sexta-feira, 31 de maio de 2013

ENFRENTAR O MEDO

Você está na estrada, surge um animal feroz, o que fazer?
Não dá para recuar, não há como fugir...
Respira, respira, respira...
Ah! pense na lua, nas estrelas, no sol em tudo que é belo...
E enfim vamos continuar a caminhada pois você não está só.
A fera não quer você, não tenha medo, tudo passa!

quinta-feira, 30 de maio de 2013

NOVO ROL DOS PLANOS DE SAÚDE INCLUI TRATAMENTO DOMICILIAR DE CÂNCER

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) amplia o rol de procedimentos obrigatórios que terão de ser ofertados pelos planos de saúde a partir de janeiro de 2014. Entre as novidades apresentadas nesta terça-feira (28) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o presidente da ANS, André Longo, e o diretor de da ANS, Jorge Sobral, está a inclusão de 36 medicamentos orais para tratamento de câncer, usados em casa.
O Rol de Procedimentos e Eventos de Saúde estará disponível para consulta pública a partir desta terça-feira no site da agência e receberá contribuições entre 7 de junho a 7 de julho. O rol inclui 80 procedimentos médicos e odontológicos, entre medicamentos, exames, cirurgias e terapias, e expande as indicações de outros 30 itens já ofertados. Após aprovadas, as novas incorporações deverão ser comunicadas aos beneficiários pelos próprios planos de saúde.
“A grande novidade aqui é a incorporação do tratamento oral domiciliar para pacientes com câncer. Isso é fruto da inovação tecnológica para a doença. É muito importante a consulta pública para estimular o debate no congresso e dar visibilidade a essas medidas para a sociedade. Queremos a participação não só de especialistas, mas também da população”, ressaltou o ministro.
O número de consultas com nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas, por exemplo, foi ampliado. Já o Pet Scan, empregado para monitoramento do câncer, teve suas indicações de uso estendidas de três para oito.
Medicamentos -A inclusão dos medicamentos orais para tratamento do câncer possibilita que o paciente se trate em casa, servindo de alternativa ou de complemento a outros tratamentos como a quimioterapia tradicional ou a radioterapia. “Estamos seguros de que não é correto esses medicamentos não serem cobertos pelos planos de saúde. A ANS fez um debate detalhado e tem o poder de estabelecer regras para as operadoras. É responsabilidade do ministério e da ANS reforçar o monitoramento e garantir o direito do cidadão”, acrescentou Padilha.
Pelo rol atual, os planos só são obrigados a conceder o tratamento em serviços de saúde. Os medicamentos inclusos têm 54 indicações contra vários tipos de câncer como próstata, mama, colorretal, leucemia, linfoma, pulmão, rim, estômago e pele. Na área oncológica está prevista também a introdução de uma nova técnica de radioterapia. “A ANS tem os elementos necessários para fazer com que as operadoras entendam que agora é o momento para essa incorporação. Abrangemos tudo o que é consensual no tratamento do câncer”, reforçou André Longo.
Cada plano deverá estabelecer sua lógica de distribuição dos produtos. Entre as possibilidades estão a distribuição direta, a definição de convênios com farmácias privadas e a criação de mecanismos de reembolso aos pacientes. O plano não poderá limitar a quantidade de medicamentos usada: o paciente terá direito ao volume prescrito por seu médico, enquanto durar seu tratamento.
A atualização do rol de procedimentos é feita a cada dois anos. Os procedimentos são revistos para garantir o acesso ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento das doenças através de técnicas que possibilitem o melhor resultado em saúde, de acordo com critérios científicos de segurança e eficiência.
Para a revisão, a ANS formou um grupo com participação de órgãos de defesa do consumidor, do Ministério Público, dos ministérios da Saúde, da Fazenda e da Justiça, das operadoras de planos de saúde, representantes de beneficiários, de profissionais da área de saúde e de prestadores de serviço.
O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é obrigatório para todos os planos de saúde contratados a partir da entrada em vigor da Lei 9.656/98, os chamados planos novos, ou aqueles que foram adaptados à lei.
Avanços – O Ministério da Saúde e a ANS vêm desenvolvendo uma série de ações no setor para garantir a qualidade dos serviços, cobertura ampla e a defesa dos direitos dos consumidores. Entre os avanços está a implantação da avaliação que monitora, desde 2012, o cumprimento do tempo máximo para marcação de consultas, exames e cirurgias por parte das operadoras de planos de saúde. Atualmente, 120 planos de 17 operadoras estão com suas vendas suspensas temporariamente por descumprirem a regra.
Neste ano, além do tempo máximo para atendimento, o Ministério da Saúde passou a monitorar também as negativas de cobertura. As operadoras que negarem a realização de procedimentos médicos deverão fazer a comunicação por escrito, sempre que o beneficiário solicitar em até 48h.
Há ainda uma série de avanços. Houve a aprovação da lei que proíbe a exigência de cheque-caução para atendimento de usuários de planos em urgências e emergências de prontos-socorros.
As operadoras passaram a ser obrigadas a criar Ouvidorias vinculadas às suas estruturas organizacionais, com objetivo de reduzir conflitos entre as operadoras e os consumidores, ampliando, assim, a qualidade do atendimento oferecido pelas empresas. As ouvidorias devem ser capazes de responder demandas no prazo máximo de sete dias úteis.
Houve também redução do prazo de análise do processo que ingressaram na ANS, mesmo com aumento da produção, por meio da Análise Eficiente de Processos (AEP). Em 2011, o tempo de análise dos 3.651 processos pela Diretoria Colegiada era de 15 meses. Nos primeiros seis meses de 2012, o prazo de análise foi reduzido para 10 meses. E, entre agosto e dezembro do ano passado, os processos que ingressaram na ANS aguardaram cerca de quatro meses para serem analisados. Corroborando ainda para o aperfeiçoamento da tramitação de processos, serão contratados 200 servidores temporários para agilizar as análises.
O Ministério da Saúde conseguiu ressarcimento recorde ao SUS pelas operadoras de saúde, por serviços prestados na rede pública de saúde a seus usuários. Foram ressarcidos cerca de R$ 166 milhões nos últimos dois anos – 24% a mais que a soma dos 10 anos anteriores, que foi de R$ 124 milhões.

PARA TODO FIM UM RECOMEÇO!

“É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou. Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou, perder a fé em todas as orações porque em uma não foi atendido, desistir de todos os esforços porque um deles fracassou. É loucura condenar todas as amizades porque uma te traiu, descrer de todo amor porque um deles te foi infiel. É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo. Espero que na tua caminhada não cometas estas loucuras. Lembrando que sempre há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Para todo fim, um recomeço.”
Saint-Exupéry

FOTÓGRAFO EMOCIONA AO CLICAR MULHERES QUE TIVERAM CÂNCER DE MAMA

Fotografia Social: Fotógrafo emociona e choca ao clicar mulheres que fizeram cirurgia de mama

cancer mama
Projeto “SCAR” (Survivor Cancer) retrata a difícil batalha de mulheres que resistiram a essa implacável doença e seguiram suas vidas adiante (Foto: David Jay)
Revista Fotomania
David Jay, é um renomado fotógrafo de moda acostumado a fotografar as mais belas mulheres do mundo.
Há três anos atrás, uma de sua melhores amigas, com apenas 29 anos, foi diagnosticada com câncer de mama.
Jay acompanhou de perto a luta de sua amiga para vencer a doença e desde então, fotografou mais de 100 jovens mulheres sobreviventes dessa mesma enfermidade. O projeto intitulado, “SCAR” (Survivor Cancer), retrata cruelmente a difícil batalha dessas mulheres que resistiram a essa implacável doença e seguiram suas vidas adiante.
As imagens são fortes. As cicatrizes deixadas pelas operações sofridas para as retiradas das mamas, marcaram mais que a pele dessas mulheres, porém, esses não foram motivos suficientes para que deixassem se despir e mostrassem ao mundo a importância de se aumentar a consciência de todos, sobre os exames médicos preventivos.
Leia também
O ensaio foi dedicado as mais de 10 mil mulheres, entre 18 e 40 anos, que sofreram dessa doença no ano de 2011. Confira algumas imagens abaixo.
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“SCAR” (Survivor Cancer)
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“SCAR” (Survivor Cancer)
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“SCAR” (Survivor Cancer)
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“SCAR” (Survivor Cancer)
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“SCAR” (Survivor Cancer)
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“SCAR” (Survivor Cancer)
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“SCAR” (Survivor Cancer)
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“SCAR” (Survivor Cancer)
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“SCAR” (Survivor Cancer)

quarta-feira, 29 de maio de 2013

sonhos e vontades

E veio o tempo do sofrimento,
de dores e tormentos,
não sei por quanto tempo
ainda terei coragem.
Que bobagem, quem pensou melhor?
Eu tenho planos, sonhos, desejos,
mas tudo é segundo plano.
Primeiro vem o dano,
a vontade de viver...

vida de paciente

Faz exame, passa pelo médico, toma medicação.
Essa é a rotina.
Mas, tudo passa.
Além do horizonte há algo mais.
Não podemos perder essa visão.
O novo sempre vêm.
E o amor de Deus inunda cada ser.
Enfrentar o medo, buscar em segredo
o que ninguém consegue entender.
O que se quer é tão pouco,
Que os outros não entendem...

A PAZ

sete perigos para a virtude humana

O PODER DO PERDÃO!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Tudo é bom!

RECONSTRUÇÃO DA MAMA PELA REDE PÚBLICA

TEXTO EXTRAÍDO DO JORNAL GAZETA DO POVO - PUBLICADO EM 12.04.2013
Recomendação médica
A reparação da mama não é indicada para todas as pacientes: há casos que permitem a cirurgia única, outros que vão exigir a recuperação tardia e ainda mulheres que não poderão colocar próteses de maneira alguma. Independentemente da situação, a premissa básica do médico é ouvir o desejo da paciente.
Em muitos casos, a reconstrução é feita tardiamente para não atrasar o tratamento do câncer, já que a colocação de próteses pode causar infecções ou rejeição. O adiamento é indicado para mulheres que tiveram tumores agressivos e precisarão passar por sessões de radioterapia. O tempo de espera para a reconstrução é de no mínimo seis meses. Para pacientes muito graves, que tiveram os piores prognósticos, a reconstrução só será indicada de dois a dois anos e meio após a retirada da mama.
O mastologista do Hospital Nossa Senhora das Graças e professor da Universidade Positivo Cícero Urban ressalta que há dificuldades em fazer a reconstrução mamária imediata no mundo todo. No Brasil, os principais problemas são o pagamento na rede pública e a carência de profissionais especializados. “O câncer já é um drama, ele não precisa ser uma mutilação”, defende.
Limitação
Custo da cirurgia é superior à remuneração paga ao hospital
A cirurgia de reconstrução de mama não é uma simples colocação de prótese de silicone: existem técnicas diferentes que se adaptam à necessidade de cada paciente. Há cirurgias em que os médicos usam até mesmo retalhos de tecido muscular e gorduroso.
Em alguns casos, as pacientes devem ser operadas mais de uma vez, porque a reconstrução da auréola e do mamilo não é imediata – geralmente é feita três meses depois, até na rede privada. Além disso, é preciso garantir a simetria do colo.
A prótese de silicone, por sua vez, deve ser comprada pelo gestor municipal. Em alguns casos, médicos usam uma prótese expansora, que prepara o tecido do colo para receber a definitiva posteriormente. “O procedimento não é estético, é uma questão de identidade da mulher. Mesmo quem faz a reconstrução tem dificuldade de aceitar e a cirurgia também tem seu limite”, alerta o mastologista Cícero Urban.
O problema é que o custo dos procedimentos normalmente é superior à remuneração paga ao hospital. Atualmente, um hospital de alta complexidade como o Erasto Gaertner recebe cerca de R$ 3,5 mil para um tratamento completo, que inclui mastectomia e reparação com prótese expansora. O valor dá uma folga de pouco menos de R$ 300 em relação aos custos, mas, como não inclui a prótese definitiva, gera um déficit para o hospital.
No ano passado, o centro médico realizou cerca de 280 cirurgias de câncer de mama e 40% delas foram mastectomias, o que representa pouco mais de 110 casos. Quase metade das pacientes fez a reparação imediata ou em até oito meses. O restante precisa esperar mais tempo. (FT)

PRÓTESES MAMÁRIAS

Depois de ter passado por uma cirurgia de câncer de mama, uma mastectomia pode ter sido necessária. Além da reconstrução da mama, existem outros recursos: as próteses mamárias. O uso de próteses não tem como único objetivo a melhora da estética feminina. O uso de um sutiã com uma prótese mamária é recomendado para manter a postura, uma vez que evita a elevação do ombro do lado afetado e o encurvamento da coluna vertebral em função da diminuição do peso ocasionado pela retirada da mama.
A prótese mamária mais compatível é aquela que você experimenta e com ela se sente bem, confortável e segura. Ela deve ser adequada ao uso. Na verdade, o que proporciona o efeito estético é o sutiã, o maiô ou o biquíni adequado. É importante que a prótese mamária seja ventilada e não provoque suor.
Quando você for escolher uma prótese, tente vestir uma blusa ou camiseta justa e olhe no espelho. No caso de uma prótese apenas, observe se a mesma se assemelha a sua outra mama. Tente avaliar se o peso é equivalente ao da outra mama. O peso deve ser adequado, lembre-se de que o peso além de ser desconfortável, pode dificultar a circulação linfática e causar um linfedema. Observe o comportamento da prótese mamária também deitada. Deite-se de costas e veja como a prótese mamária se comporta, principalmente em relação à mama remanescente.
É importante também se informar sobre a garantia da prótese e seguir as recomendações quanto à manutenção da prótese mamária.
As próteses mamárias são, atualmente, confeccionadas de forma a proporcionar conforto e segurança e há, hoje, no mercado uma grande variedade de preços e de modelos. Existem três tipos mais conhecidos de próteses mamárias, dentre outros:
Próteses de painço - É um tipo de prótese mamária que tem um baixo custo, no entanto tem a desvantagem de não poder ser molhada. São próteses mamárias confeccionadas artesanalmente, em um único formato. Quando necessário, o invólucro de lycra pode ser lavado, porém é necessário retirar o recheio, através de uma pequena abertura, na costura do envelope e depois recolocá-lo.
Próteses de silicone - Há vários tipos de próteses de silicone que podem ser adquiridas em lojas especializadas. São próteses laváveis, mas não devem ser usadas no mar ou em piscinas de água clorada. O peso e formato das próteses de silicone variam de acordo com a marca.
Próteses de espuma ou de polipropileno - São próteses de baixo custo, com as vantagens de serem laváveis. São mais leves e por isso não são indicadas para o uso diário. São próteses adequadas para praia ou piscina.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

DIA 31 DE MAIO - DIA MUNDIAL SEM TABACO

Pessoal, o Dia Mundial Sem Tabaco tá chegando, é sexta-feira, 31 de maio! Mas temos uma notícia nada legal: 90% dos fumantes começam a fumar ainda na infância e adolescência, graças à publicidade e às embalagens de cigarros, posicionadas nos pontos de venda.

Por isso, curta esse post e compartilhe com seus amigos essa ideia: resista à tentação do cigarro. Parando de fumar hoje você pode prevenir câncer e outras doenças. 

Saiba mais no site do Inca:http://www.inca.gov.br/wcm/dmst/2013/index.asp

Lei garante reconstrução da mama em seguida à retirada de câncer

O câncer de mama é uma espécie de fantasma que assusta toda mulher. Muitas vezes a cura envolve a mutilação do corpo naquilo que é mais simbólico da feminilidade, os seios, colocando em risco também a saúde psíquica da mulher.
Foi por causa disso que o Congresso Nacional aprovou e a presidente da República, Dilma Rousseff, sancionou a Lei 12.802/2013, que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a fazer a cirurgia plástica reparadora da mama logo em seguida à retirada do câncer, quando houver condições médicas. Se a reconstrução não puder acontecer imediatamente, a paciente deverá ser encaminhada para acompanhamento clínico. O projeto que deu origem à lei é de autoria da deputada licenciada Rebecca Garcia (PP-AM).
A lei anterior (Lei 9.797/1999) já previa que mulheres que sofressem mutilação total ou parcial de mama (mastectomia) teriam direito à cirurgia plástica reconstrutiva, mas sem especificar o prazo em que ela deveria ser feita.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) no Centro-Oeste, Rodrigo Pepe Costa, avalia que a intenção da lei é excelente. Segundo ele, em 90% dos casos de mastectomia, a reconstrução pode ser feita na mesma cirurgia de retirada do câncer.
— A reconstituição imediata da mama traz um benefício enorme para a autoestima da mulher. O estigma da mastectomia é muito grande. Há estudos que mostram que a mama é o ponto principal da feminilidade — afirma.
A presidente da Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília (Recomeçar), Joana Jeker, acredita que, com a obrigação legal, os hospitais vão ter de se preparar para a reconstituição. Para ela, a lei é uma grande conquista.
— Até pouco tempo atrás, não se falava em reconstrução de mama. E ter as mamas reconstruídas é um renascimento para a mulher. O impacto na autoestima, no relacionamento afetivo e na vida social é muito grande.
Estrutura da rede pública
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil possui 181 serviços de saúde habilitados a fazer cirurgia reparadora de mama. Em 2012, foram realizadas pelo SUS 1.392 reconstruções mamárias, a um custo de aproximadamente R$ 1,15 milhão. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, das cerca de 20 mil mulheres que precisam fazer cirurgia de retirada das mamas, menos de 10% saem dos centros cirúrgicos com os seios reconstruídos.
Segundo Rodrigo Pepe, não há estrutura nos hospitais públicos para realizar o que manda a lei. As deficiências vão da falta de centro cirúrgico à ausência de médicos qualificados. Para fazer o procedimento, é preciso ser cirurgião plástico ou mastologista com especialização em reconstrução de mama.
Mastologista do Hospital de Base (HBDF), o maior de Brasília, Pepe conta que, atualmente, não há cirurgiões plásticos no hospital. Na estrutura da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, a categoria está lotada em outra unidade, o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). Quando a mastectomia é feita por um mastologista habilitado em reconstrução, não há problema. Ele mesmo pode fazer a cirurgia reparadora. Onde não existe mastologista qualificado, o trabalho tem de ser feito em conjunto com o cirurgião plástico habilitado.
Em outras ocasiões, a dificuldade é o centro cirúrgico. Segundo Pepe, às vezes, o médico precisa escolher se ocupa a sala de cirurgia por duas horas para fazer a mastectomia e a reconstrução ou se a ocupa pelo mesmo período e faz duas mastectomias.
— É uma decisão difícil para os médicos. E se é assim na capital da República, imagine pelo Brasil afora. A diferença entre os hospitais é enorme. Há lugares completamente sem estrutura, sem médicos, sem centro cirúrgico.
O mastologista levanta outro impedimento para a realização de mais reconstruções logo após a mastectomia: o valor pago pelo SUS para os médicos e hospitais conveniados. Ele classifica de “irrisória” a quantia paga aos profissionais. Segundo o Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (Datasus), o valor repassado ao hospital e à equipe profissional por uma “plástica mamária reconstrutiva ­pós-mastectomia com implante de prótese” é de R$ 315,92.
— Quem trabalha por produtividade não tem interesse em fazer a cirurgia reparadora pelo SUS por causa da baixa remuneração. O mérito da lei é levantar esses problemas — ponderou Rodrigo Pepe.
SUS terá prazo para iniciar tratamento de pacientes com câncer
Além da lei sobre reconstrução de mama, os senadores também aprovaram a Lei 12.732/2012, que estipula prazo máximo de 60 dias para o Sistema Único de Saúde (SUS) dar início ao tratamento de pacientes diagnosticados com câncer. Sancionada em novembro pela presidente Dilma Rousseff, a lei entra em vigor no final deste mês.
Derivado do projeto de lei do Senado 32/1997, do ex-senador Osmar Dias, o texto da lei estabelece que o prazo começa a ser contado a partir do diagnóstico médico e poderá ser menor se houver indicação terapêutica. O prazo será considerado cumprido quando o primeiro tratamento for iniciado (cirurgia, radioterapia ou quimioterapia). De acordo com a lei, os estados que apresentarem carência de serviços especializados em oncologia deverão produzir planos regionais para a área.
Para a presidente da Recomeçar, Joana Jeker, essa lei vai obrigar o sistema público a fazer mais mastectomias. Consequentemente, haverá mais mulheres em busca de reconstrução de mama.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) acredita que o cuidado urgente imposto pela lei vai aumentar as chances de cura. A parlamentar ressaltou que, no caso do câncer de mama, a prevenção aumenta em 95% a possibilidade de recuperação.
O senador Paulo Davim (PV-RN) observou, contudo, que são poucos os hospitais públicos no Brasil que dispõem de serviço de oncologia para diagnosticar e tratar a população. Segundo o parlamentar, que é médico, só em 2012 foram detectados mais de 52.800 casos de câncer de mama.
Como é feita a reparação
De acordo com o mastologista Rodrigo Pepe Costa, há diversas técnicas para fazer a reconstrução da mama. A escolha vai depender do caso, mas o médico ressalva: não são todas as pacientes que têm indicação de reconstrução, sobretudo quando o câncer é muito agressivo.
A Sociedade Brasileira de Mastologia dá informações sobre as principais técnicas de reconstituição: a autóloga, realizada com tecidos da própria paciente; a heteróloga, que utiliza expansores ou próteses; e a mista, que combina as duas primeiras.
— A gente tira o tumor e refaz as duas mamas, para que elas fiquem do mesmo tamanho. Muitas vezes, o resultado deixa a mama mais bonita, como em uma cirurgia estética. A técnica mais complicada envolve tecido muscular e gorduroso das costas e abdome — explica Rodrigo Pepe.
Batalha por mais cirurgias
Joana Jeker, presidente da Associação Recomeçar, conta a sua luta para reconstrução da própria mama e a continuação da batalha para ajudar outras mulheres na mesma situação:
“Em 2010, comecei minha luta para reconstruir a mama pelo SUS. Na época, não havia condições de fazer a cirurgia no HRAN por falta de condições técnicas. Fiz, então, um abaixo-assinado e consegui operar. Mas eu já estava tão envolvida com a causa que resolvi continuar ajudando outras mulheres. Em 2011, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal realizou o primeiro mutirão para reconstrução de mama. Antes dos mutirões, a média era de 50 cirurgias por ano no DF. Depois dos mutirões, passou-se a fazer mais de 100. A nossa batalha é para que sejam feitas pelo menos quatro por semana”.


Lei que obriga cirurgia reparadora é sancionada

Quando houver condição técnica, a reconstrução será efetuada no mesmo momento em que for realizada a cirurgia para retirada do câncer
Nova lei que dispõe sobre a obrigatoriedade da cirurgia plástica reparadora da mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos casos de mutilação decorrentes de tratamento de câncer (Lei nº 12.802) foi sancionada pela Presidenta da República, Dilma Rousseff. De acordo com o texto, publicado nesta quinta-feira (25) no Diário Oficial da União (DOU), quando houver condição técnica, a reconstrução será efetuada no mesmo momento em que for realizada a cirurgia para retirada do câncer.
No caso de impossibilidade de reconstrução imediata, a paciente será encaminhada para acompanhamento e terá garantida a realização da cirurgia imediatamente após alcançar as condições clínicas requeridas. A nova Lei altera a de nº 9.797, em vigor desde 6 de maio de 1999.
Para o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, a medida reforça o que já vem sendo praticado no SUS, com base em orientações do Ministério da Saúde. “O procedimento de recuperação mamária pós-mastectomia já é oferecido pela rede pública de saúde. Cabe à equipe médica avaliar se é possível realizar os dois procedimentos no mesmo ato cirúrgico. A decisão é tomada com base em diversos fatores, entre eles, a condição da área afetada para evitar infecção ou rejeição da prótese”, explica o secretário.
ATENDIMENTO - O país conta hoje com 181 serviços de saúde credenciados e habilitados pelo Ministério da Saúde para realizar a cirurgia reparadora. Em dois anos, foram habilitados 11 novos serviços. 
Em 2012, foram realizadas pelo SUS 1.394 cirurgias reparadoras de mama, 50 a mais que no ano anterior. O valor investido nesses procedimentos, no período, somou R$ 1.158.937,91.
Nos últimos três anos, os gastos federais com assistência oncológica no país aumentaram 26%, passando de R$ 1,9 bilhão (em 2010) para R$ 2,4 bilhões (em 2012). Os valores aplicados na atenção oncológica englobam cirurgias, radioterapia e quimioterapia. Este aumento de recursos serviu para ampliar e melhorar a assistência aos pacientes atendidos nos hospitais públicos e privados que compõe o SUS, sobretudo para os tipos de câncer mais frequentes, como o câncer de mama.
AÇÕES -Em 2011, o governo lançou o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, estratégia para expandir a assistência oncológica em todo o país. Até 2014, o Ministério da Saúde vai investir R$ 4,5 bilhões no plano. Ainda no primeiro semestre de 2013 o Ministério da Saúde terá implantado em todo o país um sistema de informação em câncer, que dará um mapa detalhado da necessidade de ampliação dos serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama e câncer do colo do útero.
Também faz parte do Plano Nacional, a expansão dos serviços de radioterapia no país, iniciativa que beneficia a população de 58 municípios, em 20 estados, nas cinco regiões do país. A medida aumentará em 32% a assistência aos pacientes com câncer, passando de 149 mil para 197 mil atendimentos por ano. Haverá investimento de R$ 505 milhões. Os recursos também serão aplicados em infraestrutura e na compra de 80 aceleradores lineares, que são equipamentos de alta tecnologia usados em radioterapia, além de outros acessórios.

Por Silvia Cavichioli, da Agência Saúde - Ascom/MS
(61) 3315-6260 / 3580

domingo, 26 de maio de 2013

DICAS PARA ALIVIAR O ESTRESSE

Se sua vida não está como gostaria e o momento atual é muito difícil, talvez você esteja estressado. Como o estresse constante sobrecarrega o corpo, consome energia e pode prejudicar o organismo, sugerimos algumas atitudes para contrapor aos aborrecimentos e angústias:
- Faça uma atividade física (pode ser uma caminhada, movimentar o corpo faz bem!);
- Procure ouvir música (selecione as que lhe agradam e busque as mais suaves);
- Planeje seu tempo e seus pensamentos (não permita que as preocupações ocupem seu pensamento o dia inteiro. Divida seu tempo entre as responsabilidades e os assuntos que surgem);
- Descanse - mesmo que sejam poucos minutos.
- Cultive o bom humor - para isso procure intercalar na sua rotina filmes, programas, textos que lhe deixem de bom humor, lhe faça rir para poder relaxar.
- Tenha uma diversão - resgate aquelas atividades do passado. Ter um hobby faz bem.
- Usufrua dos benefícios da água - bebendo, tomando banhos, colocando os pés de molho.
- Cultive suas amizades - lembre dos seus amigos, resgate antigas amizades, procure conhecer novas pessoas, se comunique.

sábado, 25 de maio de 2013

DIETA PESADA PODE SER UM GATILHO PARA O CÂNCER, INDICA PESQUISA

Por ano, cada brasileiro ingere 25kg de carne vermelha, consome 12kg de pão francês e pouco mais de 4kg de pescado. Nosso estômago processa anualmente 20kg de açúcares, doces e produtos de confeitaria. Os dados são da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita em 2008 e 2009. A rotineira alimentação desequilibrada dos brasileiros pode ser gatilho para uma doença silenciosa que tem aumentado a cada ano no país: o câncer de intestino.

Somente para o ano passado, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou o diagnóstico de 30 mil novos casos da doença no Brasil. O mal é, segundo o Inca, o terceiro câncer mais incidente em brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pulmão e de próstata no público masculino, e de mama e de colo do útero na população feminina. No entanto, a mortalidade por causa da enfermidade é maior. Em 2010, 13,3 mil pessoas morreram vítimas do câncer de colorretal, número maior do que as mortes ocasionadas pelo câncer de mama (12.852), de próstata (12.778) e de colo do útero (4.986) no mesmo ano, no país.

Outra particularidade do câncer de intestino está na prevenção, de acordo com a coloproctologista Sinara Leite, vice-presidente da Sociedade Mineira de Coloproctologia e professora da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. "Uma pessoa pode passar a vida inteira usando protetor solar e ter câncer de pele, por exemplo. Já o câncer do intestino é passível de prevenção”, compara. Isso porque, segundo ela, antes de aparecer tumor no reto ou no cólon, surgem os pólipos, uma espécie de verruga que se aloja no tecido do intestino. "Eles surgem como benignos e, se não retirados, crescem, chegam até 40 milímetros e se transformam em um tumor maligno”, diz.

Fonte: Correio Braziliense

CRIANÇAS QUE FAZEM MUITOS EXAMES DE IMAGEM TÊM RISCO MAIOR DE CÂNCER

Uma pesquisa alerta que as tomografias computadorizadas podem aumentar muito o risco de as crianças desenvolverem câncer. É um exame necessário em alguns casos, mas é preciso ser usado com muita cautela, e só depois que todas as outras alternativas estiverem esgotadas.
A pesquisa, feita na Austrália, analisou o histórico de 11 milhões de crianças e jovens, e descobriu que a incidência de câncer foi maior entre quem passou pelos exames de imagem.

Os resultados mostraram que crianças e adolescentes submetidos a tomografias têm risco 24% maior de ter a doença. A tomografia tem uma radiação tão forte que equivale a 400 exames de raio-x. A radioatividade atinge as células, que podem sofrer mutação e resultar em tumores.

As crianças estão mais vulneráveis, porque o corpo delas ainda está crescendo. "As células, conforme elas estão se desenvolvendo, se dividindo, elas estão mais suscetíveis no seu processo de divisão a ter modificações teciduais”, afirma o radiologista do Instituto da Criança Marcelo Valente.

Por isso, segundo a pediatra Magda Carneiro Sampaio, pais e médicos precisam ter bom senso ao encaminhar crianças e jovens a exames de imagens. "Os pais e os próprios adultos, se forem ao medico e não pedir exame de imagem, não pedir uma série de exames laboratoriais, parece que não foram bem atendidos”, ressalta.

Quando uma tomografia é extremamente necessária para uma criança no Hospital das Clínicas usa-se um aparelho que é mais moderno e pode ser calibrado para o peso da pessoa e área que vai ser analisada. Ele reduz em até 65% a exposição à radiação.

Tiago, com 1 ano de idade, já passa pela sua segunda tomografia. "Toda vez que o médico pede eu sempre pergunto: Tem mesmo que estar fazendo?”, afirma a mãe, Fernanda Alves.

Nos casos em que a radiação não é essencial, a pediatra recomenda que os médicos usem os chamados exames clínicos. "Uma boa ausculta pulmonar, por exemplo, substituiu ou é muito melhor do que um raio-x, ou deve anteceder o raio-x. Só quando existe duvida na ausculta é que a criança ou adulto deve ser submetido a uma radiografia”, afirma.

Os médicos lembram que o uso da radiação ou dos exames de imagem às vezes é necessário para o tratamento ou mesmo para acompanhar o desenvolvimento de uma doença. Mas, quanto menor o uso, melhor.

O Hospital das Clínicas também desenvolveu maneiras de fazer exames tirando o mínimo de sangue possível das crianças. São ações para humanizar o tratamento.

Fonte: Globo

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Cirurgia de Angelina Jolie causa polêmica

A cirurgia de retirada das mamas para diminuir o risco de câncer, como a realizada pela atriz Angelina Jolie, é só uma entre as opções para mulheres que descobrem ter alterações genéticas que predispõem à doença.

Jolie, 37, revelou ontem, em artigo publicado no jornal "New York Times" (leia na página ao lado), ter se submetido ao procedimento, que, de acordo com os médicos, tem sido cada vez mais procurado na rede privada.

No entanto, não há um consenso mundial sobre a indicação. Falta evidência científica de que o procedimento seja mais eficaz para a prevenção de mortes em relação a métodos menos radicais, como exames e remédios.


Segundo José Cláudio Casali, oncogeneticista do Hospital Erasto Gaertner, os testes que procuram alterações nos genes BRCA 1 e 2, fortemente ligados ao aparecimento de tumores de mama e ovários e também de pâncreas e peritônio, são indicados principalmente para as mulheres que têm câncer antes dos 45 anos, mesmo que não houver outros casos da doença na família.

"Se você encontra a alteração na pessoa que teve o câncer, então faz o teste na família toda", afirma o médico.

Quando não é possível testar a própria mulher que teve o câncer, as indicações do exame são para quem tem dois ou mais parentes que tiveram a doença antes dos 50 anos de idade.

Foi o caso da curitibana Maria Amélia Busato, 36, cuja irmã morreu em 2011, aos 36 anos, de um câncer de mama. Ela passou pelo exame genético e descobriu a alteração no gene BRCA 1 no fim do ano passado. Cinco meses depois, decidiu que vai passar pela cirurgia preventiva.

"Quando peguei o resultado, era como se tivesse uma bomba relógio dentro de mim. Não é uma decisão fácil. Mas tenho dois filhos e quero que eles tenham mãe por muito tempo."

Apenas 10% dos tumores têm origem genética, e só 0,2% da população carrega mutações nesses dois genes. Cerca de 0,1% tem a mutação em um deles--como Jolie.

O exame genético, que não está disponível na rede pública e deve ser pedido por um especialista, custa em torno de R$ 4.000 a R$ 8.000 e pode ser coberto por planos de saúde. A retirada preventiva das mamas não é realizada pelo SUS, segundo o Ministério da Saúde.

Para o oncologista Max Mano, do Hospital Sírio-Libanês e do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), a investigação do risco genético é pouco explorada no Brasil, mas é preciso ter cuidado com a indicação da cirurgia preventiva.

"Estudos na Europa que acompanharam pacientes com as mutações mostraram que a incidência de câncer não foi tão alta como se pensava", diz ele.

No caso de Angelina, porém, Mano afirma que a indicação foi correta. "Ela tem uma alteração gravíssima. Muitas pessoas não conseguem conviver com o risco, é uma escolha da paciente."

A retirada preventiva não é a única forma de lidar com o risco. Mulheres com essas alterações genéticas podem fazer um rastreamento mais frequente, intercalando a cada seis meses exames de mamografia e ressonância magnética, e em uma idade mais precoce --a partir dos 25 anos.

Também é possível optar pela quimioterapia preventiva. "Cada caso é um caso", diz Maria Isabel Achatz, diretora de oncogenética do Hospital A.C. Camargo.

Ela afirma que, para as mulheres com a mutação genética, retirar os ovários e as trompas é ainda mais prioritário do que a das mamas.

Não há exames preventivos eficazes para diagnosticar precocemente tumores nessa região. "Em geral, os tumores de ovário são descobertos em estágios avançados e o desfecho é ruim", diz ela.

Fonte: Folha de São Paulo

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Ministério diz que não há consenso sobre mastectomia para prevenção do câncer

O Ministério da Saúde alerta que ainda não há consenso científico sobre a eficácia da cirurgia de retirada das mamas (mastectomia) como forma de prevenção do câncer. O assunto ganhou destaque depois que a atriz norte-americana Angelina Jolie anunciou que se submeteu à cirurgia após ter feito um sequenciamento genético que identificou um "defeito” no gene BRCA1. Assim como a mãe, que morreu de câncer aos 56 anos, a atriz tem uma mutação nesse gene que aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário. Segundo a atriz, a mastectomia diminuiu em 85% as chances de ela ter um câncer de mama no futuro.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) não faz nem a mastectomia nem o exame de sequenciamento genético como forma de prevenir a doença. Segundo o Ministério da Saúde, a cirurgia para retirada das mamas só é feita depois da descoberta de um tumor. Alguns hospitais e clínicas particulares fazem o sequenciamento, que pode custar até R$ 7 mil.

"O maior problema que nós enfrentamos não é com relação à cirurgia, mas em se fazer o diagnóstico da mutação. O exame é caro, não está disponível na rede pública e nem todo mundo que teria a indicação para se fazer o exame tem acesso a ele”, disse a médica Maria Del Pilar Estevez Diz, coordenadora da Oncologia Clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), em entrevista à Agência Brasil.

"Uma em cada nove ou dez mulheres vai desenvolver câncer de mama. Ele é muito frequente. É o principal câncer na população feminina. Segundo o Inca [Instituto Nacional do Câncer], são mais de 52 mil novos casos por ano.” Mas, para que a doença seja considerada hereditária,  não basta ter somente um caso registrado na família, como explica Maria Del Pilar. "É preciso ter uma história familiar forte, de múltiplos cânceres, e, além disso, identificar a mutação que é responsável por esse câncer hereditário”, explicou a médica. De acordo com o Ministério da Saúde, a hereditariedade responde por cerca de 10% do total de casos.

A mastectomia só é recomendada pelos médicos como prevenção quando a paciente já fez o sequenciamento genético. "Identificando-se essa paciente de risco, com muita calma, serenidade e certamente após várias consultas, deve-se discutir com ela as possibilidades de redução de risco”, disse Maria Del Pilar.

Nos casos de mulheres com histórico de câncer de mama na família, o Ministério da Saúde recomenda que elas façam acompanhamento médico a partir dos 35 anos para que o profissional avalie, junto com a paciente, os exames e procedimentos mais indicados.

"O SUS oferece gratuitamente exames para o diagnóstico precoce de câncer de mama, além de tratamento e acompanhamento de pessoas com a doença”, diz o ministério, por meio de nota, acrescentando que, no ano passado, 4,4 milhões de exames de mamografia foram feitos no país.

Para este ano, o Ministério da Saúde estimou 52.680 novos casos de câncer de mama. Em balanço de 2010, o mais recente divulgado pelo ministério, 12.852 pessoas morreram por causa da doença, sendo que, desse total, 12.705 eram mulheres.

Fonte: Agência Brasil