recentes sugerem que será difícil atingir os ODS para 2030 sem ações específicas planejadas e destinadas a aumentar o espaço fiscal para a saúde. De fato, se mantivermos a mesma taxa de aumento nas despesas de saúde pública dos últimos 20 anos, precisaremos, em média, de mais 80 anos para atingir esses objetivos.  
Para estimular o aumento do espaço fiscal, precisamos nos envolver em um diálogo social mais amplo com todos os atores. Com isso em mente, a OPAS criou um movimento regional para buscar formas inovadoras de acelerar os esforços dos países rumo à saúde universal.  
Para melhorar a cobertura dos serviços de saúde, precisamos analisar e selecionar medidas destinadas a quebrar as barreiras que impedem o acesso. As comunidades que desejam alcançar a saúde universal devem ter serviços fisicamente acessíveis, economicamente acessíveis e aceitáveis para as pessoas do ponto de vista sociocultural.  
Tomadores de decisão podem:  
  • Participar em conversas estruturadas com várias partes interessadas da comunidade, ambas afetadas e essenciais para garantir a saúde universal.
  • Ouvir as demandas, opiniões e expectativas da população em relação à saúde universal, a fim de melhorar as respostas políticas. A população pode ser consultada por diálogo presencial, pesquisas ou referendo, entre outros métodos.
  • Colaborar com organizações de base e defensoras da saúde universal para explorar soluções viáveis.  
Profissionais de saúde podem:  
  • Discutir políticas intersetoriais para garantir a disponibilidade, acessibilidade, relevância e competência dos recursos humanos para a saúde universal.
  • Discutir as necessidades de equipes interprofissionais qualificadas e motivadas, que são essenciais para atender as necessidades de saúde das pessoas, onde quer que vivam.
  • Lutar para que os profissionais de saúde possam desfrutar de emprego estável e decente, pois isso fortalece o sistema de saúde e o desenvolvimento social e econômico do país.
  • Criar movimentos que promovam acordos de alto nível entre os setores educacional e de saúde, a fim de alcançar padrões de qualidade na formação de profissionais de saúde, com base em necessidades específicas da comunidade.
  • Defender a perspectiva de gênero e incorporá-la em novos modelos organizacionais e contratação nos serviços de saúde.  
Pessoas e comunidades podem:  
  • Levantar suas vozes para exercer seu direito à saúde.
  • Organizar movimentos nacionais em direção à saúde universal.
  • Comunicar suas necessidades, opiniões e expectativas aos responsáveis pela formulação de políticas locais, políticos, ministros e outros representantes públicos.
  • Fazer-se ouvir através das mídias sociais para garantir que as necessidades de saúde da comunidade – entre outras – sejam levadas em consideração e priorizadas a nível local.
  • Convidar organizações da sociedade civil para ajudar a mostrar as necessidades de sua comunidade aos tomadores de decisão. Compartilhar suas histórias, com comunidades e pessoas afetadas, com a mídia.
  • Organizar atividades como fóruns de discussão, debates políticos, shows, marchas e entrevistas para proporcionar às pessoas a oportunidade de interagir com seus representantes sobre o tema em meios de comunicação social e mídias sociais.
  • Advogar para que os governos implementem estratégias para motivar as equipes de saúde, usando incentivos econômicos, desenvolvimento profissional e medidas de qualidade de vida para incentivar esses profissionais a permanecerem em áreas remotas e negligenciadas.  
O que a mídia pode fazer:  
  • Destacar iniciativas e intervenções que ajudem a melhorar o acesso a serviços de qualidade e proteção financeira para pessoas e comunidades.
  • Mostrar o que acontece quando as pessoas não conseguem obter os serviços dos quais necessitam.
  • Insistir na responsabilidade dos formuladores de políticas e dos políticos – por exemplo, por meio de documentários sobre os compromissos assumidos com a saúde universal, focados em pontos fortes, fracos e novos desafios a serem abordados (por exemplo, o aumento das doenças crônicas não-transmissíveis ou envelhecimento populacional).
  • Criar plataformas para o diálogo entre beneficiários, comunidades, seus representantes políticos e tomadores de decisão, como por meio de debates e entrevistas.