quinta-feira, 19 de julho de 2018

LESÕES NA BOCA DURANTE A QUIMIOTERAPIA

Quimioterapia
Considerações
A quimioterapia (QT) é um tratamento que utiliza medicamentos para destruir as células doentes que formam um tumor. No entanto, essa terapia tem dificuldade em diferenciar as células doentes das células sadias. Hoje em dia, busca-se como se tirar o máximo das drogas utilizadas com o mínimo de efeitos colaterais.
Existem três tipos de quimioterapia:
  • A neoadjuvante que é aplicada antes da cirurgia para tentar reduzir o tumor e permitir que o cirurgião retire uma parte menor do órgão afetado. Quando a doença é diagnosticada precocemente, a quimioterapia pode até eliminá-lo, dispensando a cirurgia.
     
  • A adjuvante, aplicada logo após a cirurgia, para tentar garantir a destruição das células doentes que resistiram ao procedimento.
     
  • A quimioterapia metastática, aplicada quando se constata que a doença se espalhou por outros órgãos. Nesse caso, o objetivo é controlar a doença, já que sua cura é improvável.
A QT é composta geralmente por medicamentos líquidos, que são misturados ao soro e injetados no paciente. Cada sessão dura cerca de uma hora. O número de sessões varia conforme o estado do paciente, mas em média são feitas de seis a oito aplicações. O intervalo entre elas também é variável, mas costuma ser de 21 dias.
 
Assim como a radioterapia, a quimioterapia também causa alguns efeitos colaterais, como a secura bucal (xerostomia) e mucosite. As chances de a quimioterapia causar danos à cavidade oral acentuam-se dependendo da idade do paciente. De uma maneira geral, 40% dos pacientes submetidos ao tratamento de quimioterapia desenvolvem esses efeitos na boca, passando para mais de 90% quando aplicada a menores de 12 anos.
 
Aproximadamente 7 a 15 dias após a sessão de quimioterapia, o paciente entra em um estágio no qual a imunidade encontra-se baixa, isto é, o seu sistema de defesa fica frágil. Nesse período, a ulceração causada pela quimioterapia ou qualquer foco de infecção de origem dental ou dos tecidos que envolvam o dente (osso e gengiva) pode representar um grande risco à saúde geral do paciente. A candidíase é frequente e podem ocorrer infecções secundárias.
 
A neurotoxicidade é um dos efeitos colaterais da quimioterapia de grande relevância para a odontologia, embora raro, representando cerca de 6% das complicações bucais, o envolvimento dos nervos bucais pode causar dor odontogênica, o que é bastante semelhante à dor de uma pulpite. Os sintomas desaparecem, frequentemente, com a suspensão da droga.
 
O ideal é que o paciente se submeta a uma avaliação odontológica antes de se iniciar a quimioterapia, pois complicações bucais advindas da baixa imunidade provocada pela quimioterapia podem exigir interrupção do tratamento oncológico. Esse atendimento odontológico visa eliminar qualquer possibilidade de manifestação infecciosa preexistente, como doença periodontal, lesões endodônticas, ulcerações em mucosa e cáries extensas.
 
O tratamento odontológico eletivo pode ser feito também entre os ciclos de quimioterapia. Durante a quimioterapia o paciente deve receber acompanhamento odontológico para minimizar danos e desconfortos bucais.É freqüente a utilização da laserterapia para reverter lesões teciduais e a prescrição de antifúngicos.

Fonte: http://www.lesoesbucais.com.br/ler_artigo.asp?codigo=81&cat=8 acesso em 19.07.18 às 08:01hs

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