sábado, 19 de dezembro de 2015

PACIENTE EM TRATAMENTO DE CÂNCER PODE FAZER ATIVIDADE FÍSICA?

A prática frequente de atividades melhora o sono, o humor e aumenta o nível de energia, além de influenciar na saúde cardiorrespiratória (auxiliando na prevenção da doença cardíaca coronária, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral e hipertensão), na saúde metabólica (controlando o diabetes e a obesidade), na saúde musculoesquelética e na prevenção do câncer e da depressão.

Diretora do Departamento de Fisioterapia, Ft. Celena Freire Friedrich, comenta o assunto e, mais especificamente, como devem ser conduzidas as atividades físicas na rotina de pacientes oncológicos.

Exercícios e prevenção

Estudos mostram que existe uma forte relação entre atividade física e o câncer e que a prática regular contribuiria para diminuir as chances de desenvolvimento de determinados tipos de câncer, especialmente decólon e mama. "Com a prática regular de atividade física acredita-se que sejam ativados o sistema imunológico, estimulando a produção de interleucina e células 'Natural Killer' e o sistema hormonal, principalmente o estrogênio. Além disso, associado a mudanças no hábito alimentar, promove a diminuição da adiposidade, pois é sabido que a obesidade é o segundo maior fator de risco evitável para o câncer", afirma a fisioterapeuta.

Pacientes oncológicos

De acordo com National Cancer Institute (NCI) a sensação de fadiga é experimentada por uma grande quantidade de pacientes oncológicos. Entre outras queixas relatam também a diminuição de força muscular e dor, o que exerce um grande impacto em sua qualidade de vida. Visando manter ou desenvolver o movimento livre para a sua função, a fisioterapia no A.C.Camargo Cancer Center realiza a terapia por meio de exercícios denominada cinesioterapia. "Seus efeitos baseiam-se na melhora, restauração e manutenção da força, da resistência à fadiga, da mobilidade e flexibilidade, do relaxamento e da coordenação motora, permitindo restaurar ou melhorar o desempenho funcional dos segmentos corporais comprometidos", comenta Ft. Celena Friedrich.

A fisioterapeuta lembra que a fadiga muitas vezes impede o paciente de iniciar ou mesmo de manter uma atividade física, mas se sabe que o exercício físico pode amenizar esse e outros sintomas. Como cada caso é um caso e o paciente oncológico pode apresentar algumas limitações às atividades físicas, principalmente as de maior intensidade, é importante que as avaliações sejam individuais, condizentes com a patologia e com suas necessidades, sempre buscando seu bem estar e orientadas por profissionais qualificados.

Pós-tratamento

Àqueles que já terminaram o tratamento do câncer a dica que vale é a geral: realizar atividade física sempre que possível, manter uma dieta adequada e balanceada, não esquecendo de relaxar e desfrutar de bons momentos de lazer. Segundo Fta. Celena, o repouso também é parte importante do dia. "O repouso completo é o principal meio fisiológico de restauração de nosso desempenho físico e mental. O tempo e a exposição à escuridão liberam a melatonina que é o hormônio do sono. O efeito da privação de descanso ocasiona prejuízos em nossa coordenação motora e a capacidade de raciocínio fica comprometida, ou seja, o organismo deixa de cumprir uma série de tarefas importantíssimas", explica.

Se você se animou após ler todas essas dicas, consulte um educador físico e busque atividades que lhe deem prazer e entusiasmo, sempre seguindo também as orientações médicas.

Tenha disciplina e objetivos: estes são aspectos fundamentais para quem quer atingir bons resultados. Não se esqueça: o primeiro passo é o mais difícil, mas quando os resultados começam surgir muitas pessoas adquirem uma melhor conscientização corporal e disposição para realizar suas atividades diárias.

http://www.accamargo.org.br/saude-prevencao/artigos/esporte-e-vida-saiba-como-a-atividade-fisica-ajuda-no-tratamento-de-pacientes-com-cancer/18/

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