quarta-feira, 5 de junho de 2013

Diagnóstico, tratamento, vida normal!

ela cabeça de Flaviana Bolognoni nunca havia passado, nem mesmo remotamente, a ideia de ter um câncer. Sem casos da doença na família, ela sempre cuidou rigorosamente da saúde e protegeu a pele do sol.
Porque passaria?
Mas a pinta que desde o nascimento estivera no seu abdome, começou a mudar de formato e, em princípio, a advogada mineira e residente em Jundiaí pensou que fosse resultado da gravidez.
"A pele estica, a pinta também!”, lembrou Flaviana sobre a conclusão que teve há quase dois anos, quando nasceu o segundo filho, Bernardo.
No final do ano passado e com o corpo já recuperado da gestação, além de formato alterado, a pintinha começou a sangrar sem razão. Prontamente, Flaviana buscou por um médico dermatologista, que somente poderia lhe atender 3 meses depois.
Três meses depois?!
A irmã da advogada, que é médica, ficou preocupada com o tempo de espera, e agilizou o processo. No seu consultório em um hospital de São Paulo, retirou a pinta da barriga da irmã e, imediatamente, levou o material para o laboratório.
"Senti naquele dia, que os amigos médicos da minha irmã me olhavam estranho. Saí de lá convicta que tinha um câncer. A pinta estava feia. Descamava e sangrava apenas com um toque”.
De fato. E a notícia veio logo, em 5 de dezembro: Melanoma.
Com Flaviana não aconteceu diferente de outros pacientes. O tempo de elaboração da notícia, o medo da morte, o ‘susto’ na coleta de informações sobre a doença.
"Passava de um tudo por minha cabeça, de questionamentos sérios a banais. Vou deixar meu marido viúvo tão jovem? E as crianças? Ainda não pintei aquela parede da cor que queria!”, lembra.
Mas o impacto não estancou a advogada no chão! Rápida assim como na busca pelo diagnóstico, enquanto confortava a família ("Gente, calma, eu não vou morrer não!”) ela partiu para a ação: Consultas, exames e resoluções práticas sobre a casa, o trabalho e as crianças vieram logo.
Flaviana conta que tranquilamente deu a notícia da doença à filha primogênita, Helena (5). "Eu disse: A mamãe tem uma pintinha que está fazendo dodói e por isso vou tirá-la”. E a menininha, quando percebia que a mãe faltara ao trabalho e estava cansada, fragilizada, perguntava: "Mamãe você não vai fazer logo aquela cirurgia para ficar boa?”, lembra Flaviana com riso descontraído.
A cirurgia para a retirada do melanoma em estágio III - e do subtipo de pior prognóstico - aconteceu no início do ano, mas parece que foi há duas primaveras! O tratamento do melanoma restringiu-se à cirurgia e Flaviana voltou logo ao trabalho e à vida como ela sempre fora.
O câncer mudou a percepção de Flaviana sobre a vida, ela afirma. A importância de viver um dia depois do outro, a fé, o valor que se emprega ao que vai além da matéria.
"Cada instante da minha vida tornou-se fundamental e único”.
Aos que estão enfrentando o turbilhão do diagnóstico, a mineira recomenda que estejam sempre próximos da família e amigos e que procurem momentos de interiorização.
"A força para passar pela doença está dentro de nós. Tenham fé, olhem para dentro de si e busquem-na!”.
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/perfil-diagnostico-tratamento-vida-normal/3133/8/

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