Atendimento integrado faz a diferença no tratamento do câncer de mama

Outubro é o mês internacional do combate ao câncer de mama e vários países no mundo se mobilizam em favor desta causa. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Sociedade Mundial de Mastologia reunirão na semana que vem os principais nomes da mastologia nacional e internacional para debaterem a importância de se criar, nos profissionais de saúde de diferentes especialidades, a cultura do atendimento integrado do câncer de mama, que acelera a recuperação e amplia a qualidade de vida. Intervenções psicossociais, por exemplo, podem reduzir a dor, como mostrou este ano uma pesquisa da Universidade de Columbia. O II Fórum Interdisciplinar em Saúde da Mama, que acontecem em Salvador (dia 10), tem o apoio do Governo do Estado e da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Viva Maria. Apesar dos benefícios do tratamento integrado do câncer de mama, a prática ainda é escassa no Brasil. Para comprovar que o atendimento médico isolado não é suficiente, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, agentes de saúde e ONGs vão discutir um caso real para verificar a contribuição oferecida por cada especialidade quando pensam juntas. Entre os aspectos tratados, estarão formas de envolver a família e de orientar o paciente a buscar outros profissionais envolvidos no cuidado da doença. Movimentos voluntários de apoio ao paciente de câncer de mama também participarão, mostrando iniciativas contra a mortalidade pela doença. A Viva Maria apresentará o trabalho de capacitação de mais de 300 agentes comunitárias para disseminar a prevenção na comunidade de Itapuã. Também serão mostradas outras experiências positivas, entre elas a redução do tempo de acesso à mamografia, que leva em média seis a oito meses no SUS, além dos resultados da campanha "Eu amo meus peitos", da SBM. A iniciativa beneficiou cerca de 3 mil pessoas com orientação sobre como ter acesso à mamografia e ao mastologista na rede pública. "Hoje são sempre as mesmas pessoas que fazem os exames, mas há um grande contingente que deixa de fazer por medo de descobrir a doença. Queremos preparar o agente de saúde e outros profissionais para esclarecer para o paciente todos os benefícios do rastreamento, que representa chances de cura de 95%, menos mutilações e menos quimioterapia. Esse é um dos pontos que destacaremos no Fórum", explica o presidente da SBM, Carlos Alberto Ruiz. Outra perspectiva No intuito de expor o ponto de vista das pacientes, as atrizes Tássia Camargo e Priscilla Squeff encenarão, pela primeira vez em Salvador, o espetáculo "Se você me der a mão". O texto é baseado na história real da mãe de Priscilla e aborda a relação de mãe e filha, renovada pela experiência de superação de um câncer de mama. A história narra a relação atrapalhada e irreverente de Dulce, representada pela atriz Tássia Camargo, e sua filha Denise Maria, interpretada pela própria Priscilla. Denise vai ao encontro de sua mãe dando início a complexas e divertidas situações. Envolvida por suas lembranças conflituosas, Dulce se vê diante de uma situação que pode mudar sua vida. De forma bem humorada ela descobre Junto à filha uma nova perspectiva para enfrentar os novos desafios da vida. Um encontro emocionante e improvável que traz à tona a mulher otimista e livre capaz de dar a volta por cima. O II Fórum Interdisciplinar em Saúde da Mama faz parte da programação do 17º Congresso Mundial de Mastologia, evento mais importante do setor. Mais informações: http://www.mastologia2012.com.br/. Fonte: SBM - 02/10/2012