terça-feira, 30 de junho de 2020

QUANDO O CUIDADOR CHEGA AO LIMITE

O paciente de câncer, muitas vezes precisa de um cuidador.
Normalmente é um familiar que assume essa função.
Um tratamento de um adulto com câncer pode durar um ano, dois anos, envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia e, não havendo possibilidade de cura, será um tratamento paliativo, sem previsão de término.
Ser acompanhante de um paciente em cuidados paliativos é abrir mão de sua vida e dedicar seu tempo integralmente aos cuidados dessa pessoa, a depender da situação em que se encontre.
Um paciente pode precisar de atenção em maior ou menor grau em razão da sua condição física e do seu estado emocional.
Assim, a vida do paciente se transforma a partir do diagnóstico e a do cuidador a partir do momento que o cuidar se torna sua ocupação.
Nessa jornada às vezes o cuidador pode se fragilizar e, até necessitar ser cuidado ou até, ser substituído.
Por vezes o núcleo familiar é pequeno e esse cuidador que se encontra cansado ou entristecido não pode ser trocado. Às vezes ele é o único membro da família que não trabalha, ou então é o único saudável e com vigor físico, capaz de desempenhar as diversas atividades que  a situação requer.
Se o lapso de tempo desse cuidar se prolonga, sem perspectiva de término, sem lampejos de melhoria, a própria situação colabora para estabelecer um clima de desalento.
Se os aspectos psicológicos forem observados e cuidados, se houver uma intervenção profissional é possível evitar que o emocional do paciente e do cuidador se fragilizem. Em alguns casos é evitar um esgotamento físico e mental.
Para evitar a chegada ao fundo do poço, é importante  o reconhecimento da situação para, a partir daí, caminhar na busca do auto controle e do conforto psiquíco, seja por meio de medicações, terapias e ajuda profissional.
Diante do inevitável, a atitude faz a diferença!

Sueli Dias 

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