terça-feira, 24 de maio de 2016

MEDO

Respiração difícil, coração acelerado, mão úmidas, pernas tremendo, peito pulando, rosto vermelho, boca seca, mandíbula dura. Sente-se desligado do que acontece a sua volta, perdido, sem controle. São alguns possíveis sintomas do medo.

O que provoca medo?


Qualquer situação que seja percebida como ameaçadora. Esta ameaça pode ser física, moral ou de qualquer outra ordem. Alguns exemplos: Ansiedade ao participar de entrevistas ou reuniões; Perder o sono pela expectativa dos resultados de exames médicos; pensamentos referentes a possibilidade de rompimento do relacionamento, etc.
Algumas vezes damos nomes diferentes à mesma sensação como: apreensão, preocupação, ansiedade, angustia, mas são termos que podem estar se referindo ao medo . 
Às vezes a pessoa pode não estar consciente do medo, não percebe inseguranças,  mas mesmo assim eles podem impedir situações novas como por exemplo um relacionamento satisfatório ou um emprego interessante.
Alguns ficam ansiosos quando tem uma entrevista de emprego, sente medo , e algumas vezes mentem para si mesmos dizendo que não querem este emprego, e podem evitar a entrevista por medo de uma possível  reprovação. O medo pode ser manifestar como uma “voz”  dizendo que as coisa darão erradas.
Algumas vezes o medo pode se parecer com vozes críticas que dizem que você não consegue, que não é tão bom quanto aquela outra pessoa, não é tão bonita como gostaria, etc.
O medo pode abranger todas as intensidades, desde uma insegurança leve até o terror total.
O medo pode estar presente em: insegurança , preocupação, ansiedade, fobias, ataques de pânico e TSTP, transtorno do estresse pós traumático.


O que é medo


Podemos entender o medo como sentimento de insegurança em relação a uma pessoa, uma situação ou um objeto.
Medo é pessoal, o que assusta um pode ser indiferente do outro. Existem pessoas com medo de espaços abertos e não saem de casa, tem pessoas que sentem muita ansiedade de entrar no metrô, outros tem medo de tarefas como por exemplo, organizar uma festa, outros tem medo de baratas, avião, gatos, etc.
Mas o problema pode não ser o metrô, o gato, a festa a ser organizada.  O problema pode não ser a pessoa, situação ou objeto, mas a maneira como a pessoa percebe esta situação, pessoa ou objeto.
Por exemplo, uma pessoa que precisa apresentar seu trabalho na reunião da empresa. O problema dela seria falar sobre seu trabalho? Ou o que  a faz entrar em pânico é O QUE ELA PENSA QUE PODE ACONTECER, exemplo “E se não gostarem de minha apresentação, e se meu projeto for reprovado , ou se meu chefe me demitir porque descobriu que eu sou um péssimo funcionário que nem sabe apresentar um trabalho. O que vão pensar de mim?”
Um bom passo na compreensão do medo pode ser perceber que todos os medos surgem da preocupação a respeito do que poderá acontecer em conseqüência do evento, e não o evento em si.


Reações físicas do medo


Quando sentimos medo o corpo se prepara para o famoso “lute ou fuja”. Seu corpo se prepara para dois resultados possíveis, enfrentar a situação e lutar com ela, ou sair correndo, fugir. Isso faz seu cérebro trabalhar muito intensamente, o que gera mais adrenalina. A pessoa pode se sentir: tremulo e enjoado,  dores agudas nos braços, pernas e ombros, os sentidos são bombardeados com muito mais informações do que costuma administrar e por isso o cérebro não consegue filtrar tanta informação e se torna super-vigilante, e assim fica muito mais sensível ao que acontece a sua volta .
Quando tudo isso acontece em relação a algo que não seja uma ameaça física (ou seja, você não está sendo atacado de fato) mas acontece em relação à uma ameaça emocional, como por exemplo você está medo de falar com seu chefe, começa uma espiral de terror onde a o coração dispara, e acelera a adrenalina, que pode fazer que sujam dores no corpo.

Por exemplo: Uma pessoa tinha tanto medo de andar de metrô, mas nunca tinha entrado sequer numa estação de metro. Portanto ele tinha fobia daquilo que ele pensava que era o metrô . Toda vez que ele passava perto de uma estação de metrô e, só de pensar em entrar, ele suava frio, seu coração acelerava, seus ombros ficavam curvados e ele achava que ia desmaiar.
Vejam que este medo não está relacionado ao ato de entrar no metrô, mas  a sensação de perda de controle que ele associava a andar de metrô.
Como essa sensação toda era muito forte, ele nunca teve a chance de lidar com o medo de forma racional.

Este texto trata-se de um relato pessoal.
*O material deste site é informativo, não substitui a terapia  ou psicoterapia  oferecida por um psicólogo
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5
http://www.marisapsicologa.com.br/medo.html

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