sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Reflexões de quem recebe um diagnóstico de câncer pela segunda vez

Não sei ao certo...
Mas a sensação que tinha era a de que me encontrava num mar revolto, 
rodeada de pessoas amigas, conhecidas, todas próximas me aguardando,
para que eu lhes dissesse como sair daquele mar.
Entretanto essas pessoas não sabiam que eu, assim como elas,
também não sabia como sair dali.
Engraçado como algumas vezes nos encontramos diante de situações com  as quais não sabemos lidar. Não tivemos como evitar e temos que conviver. São como desafios de uma grande competição na qual não pedimos para entrar mas, temos que participar.
E o mundo gira, não para, os problemas, as tristezas, as alegrias, todas as coisas continuam fluindo. É um paradoxo, de repente alguém querer ficar paralisado diante de uma situação difícil, querer recuar diante do medo. Não há como, estamos numa grande ladeira onde não é possível ficar parado. 
Ah! não sabemos o caminho? não importa, teremos que seguir mesmo assim!
O que fazer? O que buscar? Entender? Perguntas são inúteis nesse momento. Melhor mesmo tentar respirar, aquietar o coração (mesmo que seja só um pouquinho) para tornar a caminhada mais leve. O próprio tempo - de uma forma qualquer - trará a solução.
Tomara querida quimera, seja aquela que esperamos...


Lili Brown

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