segunda-feira, 14 de março de 2016

INSÔNIA DURANTE A QUIMIOTERAPIA

O tratamento quimioterápico pode ocasionar efeitos colaterais. Esses devem ser relatados ao médico para que verifique que medidas adotar.
Esses efeitos variam de paciente para paciente. Podem ser mais leves ou mais graves.
Em relação ao sono, o paciente pode passar a ter sonolência excessiva. Um outro sintoma é a fadiga, que é o sentimento de cansaço e falta de energia.
Diante dessas situações algumas medidas paliativas devem ser tomadas, não abrindo mão do aconselhamento médico, tais como: procurar dormir um pouco mais à noite, para tenta manter-se acordado durante o dia; tentar fazer algum exercício físico no início da manhã ou no começo da noite; buscar uma atividade prazerosa para realizar que exija concentração; criar uma rotina de horário para dormir e acordar; levantar-se da cama ao acordar evitando prolongar tempo deitado; buscar orientação alimentar. (Essas são algumas orientações encontradas no site ONCOGUIA.)
Quanto a insonia, que é um mal que acomete grande parcela da humanidade, também acontece em pacientes de câncer. Há também os casos de sono não reparador. Dentre as possíveis causas estão o efeito colateral de algum dos medicamentos utilizados durante o tratamento, bem como a ansiedade gerada por todo processo do diagnóstico, sintomas da doença, tratamento e mesmo o medo no pós tratamento. 
Os problemas de sono podem ser:

  • despertar durante a noite;
  • apresentar dificuldade para adormecer e levantar pela manhã;
  • sonolência diurna;
  • baixa quantidade de horas de sono.
Essa privação do sono pode trazer problemas de atuação da pessoa durante o dia, prejudicando a concentração, a memória e as habilidades.

Solucionar os problemas de sono diminui o stress e reativa o sistema imunológico, melhorando a qualidade de vida.


As soluções para a insônia passam pela diminuição das atitudes de ansiedade, melhorando o desempenho diurno  do paciente. O tratamento com medicamentos ajuda a reduzir por exemplo os efeitos dos corticosteróides (dexametasona) que estão presentes no tratamento da quimioterapia e provocam insônia. Devemos estar atentos que a medicação nessas situações é uma medida temporária, e que muitos desses produtos podem causar dependência fisiológica e psicológica.   Como formas de tratamento não farmacológicos abre-se um leque de possibilidades que vão desde as terapias até atenção ao espaço físico. O ambiente onde vive o paciente também precisa de atenção e são válidas as recomendações para qualquer tipo de insonia, encontradas no site Minha Vida:

Luz acesa

Quando o cômodo em que dormimos está muito claro, o nosso corpo não produz a melatonina, o hormônio responsável pelo sono. "A luz consegue chegar ao nosso globo ocular mesmo quando estamos com as pálpebras fechadas. Sob a influência da claridade, a melatonina é bloqueada e não conseguimos ter uma boa noite de sono. Por isso, quanto mais escuro estiver o quarto, mas rápido uma pessoa dorme e melhor é a qualidade do sono", diz o especialista. 

Barulho

Além de interromper a ação da melatonina devido a claridade, a televisão também atrapalha por fazer barulho de forma não contínua. "O nosso sono é dividido em fases: o sono superficial e o sono profundo. É apenas na segunda fase que o corpo consegue recuperar as energias. Quando há uma alternância entre sons altos e baixos, o organismo fica em estado de alerta e não conseguimos passar para a fase profunda do sono", diz Daniel Inoue. O mesmo acontece com quem tem mania de ouvir músicas agitadas na hora do repouso.

Outro ponto negativo da televisão é que, normalmente quando uma pessoa está com insônia, ela vai logo ver um programa na TV."Isso só nos deixa com menos sono ainda", explica o especialista.  

Temperatura



Dormir com tv ligada- Foto Getty Images
Dormir com tv ligada

 Deixar o quarto em uma temperatura amena também é importante na hora de dormir. De acordo com Daniel Inoue, o nosso metabolismo fica acelerado quando o cômodo está muito quente e abafado, o que diminui a qualidade do sono. Já um quarto muito frio pode causar tremores e contrações musculares durante a noite, que, assim como a variação do som, faz com que o nosso corpo tenha dificuldade de entrar na fase de sono profundo.

"O ar-condicionado não tem nenhum problema se a pessoa estiver acostumada. Mas ele resseca muito o ambiente. Se realmente for um dia mais seco, em que não houve chuva, aquele lugar vai ter pouca umidade. A dica é colocar alguma vasilha com água ou umidificador e nunca esquecer de que os aparelhos de ar condicionado precisam de manutenção, senão a quantidade de alérgenos e poluentes aumenta", observa o otorrinolaringologista e diretor da Associação Brasileira do Sono, Michel Cahali.

A qualidade do ar

A qualidade do ar dentro do ambiente é outro fator crucial para a melhora da noite dormida. Um ar seco, cheio de poluentes, afeta a respiração e prejudica o sono. A não circulação do ar no quarto pode deixar a pessoa com o nariz congestionado e a garganta irritada. Por conta disso, há a possibilidade de o indivíduo acordar no meio do pernoite e não conseguir mais dormir. 

Travesseiro



Travesseiro - Foto Getty Images
Travessreiro

Escolha bem seu travesseiro! Além de causar torcicolos, escolher errado um travesseiro também diminui a qualidade do seu sono. "De maneira geral, o travesseiro deve ficar entre cinco e 10 centímetros de altura, para que a coluna de quem está dormindo fique em uma posição confortável", explica o médico.  

Colchão

Assim como o travesseiro, escolher bem um colchão deve ser prioridade na hora de montar um quarto. "Quando uma pessoa acorda com dores pelo corpo constantemente, é provável que o seu colchão não seja o mais indicado. Pessoas com problemas na coluna devem tomar ainda mais cuidados, já que são mais sensíveis a qualidade do colchão onde dormem", diz o especialista em sono Daniel Inuoe. 

Alimentação



geladeira- foto Getty Images
geladeira

Fazer uma boquinha antes de ir dormir pode ajudar ou atrapalhar o sono, dependendo do que você coloca dentro da boca. De acordo com um estudo feito pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, comer alimentos gordurosos pouco antes de dormir, além de engordar mais, diminui bastante a qualidade do sono. Isso acontece porque enquanto digerimos os alimentos, o nosso cérebro continua recebendo estímulos, o que aumenta as chances de pesadelos e insônia.

De acordo com o estudo, a própria sensação de peso e o metabolismo funcionando para digerir os alimentos já são motivos suficientes para má qualidade do sono. Comer alimentos leves, como sopas e lanches no mínimo duas horas antes de dormir é o mais indicado.  

Animal de estimação

Dormir com o cachorro ou com o gato na mesma cama pode ser um costume para muitas pessoas, mas isso também atrapalha a qualidade do sono. "Os animais de pequeno porte tem um ciclo de sono mais curto que o nosso, de aproximadamente seis horas. Por isso, eles acordam mais cedo e começam a se mexer, prejudicando a qualidade do sono de quem está dormindo com eles", explica Daniel Inoue.  

Sintéticos

 É aconselhável evitar a utilização de muitos produtos sintéticos na própria mobília e confecção do quarto. A madeira é natural e acumula baixa quantidade de poeira, sendo uma boa opção para a mobília do quarto. A cerâmica no piso também é uma recomendação. Na própria cama, a melhor indicação é a de produtos naturais, como o algodão. Eliminar os sintéticos ajuda no sono e tem influência até no bom humor ao despertar.





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