sábado, 4 de agosto de 2018

Autoperdão: como se libertar da culpa, mágoas e ressentimentos

Perdoar é uma das atitudes mais nobres que o ser humano pode tomar em relação aos outros, já que todos nós erramos. É importante e libertador perdoar o próximo, mas muito mais importante e libertador para a nossa vida é aprender a perdoar a si mesmo: praticar o autoperdão.
Nenhum de nós é perfeito. Erramos, mesmo na intenção sincera de acertar. Magoamos a nós mesmos e aos outros. E, nisso, muitas pessoas acabam levando essas culpas pela vida. “Se eu tivesse feito isso… se eu não tivesse dito aquilo…” e por aí seguem as acusações internas que nos paralisam.
Estagnados na culpa, não conseguimos progredir e aceitar-nos melhor enquanto seres humanos. Assim, o autoperdão é fundamental para obtermos uma vida plena e cheia de significado.
Não há nada mais nocivo à saúde mental — e também à física — do que vivermos nos culpando e agredindo-nos interiormente. Fazer isso consigo mesmo, além de não ajudar a melhorar em nada enquanto pessoa, aumenta muito a chance de desenvolver depressão, ansiedade, insônia e hipertensão.
Ao nos perdoarmos, eliminamos uma grande fonte de estresse e ansiedade. O autoperdão nos deixa até mais leves. Quando paramos de carregar culpas e ressentimentos, aceitando-nos como realmente somos, a vida fica mais fácil.
Em muitos casos, a culpa que carregamos pode vir de algum erro cometido no passado. Intencional ou não, a atitude que tomamos naquele momento não pode mais ser desfeita. Portanto, é inútil ficarmos remoendo aquilo a todo instante. Não podemos voltar para consertar.
É preciso enterrar o passado e deixá-lo no passado. Compreender isso é uma atitude que nos trará paz de espírito, deixando nossa mente livre para olhar para o futuro e encarar tudo com mais maturidade.
Muita gente confunde o autoperdão com resignação. Algo do tipo: “deixe tudo como está, eu sou assim mesmo”. Não caia nesse erro. Praticar o autoperdão significa identificar, sim, nossas falhas, mas sempre aceitando que somos seres humanos e sujeitos a erros.
Certamente, podemos errar em algum momento. Mas não simplesmente ignorar os fatos e deixar tudo como está. O autoperdão também implica assumir a responsabilidade dos nossos atos.
A prática está relacionada a entender que certas atitudes que tomamos, por mais que possam nos parecer questionáveis, estão relacionadas ao que consideramos, no nosso íntimo, naquele momento, que era o melhor a se fazer.
Assim, se não gostamos do que fizemos no passado, podemos e devemos trabalhar isso em nós de forma a não repetir tais atitudes no futuro. Isso é muito melhor e mais útil do que ficar simplesmente se culpando eternamente.
O autoperdão tem a ver com aceitar o passado, para poder abraçar o presente com coragem e compreensão, de modo que nos tornemos plenamente responsáveis pelas nossas atitudes.
Tenha como meta de vida daqui para frente: não se recrimine mais, não se condene mais. Agradeça sempre pela pessoa maravilhosa que foi, que é, e pela que ainda se tornará.
Texto do blog Adailton Soares que trabalha com o desenvolvimento de pessoas.
Fonte: https://www.adailtonsoares.com.br/sobre-adailton-soares/ acesso em 04.08.2018 às 06:42hs

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