segunda-feira, 30 de novembro de 2020

CÂNCER DE PELE - CAMPANHA DEZEMBRO LARANJA

 Sobre o câncer da pele


Este tipo de câncer é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.

Saiba mais sobre os tipos de câncer de pele mais comuns:

Carcinoma basocelular – É o câncer de pele mais frequente na população, correspondendo a cerca de 70% dos casos. Se manifestam por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem lentamente e sangram com facilidade.

Carcinoma espinocelular – É o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Ele equivale a mais ou menos 20% dos casos da doença. É caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Geralmente causam dor e possuem sangramentos.

Câncer de pele melanoma – Apesar de corresponder apenas cerca de 10% dos casos, é o mais grave pois pode provocar metástase rapidamente – espalhamento do tumor para outros órgãos do corpo humano – e levar à morte. É conhecido pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato rápido. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento.

Fonte: https://www.sbd.org.br/dezembroLaranja/sobre/ acesso em 30.11.20 às 07:25hs

#DezembroLaranja2020: Campanha do Câncer de Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia fortalece a importância da informação e educação em saúde para a prevenção da doença

 Mais um #DezembroLaranja, campanha do câncer de pele, se aproxima. Este ano, crianças e adolescentes são porta-vozes para abordar o tema de forma didática e descomplicada, mostrando a importância de não subestimar a doença e de levar em consideração medidas de fotoproteção desde a infância. E para liderar e colorir o Brasil e o mundo de #DezembroLaranja, a campanha desse ano tem como embaixadores os irmãos e influenciadores digitais Maria Clara e JP (IG:https://bit.ly/33l2SiC / YT: https://bit.ly/3l8Xk0B), líderes de audiência entre os canais infantis do YouTube Brasil. Com 23 milhões de inscritos, a dupla embarcou na campanha do #CancerdePele junto com a SBD para convidar toda a criançada, os adolescentes e os adultos a conscientizarem suas famílias, amigos e seguidores das redes sociais sobre os riscos da doença, como preveni-la, fatores de risco e tratamentos disponíveis.

 
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA),em 2020 os números de câncer de pele no Brasil são preocupantes. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país, sendo os carcinomas basocelular e espinocelular (não melanoma) responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Já o câncer de pele melanoma tem 8,4 mil casos novos anualmente. “Os números de incidência do câncer de pele são maiores do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago. Na campanha deste ano, queremos compartilhar conteúdo que seja útil às pessoas, de acordo com as peculiaridades e necessidades de cada uma, para isso contaremos com a participação e o engajamento dos médicos dermatologistas, que também fazem a diferença na hora de passar a informação segura”, afirma Dr. Sérgio Palma, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
 
A campanha de 2020 destaca ainda que os hábitos de exposição solar na infância são capazes de influenciar tanto no envelhecimento quanto no desenvolvimento do câncer de pele. Por isso, é importante que os pequenos tenham conhecimento, desde cedo, da necessidade de cuidar da pele a partir de hábitos de fotoproteção, que incluem usar de óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus, preferir a sombra, evitar a exposição solar entre 9h e 15h e utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água.
 
A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, são os principais fatores de risco do câncer de pele. Segundo o coordenador do #DezembroLaranja, Dr. Elimar Gomes, “qualquer um de nós pode desenvolver um câncer de pele, porém existem pessoas mais propensas como as de pele, cabelos e olhos claros; indivíduos com histórico familiar de câncer de pele; múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados. Estas pessoas precisam de um cuidado a mais com a pele e de avaliação frequente de um médico dermatologista”, frisa o especialista.
 
É preciso prestar a atenção em pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam pois podem revelar o câncer de pele. “O autoexame frequente facilita o diagnóstico e tratamento precoces. Ao notar algum dos sintomas, procure um médico especialista em dermatologia da SBD”, orienta Dr. Elimar Gomes.
 
A coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD, Dra. Jade Cury Martins, dá outras dicas de diagnóstico e prevenção ao câncer de pele: “É importante que se examine familiares, pois muitas vezes os cânceres podem aparecer em regiões em que não é possível reconhecer sozinho. Além disso, sempre que for necessário se expor ao sol, não esqueça de proteger as áreas descobertas do corpo, mesmo em dias frios e nublados”. E lembre-se: o autoexame não substitui a ida ao médico dermatologista.
 
Há sete anos a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza o #DezembroLaranja e convoca a população a apoiar a causa. Conversar com seus filhos, sobrinhos, netos, crianças e adolescentes sobre medidas para evitar exposição solar desprotegida e prevenir as queimaduras solares na infância é essencial para a prevenção da doença no futuro. “É na infância que os conceitos da vida são fixados. Ensine-os a se prevenir dos danos solares desde cedo e, quando adultos, manterão os mesmos hábitos, evitando um possível surgimento da doença”, enfatiza Dr. Sergio Palma.
 
O #DezembroLaranja conta com patrocínio da Galderma, Johnson&Johnson, La Roche-Posay, Vichy e Nivea.

Ações de divulgação
A divulgação nas plataformas digitais (Facebook, Instagram, Youtube e Site) terá as hashtags #DezembroLaranja, #CancerdePeleECoisaSeria, #CancerdePele #CampanhaCancerdePele2020. O público interessado pode se engajar na campanha e compartilhar nas redes sociais, customizando a foto de perfil e as publicações da SBD, por exemplo. Assim como nos anos anteriores, diferentes personalidades participarão do movimento vestindo a cor laranja e prédios e monumentos nacionais serão iluminados com a cor símbolo da campanha, frisando o compromisso com a prevenção, diagnóstico e tratamentos precoces.

Sobre o Mutirão de Atendimento Gratuito do Câncer de Pele
Devido à pandemia do novo coronavírus que o Brasil e o mundo enfrentam, o atendimento nacional gratuito para prevenção e diagnóstico do câncer de pele que acontece há 21 anos foi cancelado.

Fonte: https://www.sbd.org.br/dezembroLaranja/sobre/acesso em 30.11.20 às  07;25hs

domingo, 29 de novembro de 2020

Conheça a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele

 Desde 2014, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove o Dezembro Laranja, iniciativa que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. Desde então, sempre no último mês do ano, são realizadas diferentes ações em parceria com instituições públicas e privadas para informar a população sobre as principais formas de prevenção e a procurar um médico especializado para diagnóstico e tratamento. O câncer da pele é o tipo da doença mais incidente no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos ao ano. Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura.


A ação completa sete anos em 2020 e em decorrência da pandemia do novo coronavírus será feita exclusivamente no formato digital em todos os canais de comunicação da SBD, começando no dia 1 de dezembro. O tema escolhido enfatiza que câncer da pele é coisa séria e que a conscientização deve começar na infância.


Fonte: https://www.sbd.org.br/dezembroLaranja/ acesso em 29.11.20 às 21:36hs

Conheça as cinco dietas consideradas mais eficientes segundo os médicos

Câncer de Pênis no Brasil - Instituto Lado a Lado

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Ação Nacional Combate Câncer 2020 - TEMA DA SBCO - CAMPANHA CIRURGIA SEGURA

DIA NACIONAL DE COMBATE AO CÂNCER

 


Convite do Presidente da SBCO - Ação Nacional de Combate ao Câncer 2020

Câncer de Próstata - Vamos falar?


 Fonte : Instituto Oncoguia acesso em 27.11.20 às 06:42hs

Câncer de próstata: nova técnica pode ajudar a recuperar função erétil mais rápido

 Estudo realizado por cirurgiões oncológicos brasileiros com pacientes operados para a retirada total de câncer de próstata mostrou que a técnica de cirurgia robótica, que não entra na cavidade abdominal, permite a recuperação mais rapidamente da função erétil, além de apresentar menor risco de lesões e dor.

Para comprovar o método foi realizada uma análise retrospectiva com 1.088 pacientes do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo, entre o período de maio de 2013 a dezembro de 2017, em que eles foram divididos e tratados com a utilização de duas modalidades de cirurgia robótica.

Cirurgia robótica no câncer de próstata

Em um grupo, estavam os operados entre maio de 2013 e novembro de 2014, que foram submetidos à técnica robótica transperitoneal padrão. Em outro, os pacientes submetidos à cirurgia entre dezembro de 2014 e dezembro de 2017 foram tratados com a modalidade robótica com acesso extraperitoneal.

Entre os resultados do estudo, foi demonstrado que 75% dos homens operados com a técnica extraperitoneal recuperaram a função erétil em até um ano após o procedimento, com o tempo médio de recuperação de 9,4 meses.

No caso da cirurgia robótica transperitoneal, a recuperação no mesmo período foi possível para 53,5% dos pacientes, com o tempo médio de retorno da função erétil de 16,3 meses.

“No acesso extraperitoneal, o sangue e a urina não têm contato com as alças intestinais, permitindo um menor risco de irritação do peritônio. A técnica também possibilita menor pressão sob o diafragma, facilitando o processo de anestesia. Esses fatores permitem uma recuperação mais rápida e eficiente”, ressalta o autor principal do estudo, o cirurgião oncológico, Gustavo Guimarães, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador geral dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos do grupo BP-A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

A não necessidade da utilização de grampos é outra vantagem dessa técnica. Segundo Gustavo Guimarães, por mais que seja seguro, o grampo é um corpo estranho ao organismo e alguns podem migrar de um lugar a outro. “Usar ou não grampos vai além de ser uma escolha técnica. É uma segurança maior oferecida por uma modalidade de cirurgia robótica eficaz e reprodutível”, acrescenta o especialista.

Próximos passos do estudo

Os próximos passos dos pesquisadores serão a realização de mais estudos colaborativos, prospectivos e randomizados.

“São a forma mais rápida e segura de conseguir testar uma hipótese científica. Sempre devemos, na medida do possível, incentivar estas colaborações, de preferência internacionalmente”, explica Gustavo Guimarães.

A evolução da cirurgia robótica para o câncer de próstata

A prostatectomia radical por laparoscopia assistida por robô é uma técnica de oferecida desde o ano 2000 para pacientes diagnosticados com câncer de próstata. Após quase 20 anos, cada vez mais indivíduos são operados com o uso de robô, inclusive no tratamento de outros tipos de câncer.

Os dados no Brasil são escassos. Mas, nos Estados Unidos, aproximadamente 50% dos pacientes com tumor localizado da próstata são operados e destes, 85% são realizados por cirurgia robótica.

De acordo com Gustavo Guimarães, o maior entrave para a utilização da cirurgia robótica para pacientes com câncer de próstata é o alto custo do procedimento.

“Além disso, no Brasil, ainda temos um número relativamente pequeno de máquinas, o que dificulta o acesso ao treinamento do profissional que vai operar por robô. Por sua vez, estudos mostram que investir em cirurgia robótica traz um custo-benefício efetivo, resultando em menos intercorrências, menor tempo de internação, entre outros benefícios, que diluem, a médio prazo, o valor investido”, reforça o cirurgião oncológico.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Fonte: https://pebmed.com.br/cancer-de-prostata-nova-tecnica-pode-ajudar-a-recuperar-funcao-eretil-mais-rapido/ acesso em 27.11.20 às 06:35hs

Novidades no Tratamento do Câncer de Próstata

 Muitas pesquisas sobre câncer de próstata estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em prevenção, detecção precoce e tratamentos. Confira alguns deles.

  • Alterações genéticas

Novas pesquisas sobre as alterações genéticas associadas ao câncer de próstata ajudaram os investigadores a entenderem melhor como o câncer de próstata se desenvolve. Isso pode possibilitar o desenho de medicamentos para atingir essas alterações.

Testes para diagnosticar genes anormais do câncer de próstata também podem identificar os homens com alto risco que se beneficiariam de um rastreamento mais intenso ou a partir de estudos de quimioprevenção.

Em homens já diagnosticados com câncer de próstata, os testes para determinadas alterações genéticas podem dar uma ideia da probabilidade de como o câncer cresce e se dissemina, o que pode influenciar nas opções de tratamento.

  • Prevenção

Os pesquisadores continuam procurando alimentos que podem levar a um menor risco de câncer de próstata. Algumas substâncias no tomate (licopeno) e na soja (isoflavonas) ajudam a prevenir o câncer de próstata. Atualmente, os estudos estão analisando os possíveis efeitos destes compostos.

Também está em andamento o desenvolvimento de compostos relacionados para uso como suplementos dietéticos. Até agora, a maioria das pesquisas sugere que uma dieta equilibrada que inclua estes alimentos, assim como frutas e legumes, traz maiores benefícios do que ingerir essas substâncias como suplementos dietéticos.

Uma vitamina que pode ser importante na prevenção é a vitamina D. Alguns estudos determinaram que homens com altos níveis de vitamina D parecem ter um risco menor para a doença. Entretanto, globalmente, os estudos não concluíram que a vitamina D proteja contra a doença.

Algumas pesquisas sugerem que os homens que tomam regularmente determinados medicamentos, como aspirina ou estatinas para diminuir o colesterol, por um longo período de tempo, podem ter um risco menor de contrair câncer de próstata. Ainda assim, são necessárias mais pesquisas para confirmar isso e mostrar que qualquer benefício supera os potenciais riscos.

Os pesquisadores também testaram medicamentos hormonais, como os inibidores da 5-alfa redutase, como forma de reduzir o risco de câncer de próstata.

  • Detecção precoce

Os médicos concordam que o antígeno prostático específico (PSA) não é um exame perfeito para diagnosticar o câncer de próstata, por deixar de lado alguns tipos de câncer e algumas vezes mostrar-se elevado quando a doença não está presente.

Outra abordagem é desenvolver novos exames com base em outras formas de PSA ou outros marcadores tumorais. Vários exames recentes parecem ser mais precisos do que o PSA, incluindo:

  1. Phi. Combina os resultados do PSA total, PSA livre e proPSA para determinar a probabilidade do homem com câncer de próstata precisar de tratamento.
  2. Exame 4Kscore. Combina os resultados do PSA total, PSA livre, PSA intacto e kallikrein 2 humano (hK2), junto com alguns outros fatores para determinar a probabilidade do homem com câncer de próstata precisar de tratamento.
  3. Exame Progensa. Avalia o nível do antígeno do câncer de próstata 3 (PCA3) na urina. Quanto maior o nível, mais provável a presença de doença.
  4. Exame que procura por uma alteração anormal no gene TMPRSS2. ERG em células prostáticas. Essa alteração no gene é encontrada em alguns tipos de câncer de próstata, mas raramente é diagnosticada nas células de homens sem câncer de próstata.
  5. ExoDx Próstata ou EPI. É um exame que analisa o nível de 3 biomarcadores na amostra da urina para determinar o risco do homem ter um câncer de próstata agressivo (alto grau).
  6. ConfirmMDx. É um exame que analisa determinados genes nas células da amostra de biópsia da próstata

Esses exames não poderão substituir o PSA em breve, mas podem ser úteis em determinadas situações. Por exemplo, alguns podem ser úteis em homens com PSA ligeiramente elevado, para determinar se devem fazer uma biópsia da próstata. Outros podem ser mais úteis para determinar se os homens que já fizeram a biópsia da próstata e não diagnosticaram o câncer devem (ou não) fazer outra biópsia. Os pesquisadores e os médicos estão determinando a melhor maneira de usar cada um desses exames.

  • Diagnóstico

As biópsias da próstata geralmente dependem da ultrassonografia transretal, que cria imagens em preto e branco para mostrar os locais de onde podem ser removidas amostras de tecido. Mas o ultrassom normal não pode diagnosticar algumas áreas cancerígenas. Existem várias abordagens mais recentes para o diagnóstico de câncer de próstata.

  1. Uma abordagem é medir o fluxo sanguíneo dentro da glândula usando o eco-Doppler colorido, o que permite biópsias mais precisas.
  2. Uma técnica ainda mais recente pode aumentar a precisão do Doppler colorido. Essa técnica envolve a administração de uma injeção com um agente de contraste contendo microbolhas. Os resultados são promissores, entretanto mais estudos ainda são necessários.
  3. Outra abordagem combina imagens de ressonância magnética para auxiliar nas biópsias da próstata em homens com resultados negativos nas biópsias guiadas por ultrassom transretal, e que o médico ainda suspeita da presença da doença.
  • Estadiamento

O estadiamento desempenha um papel fundamental na decisão do tratamento. Os exames de imagem para câncer de próstata, como tomografia computadorizada e ressonância magnética não conseguem diagnosticar todos os cânceres, especialmente as pequenas áreas nos linfonodos.

A ressonância magnética multiparamétrica pode determinar a extensão e a agressividade da doença, o que pode influenciar as opções de tratamento. Nesse exame é feita uma ressonância padrão e, em seguida pelo menos um outro tipo de ressonância magnética, como a imagem ponderada por difusão, a ressonância magnética de contraste dinâmico ou a ressonância magnética por espectroscopia para avaliar outros parâmetros do tecido prostático. Os resultados das diferentes varreduras são comparadas para diagnosticar as áreas anormais.

A ressonância magnética melhorada pode ajudar a diagnosticar linfonodos que contenham células cancerígenas. Primeiro, os pacientes fazem a ressonância magnética padrão, depois são injetados minúsculas partículas magnéticas e um novo exame é realizado ao dia seguinte. As diferenças entre essas duas varreduras apontam as possíveis células cancerígenas nos linfonodos. Os primeiros resultados dessa técnica são promissores, mas ainda são necessárias mais pesquisas antes que se torne amplamente utilizada.

As tomografias padrão por emissão de pósitrons (PET scan) que usam a glicose marcada (FDG) injetada no corpo, não são muito úteis no estadiamento do câncer de próstata. Porém, tipos mais novos de PET scan que utilizam outras substâncias além do FDG, como fluoreto de sódio radioativo, fluciclovina, colina ou acetato de carbono são mais eficazes na detecção do câncer de próstata em diferentes partes do corpo, bem como para determinar se o tratamento foi eficaz. Estudos dessas novas substâncias estão em andamento.

  • Exames para avaliar os riscos de câncer de próstata

Para pacientes com câncer de próstata localizado, uma questão importante é saber a rapidez com que a doença cresce e se dissemina. Isso é importante para saber se o tratamento precisa ser iniciado imediatamente, bem como quais serão as melhores opções terapêuticas.

Alguns tipos de exames de laboratório recentes, conhecidos como testes genômicos ou proteômicos, podem ser usados ​​junto com outras informações, como o nível do PSA e o grau do tumor, para prever melhor a rapidez com que o tumor pode crescer ou se espalhar. Esses testes analisam quais genes (ou proteínas) estão ativos dentro das células do câncer de próstata. Exemplos desses testes incluem:

  1. Oncotype DX Prostate. Esse teste mede a atividade de determinados genes nas células cancerígenas e pontua numa escala de 0 a 100, onde uma pontuação mais alta indica um tumor com maior probabilidade de crescimento e disseminação.
  2. Prolaris. Esse teste mede a atividade de um conjunto diferente de genes nas células cancerígenas e o pontua numa escala de 0 a 10, onde uma pontuação mais alta indica um tumor com maior probabilidade de crescimento e disseminação.
  3. ProMark. Esse teste mede a atividade de um conjunto de proteínas nas células cancerígenas e prevê a probabilidade do tumor crescer e se espalhar rapidamente.
  4. Decipher. Para pacientes que fizeram a cirurgia, esse teste determina o risco da recidiva. Ele mede a atividade de determinados genes nas células cancerígenas a partir da amostra cirúrgica.
  • Cirurgia

As técnicas cirúrgicas utilizadas no tratamento do câncer de próstata estão constantemente sendo aprimoradas. O objetivo é remover todo o câncer, reduzindo o risco de complicações e efeitos colaterais da cirurgia.

  • Radioterapia

Os métodos atualmente utilizados, como a radioterapia conformacional, radioterapia de intensidade modulada e radioterapia com feixes de prótons permitem o tratamento apenas da glândula prostática e evitam a irradiação dos tecidos normais, tanto quanto possível. Espera-se que esses métodos aumentem a eficácia da radioterapia, reduzindo seus efeitos colaterais.

A tecnologia está tornando outras formas de radioterapia mais eficazes. Novos programas de computador permitem um melhor planejamento das doses de radiação, tanto para radioterapia externa como para braquiterapia. O planejamento braquiterápico pode ser feito até durante o procedimento cirúrgico.

  • Tratamentos para câncer em estágio inicial

Os pesquisadores estão voltados para novas formas de tratamento para a doença em estágio inicial, que podem ser utilizados como tratamento principal ou após a radioterapia.

Um tratamento, conhecido como ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU), destrói as células cancerígenas, aquecendo-as com feixes ultrassônicos. Estudos estão em andamento para determinar sua segurança e eficácia.

  • Alterações nutricionais e de estilo de vida

Muitos estudos analisaram os possíveis benefícios de nutrientes específicos no tratamento do câncer de próstata, embora até agora nenhum tenha mostrado uma eficácia clara. Alguns compostos em estudo incluem extratos de romã, chá verde, brócolis, açafrão, linhaça e soja.

Um estudo evidenciou que homens que optaram por não fazer tratamento para o câncer de próstata localizado foram capazes de retardar seu crescimento alterando seu estilo de vida. Eles mantiveram uma dieta vegetariana e praticaram exercício com frequência. Eles também participaram de grupos de apoio e de yoga. Após um ano, esses homens tiveram, em média, uma ligeira queda no nível do PSA. Não se sabe se esse efeito vai durar uma vez que o estudo acompanhou os homens por apenas 1 ano.

  • Hormonioterapia

Várias novas formas de hormonioterapia foram desenvolvidas nos últimos anos. Algumas delas podem ser úteis mesmo se a terapia hormonal não estiver mais respondendo. Alguns exemplos incluem a abiraterona, enzalutamide e a apalutamida. Outros também estão sendo estudados.

Os inibidores de 5-alfa redutase, como a finasterida e a dutasterida, são medicamentos que bloqueiam a conversão da testosterona em dihidrotestosterona. Eles estão em fase de estudo para o tratamento de câncer de próstata, quer para completar a vigilância ativa ou se o nível de PSA aumentar após prostatectomia.

  • Quimioterapia

Estudos recentes têm mostrado que muitos medicamentos quimioterápicos como o docetaxel e o cabazitaxel aumentam a sobrevida.

Resultados de grandes estudos mostraram que administrar quimioterapia (docetaxel) precocemente em pacientes com câncer de próstata metastático aumenta a sobrevida.

Novos medicamentos quimioterápicos e combinações também estão sendo estudados.

  • Imunoterapia

O objetivo da imunoterapia é estimular o sistema imunológico do corpo a combater ou destruir as células cancerígenas.

  • Vacinas

Ao contrário das vacinas contra infecções, como sarampo ou caxumba, essas vacinas são projetadas para tratar e não prevenir o câncer de próstata. Uma possível vantagem desse tipo de tratamento é que parece ter menos efeitos colaterais. Exemplo deste tipo de vacina é o sipuleucel-T.

Vários tipos de vacinas para estimular a resposta do sistema imunológico às células cancerígenas estão em fase de ensaios clínicos.

  • Inibidores do controle imunológico

Uma função importante do sistema imunológico consiste na sua capacidade de atacar outras células normais e anormais do corpo. Para fazer isso, ele usa pontos de verificação – as chamadas moléculas de controle imunológico em células imunológicas que precisam ser ativadas (ou desativadas) para iniciar uma resposta imunológica. As células cancerígenas, às vezes, usam esses pontos de controle para evitar serem atacadas pelo sistema imunológico. Medicamentos recentes que tem como alvo esses pontos de controle têm resultados promissores no tratamento contra o câncer.

Por exemplo, medicamentos recentes, como pembrolizumabe e nivolumabe, têm como alvo a proteína PD-1 do ponto de controle imunológico, enquanto o atezolizumabe tem como alvo a proteína PD-L1. Esses tipos de medicamentos são eficazes no tratamento de outros tipos de câncer, incluindo alguns tipos de câncer de próstata com alterações genéticas no reparo da incompatibilidade do DNA (MMR). Atualmente, estão sendo realizados estudos para verificar se esses medicamentos podem ser úteis para o tratamento de outros tipos de câncer de próstata.

Uma abordagem promissora é combinar um inibidor do controle imunológico com uma vacina contra o câncer de próstata. Isso pode fortalecer a resposta imunológica e potencializar a vacina. Outros tipos de medicamentos podem ajudar o sistema imunológico a reconhecer melhor as células cancerígenas, o que pode tornar o próprio inibidor do controle imunológico mais eficaz.

  • Terapia do receptor de antígeno quimérico de células T ("CAR T-Cells”)

Nesse tratamento, as células T removidas do sangue do paciente são modificadas em laboratório para que tenham receptores chamados receptores de antígeno quimérico ou CAR em sua superfície. Esses receptores são produzidos para se conectarem às proteínas na superfície das células da próstata. Após a coleta, as células T são geneticamente alteradas e multiplicadas em laboratório. As células modificadas são infundidas de volta no sangue do paciente para destruir as células cancerígenas.

Essa técnica mostrou alguns resultados promissores contra o câncer de próstata nos primeiros ensaios clínicos, mas são necessárias mais pesquisas para comprovar sua eficácia. A terapia com células T CAR para câncer de próstata é um tratamento complexo com efeitos colaterais potencialmente importantes e atualmente só está disponível em estudos clínicos.

  • Terapia alvo

Novos medicamentos que têm como alvo partes específicas das células cancerígenas estão em desenvolvimento. Cada tipo de terapia alvo funciona de forma diferente, mas todas alteram a forma como uma célula cancerígena cresce, se divide, se repara ou interage com outras células.

  • Inibidores PARP

Alguns pacientes têm mutações nos genes de reparo do DNA (como o BRCA2) que dificultam a correção das células cancerígenas do DNA danificado. Os medicamentos denominados inibidores da poli ADP-ribose polimerase (PARP) agem bloqueando uma via diferente do reparo do DNA. As células cancerígenas têm maior probabilidade de serem afetadas por esses medicamentos do que as células normais.

Inibidores da PARP, como olaparibe, rucaparibe e niraparibe, mostraram resultados promissores nos estudos iniciais em pacientes com uma dessas mutações genéticas, e, atualmente esses medicamentos estão sendo avaliados em estudos clínicos maiores.

  • Anticorpos monoclonais

Os anticorpos monoclonais são versões artificiais de proteínas imunológicas que podem ser projetadas para se fixarem em alvos específicos nas células cancerígenas, como a proteína PSMA nas células cancerígenas da próstata. A maioria dos anticorpos monoclonais está associada à  quimioterapia ou a pequenas moléculas radioativas. A esperança é que, uma vez injetado no corpo, o anticorpo atue como um dispositivo de retorno, levando o medicamento ou a molécula radioativa diretamente às células cancerígenas, o que pode ajudá-las a responder melhor. Atualmente, vários anticorpos monoclonais estão sendo avaliados em estudos clínicos.

  • Tratamento de metástases ósseas

Os médicos também estão estudando o uso de ablação por radiofrequência para ajudar no controle da dor em pacientes com metástases ósseas. Na ablação, o médico usa a tomografia computadorizada ou o ultrassom para guiar uma sonda até o tumor. Uma corrente de alta frequência enviada pela sonda aquece e destrói o tumor. A ablação já é utilizada no tratamento de tumores em outros órgãos, como o fígado, mas sua utilização no tratamento da dor óssea ainda é nova. Os resultados iniciais são promissores.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/08/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/novidades/1953/149/ acesso em 27.11.20 às 06:35hs

Vivendo com o Câncer de Próstata

 Para a maioria dos homens com câncer de próstata, o tratamento pode remover ou destruir o câncer, mas chegar ao fim do tratamento pode ser estressante. Ao mesmo tempo em que o paciente se sente aliviado com o término do tratamento, fica a preocupação de uma recidiva ou metástase. Esse é um sentimento comum para a maioria dos homens que tiveram câncer de próstata.

Em outros pacientes, o câncer pode não desaparecer completamente, eles continuarão realizando tratamentos regulares com hormonioterapia ou outras terapias para tentar manter a doença sob controle. A vida após o câncer significa voltar a realizar suas atividades e também fazer novas escolhas.

Cuidados no acompanhamento

Quando o tratamento termina, os médicos irão acompanhá-lo de perto por alguns anos. Por isso é muito importante comparecer a todas as consultas de seguimento. Nessas consultas o médico sempre o examinará, conversará com você sobre qualquer sintoma que tenha apresentado, poderá pedir alguns exames de laboratório ou de imagens para acompanhamento e reestadiamento da doença.

Quase todos os tratamentos contra o câncer podem apresentar efeitos colaterais. Alguns podem durar apenas alguns dias ou semanas, mas outros podem durar mais tempo. Alguns efeitos colaterais podem não aparecer até mesmo anos após o término do tratamento. Suas visitas ao médico são um bom momento para fazer perguntas e falar sobre quaisquer alterações ou problemas que você perceba ou preocupações que você possa apresentar.

Para todos os pacientes com câncer de próstata que já terminaram o tratamento, é importante que informem aos seus médicos sobre quaisquer novos sintomas ou problemas, pois eles podem ser provocados pelo retorno do câncer, por uma nova doença ou por um segundo câncer.

Acompanhamento clínico

As consultas de acompanhamento geralmente incluem exames de PSA, toque retal, caso a próstata não tenha sido removida. Esses exames provavelmente irão se iniciar alguns meses após o término do tratamento e a frequência das consultas e dos exames dependerão do estadiamento da doença e da probabilidade da recidiva. A maioria dos médicos solicita a realização de exames de PSA a cada 6 meses nos primeiros 5 anos após o término do tratamento, e posteriormente anualmente. Outros exames de imagem também podem ser solicitados dependendo da condição clínica do paciente.

Entretanto, como o câncer de próstata pode recidivar mesmo muitos anos após o término do tratamento, é importante manter as consultas de acompanhamento regulares ao médico e relatar quaisquer novos sintomas que apresentar, como dor óssea ou problemas com a micção.

Consultando outro médico

Eventualmente em algum momento após o diagnóstico e tratamento do câncer de próstata, você pode consultar outro médico, que desconheça totalmente seu histórico clínico. É importante que você seja capaz de informar ao novo médico os detalhes do diagnóstico e do tratamento. Verifique se você tem a seu alcance, informações como cópia do laudo de patologia e de qualquer biópsia ou cirurgia; cópia do relatório de alta hospitalar; cópia do relatório dos tratamentos realizados, incluindo medicamentos utilizados, doses e tempo do tratamento; e exames de imagem.

Como diminuir o risco do câncer progredir ou recidivar?

Permanecer tão saudável quanto possível é mais importante do que nunca após o tratamento do câncer de próstata. Parar de fumar e manter uma alimentação saudável pode ajudá-lo a reduzir o risco da recidiva e a protegê-lo de outros problemas de saúde.

Atividade física

Algumas pesquisas sugerem que os homens que se exercitam regularmente após o tratamento podem ser menos propensos a morrer do câncer de próstata do que aqueles que não o fazem. Mas ainda são necessários mais estudos para comprovar essa pesquisa.

Mantendo um peso saudável

Estudos mostraram que homens com excesso de peso ou obesos quando diagnosticados com câncer de próstata podem ter pior prognóstico. Mas ainda não está claro se perder peso pode reduzir esse risco. Mais pesquisas são necessárias para esclarecer isso.

Parar de fumar

Parar de fumar pode ter outros benefícios para a saúde, bem como reduzir o risco de alguns outros tipos de câncer. Se precisar de ajuda para parar de fumar, converse com seu médico ou ligue gratuitamente para nosso Canal Ligue Câncer - Programa Nacional de Apoio ao Paciente com Câncer - 0800 773 1666 - de segunda a sexta, das 9h às 17h.

Nutrição e suplementos dietéticos

Sabe-se que uma dieta saudável pode ter efeitos positivos na saúde em geral, com benefícios que se estendem além do risco de câncer próstata ou outros tipos de câncer.

Até agora, nenhum suplemento dietético mostrou ajudar claramente a diminuir o risco de câncer de próstata progredir ou recidivar. Na verdade, algumas pesquisas sugerem que alguns suplementos, como o selênio, podem até ser prejudiciais. Isso não significa que nenhum suplemento ajudará, mas é importante saber que nenhum deles comprovou sua eficácia.

Se você está pensando em tomar qualquer tipo de suplemento nutricional, converse antes com seu médico, para decidir quais você pode usar com segurança, evitando aqueles que podem ser prejudiciais.

Se o câncer voltar?

Se o câncer recidivar em algum momento, suas opções de tratamento dependerão da localização da recidiva, de quais tratamentos já foram realizados e de seu estado geral de saúde.  

Risco de um segundo câncer após o tratamento

Os pacientes que tiveram câncer de próstata podem ter outros tipos de câncer. De fato, os pacientes que tiveram câncer de próstata têm um risco aumentado para outros tipos de câncer.

Suporte emocional

Algo que ajuda muito ao paciente com câncer de próstata a enfrentar a doença é o apoio e a força que ele recebe. Independente de como, o importante é que você encontre em algo ou alguém essa ajuda, seja nos familiares, nos amigos, em ex-pacientes, em sites sobre a doença, ou até em sua própria fé. Você não precisa passar por tudo isso sozinho, seus familiares e amigos podem e querem ajudar você. Não se feche na doença, esteja disposto a ouvir o que os outros têm a lhe dizer.

Sexualidade

O tratamento do câncer de próstata geralmente pode afetar o desejo sexual. Aprender a se sentir confortável com seu corpo durante e após o tratamento do câncer de próstata é uma jornada pessoal, que é única para cada paciente. Informações e suporte podem ajudá-lo a lidar com essas mudanças ao longo do tempo.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/08/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/vivendo-com-o-cancer/774/149/ acesso em 27.11.20 às 06:31hs

Converse com seu Médico sobre Câncer de Próstata

 Preparamos um roteiro de perguntas que podem lhe orientar numa conversa com seu médico. Alguns pontos são muito importantes e não devem ser deixados de lado:

No diagnóstico

  • Quais são as chances da doença se disseminar? Em caso afirmativo, ainda será curável?
  • Você recomenda mais algum exame? Se sim, qual?
  • Qual é o estágio clínico e a pontuação de Gleason da minha doença? O que isso significa?
  • Qual o estadiamento da doença?

Antes do tratamento

  • Qual a probabilidade do tumor começar a provocar problemas se não iniciar o tratamento imediatamente?
  • Quais são as minhas opções de tratamento?
  • Devo considerar a vigilância ativa como uma opção? Por quê?
  • Você recomenda a prostatectomia radical ou radioterapia? Por quê?
  • Quais são as chances da doença ter se disseminado para outros órgãos? Se isso aconteceu, qual o tratamento que deve ser feito?
  • Devo considerar a prostatectomia laparoscópica ou robótica?
  • Farei radioterapia antes ou após a cirurgia?
  • Que tipo de radioterapia é indicada para o meu caso?
  • Que outros tratamentos podem ser recomendados para meu caso? Por quê?
  • Entre os tratamentos propostos, quais são os riscos ou efeitos colaterais que podem surgir?
  • Quais são as chances de eu ter incontinência urinária ou impotência?
  • Quais são as chances de eu ter problemas urinários ou de intestino?
  • Existe chance de eu ficar estéril?
  • Quanto tempo dura o tratamento? Onde será realizado?
  • O tratamento afetará minhas atividades diárias?

Durante o tratamento

  • Como saberemos se o tratamento está respondendo?
  • Existe algo que eu possa fazer para gerenciar os efeitos colaterais?
  • Que sintomas ou efeitos colaterais devo informar imediatamente para você?
  • Como entro em contato com você a noite, feriados e fins de semana?
  • Preciso mudar a minha alimentação durante o tratamento?
  • Existe algum limite do que posso fazer?

Após o tratamento

  • Existe algum limite no que posso fazer?
  • Quais sintomas devo observar?
  • Devo seguir uma dieta especial?
  • Que tipo de acompanhamento será necessário após o tratamento?
  • Com que frequência precisarei realizar exames de laboratório e de imagem após o tratamento?
  • Quais são as chances de uma recidiva da doença? Se isso acontecer, qual seria a conduta?
  • Onde posso encontrar mais informações e apoio?

É muito importante perguntar e esclarecer todas suas dúvidas, a informação é um direito seu!

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/08/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/converse-com-seu-medico/1189/149/ acesso em 27.11.20 às 06:26hs

Tratamentos no Câncer de Próstata

 Após o diagnóstico e estadiamento da doença, o médico discutirá com o paciente as opções de tratamento. É importante levar em consideração os benefícios de cada opção terapêutica, bem como seus possíveis riscos e efeitos colaterais.

Dependendo do estágio da doença e outros fatores, as principais opções de tratamento para homens com câncer de próstata podem incluir conduta expectante, cirurgia, radioterapia, criocirurgia, hormonioterapia, imunoterapia, quimioterapia e tratamento da disseminação da doença para os ossos.

Esses tratamentos são geralmente realizados separadamente, embora em alguns casos, eles possam ser combinados.

Em função das opções de tratamento definidas para cada paciente, a equipe médica deverá ser formada por especialistas, como urologistas, oncologista, cirurgião e radiooncologistas. Mas, muitos outros profissionais poderão estar envolvidos durante o tratamento, como, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais da área da saúde.

Tomando decisões sobre o tratamento. É importante que todas as opções de tratamento sejam discutidas com o médico, bem como seus possíveis efeitos colaterais, para ajudar a tomar a decisão que melhor se adapte às suas necessidades. Algumas considerações importantes incluem:

  • O estadiamento da doença.
  • Idade do paciente e expectativa de vida.
  • Quaisquer outras condições de saúde.
  • A importância do tratamento para o paciente.
  • A probabilidade de cura com cada tipo de tratamento.
  • A expectativa do paciente em relação aos efeitos colaterais de cada tratamento.

Pensando em participar de um estudo clínico. Em alguns casos, podem ser a única maneira para ter acesso a novos tratamentos. Ainda assim, estudos clínicos podem não ser adequados para todos. Se você quiser saber mais sobre os estudos clínicos que podem ser adequados para você, converse com seu médico.

Considerando métodos complementares e alternativos. Esses métodos podem incluir vitaminas, ervas e dietas especiais, ou outros métodos, como acupuntura ou massagem. Os métodos complementares se referem a tratamentos usados junto com seu atendimento médico regular. E os tratamentos alternativos são usados em vez do tratamento médico. Embora alguns destes métodos possam ser úteis para aliviar os sintomas ou ajudar você a se sentir melhor, muitos não foram comprovados cientificamente e não são recomendados. Converse com seu médico antes de iniciar qualquer terapia alternativa.

Escolhendo interromper o tratamento. Para algumas pessoas, quando os tratamentos não estão mais controlando o câncer, pode ser hora de pesar os benefícios e riscos de continuar a tentar novos tratamentos. Se você continuar (ou não) o tratamento, ainda há coisas que você pode fazer para ajudar a manter ou melhorar a sua qualidade de vida. Algumas pessoas, especialmente se a doença está avançada, podem não querer serem tratadas. Existem muitas razões pelas quais você pode decidir querer receber interromper o tratamento, mas é importante conversar com seus médicos antes de tomar essa decisão. Lembre-se de que mesmo se você optar por não tratar o câncer, você ainda pode receber cuidados de suporte para ajudar com a dor ou outros sintomas.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/08/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tratamentos/772/149/ acesso em 27.11.20 às 06:23hs

Diagnóstico do Câncer de Próstata

 A maioria dos cânceres de próstata é diagnosticada no momento do rastreamento da doença com o antígeno prostático específico (PSA) no sangue ou durante o exame de toque retal. O câncer de próstata em estágio inicial geralmente não provoca sintomas, tornando mais difícil o diagnóstico, mas em estágio avançado o diagnóstico se torna mais fácil principalmente devido aos sintomas que o paciente apresenta.

Se houver suspeita de câncer com base nos resultados dos exames de detecção precoce ou sintomas, serão necessários outros exames para elucidação diagnóstica. O diagnóstico final do câncer de próstata só pode ser feito com uma biópsia da próstata.

Histórico clínico e exame físico

Em caso de suspeita de câncer de próstata, o médico realizará o exame físico, incluindo o exame de toque retal. O exame de toque retal se realiza para poder saber a consistência da próstata, o tamanho e se existem lesões palpáveis através do reto na glândula. O exame de toque também é utilizado junto com o PSA (antígeno prostático específico) quando se suspeita de câncer de próstata.

O médico também lhe fará perguntas sobre sintomas como problemas urinários ou sexuais, ou ainda dor óssea, o que poderia sugerir que o câncer se disseminou para os ossos.

Seu médico também pode examinar outras áreas do seu corpo e solicitar outros exames complementares.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 30/01/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/diagnostico/773/149/ acesso em 27.11.20 às 06:19hs

Fatores de Risco para Câncer de Próstata

 Um fator de risco é algo que afeta sua chance de contrair uma doença como o câncer. Diferentes tipos de câncer apresentam diferentes fatores de risco. Alguns como fumar, por exemplo, podem ser controlados; no entanto outros não, por exemplo, idade e histórico familiar. Embora os fatores de risco possam influenciar o desenvolvimento do câncer, a maioria não causa diretamente a doença. Algumas pessoas com vários fatores de risco nunca desenvolverão um câncer, enquanto outros, sem fatores de risco conhecidos poderão fazê-lo.

Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter a doença. Muitas pessoas que contraem a doença podem não estar sujeitas a nenhum fator de risco conhecido. Se uma pessoa com câncer de próstata tem algum fator de risco, muitas vezes é muito difícil saber o quanto esse fator pode ter contribuído para o desenvolvimento da doença.

Fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver câncer de próstata:

  • Idade. O câncer de próstata é raro em homens com menos de 40, mas a chance de ter câncer de próstata aumenta rapidamente após os 50 anos. Aproximadamente 60% dos cânceres de próstata são diagnosticados em homens com mais de 65 anos.
     
  • Raça. O câncer de próstata é mais frequente em homens com ascendência africana e caribenha do que em homens de outras raças. O câncer de próstata ocorre com menos frequência em homens asiáticos e hispânicos/latinos do que em brancos não hispânicos. Os motivos dessas diferenças raciais não estão claros.
     
  • Nacionalidade. O câncer de próstata é o mais comum na América do Norte, noroeste da Europa, Austrália e nas ilhas do Caribe. É menos comum na Ásia, África, América Central e América do Sul. As razões para isso não estão claras. O rastreamento intensivo em alguns países desenvolvidos, provavelmente, é responsável por pelo menos parte dessa diferença, mas outros fatores, como diferenças de estilo de vida tendem a ser importantes. Por exemplo, os homens de origem asiática têm um menor risco de câncer de próstata do que os americanos brancos, mas o risco é maior do que a de homens de origens semelhantes que vivem na Ásia.
     
  • Histórico familiar. Ter um parente de primeiro grau com diagnóstico de câncer de próstata mais do que duplica o risco de um homem de desenvolver a doença.
     
  • Alterações genéticas. Algumas alterações genéticas hereditárias podem aumentar o risco de desenvolver mais do que um tipo de câncer. Por exemplo, mutações dos genes BRCA-1 ou BRCA-2 estão relacionada a um risco aumentado de câncer de mama e de ovário em algumas famílias, também podem aumentar o risco de câncer de próstata em alguns homens (principalmente as mutações no BRCA2). Os homens com síndrome de Lynch, uma condição causada por alterações genéticas hereditárias, têm um risco aumentado para uma série de cânceres, incluindo o câncer de próstata.

Fatores de risco incerto para o câncer de próstata

  • Dieta. O exato papel da dieta no câncer de próstata ainda está sendo estudado. Os homens que comem muita carne vermelha ou laticínios ricos em gordura parecem ter uma chance ligeiramente maior de contrair câncer de próstata. Esses homens também tendem a comer menos frutas e legumes. Os médicos não têm certeza de qual desses fatores é responsável por elevar o risco. Alguns estudos sugerem que os homens que consomem grandes quantidades de cálcio (através de alimentos ou suplementos) podem ter um risco maior de desenvolver câncer de próstata. Laticínios, que muitas vezes são ricos em cálcio, também podem aumentar o risco. Entretanto, a maioria dos estudos não encontrou relação entre os níveis de cálcio encontrados na média das dietas, portanto é importante notar que o cálcio é conhecido por ter outros benefícios importantes para a saúde.
     
  • Obesidade. Ser obeso não parece aumentar o risco geral de câncer de próstata. Alguns estudos mostraram que homens obesos têm um risco menor de contrair uma forma de baixo grau (crescimento mais lento) da doença, mas um risco maior de contrair câncer de próstata mais agressivo (crescimento mais rápido). As razões para isso não são claras. Alguns estudos também mostraram que homens obesos podem ter um risco maior de ter câncer de próstata avançado, mas isso não é conclusivo.
     
  • Tabagismo. A maioria dos estudos não encontrou uma ligação entre tabagismo e o risco de desenvolvimento de câncer de próstata. Alguns estudos associaram o tabagismo a um possível aumento no risco de morte por câncer de próstata, mas esta é uma descoberta que terá de ser confirmada por outros estudos.
     
  • Exposição ocupacional. Existe alguma evidência de que bombeiros expostos a produtos de combustão tóxica têm um risco aumentado de câncer de próstata.
     
  • Inflamação da próstata. Alguns estudos têm sugerido que a prostatite (inflamação da próstata) pode ser associada a um risco aumentado de câncer de próstata. A inflamação é muitas vezes diagnosticada em amostras de tecido da próstata, que também contêm câncer. A ligação entre os dois ainda não está clara, mas essa é uma área ativa de pesquisa.
     
  • Doenças sexualmente transmissíveis. Doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia ou clamídia, podem aumentar o risco de câncer de próstata, possivelmente levando a inflamação da próstata. Até agora, os estudos não são conclusivos.
     
  • Vasectomia. Alguns estudos sugerem que homens que fizeram vasectomia podem ter um risco levemente maior de câncer de próstata. Mas, outros estudos recentes não encontraram qualquer aumento do risco entre os homens que fizeram essa cirurgia. Estão sendo realizadas pesquisas sobre esse possível risco.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/08/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.


Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/fatores-de-risco-para-cancer-de-prostata/5850/1130/ acesso em 27.11.10 às 06:16hs

Prevenção do Câncer de Próstata

 Prevenção de doenças é o adiamento ou a eliminação das condições específicas de uma doença através de intervenções de eficácia comprovada.

Prevenção do câncer de próstata é a ação tomada para reduzir a chance de contrair a doença. Portanto, prevenir o câncer de próstata significa evitar os fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver a enfermidade.

Parte da carga de prevenção do câncer de próstata encontra-se com o indivíduo, que deve adotar comportamentos que minimizem o risco e a ocorrência da doença e maximizem os estados de saúde.

Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/prevencao/10904/149/ acesso em 27.11.10 às 06:11



Estatística para Câncer de Próstata

 O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 65.840 novos casos de câncer de próstata. Esse valor corresponde a um risco estimado de 62,95 casos novos a cada 100 mil homens (Instituto Nacional de Câncer, 06/02/2020)

Um em cada 9 homens será diagnosticado com câncer de próstata durante sua vida.

O câncer de próstata ocorre principalmente em homens mais velhos. Seis em cada 10 casos são diagnosticados em homens com mais de 65 anos, sendo raro antes dos 40 anos. A média de idade no momento do diagnóstico é de 66 anos.

O câncer de próstata é a segunda principal causa de morte por câncer em homens, atrás do câncer de pulmão. A cada 41 homens, pelo menos 1 morrerá de câncer de próstata.

O câncer de próstata pode ser uma doença grave, mas a maioria dos homens diagnosticados com a doença, não irão morrer por causa dela.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 08/01/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/estatistica-para-cancer-de-prostata/5852/288/ acesso em 27.11.20 às 06:09hs