terça-feira, 8 de dezembro de 2015

MAMOGRAFIA COM PRÓTESES DE SILICONE

A mamografia dói?
Para realizar a mamografia é necessário comprimir moderadamente as mamas. Essa medida visa espalhar as estruturas da mama, evitando que se sobreponham e gerem imagens duvidosas e também reduz a quantidade de radiação necessária para a produção da imagem.  Nem todas as mulheres sentem dor quando fazem a mamografia, mas algumas se queixam de algum tipo de desconforto provocado pela compressão da mama. Para melhorar esse desconforto sugerimos que você realize sua mamografia no período logo após a menstruação, quando as mamas já não estão tão sensíveis.
Por que não devo utilizar desodorante, talco ou creme nas mamas no dia em que for fazer a mamografia? 
Porque esses produtos deixam resíduos na pele que simulam calcificações na mamografia, podendo assim atrapalhar a análise das imagens.
A radiação da mamografia pode ser prejudicial?
Desde a década de 60 os aparelhos de mamografia vêm sendo constantemente modernizados no intuito de reduzir a exposição das mamas à radiação e melhorar a qualidade da imagem. Assim, embora o exame de mamografia continue sendo desconfortável pela compressão que é utilizada sobre as mamas, aconteceram muitos avanços na obtenção das imagens mamográficas e a radiação usada atualmente é mínima. Um estudo publicado em 2011 concluiu que o risco do desenvolvimento do câncer de mama decorrente da exposição à radiação durante a mamografia é desprezível. Esse estudo concluiu que o rastreamento mamográfico evita 1.121 mortes a cada 100 mil mulheres entre 50 e 74 anos rastreadas, enquanto nesse mesmo número de mulheres seria capaz de induzir apenas um câncer pela exposição à radiação. Ou seja, os benefícios da mamografia superam, de longe, os seus riscos.
Por que é necessário guardar as mamografias anteriores para comparar com a atual?
Porque alguns tumores têm um aspecto tão discreto que só são perceptíveis quando comparamos as imagens atuais com as dos exames anteriores e observamos que houve uma pequena alteração que não existia antes.
O implante de silicone atrapalha a realização do exame?
Não. As mamografias podem ser realizadas nas pacientes com implantes, sem prejuízo para os mesmos.
No entanto é essencial que a paciente avise a técnica que vai realizar a mamografia a respeito da presença dos implantes. Isso fará com que a técnica utilize uma compressão menor nas radiografias, para evitar que ocorra ruptura do implante. Além disso, para que a avaliação do tecido mamário seja adequada, nas pacientes com implantes são realizadas as quatro incidências habituais do exame de mamografia e depois mais quatro incidências adicionais com afastamento do implante.
O implante pode romper durante a realização da mamografia?
Existe um risco mínimo de isso acontecer, por isso é importante sempre informar a técnica sobre a presença dos implantes antes de iniciar a mamografia, pois existem projeções especiais que diminuem a compressão do implante e proporcionam maior visualização da mama, tornando a mamografia mais segura e eficiente.
A mamografia pode apresentar falhas em seu diagnóstico?
Todos os exames de diagnóstico por imagem podem apresentar limitações. Por isso, é importante a realização da mamografia em centros médicos de referência.
A mamografia pode causar câncer de tiroide?
O risco de desenvolver tumores em outros locais decorrentes da exposição à radiação durante a mamografia é desprezível.
A dose de radiação recebida pela tiroide em um exame completo de mamografia, com quatro incidências é menor do que 1% da radiação utilizada. O risco de um câncer de tireóide induzido pelo rastreamento mamográfico anual é de 1 caso em 17 milhões de mulheres rastreadas.
Mesmo os implantes mais modernos devem ser substituídos com 10 anos de uso?
Nenhum implante mamário de silicone tem duração ilimitada, pois como ele é composto por material sintético, acaba sofrendo um desgaste natural com o passar dos anos. Os implantes atuais têm maior resistência, e por isso têm apresentado durabilidade de 15 a 20 anos na grande maioria das pacientes. É importante a paciente com implantes de silicone realizar acompanhamento com seu cirurgião plástico, para que juntos possam avaliar o estado dos implantes e planejar a melhor época para substitui-los.
O implante pode estourar em decorrência de um impacto brusco?
Sim, há descrições de rotura de implantes após um trauma externo, como quedas de grande altura ou impacto de material em alta velocidade. Isso acontece com maior facilidade em implantes mais antigos, já com desgaste pela passagem do tempo. Os implantes que são utilizados atualmente, que têm maior coesividade do gel, e maior número de camadas de revestimento, são mais resistentes a esse tipo de trauma.
Se o implante romper há o risco de o silicone se espalhar pelo corpo?
Os implantes atuais são feitos de gel coesivo (um material de consistência semelhante a uma “gelatina bem consistente”). Se cortadas ou rompidas, o conteúdo não escorre.
As próteses podem retardar o diagnóstico do câncer de mama?
Não. Há estudos que associam a presença da prótese mamária a uma pequena redução da sensibilidade da mamografia, fazendo com que possíveis lesões detectáveis pela mamografia sejam descobertas mais tarde em relação a pacientes que não tem prótese. No entanto, estudo recente publicado no “JAMA” (Jornal da Associação Médica Americana), mostrou que esse atraso na detecção das lesões mamárias não influiu nas chances de cura e na sobrevida das pacientes com prótese. Em caso de dúvida na mamografia a paciente com prótese pode se beneficiar da correlação com exame de ultrassonografia e/ou de ressonância magnética.
Por outro lado, foi publicado um trabalho na revista Plastic and Reconstructive Surgery, onde o autor avaliou mais de 4000 mulheres que tiveram diagnóstico de câncer de mama e comparou o grupo com prótese ao grupo sem prótese quanto a incidência, momento do diagnóstico e tamanho do tumor. O resultado observado foi que a incidência de câncer e o momento do diagnóstico foram semelhantes nos dois grupos avaliados, porém, nas pacientes com prótese observou-se que os tumores foram detectados em um tamanho menor que nas pacientes sem prótese. Os autores concluíram que a presença da prótese de silicone serviria como um anteparo no momento do autoexame e aumentaria a sensibilidade na palpação de tumores menores.
Quem tem prótese é mais propensa a desenvolver câncer de mama?
Não. Há vários trabalhos científicos que avaliaram mulheres com e sem implante de silicone e mostraram que a incidência de câncer de mama é semelhante nos dois grupos.
Quais os exames que toda mulher que tem silicone deve fazer?
Independente da mulher possuir ou não implantes de silicone, o rastreamento do câncer de mama em mulheres assintomáticas e sem história familiar de câncer de mama deve ser feito com mamografia, realizando-se uma mamografia aos 35 anos, e aí, a partir dos 40 anos, mamografias anuais. Nos casos de mulheres com risco aumentado para câncer de mama pode-se iniciar o rastreamento em uma idade mais precoce e associar a ultrassonografia e/ou ressonância magnética.
Qual exame posso fazer para avaliar a integridade do implante?
Para avaliar a integridade do implante, o exame mais indicado é a ressonância magnética. No caso de não ter acesso a esse exame pode-se utilizar a ultrassonografia,que quando realizada cuidadosamente por um profissional experiente também tem boa sensibilidade para detectar rupturas.

MAMOGRAFIA COM PRÓTESES DE SILICONE

Fonte: http://www.mama.com.br/mamografia-com-proteses-de-silicone/

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