domingo, 27 de setembro de 2020

Exercício com máscara faz mal? Veja como usar com segurança

 O uso de máscaras é uma prática essencial na prevenção ao coronavírus e não deve ser desprezada nem mesmo durante as atividades físicas. Ainda que parte da população tenha resistência em utilizar o acessório nas práticas esportivas, especialistas da área de saúde explicam por que é essencial manter o item facial na rotina dos treinos.

Por que usar máscaras durante as atividades físicas

Como forma de controlar a disseminação do novo coronavírus, algumas medidas de higiene e segurança foram recomendadas à população pelos órgãos de saúde. Assim, desde o começo da pandemia de COVID-19, foi adotada uma etiqueta respiratória associada ao cuidado com a higienização das mãos, o distanciamento social e também o uso de máscaras.

Com o passar do tempo, algumas localidades do Brasil passaram a flexibilizar a quarentena e as novas regras de isolamento permitiram a volta da prática de atividades físicas em academias e ao ar livre. Essa retomada previu o uso de máscaras por quem desejasse realizar exercícios junto com outras regras, como evitar espaços com aglomerações ou mesmo usar o serviço de academias em horários determinados.

O que se viu, entretanto, foi uma onda de reclamações por parte da população sobre o uso do acessório facial durante as práticas esportivas, com o argumento de que o item prejudicaria a performance nos treinos. Embora haja certa relutância, profissionais do esporte e da saúde lembram que a máscara é fundamental para a proteção contra o vírus - que já causou a morte de milhões de pessoas no Brasil e no mundo.

"Reduz-se muito a chance de contágio se as recomendações básicas forem seguidas por todos. É seguro praticar atividade física usando máscara facial e fazer isso não apresenta maior risco à saúde. É mais difícil fazer de máscara? Sim, mas, se é a maneira a se fazer, façamos", orienta João Felipe Franca, médico da Sociedade de Medicina do Exercício e do Esporte do Estado do Rio de Janeiro e diretor da Clinimex.

Impactos na performance dos treinos

De acordo com Franca, é normal que, ao usar a máscara durante a prática esportiva, a pessoa sinta dificuldade de respirar. Isso se deve, principalmente, ao impedimento para dissipar o calor proveniente da expiração, ao aumento do volume de ar ventilado e pela própria barreira física do tecido.

"Isto cria uma dificuldade maior para fazer a mobilização do ar, tanto na inspiração quanto na expiração, que pode variar conforme o material usado na confecção da máscara. De modo geral, quanto mais espesso, maior a dificuldade. Em função disso, é necessário um esforço aumentado da musculatura ventilatória, levando a um maior desconforto respiratório para se realizar um mesmo nível de atividade e, consequentemente, o rendimento no exercício pode ser prejudicado", diz Fernando Torres, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE).

O especialista explica ainda que, apesar da máscara trazer alguns impactos à respiração durante a prática esportiva, ela não impede ou inviabiliza os exercícios físicos. "A dificuldade ou desconforto respiratório decorrente do uso de máscara, bem como as possíveis interferências nas trocas gasosas, não são significativas. Embora possa levar a certas alterações fisiológicas, provocando fadiga mais precocemente, estas são mais evidentes em períodos maiores que uma hora de duração e intensidades altas", acrescenta.

Por outro lado, o médico também aponta que pesquisas mostram um efeito benéfico das máscaras combinadas a atividades físicas. "Pelo maior esforço ao inspirar e expirar, provocado pela máscara, ela melhora a força e resistência, levando a uma maior eficiência ventilatória. Além disso, os estudos sobre esse assunto geralmente usam máscaras N95, de uso hospitalar e consideradas de pouca respirabilidade para serem adotadas no exercício", afirma Torres.

Orientações para atividades em academias

Atualmente, a indicação para o uso de máscaras vale tanto para a realização de atividades físicas em ambientes fechados, como academias, quanto em locais ao ar livre. E não depende do estilo de treino desejado - aeróbico, força, alongamento, entre outros.

Nas academias, as equipes são orientadas a realizarem higienização dos equipamentos conforme a orientação das agências de saúde. Já para os frequentadores, a indicação é que eles sigam com treino individualizado e, quando houver alguém treinando junto, manter o distanciamento, além do uso obrigatório de máscara.

"A cada uma hora de academia aberta, fechamos por 30 minutos para higienização profunda. Durante o período em que está aberta, as equipes continuam limpando. O praticante deve fazer sua parte, não revezar equipamentos e higienizar antes e após o uso também", diz o personal trainer Altino Andrade, profissional de educação física da rede Just Fit Academias.

Exercício ao ar livre precisa de máscara

Torres lembra que, atualmente, mais do que uma recomendação, o uso de máscaras em ambientes públicos se tornou lei (nº 14.019/2020) no Brasil. De acordo com a regra, o acessório é obrigatório em locais acessíveis à população, em vias públicas e em transportes públicos de todo o Brasil.

"Portanto, não se trata de recomendação, que poderia ser seguida ou não, mas de uma obrigação. Logicamente seu uso também independe daquilo que a pessoa esteja fazendo, incluindo qualquer tipo de exercício físico", reforça.

Jeito errado de usar a máscara

Se você pratica exercícios nas ruas, já deve ter visto pessoas com máscaras no queixo ou descobrindo o nariz. Essa prática é totalmente inadequada, de acordo com os profissionais de saúde consultados.

"Para surtir o efeito desejado de reduzir ao máximo o risco de contaminação, a máscara facial deve ser utilizada da maneira correta. Se não cobrir o queixo ou o nariz, não tem efeito algum de proteção", lembra Franca.

Segundo o médico, quando uma pessoa está em movimento (andando ou correndo), ela é capaz de espalhar mais vestígios de secreções respiratórias do que quando está parada - o que é algo perigoso para contaminar pessoas que estão ao redor.

"Andando, é possível expelir gotículas até 4 metros; correndo, até 6 metros; pedalando, 15 metros. Quando eu coloco a minha máscara, na verdade, eu estou protegendo os outros de mim. Portanto, utilizar a máscara é um respeito ao próximo", aponta Franca.

Além disso, o especialista lembra também que, ao colocar a máscara no pescoço, a probabilidade dela ficar molhada é maior. "Se molhar, ela perde seu efeito protetor de filtragem do ar e pode piorar ainda mais a entrada de ar pelas vias aéreas, dificultando a respiração caso volte a cobrir o nariz e a boca", diz o médico.

Outro ponto de atenção levantado por Fernando Torres é que a constante manipulação da máscara, especialmente pela parte frontal, pode induzir a uma contaminação. "Ao levar o acessório para o queixo ou pescoço, estas regiões podem ter sido contaminadas durante o trajeto e, com isso, infectam justamente a parte interna da máscara que, depois, voltará a ter contato com o nariz e a boca, principais portas de entrada do vírus", diz o diretor da SBMEE.

Como reduzir impactos nos treinos com máscaras

Segundo Torres, é importante reconhecer que as máscaras não foram feitas para a realização de atividades físicas, mas para a proteção contra a doença. "Por isso, seu uso e potenciais desconfortos, cuja sensação varia individualmente, são ônus inerentes à maior necessidade de proteção do praticante do que sua eventual vontade de melhora de desempenho ou de treinar mais intensamente", pondera.

Como reduzir impactos nos treinos com máscaras

Segundo Torres, é importante reconhecer que as máscaras não foram feitas para a realização de atividades físicas, mas para a proteção contra a doença. "Por isso, seu uso e potenciais desconfortos, cuja sensação varia individualmente, são ônus inerentes à maior necessidade de proteção do praticante do que sua eventual vontade de melhora de desempenho ou de treinar mais intensamente", pondera.

Por conta disso, o médico João Felipe Franca também recomenda escolher uma máscara que seja anatômica e confortável, que consiga cobrir a boca e o nariz, simultaneamente, e seja capaz de promover uma boa circulação de ar para a respiração e dissipação do calor.

Além da máscara, vale reduzir a intensidade e a duração dos exercícios neste momento, principalmente os aeróbios. "Outras recomendações é não ficar tocando e ajeitando a máscara o tempo todo e levar mais de uma para praticar qualquer atividade física", aconselha Franca.

Quais máscaras usar

Atualmente, empresas já estão investindo em modelos feitos especialmente para quem deseja praticar exercícios físicos, combinando proteção e respirabilidade. De acordo com Torres, na hora de escolher a máscara mais adequada à sua prática esportiva, vale considerar modelos de tecidos leves e maleáveis que contenham as camadas necessárias para garantir proteção.

"Geralmente, máscaras muito finas facilitam a respiração, mas seu efeito protetor tende a ser mais baixo. Testes mostram que aquelas de TNT têm boa filtragem e respirabilidade, mas são descartáveis, não podendo ser reutilizadas. Já as de neoprene, que têm a vantagem de serem laváveis e impermeáveis, também podem oferecer boa proteção, mas com nível de respirabilidade comparativamente bem mais baixo", exemplifica do médico.

Segundo o especialista, as máscaras de algodão são laváveis, mas molham com mais facilidade durante o exercício, tendo índices de proteção mais baixos que as anteriores, além de respirabilidade menor que as de TNT - dependendo de sua espessura. Por fim, as máscaras hospitalares, como a N95, são as que possuem o maior poder de filtragem e respirabilidade considerável, e podem ser reutilizadas de acordo com a conservação durante o uso.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/36738-exercicio-com-mascara-faz-mal-veja-como-usar-com-seguranca?utm_source=news_mv&utm_medium=MS&utm_campaign=8721117 acesso em 27.09.20 às 21:45hs



"Reduz-se muito a chance de contágio se as recomendações básicas forem seguidas por todos. É seguro praticar atividade física usando máscara facial e fazer isso não apresenta maior risco à saúde. É mais difícil fazer de máscara? Sim, mas, se é a maneira a se fazer, façamos", orienta João Felipe Franca, médico da Sociedade de Medicina do Exercício e do Esporte do Estado do Rio de Janeiro e diretor da Clinimex.

Impactos na performance dos treinos

De acordo com Franca, é normal que, ao usar a máscara durante a prática esportiva, a pessoa sinta dificuldade de respirar. Isso se deve, principalmente, ao impedimento para dissipar o calor proveniente da expiração, ao aumento do volume de ar ventilado e pela própria barreira física do tecido.

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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

21 de setembro – Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

 No dia 21 de setembro, é comemorado, no Brasil, o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. Essa data foi oficializada em 2005 pela Lei Nº 11.133, entretanto, já era comemorada desde o ano de 1982. O 21 de setembro foi escolhido porque está próximo do início da primavera, estação conhecida pelo aparecimento das flores. Esse fenômeno representaria o nascimento e renovação da luta das pessoas com deficiência.

Segundo a Lei Nº 13.146/15, a pessoa com deficiência é aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Assim sendo, o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência surgiu como forma de garantir a integralização dessas pessoas na sociedade de maneira igualitária e sem preconceitos.

A deficiência atinge diferentes níveis e pode ser classificada em quatro tipos: a física, a auditiva, a visual e a mental.

♦ Deficiência física

O paciente apresenta problemas no seu corpo que comprometem o desenvolvimento de funções físicas. Esse tipo é encontrado, por exemplo, em paraplégicos ou em pessoas com paralisia, membros amputados ou deformidades congênitas.

♦ Deficiência auditiva

As pessoas com eficiência auditiva, por sua vez, são aquelas que possuem perda bilateral, parcial ou total do sentido da audição. Essa perda da capacidade de ouvir pode ser causada por problemas diversos, tais como doenças hereditárias, doenças maternas, problemas no parto, infecções virais, lesões, entre outras causas.

♦ Deficiência visual

As pessoas com deficiência visual são aquelas que apresentam problemas que dificultam a visualização de objetos. É considerado deficiente visual aquele que é cego ou apresenta uma baixa visão. Vale ressaltar que problemas como astigmatismo, miopia e hipermetropia não são considerados deficiências.

♦ Deficiência mental

Na deficiência mentalas pessoas apresentam funcionamento mental abaixo da média. Vale destacar que, para ser considerada uma deficiência, os sintomas devem surgir antes dos 18 anos de idade.

Percebe-se, portanto, que existem diferentes tipos de deficiência e cada uma é responsável por um tipo diferente de limitação. Muitas vezes, essas limitações podem comprometer a qualidade de vida do indivíduo; por isso, faz-se de extrema necessidade o desenvolvimento de medidas de inclusão.

Muitas conquistas já foram obtidas, mas muitas pessoas com deficiências ainda sofrem com a falta de acessibilidade e preconceitos. A falta de acessibilidade é uma grande barreira, uma vez que impede, muitas vezes, a locomoção, a comunicação e até mesmo o direto à informação. Já o preconceito faz com que a deficiência se torne um empecilho para arrumar um emprego ou continuar os estudos, por exemplo.

Assim sendo, a luta deve ser constante, e o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência é uma oportunidade para demonstrar força na busca pelos direitos dessas pessoas.

Curiosidade: A Lei 13.146 de Julho de 2015 representou um grande marco na luta das pessoas com deficiências e instituiu a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). De acordo com essa lei, passou a ser crime praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência, assim como abandonar pessoas com deficiência em hospitais, casas de saúde, entidades de abrigamento ou congêneres, apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão, benefícios, remuneração ou qualquer outro rendimento de pessoa com deficiência e reter ou utilizar cartão magnético, qualquer meio eletrônico ou documento de pessoa com deficiência destinados ao recebimento de benefícios, proventos, pensões ou remuneração ou à realização de operações financeiras com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem.

Entre os principais problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência, está a falta de acessibilidade
Entre os principais problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência, está a falta de acessibilidade
Publicado por: Vanessa Sardinha dos Santos in https://mundoeducacao.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-dos-deficientes-fisicos.htm acesso em 16.09.20 às 15:41hs

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Setembro Roxo: mês de conscientização da Doença de Alzheimer

 Dia 21 de Setembro é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. Por isso, esse mês é conhecido como Setembro Roxo ou Setembro Lilás.

A data foi criada em 1906, através de uma inciativa da ADI-Associação Internacional do Alzheimer e, apesar do Setembro Roxo ser o mês dedicado a essa conscientização, as informações sobre a Doença de Alzheimer e sua prevenção devem compartilhadas sempre, para que atinjam cada vez mais pessoas, pois a cada ano temos 55 mil novos casos de Demência no Brasil.

Esse dado reflete uma transição: antigamente, os especialistas da saúde se preocupavam em combater doenças infectocontagiosas. Agora, com um bom arsenal terapêutico para o tratamento, a preocupação é outra: o aumento da expectativa de vida causou uma prevalência maior de doenças degenerativas, como a Doença de Alzheimer.

Para contribuir com a ação do Setembro Roxo, trouxemos as principais informações que você precisa saber sobre a doença. Confira.

O que é Doença de Alzheimer e onde afeta?

A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, progressiva e irreversível. Ou seja, ela afeta o cérebro e suas funções cognitivas (memória, linguagem, atenção e orientação), conforme o avançar da idade. Ela não tem cura, mas tem tratamento para diminuir sintomas e evitar o avanço.

A Doença de Alzheimer é um tipo de Demência – termo usado para várias doenças que afetam a memória, ou outras habilidades cognitivas e comportamentais, que interferem na capacidade de uma pessoa manter suas atividades diárias. Por isso, é tão importante saber identificar os sintomas, consultando um médico especialista.

Clique AQUI e saiba mais sobre o que é a Doença de Alzheimer.

Sintomas da Doença de Alzheimer

De acordo com o Ministério da Saúde (2019), o primeiro sintoma na Doença de Alzheimer é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, aparecem sintomas mais graves.

Entre os principais sinais e sintomas da Doença Alzheimer estão:

• Falta de memória para acontecimentos recentes;
• Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
• Repetição da mesma pergunta várias vezes;
• Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais;
• Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
• Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
• Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

Causas e fatores de risco da Doença de Alzheimer

A idade é a causa mais frequente das Demências, como a Doença de Alzheimer. Na América Latina, a prevalência aos 60 anos é de 1,3%, enquanto que a partir dos 90 anos passa para 63,9%. Por isso, o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento estão relacionados aos casos crescentes da Doença de Alzheimer.

Setembro roxo Alzheimer

Embora a doença não seja considerada hereditária, há casos, principalmente, quando a doença tem início antes dos 65 anos, em que a herança genética é importante. Mas esses casos correspondem a apenas 5% dos pacientes com Doença de Alzheimer.

São considerados como fatores de risco a hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e o sedentarismo. Já pessoas com histórico de complexa atividade intelectual tendem desenvolver a doença mais tardiamente.

Como prevenir a Doença de Alzheimer?

De acordo com estudo (The Lancet, 2017), mais de um terço dos casos de Demência pode ser prevenido.

Desenvolver novas habilidades, para fazer uma reserva cognitiva, ajuda a preservar a memória e prevenir a Demência ou diminuir os sintomas.

Mudanças que você pode adotar desde já para prevenir a Doença de Alzheimer: ter a educação como um objetivo para toda a vida, fazer atividade física, melhorar o padrão dietético, manter o engajamento social, eliminar/reduzir o hábito de fumar, tratar a hipertensão, diabetes e cuidar da audição, que é um estímulo para memória. Leia mais AQUI.

Como cuidar da Doença de Alzheimer

Alimentação

acompanhamento nutricional em casos de Demência é essencial. A partir da avaliação de uma nutricionista, o paciente seguirá uma dieta que o ajude a fornecer energia ao cérebro.

Algumas dicas nutricionais para manter a saúde do cérebro:
– Dieta do mediterrâneo: fontes proteicas, carne vermelha, peixes, aves suínos, leguminosas e ovos. Leite e derivados, sementes oleaginosas, azeite de oliva e frutas do grupo das berries.
– Alimentos que tenham Zinco, Magnésio, Vitamina E, Vitamina C, Vitaminas do complexo B, Vitamina D e EPA/DHA, UMP, Fosfolipídeos, Colina, Ácido Cáprico e Ácido Caprílico.

Confira a entrevista com a Dra. Simone Pinto e veja como a avaliação nutricional é feita.

Um olhar carinhoso

Os sintomas da Doença de Alzheimer, como o esquecimento e a dependência, podem dificultar a rotina entre paciente-cuidador. E uma das alternativas que o Jornalista Fernando Aguzzoli criou com sua Vó Nilva foi levar mais leveza e bom humor à relação.

Tratamento

O tratamento da Doença de Alzheimer pode demandar um trabalho multidisciplinar, para que todos os aspectos e necessidades do paciente sejam levados em consideração, a fim de melhorar sua qualidade de vida. Mas existem três especialistas que podem auxiliar diretamente no tratamento da doença: o geriatra, o neurologista e o psiquiatra.


ABRAz – Associação Brasileira de Alzheimer criou um grupo para compartilhar informações sobre a Doença de Alzheimer: “Alzheimer: desmistificando os cuidados.”

Com este artigo, falamos sobre a Doença de Alzheimer, seus principais sintomas e como a alimentação e hábitos de vida influenciam na prevenção. A importância de abordagens alternativas para melhorar a qualidade de vida , como o olhar carinhoso e o cuidado multidisciplinar, também são pontos que fazem parte da conscientização da Doença de Alzheimer.

Se você gostou deste artigo ou conhece alguém que se beneficiaria desta leitura, não deixe de compartilhar o link e disseminar informação.

 Fonte: https://prodiet.com.br/blog/2020/09/11/setembro-roxo-alzheimer/ acesso em 14.09.20 às 09:13hs

sábado, 12 de setembro de 2020

Câncer hereditário: quando suspeitar

 Estima-se que a cada ano de 2020 a 2022, 625 mil brasileiros recebam o diagnóstico de câncer. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o Inca, depois do câncer de pele não melanoma, os mais frequentes serão o de mama e o de próstata.

Mulheres a partir de 40 anos, devem cuidar e fazer exames de rastreio. Pessoas que já tiveram muitos casos da doença na família, e tem suspeita risco de câncer hereditário, podem começar ter maiores cuidados e fazer exames de rastreio, antes mesmo dos 40 anos. Mas todo câncer é hereditário?

De acordo com a médica oncologista Ana Carolina Salles, do Grupo Oncoclínicas, não. Ela explica que isso pode acontecer, mas é mais incomum. “Acredita-se que apenas 10% dos casos de câncer sejam hereditários, ou seja resultado de uma alteração no DNA herdada da mãe ou do pai. Faz-se importante ressaltar, que mesmo quando há uma alteração genética herdada que aumente o risco de câncer, a doença nem sempre acontecerá. Os hábitos de vida podem ajudar a proteger ou tornarem-se gatilhos para a doença.

Mas então, quando suspeitar de aumento de risco de câncer hereditário ? Conforme a especialista há algumas situações: “quando há muitos casos em parentes de primeiro grau; quando pacientes jovens recebem o diagnóstico de câncer, ou em situações atípicas, como câncer de mama em homens”, ressalta.

Segundo ela, há uma série de outros fatores que podem levar a suspeita de câncer hereditário e estimular o encaminhamento desses pacientes para o geneticista, para realização do exame que detecta a presença de alterações no DNA, que são compatíveis com câncer hereditário.

Há exames que podem ajudar a prevenir ou mesmo evitar esses casos de câncer hereditário?

Dra Ana Carolina aponta que é importante esclarecer que pelo fato da pessoa ser portadora de uma alteração no DNA, que leve ao aumento do risco de câncer hereditário, não quer dizer que o paciente terá câncer. Bons hábitos de vida, realização de exames de rastreio apropriados e em algumas situações, é discutível a possibilidade de cirurgias redutoras podem ser fatores protetores contra o câncer.

Angelina Jolie fez cirurgia redutora de risco, ao descobrir que possuía uma mutação no gene BRCA1, com risco aumentado para câncer de mama e ovário. “Cada caso deve ser individualizado”, destaca.

“Após o diagnóstico de um ‘câncer hereditário’, com alteração genética conhecida, faz-se importante que o paciente passe em consulta com o geneticista, para aconselhamento genético e para que as orientações em relação aos familiares sejam dadas”, explica a médica oncologista. Ela continua: “muitas vezes, faz-se necessário ofertar o painel genético aos familiares”.

“Embora o câncer hereditário não seja a situação mais comum entre os pacientes diagnosticados com câncer, devemos estar atentos, enquanto oncologistas e geneticistas, a essa possibilidade”, alerta. “Enquanto oncologistas, nós temos sempre que estar atentos ao histórico de câncer na família, de nossos pacientes. Isso ajuda a levantar a suspeita de risco de câncer hereditário”, conclui Dra Ana Carolina.

Fonte: Jornal de Brasília in http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-hereditario-quando-suspeitar/13859/7/ acesso em 12.09.20 às 16:26hs

SETEMBRO AZUL - LÍNGUAS DE SINAIS COMEMORAÇÕES DO SETEMBRO AZUL

 Cada ano, o movimento social surdo organizado realiza, no que já se tonou tradição,  passeatas em várias cidades do Brasil, em um movimento conhecido como Setembro Azul, sendo marcado por diversos eventos da comunidade surda, com o objetivo de conscientizar sobre a acessibilidade e a comemoração das conquistas.

Por que setembro? Esse mês tem datas importantes para a comunidade surda, sejam elas lembranças das perdas do passado ou celebrações das conquista:

  • 6/09 e 11/09: lembram o Congresso de Milão de 1880, no qual foi proibido o uso das Línguas de Sinais na educação dos surdos. Esse marco fez com que os surdos tivessem que se adaptar às línguas orais até que as línguas de sinais fossem novamente aceitas.
  • 10/09: Dia Mundial das Línguas de Sinais, uma data que visa promover o respeito e a valorização da Língua de Sinais nos mais diversos países. Foi escolhido, porque a marca histórica tragédia que o Congresso do Milão proibiu o uso das línguas de sinais no mundo.
  • 23/09: ONU declarou comemorado o Dia Internacional de Língua de Sinais.
  • 26/09: Dia Nacional do Surdo. O dia foi escolhido por ser a data de fundação do INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos), a primeira escola para surdos do Brasil. A data foi então escolhida para homenagear a Comunidade Surda no território brasileiro e oficializada através do decreto de lei no 11.796, em 29 de outubro de 2008.
  • 30/09: Dia Internacional do Surdo.
  • 30/09: Celebra o Dia do Tradutor, no qual são feitas várias homenagens aos Intérpretes de Libras.

A autora Gonçalves (2016) explica sobre o porquê da cor e fita azul:

A cor Azul representa para a Comunidade Surda dois momentos históricos, o primeiro momento é o período da Segunda Guerra Mundial em que os Nazistas identificavam as Pessoas com Deficiência através de uma faixa de cor azul fixada no braço. O segundo momento é o atual. O azul simboliza a opressão enfrentada pelos surdos ao longo da história, mas mais que isso, mostra o orgulho de ser surdo, de englobar uma história, uma língua e um povo.

Por que Fita Azul?

Em 1999, no XIII Congresso Mundial da Federação Mundial de Surdos, na Austrália, aconteceu a Cerimônia da Fita Azul (Blue RibbonCeremony), em lembrança dos surdos que foram vítimas da opressão. Neste evento, o Dr. PaddyLadd (surdo), usou pela primeira vez a fita de cor azul como símbolo do movimento.

Na Unipampa existem nove docentes surdos e oito tradutores/intérpretes de LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais em seus 10 campis.

Cada campus traz aqui, uma mostra em fotos sobre as atividades e produções acadêmicas (projetos de extensão, de ensino e de pesquisa) e um vídeos sobre a importância da componente curricular Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS na instituição.

Fonte: https://sites.unipampa.edu.br/nina/2019/10/02/setembro-azul/ acesso em 12.09.20 às 16:23hs

27.09 DIA NACIONAL DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

 A data, instituída pela Lei nº 11.584/2.007, visa conscientizar a sociedade sobre a importância da doação e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto. Apesar da ampliação da discussão do tema nos últimos anos, trata-se ainda de um assunto polêmico e de difícil entendimento, resultando em um alto índice de recusa familiar. Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificou três motivos principais para essa alta taxa de recusa, fato que não ocorre só no Brasil: incompreensão da morte encefálica, falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte e motivos religiosos.

A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual manifestamos a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas. A Lei nº 9.434/2.007, regulamentada pelo Decreto nº 9.175/2.017, dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento.

A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). A doação de órgãos como rim, parte do fígado ou da medula óssea pode ser feita em vida.

O que é transplante?

O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto.

A legislação em vigor determina que a família seja a responsável pela decisão final, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade.

Doador Vivo

É a pessoa maior de idade e capaz, juridicamente, que pode doar órgãos a seus familiares. No caso de doador vivo não aparentado é exigida autorização judicial prévia.

Órgãos/tecidos que podem ser obtidos de um doador vivo: um dos rins, parte do fígado, parte da medula ou parte dos pulmões.

Para doar órgão em vida, o médico deverá avaliar a história clínica do candidato e as doenças prévias. A compatibilidade sanguínea é primordial em todos os casos mas, há também, testes especiais para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso.

Órgãos/tecidos que podem ser obtidos de um doador não vivo:
- órgãos: rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino;
- tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias.

Quem recebe os órgãos/tecidos doados?

Após efetivada a doação, a Central de Transplantes do estado é comunicada e, através do registro de lista de espera, seleciona os receptores mais compatíveis.

Doadores não vivos?

São pacientes assistidos em UTI com quadro de morte encefálica, ou seja, morte das células do Sistema Nervoso Central, que determina a interrupção da irrigação sangüínea ao cérebro, incompatível com a vida, irreversível e definitiva.

 

Fontes:

Associação Brasileira de Transplantados
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais. Banco de Órgãos e Transplantes
Ministério da Saúde
Prefeitura de Caxias do Sul (RS)
Universidade Federal de Minas Gerais

IN http://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/3037-27-9-dia-nacional-da-doacao-de-orgaos-3#:~:text=A%20data%2C%20institu%C3%ADda%20pela%20Lei,e%20amigos%20sobre%20o%20assunto. ACESSO EM 12.09.20 ÀS 16:14HS

SETEMBRO VERDE - PESSOA COM DEFICIÊNCIA

 

Governo do Estado promove Setembro Verde com o tema “Bem-estar e Acesso a Direitos das Pessoas com Deficiência”

Setembro é o mês para mobilização, reflexão e busca de novos caminhos para garantir os direitos das Pessoas com Deficiência (PcD´s) em todo o país, um segmento que ainda enfrenta obstáculos sociais, educacionais e profissionais. É pensando nisso que a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), por meio da Superintendência dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com o Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Coede-BA), promovem o evento Setembro Verde, em alusão ao Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, celebrado no dia 21 de setembro.

Este ano, com o tema “Bem-estar e Acesso a Direitos das pessoas com Deficiência”, diversas atividades com as temáticas relacionadas a PcD estão previstas para acontecer online, respeitando as regras das autoridades de saúde no momento atual. 

A partir desta quinta-feira (03), a programação começa com uma capacitação de Acessibilidade Digital, com participação dos palestrantes Edilson Sacramento, jornalista e consultor em áudio descrição, graduando em produção cultural na UFBA e membro da rede PCD/Bahia; e Talita Barbosa, engenheira de Software no Itaú, ex-aluna da Reprograma e entusiasta da acessibilidade na web. A capacitação ocorrerá remotamente, das 17h30 às 19h30, através da plataforma Microsoft Teams.

“O dia 21 de setembro foi oficializado através da Lei Federal nº 11.133, de 14 de julho de 2005. Esta data é comemorada e lembrada todos os anos, desde então, em todos os estados, e se constitui em momento para reflexão e busca de novos caminhos para as nossas lutas. É também um momento para divulgar as ações pensadas e construídas para a PcD e promover mais inclusão social”, declarou Alexandre Baroni, superintendente dos Direitos da Pessoa com Deficiência da SJDHDS.

"Este ano vamos potencializar as ações digitais com o objetivo de garantir a proteção das pessoas com deficiência diante dessa pandemia, mas realizando uma série de eventos para marcar o mês e reforçar a importância do engajamento de toda a sociedade na luta por uma sociedade cada vez mais inclusiva", explicou o secretário da SJDHDS, Carlos Martins.

Confira a programação completa:

03/09/2020 – Capacitação de Acessibilidade/Acessibilidade Digital, com participação dos palestrantes Edilson Sacramento, Jornalista e consultor em áudio descrição, graduando em produção cultural na UFBA e membro da rede PCD/Bahia e Tania Barbosa, Engenheira de Software no Itaú, ex-aluna da Reprograma e entusiasta da acessibilidade na web.  Na plataforma Microsoft Teams, das 17h30 às 18h30.

08/09/2020 – Ato de abertura do Setembro Verde - Live com a participação do secretário da SJDHDS, Carlos Martins, Senador Jaques Wagner, e Jorge Amaro, pesquisador e doutor em Políticas Públicas. Das 15h às 16h, no Facebook da SJDHDS (@justicasocialba).

10 e 11/09/2020 – Apoio através da CILBA e participação do Superintendente Alexandre Baroni no Encontro Nacional de Pessoas com Deficiência, Família, Estado e Sociedade, que será realizado pela REDE PCD. A participação será por meio de inscrição e ocorrerá no Google Meet.

15/09/2020 – Live “O Protagonismo da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho”, com a presença de Sidney Reis – FLEM, Iasmin Laissa Pereira Cruz Sousa – Programa Primeiro Emprego Bahia, e Tânia Regina Quinteiro Portela - Chefe da 94ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia. Será das 15h às 16h, no Facebook da SJDHDS (justicasocialba).
 
21/09/2020 – Evento do COEDE com a participação da SUDEF – Passeio Virtual com a temática “Novo Normal da Pessoa com Deficiência pós-pandemia”, das 14h às 17h, no Facebook do COEDE.

22/09/2020 – Reunião Itinerante Virtual no Município de Paulo Afonso com tema "Novo Normal da Pessoa com Deficiência pós-pandemia", das 14h às 17h (plataforma a definir).

23/09/2020 -  Live Especial -  COEDE e Você: retrospectiva do que foi discutido nas lives anteriores do Coede. Das 15h às 17h, Facebook do COEDE.

24/09/2020 – Reunião Itinerante Virtual no Município Porto Seguro com o tema "Novo Normal da Pessoa com Deficiência pós-pandemia" das 14h às 17h (plataforma a definir).

25/09/2020 – Reunião Itinerante Virtual no Município de Irecê, sobre o tema "Novo Normal da Pessoa com Deficiência pós-pandemia", das 14h às 17h (plataforma a definir).

28/09/2020 – Comemoração do Dia Nacional do SURDO, das 15h às 16h30, no Facebook da CILBA. 

29/09/2020 – Encerramento do Setembro Verde (COEDE e SUDEF) – Atividades Culturais apresentadas virtualmente, das 14h às 17h no Facebook do COEDE e da SJDHDS.

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Fonte: http://www.justicasocial.ba.gov.br/2020/09/3783/Governo-do-Estado-promove-Setembro-Verde-com-o-tema-Bem-estar-e-Acesso-a-Direitos-das-Pessoas-com-Deficiencia.html acesso em 12.09.20 às 16:08hs

sábado, 5 de setembro de 2020

Setembro Lilás: conscientiza população sobre o Alzheimer

 Setembro é um mês especial, dedicado à conscientização de questões que precisam ser debatidas pelo bem da saúde mundial. Uma delas é a campanha Setembro Lilás, criada para divulgar e promover cuidados com a saúde em relação à Doença de Alzheimer. O mês foi escolhido, pois o Dia Mundial da Prevenção ao Alzheimer é no dia 21. A doença é a causa mais comum de perda de memória e acomete cerca de 60% da população mundial.

Fonte: https://londrinando.com/post/1314/setembro-lilas-instituto-londrinense-conscientiza-populacao-sobre-o-alzheimer-com-atividades-gratuitas acesso em 05.09.2020 às 18:35hs

Setembro é o mês para lembrar da doença de Alzheimer

Lembrado como o Mês Mundial da Doença de Alzheimer, setembro começou trazendo boas perspectivas no sentido de aumentar a conscientização sobre a demência e diminuir o estigma ainda associado a essa condição. A partir de uma iniciativa do médico geriatra Leandro Minozzo, professor do curso de Medicina da Universidade Feevale, estão sendo discutidas, em âmbito municipal, estadual e nacional, políticas públicas para o enfrentamento da doença.

Ao atender pacientes com Alzheimer e suas famílias, Minozzo percebeu, ao longo dos anos, a falta de uma articulação pública para dar conta de tantos problemas. “Hoje, no Brasil, temos uma dificuldade muito grande em fazer o diagnóstico de demência e de Alzheimer. A estimativa é que o país tenha 700 mil pessoas com demência, que sequer tiveram diagnóstico da doença”, afirma.

O livro mais recente de Minozzo – Como enfrentar o Alzheimer e outras demências - a necessidade urgente de construção de políticas públicas no Brasil – traz à tona o assunto. A obra mostra o que está sendo feito internacionalmente, como o plano global da Organização Mundial de Saúde (OMS), que dá rumos para a construção de políticas para Alzheimer, e também aborda temas como o Sistema Único de Saúde (SUS) e os recursos que podem ser aproveitados para tal fim.

Em 2018, quando o livro começou a ser escrito, Minozzo procurou políticos, para que eles apresentassem projetos de lei, visando à construção de um plano nacional de enfrentamento da doença, para que, assim, a realidade das pessoas com Alzheimer pudesse ser transformada. Nos últimos dias, um projeto de lei foi aprovado em primeiro turno na Câmara Municipal de Novo Hamburgo, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Estado deu parecer favorável a uma proposta e, no Senado, também houve a apresentação de um projeto.

Minozzo diz que é com alegria que vê o conhecimento acadêmico se materializar, ainda mais no mês em que se busca, por meio de um movimento mundial, aumentar a conscientização sobre a demência e o Alzheimer, diminuindo o estigma ainda associado a essa condição.

 

É possível que tenhamos políticas públicas e isso me deixa muito feliz e esperançoso de que as pessoas consigam, nos próximos anos, ter um tratamento mais digno”, destaca.

A partir de sua iniciativa, estão em tramitação os seguintes projetos de lei:


Câmara Municipal de Novo Hamburgo - O Legislativo hamburguense aprovou, no dia 31 de agosto, projeto de lei que cria uma política municipal de enfrentamento à doença de Alzheimer e outras demências. De autoria do vereador Enio Brizola, o projeto ainda será submetido a uma segunda votação. “É uma lei que não vai envolver custos, somente esforços na unificação das ações, com transversalidade por meio de encontros dos profissionais e de monitoramento na rede pública de saúde”, diz o vereador.


Assembleia Legislativa - Está tramitando um projeto de lei de autoria do deputado Issur Koch, que institui, no Rio Grande do Sul, a política de enfrentamento à doença de Alzheimer e outras demências. No dia 22 de agosto, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia deu parecer favorável à proposta. “Essa enfermidade precisa de uma atenção especial do poder público por atingir não apenas o paciente, mas a família como um todo. O Rio Grande do Sul, em virtude de sua qualidade de vida e da elevada faixa etária, apresenta uma das mais altas incidências da doença”, afirma o deputado, acrescentando que a proposição é para que haja uma política com legislação efetiva e, principalmente, capaz de atuar na busca por ações e soluções para esses pacientes e familiares.


Senado Federal - O senador Paulo Paim apresentou projeto de lei que cria a política nacional de enfrentamento à doença de Alzheimer e outras demências. O texto determina que o Ministério da Saúde desenvolva campanhas de orientação e conscientização e também prevê apoio do SUS à pesquisa e ao desenvolvimento de tratamento e medicamentos para essas doenças. “Entidades internacionais apontam que, em 2030, a prevalência na população total aumentará cerca de 50% nos países de renda alta, e cerca de 80% nos países de renda baixa e média. Até 2050, se nenhum novo tratamento tiver sucesso em retardar essa evolução, mais de 130 milhões poderão sofrer de alguma forma de demência e entre 60% e 70% desses pacientes terão Alzheimer”, alerta o senador.

Fonte: https://www.feevale.br/acontece/noticias/setembro-e-o-mes-para-lembrar-da-doenca-de-alzheimer acesso em 05.09.20 às 18:46hs