quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

MESILATO DE IMATINIBE - QUIMIOTERAPIA ORAL - Interrupção no fornecimento

Imatinib é um fármaco usado para tratar certos tipos de câncer. Ele é atualmente comercializado pela Novartis como Gleevec ou Glivec como seu sal mesilato, mesilato de imatinib. É usado para tratar leucemia mieloide crônica, tumores estromais gastrointestinais e diversas outras doenças malignas.

É um medicamento de alto custo fornecido pelo SUS aos pacientes oncológicos.

O surgimento dos inibidores de tirosina quinase, há mais de dez anos, revolucionou o tratamento da leucemia mieloide crônica (LMC). Mesilato de Imatinibe foi especificamente a primeira droga alvo contra a tirosina quinase e se tornou o tratamento padrão para pacientes com LMC.

leucemia mieloide crônica (LMC) é um tipo de câncer não hereditário, que se desenvolve na medula óssea. Contudo, a LMC se distingue de outros tipos de leucemia por causa de uma anormalidade genética nos glóbulos brancos, denominada cromossomo Philadelphia (Ph+).

As células da leucemia mieloide crônica contêm um oncogene (BCR-ABL) que não é encontrado nas células normais. Este gene produz uma proteína a BCR-ABL, que faz com que as células da leucemia mieloide crônica cresçam e se reproduzam fora de controle. A BCR-ABL é um tipo de proteína conhecida como tirosina quinase, portanto, o principal alvo do medicamento imatinibe é inibir essa proteína.

Desde sua aprovação no ano de 2000, imatinibe, o primeiro inibidor de tirosina quinase, continua sendo a principal linha terapêutica para pacientes com LMC. Também conhecido com Mesilato de Imatinibe ou Glivec®, o medicamento tem como função inibir a atividade da tirosina quinase, reduzindo a proliferação tumoral.

Nos últimos dez anos, a leucemia mieloide crônica deixou de ser uma doença fatal. Os tratamentos com inibidores de tirosina quinase têm se mostrado bastante efetivo, permitindo que portadores de LMC tenham uma vida normal.

Atualmente os pacientes oncológicos estão sofrendo pela falta do medicamento mesilato de imatinibe que é fornecido pelo SUS e se encontra com seu estoque zerado nos serviços de oncologia em diversas localidades.

A interrupção do tratamento tem trazido sérios prejuízos aos pacientes que usam esse medicamento para controlar a doença. São problemas físicos e psicológicos que os levam às emergências de saúde pública.

Segundo algumas notícias seria esse problema causado pos problemas na licitação para aquisição do medicamento pelo Governo Federal.

Entretanto, para evitar prejuízos maiores à saúde desses pacientes, faz-se necessária a aquisição emergencial do medicamento para suprir a necessidade até a regularização da entrega prevista na licitação realizada.