terça-feira, 8 de janeiro de 2013

CÂNCER DE COLO DE ÚTERO - INFORMAÇÕES ÚTEIS


A natureza não dá saltos, como dizia o eminente patologista Cardoso de Almeida. Para o tecido benigno do colo do útero se tornar maligno (câncer) leva 4 a 6 anos, passando por uma fase de transição (lesão pré-maligna) chamada NIC (Neoplasia Intra-epitelial Cervical), induzida pelo HPV (Human Papiloma Virus).
Então é possível fazer a prevenção do câncer do colo do útero?
Sim, é possível por meio do exame anual de Papanicolaou, que pode revelar aquela fase de transição que dura de 4 a 6 anos; quando o Papanicolaou se mostra alterado, podemos repetir em 3 a 6 meses, pois em cerca de 80% dos casos há regressão (cura espontânea da infecção pelo HPV); por outro lado, se a alteração persiste ou há progressão dentro dessa classe de lesão pré-maligna, indicamos a colposcopia e biópsia do colo para fazer o diagnóstico definitivo e proceder o tratamento.

Como se tratam as lesões pré-malignas?
Existem vários procedimentos, mas todos de pequeno porte e que consistem basicamente em retirar ou destruir a lesão.
Observando o colo do útero com colposcopia (que aumenta cerca de 10 vezes), podemos identificar a lesão e retirá-la com uma alça do tipo de um bisturi elétrico; o fragmento do colo assim obtido é enviado para um exame anátomo-patológico para confirmação do diagnóstico no microscópio.
Com o laser, há vaporização, destruição da lesão e, dessa forma, não teremos material para estudo histológico, embora esse procedimento deixe uma cicatriz mínima no colo do útero.
Quando não se localiza com precisão a área comprometida ou a mesma é extensa, faz-se a retirada de uma porção maior do colo (conização), mas mesmo assim sua fisiologia não é comprometida, possibilitando um parto normal futuramente.
Os sintomas e sinais do câncer do colo do útero?
Nos estágios iniciais é assintomático. Os sintomas tardios incluem: sangramento às relações sexuais, corrimento vaginal escuro e com odor, sangramento vaginal fora do período menstrual, obstrução do ureter, perda de apetite e perda de peso.
Ao exame ginecológico, constata-se lesão vegetante, semelhante à couve-flor, no colo uterino, que é friável e sangra facilmente; mesmo assim deve-se praticar a biópsia do colo e enviar o material para exame anátomo-patológico para confirmação.
Tratamento
Se a paciente perdeu a oportunidade de identificar uma lesão pré-maligna (por 4 a 6 anos), então poderá haver evolução para o câncer invasor que, como o nome indica, deixa de estar localizado só na mucosa superficial penetrando nos tecidos mais profundamente.
A partir dessa situação, o tratamento será cada vez mais agressivo em proporção ao grau de propagação do tumor.
Nas fases mais iniciais a cirurgia oncológica resolve praticamente 90% dos casos. Os tumores do colo do útero são sensíveis à radioterapia, que poderá complementar uma cirurgia ou ser feito primariamente (com tratamento inicial e único) com bons resultados.
A quimioterapia poderá ser empregada em casos mais avançados, com resultados precários.
Essas e outras informações sobre câncer do colo do útero você pode encontrar no livro ‘Saúde – Entendendo as Doenças, a Enciclopédia Médica da Família’, 
http://blogs.jovempan.uol.com.br/medicodefamilia/tudo-sobre-cancer-do-colo-do-utero/

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