domingo, 1 de novembro de 2020

CÂNCER DE MAMA NÃO É UM SÓ

 Você sabia que é o médico patologista que confirma se a paciente realmente tem um câncer de mama e qual é o tipo desse câncer? O câncer de mama não é único: existem diferentes tipos da doença e são as características específicas de cada um, juntamente com o perfil de cada paciente, que determinam o tipo de tratamento mais adequado em cada caso. E hoje, em nossa série sobre o câncer de mama, vamos explicar quais são esses tipos e o importante papel do médico patologista nesse processo.

O tipo mais comum de câncer de mama é o carcinoma. Ele é dividido em “in situ” e invasivo. O carcinoma “in situ” tem origem dentro do ducto mamário e não ultrapassa a sua parede, não invadindo o estroma da mama e, por isso, não tem a capacidade de se disseminar para outros órgãos e estruturas causando metástases. Grande parte das mulheres que descobrem esse tipo de câncer de mama podem ser curadas. O outro tipo é o carcinoma invasivo, que também se origina no ducto, mas esse tipo invade o estroma mamário e pode se disseminar para outros órgãos (metástases). Os dois tipos mais comuns de carcinomas invasivos são o carcinoma ductal invasivo (carcinoma invasivo de tipo não especial), seguido pelo carcinoma lobular invasivo. Além desses, existem alguns outros carcinomas que são menos comuns: carcinoma tubular, carcinoma cribriforme, carcinoma metaplásico, carcinoma micropapilar, carcinoma adenoide cístico, entre outros.
Dentre os tipos morfológicos de carcinomas da mama há uma outra subdivisão, também de grande importância, que está relacionada ao tipo molecular do tumor. Ela é classificada de acordo com a apresentação do perfil biológico, que pode ser demonstrada pelo uso de métodos complementares de diagnóstico, como a imuno-histoquímica, exame também realizado pelo médico patologista após o diagnóstico histológico fornecido. Os principais grupos moleculares dos carcinomas mamários são: luminal A, luminal B, superexpressor de HER2 e triplo negativo, que dependem de como os quatro marcadores se apresentam: receptor de estrógeno, receptor de progesterona, índice de proliferação celular (Ki67) e o oncogene HER2. Outros tipos de neoplasias mamárias benignas e malignas podem ser encontradas, dentre elas estão os papilomas, fibroadenomas e tumores filoides, angiossarcomas, entre outros.
Esses diagnósticos só podem ser afirmados após a análise do médico patologista, que avaliará todos os aspectos microscópicos das células para determinar a qual categoria a lesão pertence, podendo tratar-se apenas de uma lesão benigna. Assim, o diagnóstico anatomopatológico correto é fundamental na condução do tratamento e para o conhecimento da evolução da doença. Ele é feito através da análise de fragmentos retirados da mama por biópsia ou por cirurgia. É no laudo anatomopatológico que o câncer de mama é classificado pelo patologista em tipo morfológico, tamanho do tumor, grau de atipia, perfil molecular etc. Todas essas informações são essenciais para determinar a conduta terapêutica mais eficaz para cada paciente.
Fonte: https://www.facebook.com/sbp.patologia acesso em 01.11.20 às 22:01hs

Nenhum comentário:

Postar um comentário