domingo, 29 de julho de 2018

MEDOS E FOBIAS

Medo Trata-se de uma emoção natural do ser humano. O medo atua como um aliado, protegendo-nos e funcionando como um sinalizador para precaução contra perigos reais. Se procurarmos nos livros e estudos de Psicologia, encontraremos inúmeras conceituações sobre esta emoção, entre elas, a de que o medo é resultante de uma ameaça à rotina da existência.

Fobia A fobia é uma espécie de medo acentuado, excessivo, desmedido, na presença ou previsão de encontro com o objeto ou situação que causa ansiedade em um grau elevadíssimo.

Quando costuma ocorrer:
Medo
Em situações que exigem atenção, como quando precisamos atravessar a rua e olhamos para ter certeza que o carro parou. Em situações que exigem um preparo adequado, com antecedência, por exemplo, quando vamos dar uma boa palestra ou queremos fazer bonito na apresentação de uma dança ou peça de teatro.
Medo: nosso grande aliado
Crescemos ouvindo que é feio sentir medo. Por isso, tantas pessoas têm dificuldade em falar ou expressar seus medos. Elas se consideram fracas, evitando ao máximo que os outros descubram o que elas sentem. E, ao contrário, o medo é uma emoção natural do ser humano. Não dá para imaginar nossa vida sem que em algum momento nós não tenhamos nos deparado com ele. O medo nos protege. Ele funciona como uma espécie de aviso para nos precavermos de perigos reais. A própria sobrevivência da espécie ocorreu por ter, como aliado, o medo.
Frente às ações e objetivos a serem alcançados o medo atua como regulador da inteligência que é estimulada no sentido da melhor escolha, visando evitar o fracasso das metas estipuladas.
Fobias
Como você viu anteriormente, a fobia é uma espécie de medo acentuado, excessivo, desmedido, na presença ou previsão de encontro com o objeto ou situação que causa ansiedade, num grau
elevadíssimo. Embora os cientistas ainda não consigam explicar por que uma fobia ocorre, os estudos e pesquisas têm apontado para algumas possibilidades como:
Perfil psicológico das pessoas ansiosas ou fóbicas
São, em geral, competentes, detalhistas, inteligentes, organizadas, responsáveis, humanas, porém não gostam de críticas. Sofrem geralmente de ansiedade antecipatória isto é, querem o resultado antes mesmo de fazer.
Perfil que corresponde também a fobia de dirigir, pequisado e divulgado pela primeira vez em 1996, pela psicóloga Neuza Corassa, que rapidamente ficou conhecido em âmbito Nacional.
Quando se deve tratar a fobia
Quando a pessoa perceber que a sua vida está ficando limitada e a dificuldade está interferindo nas outras áreas de sua vida. Algumas fobias não terão necessidade de serem tratadas (por exemplo, se a pessoa tem fobia de cobras, mas mora na cidade, poderá conviver com este fato sem maiores problemas).
Como se deve tratar a fobia
Trata-se através de psicoterapia em que se organiza uma escala de exposição ao objeto, ou situação que causa ansiedade. A aproximação deve ser de maneira gradual, gradativa. Mas deve se manter uma certa freqüência de pelo menos 2 vezes por semana de exposição ao objeto ou da situação que causa ansiedade alta, para poder obter bons resultados.
Análise Funcional (Diagnóstico)
O diagnóstico é apropriado quando a pessoa começa a se esquivar o tempo todo em relação ao objeto fóbico, ou quando ocorre ansiedade antecipatória ante a possibilidade de chegar perto do referido objeto ou da situação que causa ansiedade elevada, como uma apresentação, chegando a afetar a sua rotina diária e social. Tudo é cercado de muito sofrimento.
Características que ajudam a identificar pessoas propensas a desenvolver fobias. Dados levantados pelo CPEM:
  • Competentes
  • Excesso de responsabilidade
  • Detalhistas
  • Importar-se com o olhar do outro
  • Dificuldade de receber críticas
  • Organizadas
  • Críticas
  • Sensíveis aos sentimentos
  • Inteligentes
  • Elevada consciência social
  • Sentem necessidade de ter o controle
Fobia de doenças
O que caracteriza essa fobia é o medo exagerado de estar com alguma doença, como câncer, AIDS, algum problema cardíaco e, conseqüentemente, morrer dessa doença.
As pessoas que sofrem desse tipo de fobia evitam ler ou assistir a programas na televisão que tratem do assunto. Evitam entrar em hospitais e até mesmo conversas cujo tema gire em torno de doenças, ou de pessoas que estejam doentes.
Constantemente se examinam, observando o aspecto da sua língua, coloração dos olhos ou apalpam seu corpo à procura de algo errado. Marcam consultas freqüentes com médicos, geralmente clínicos gerais, para se reassegurarem de que não há nada grave.
É diferente de hipocondria, pois nesta, o medo é difuso e envolve diversas doenças.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barros Neto, T. P. (1999) Sem medo de ter medo. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Bernick, M. A (1989). Ansiedade. Revista Brasileira de Medicina. Vol. 46, no 4, p. 99.
Corassa, N. (1996). Síndrome do carro na garagem.Suplemento Viver Bem da Gazeta do Povo. Ano XIII, no 661, p. 24.
___________ (1996) Medo pede carona. Revista Veja. Ano 29 , no 44, p. 100.
____________ (2000). Vença o medo de dirigir – como superar-se e conduzir o volante da própria vida.São Paulo: Gente.
DSM-IV (1994). Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais.
Falcone, E. (1995). Cap. 14 A relação entre o estresse e as crenças na formação dos transtornos de ansiedade.
Em Zamignani, Vol. 3: Sobre Comportamento e Cognição. Santo André: ARBytes.
Wolpe, J. (1978). Prática de terapia comportamental.São Paulo: Brasiliense.

Fonte: https://www.medos.com.br/medos-e-fobias/  Neuza Corassa - Psicóloga - acesso em 29.07.18 às 16:53hs

Nenhum comentário:

Postar um comentário