terça-feira, 11 de março de 2014

Ministério da Saúde com apoio da FSP USP, apresenta novo guia alimentar e consulta a população

O Ministério da Saúde abriu consulta pública nesta segunda-feira (10) para receber comentários e sugestões que aprimorem o novo Guia Alimentar para a População Brasileira.  O documento em consulta revisa guia anterior publicado em 2006. O novo guia traz orientações e recomendações que facilitarão a prevenção tanto da desnutrição, em forte declínio no país, quanto de doenças em ascensão, como a obesidade, diabetes e outras doenças crônicas relacionadas à alimentação. O Guia pode ser acessado no portal do Ministério (www.saude.gov.br/consultapublica) e contribuições podem ser enviadas até o dia 07 de maio de 2014.

Baseado nas mais recentes evidências científicas, mas elaborado em uma linguagem que procura ser acessível ao grande público, o novo guia se dirige tanto às pessoas e às famílias diretamente quanto aos profissionais de saúde e educadores que cuidam de nossa população. 

O Guia traz três recomendações básicas: basear a alimentação em alimentos in natura e minimamente processados, utilizar com moderação óleos, gorduras, sal e açúcar ao preparar os alimentos e limitar produtos prontos para o consumo.  Importantes novidades em relação à versão anterior incluem a distinção entre alimentos e produtos alimentícios e a distinção entre produtos usados para preparar alimentos e convertê-los em preparações culinárias e produtos usados para substituir alimentos e preparações culinárias. 

"O Novo Guia Alimentar se preocupa com a qualidade dos alimentos que são recomendados para o consumo. Por isso, a regra de ouro é preferir alimentos e preparações culinárias a produtos alimentícios prontos para o consumo”, destaca a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime. 

Cozinhar o seu próprio alimento sempre que possível, fazendo do ato de cozinhar um momento familiar é uma orientação do novo guia. Outra é: se precisar comer fora de casa, opte por restaurantes que servem comida, como os restaurantes ‘por quilo’ e evite as redes de fast food.

  "Precisamos resgatar e valorizar a culinária, planejar as nossas refeições, trocar receitas com amigos e envolver a família na preparação das refeições. Isso pode até implicar dedicação de mais tempo, mas o ganho em saúde (e na convivência com os seres queridos) é significativo, além de poder trazer economia ao orçamento da familiar, já que, no Brasil, a alimentação preparada na hora ainda é mais barata do que a baseada em produtos prontos para consumo”, reforça Patrícia.

O novo guia também orienta a repensar a melhor maneira de comer. A ideia é desfrutar o que se está comendo, sem se envolver em outra atividade (como ver televisão ou falar ao celular), e, sempre que possível, em companhia.  Outras sugestões práticas importantes são evitar beliscar entre as refeições e fazer a alimentação diária em horários semelhantes e em locais limpos, tranquilos e confortáveis, longe de ambientes estressantes.

Outras características importantes do Guia são adotar como ponto de partida para suas recomendações padrões de alimentação que são efetivamente praticados pela população brasileira e considerar o impacto das escolhas alimentares sobre o ambiente e a cultura.

O processo da construção do novo Guia incluiu a realização de duas oficinas realizadas em 2011 e 2013 na Faculdade de Saúde Pública com pesquisadores, profissionais de diversos setores e organizações não governamentais. 

Confira os Dez Passos da Alimentação Saudável 
  • Fazer de alimentos a base da alimentação
  • Usar óleos, gorduras, sal e açúcar com moderação
  • Limitar o uso de produtos prontos para consumo
  • Comer com regularidade e com atenção e em ambientes apropriados
  • Comer em companhia
  • Fazer compras de alimentos em locais que ofertem variedades de alimentos frescos e evitar aqueles que só vendem produtos prontos para consumo
  • Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias
  • Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece
  • Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora e evitar redes de fast food
  • Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais

Fonte: Assessoria de imprensa NUPENS/USP

Nenhum comentário:

Postar um comentário