sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Suplementos alimentares internacionais possuem restrições de uso


Neste período do ano, aumenta a procura por academias e a maioria dos frequentadores quer um resultado imediato. Os suplementos alimentares aparecem nesse momento como solução mágica e muitos os consomem sem prescrição médica e tomam superdosagem para obter o efeito desejado em poucos meses.
O Brasil não possui uma categoria definida para suplemento alimentar, explica a especialista em Regulação em Vigilância Sanitária, Liliane Alves Fernandes, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas de acordo com a legislação nacional, os suplementos alimentares fabricados no país não podem ter hormônios, estimulantes e extratos vegetais farmacológicos.
Os suplementos mais conhecidos, os importados vendidos na internet, são considerados pela Resolução Nº18 de 2010 da Anvisa como alimentos para atletas. Esses possuem restrições de uso, devem ser ingeridos somente com orientações médicas e não devem ser consumidos por portadores de enfermidades. Além disso, não podem ser substituídos por refeições e nem servir como dieta exclusiva.
As substâncias estimulantes encontradas nesses suplementos podem trazer problemas para o sistema nervoso, fígado e rim. A cafeína, também encontrada nesses produtos, pode prejudicar o funcionamento do coração. Neste ano, a Anvisa publicou um informe alertando para o perigo de suplementos alimentares, como Jack3D, Oxy Elite Pro, Lipo-6 Black, entre outros, que podem causar graves danos à saúde.
Segundo a especialista, o grande problema está nos suplementos importados. “Na embalagem tem escrito suplemento alimentar, mas as substâncias que existem neles não são permitidas para amplo consumo no Brasil. Quem precisa desse tipo de suplementação diferenciada são atletas que treinam quatro, cinco horas por dia para participar de competição. Eles têm a necessidade aumentada e justifica o uso de determinados suplementos. Para os usuários de academia uma alimentação adequada e balanceada, com orientação de um nutricionista, é o suficiente para atender e suprir as necessidades”, afirma Liliane.
Os recentes casos de internações e óbitos causados por abuso desses suplementos são mostras de que a pressa é inimiga da perfeição, comenta a especialista: “Os usuários dizem que os nacionais não fazem efeitos e os importados fazem. A diferença está na composição. As pessoas querem resultados rápidos e acabam encontrando em produtos importados, porque nesses têm substancias medicamentosas que causam esse efeito. Mas como todo medicamento, ele pode trazer também efeitos adversos”.
A resolução também informa que os suplementos alimentares nacionais não precisam de prescrição médica para ser adquirido, mas alerta para que seja feito com orientação de nutricionista.
Para garantir um verão com beleza e saúde, Liliane recomenda: “Procure um nutricionista especializado nessa área para que ele possa observar se há necessidade de alimentação extra para não precisar consumir suplementos que prometem um efeito rápido e que muitas vezes nem conseguem cumprir com isso. E ainda oferecem riscos à saúde”.
Academia da Saúde – Esta é uma ação importante do Ministério da Saúde para a prevenção de doenças e promoção da saúde. Além de estimular a prática de atividades físicas, a população recebe também orientações dos profissionais na educação alimentar e nutricional.
O Programa Academia da Saúde estimula a criação de espaços adequados para a prática de atividade física, oficinas de artes cênicas, dança, palestras e demais atividades que promovam modos de vida saudáveis.
Camilla Terra / Blog da Saúde

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