terça-feira, 9 de maio de 2017

O DESAFIO DE SER ACOMPANHANTE DE UM PACIENTE EM TRATAMENTO

Faço parte de um Grupo de Apoio para pacientes de câncer, cujos objetivos são o suporte emocional para pacientes e o trabalho de educação popular voltado para prevenção primária do câncer e adoção de hábitos saudáveis de vida.
No dia a dia, estamos em contato com os pacientes que chegam à nossa cidade para tratamento oriundos de diversas localidades. Muitos aqui permanecem por um período de mais de trinta dias quando estão fazendo radioterapia, outros passam períodos menores. Mas são  constantes as idas e vindas dessas pessoas enquanto dura o tratamento, tornando-se mais espaçada quando passam a fazer apenas acompanhamento de controle.
Nesses contatos com os pacientes também conversamos com os acompanhantes. São familiares ou amigos que entram nesse processo de luta pela vida e que teêm suas vidas alteradas da noite para o dia, passando a ser de dedicação total  àquele ente-querido em clínicas, hospitais, casas de apoio, etc.
São pessoas que temporariamente abdicam de suas vidas - trabalho, estudos,lazer, convívio familiar passando a viver a rotina de um paciente. Nesse período há uma sobrecarga emocional muito grande seja pelo próprio diagnóstico e tratamento, quanto pelo comportamento do doente no enfrentamento do tratamento. E para o cuidador há na maioria das vezes um completo isolamento social sendo um elemento há mais que pode desencadear um nível elevado de estresse. Enquanto para o paciente os objetivos são a cura e sua qualidade de vida, para o cuidador é seu equilíbrio e sua saúde física e mental; encontrar formas de manter equilibrado é o grande desafio.

Sueli Dias





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